domingo, 11 de agosto de 2013
O ‘Divine Redeemer’ de Charles Gounod cantado por Joan Sutherland, um grande momento de bel canto
Ah! turn me not away, receive me, tho' unworthy!
Hear Thou my cry, behold, Lord, my distress!
Answer me from Thy throne, haste Thee, Lord, to mine aid,
Thy pity show in my deep anguish!
Let not the sword of vengeance smite me,
Tho' righteous Thine anger, O Lord!
Shield me in danger, O Regard me! On Thee, Lord, alone will I call.
O Divine Redeemer! O Divine Redeemer!
I pray Thee, grant me pardon, and remember not my sins!
Forgive me, O divine Redeemer!
Night gathers round my soul; fearful I cry to Thee;
Come to mine aid, O Lord! Haste Thee, Lord, haste to help me!
Hear my cry, Save me, Lord, in Thy mercy;
Hear my cry! Come and save me, O Lord!
O, divine Redeemer! I pray Thee, grant me pardon,
And remember not, O Lord, my sins!
Save, in the day of retribution, from Death shield Thou me, O my God!
O, divine Redeemer, have mercy! Help me, my Savior!
O amor de Deus tem um nome e um rosto: Jesus Cristo
Milhares de fiéis e romanos encheram novamente neste domingo, 11 de agosto, a Praça São Pedro, no Vaticano, para ouvir e ver o Papa Francisco. Muitos agitavam bandeiras dos seus países, e entre elas, entreviam-se diversas brasileiras.
A reflexão do Pontífice, como já é tradição, partiu de um texto preparado, mas extrapolou em uma improvisação autêntica e eficaz que entusiasmou todos os presentes.
O Papa lembrou que “no Evangelho deste domingo, Lucas nos fala do desejo do encontro definitivo com Cristo, um desejo que nos faz estar sempre prontos, com o espírito desperto, porque aguardamos este encontro de todo coração, inteiramente. Este é um aspecto fundamental da vida cristã”. Envolvendo os fiéis em sua catequese, Francisco convidou a responderem a duas perguntas.
A primeira: “Vocês têm realmente um coração desejoso de encontrar Jesus? Ou seu coração está fechado, adormecido, anestesiado? Pensem e respondam em silêncio, nos vossos corações”, pediu.
Em seguida, comentou a afirmação de Lucas “onde está o seu tesouro, está o seu coração”, e fez a segunda pergunta:
“Onde está o seu tesouro? Qual é para vós a realidade mais importante, mais preciosa, a realidade que atrai o coração como um íman? Pode-se dizer que é o amor de Deus? Alguns poderiam me responder: Pai, mas eu trabalho, tenho família, para mim a realidade mais importante é conseguir manter minha família, meu trabalho... Certo, é verdade, mas qual é a força que mantém unida uma família? É justamente o amor de Deus que dá sentido aos pequenos compromissos quotidianos e que ajuda a enfrentar as grandes dificuldades. Este é o verdadeiro tesouro do homem”.
Segundo Papa Francisco, “o amor de Deus não é algo indefinido, um sentimento genérico, não é ar; o amor de Deus tem um nome e um rosto: Jesus Cristo, porque não podemos amar o ar. Amamos pessoas, e aquela pessoa é Jesus”. “É um amor – explicou – que dá valor e beleza a todo o resto: à família, ao trabalho, ao estudo, à amizade, à arte, a qualquer atividade humana”.
“Este amor dá sentido também – concluiu – às experiências negativas, porque nos permite ir adiante, não ficar prisioneiros do mal, e sim ir além; nos abre sempre à esperança, ao horizonte final de nossa peregrinação. Assim, até os cansaços, quedas e pecados ganham um sentido, porque o amor de Deus nos perdoa”.
(Fonte: 'news.va')
Vídeo da ocasião em italiano
Bom Domingo do Senhor!
Não abrandemos a nossa vida espiritual e de entrega a Deus e ao próximo, estando sempre atentos como o Senhor nos sugere no Evangelho de hoje (Lc 12, 32-48) para a hora em que formos chamados ou da Sua vinda.
Anunciamos a Vossa morte, proclamamos a Vossa ressurreição, vinde Senhor Jesus!
Anunciamos a Vossa morte, proclamamos a Vossa ressurreição, vinde Senhor Jesus!
Misterioso sacerdote apareceu para rezar e ajudou no milagroso resgate de uma jovem nos EUA
No passado domingo, a jovem Katie Lentz sofreu um terrível acidente numa estrada de Missouri, nos Estados Unidos. Quando o pessoal de resgate já estava perdendo a esperança de poder retirá-la com vida do meio da chapa retorcida do automóvel, a jovem pediu para que todos "rezem em voz alta", então um sacerdote apareceu para ajudá-los a orar e logo desapareceu sem deixar rastro.
O pessoal de resgate assegurou que com suas orações, o sacerdote os ajudou a recuperar a força que necessitavam para salvar Katie e agora junto com os familiares e amigos da jovem procuram-no para agradecer.
O curioso episódio ocupou várias páginas de importantes meios de comunicação nos Estados Unidos e alguns inclusive questionam se se tratou de uma pessoa real ou um ser celestial.
Os factos ocorreram em 4 de agosto, dia em que a Igreja celebra a festa de São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes.
Nessa manhã, a estudante do segundo ano de odontologia da Universidade de Tulane, Katie Lentz dirigia-se da casa de seus pais em Quincy, Illinois, Missouri (Estados Unidos), para uma igreja cristã para se reunir com os seus amigos e desenvolver um trabalho da universidade, quando embateu com outro veículo numa estrada próxima ao Centro. O automóvel ficou totalmente destruído.
A equipe de resgate liderada por Raymond Reed, chefe de bombeiros de New London, tentou durante 45 minutos de libertar a jovem. Katie perdia seus sinais vitais, mas permanecia tranquila e continuava falando, alguns equipamentos de salvação partiram-se pelo esforço e os bombeiros começaram a ficar sem opções para a libertar.
Ao lado do automóvel sinistrado, um helicóptero esperava para transladá-la para o centro de emergência mais próximo. Os bombeiros sabiam que estavam sem tempo e não acreditavam que Lentz sobreviveria.
Numa tentativa para salvá-la, correram o risco de colocar o veículo em posição vertical ainda sabendo que uma mudança repentina na pressão do corpo de Katie poderia ser crítico e perigoso. Foi então que a jovem perguntou se alguém podia rezar com ela "em voz alta", e se escutou uma voz que disse "eu o farei".
O pessoal de resgate assegurou que quem respondeu ao pedido da jovem foi um sacerdote católico de estatura média e cabelo grisalho de 50 ou 60 anos de idade, pouco mais de 1.80 metros que vestia calças e camisa negras.
O bombeiro estranhou a presença do sacerdote, pois, por causa do acidente, a estrada tinha sido cortada a três quilómetros do acidente e nenhum dos presentes o reconhecia. "Todos os que estavam presentes moram em quatro cidades diferentes. Só temos uma igreja católica nas três populações e não era um sacerdote dessa igreja".
Os bombeiros sem exceção ficaram de joelhos, "o sacerdote aproximou-se da jovem e começou a rezar abertamente com ela. Tinha uma garrafa de óleo e ungiu-a", contou Reed. Outro dos bombeiros presentes acha que viu o sacerdote colocando o óleo também sobre Reed e sobre outros dois homens da equipe de resgate.
Imediatamente depois, 20 bombeiros moveram o automóvel e os sinais vitais de Lentz começaram a melhorar. Outras equipes de resgates de comunidades vizinhas começaram a chegar com novos instrumentos, conseguiram tirar a jovem e leva-la para a urgência do hospital.
Quando os bombeiros quiseram agradecer ao presbítero, deram-se conta que este já não estava, por isso pensaram que tinha ido para a sua igreja para dirigir os serviços dominicais.
"Estivemos procurando por ele porque o única coisa que queríamos fazer era agradecer-lhe", assinalou Reed. Entretanto, quando viram as fotos do acidente em nenhuma delas aparece o sacerdote.
"Tenho 69 fotografias que foram tiradas minutos depois de que ocorreu o acidente - os observadores, a extração até à nossa limpeza final - e em nenhuma aparece", disse Reed.
"Acho que é um milagre", expressou Reed. "Eu não sei se foi um anjo que nos foi enviado na forma de um sacerdote ou de um sacerdote que se converteu no nosso anjo, de qualquer maneira, estou bem com isso".
Lentz estava com o fémur dos dois lados quebrados, uma fratura na tíbia e perónio o punho esquerdo quebrado, nove costelas quebradas, o fígado dilacerado, ruptura de baço e um pulmão ferido. Até o momento sofreu duas cirurgias no Hospital de Blessing em Quincy, Illinois, e se submeterá a mais duas. Ela está respondendo bem às operações.
Carla Churchill Lentz, mãe da jovem e cristã devota, assinalou que os trabalhadores de emergência disseram que não era possível que a sua filha sobrevivesse e que "sem dúvida poderia ter sido um anjo vestido com traje de sacerdote porque a Bíblia nos diz que há anjos entre nós".
"Ela (Lentz) sofreu muitas lesões, entretanto, seu rosto está belo, seus dentes perfeitos, todos os que nos contactaram como o pessoal de emergência, a Patrulha do Estado de Missouri, os bombeiros, todos eles estão dizendo o mesmo, ela nunca chorava, nunca gritou e disse, ‘orem por mim e em voz alta’", assinalou a mãe.
Até o momento ninguém sabe nada do sacerdote, a maneira como apareceu e desapareceu do lugar do acidente, mas todas as testemunhas coincidem em que o misterioso personagem transmitiu calma e paz com sua presença, fortaleceu através da oração a jovem e aos ao pessoal da equipe de resgate, devolvendo-lhes a esperança.
(Fonte: 'ACI Digital' com adaptação de JPR)
Borges e os alunos de Letras - Recordando os anos sessenta no liceu da Imaculada (Jorge Mario Bergoglio)
A comemoração do quadragésimo aniversário de bacharelado congregou este grupo de homens, a maioria dos quais hoje são avós. Assim teve lugar o reencontro, e houve espaço e tempo para a recordação, a comemoração e a celebração gratuita da vida; a celebração que evita todos os controles ou reducionismos, levando a perscrutar o caminho percorrido, a partir do horizonte sapiencial da maturidade. Durante o seu encontro, estes homens recordaram-se. A sua primeira lembrança foi uma mera soma de anedotas e informações; não foi nem sequer o comportamento proustiano do retorno, sempre circular, sobre a vida. A sua recordação constituiu um acontecimento significativo no fluxo da própria vida.
Todos eles empreenderam veredas diferentes, todos tinham uma bagagem para compartilhar; cada um trouxe consigo sorrisos e lágrimas, feridas e triunfos. E ali, nesta realidade do encontrar-se, na alegria da celebração, tiveram a coragem de olhar para trás.
Conheci todos eles quando tinham 16 ou 17 anos. Foram meus alunos de literatura e psicologia durante o quarto e o quinto ano do liceu clássico. Eram jovens entusiastas e criativos. O exercício literário que eu pretendia deles consistia em escrever contos; impressionava-me a sua capacidade narrativa. Escolhi alguns dos contos que eles tinham escrito e mostrei-os a Borges. Também ele ficou impressionado, e chegou a encorajar a publicação daqueles textos; além disso, quis escrever o prefácio com o próprio punho.
Podemos, porventura, afirmar que eram pequenos génios? Não chegaria a tanto, mas estou convicto de que eram pessoas normais.
Eu tinha uma grande estima por eles. Não me eram e nem sequer me são indiferentes. O tempo passou e não me esqueci deles. Alguns já se encontram diante de Deus: o primeiro, Felipe Adjad, "o turco", como lhe chamávamos. Todos foram bem sucedidos na vida e hoje aproveitam o tempo para fazer descansar o coração no encontro amistoso para o quadragésimo aniversário. Foi Jorge Milia, prémio Nobel da originalidade, quem traçou estes retratos. São histórias autênticas. Lendo-as, conseguiremos compreender muitos aspectos destes homens originais, tão originais quanto os contos por eles escritos. Lendo-os, como diz Jorge, entenderemos que "quando dizíamos com orgulho: "Nós somos da Imaculada", não nos referíamos a algo dotado de linhagem e história; falávamos dela". A Virgem tinha muito a ver com as suas vidas.
Enquanto escrevo o prefácio para esta publicação desejo, em primeiro lugar, dar graças a Deus por ter compartilhado com eles dois anos da minha vida. Manifestar-lhes a minha gratidão por todo o bem que me proporcionaram, e sobretudo por me terem obrigado e ensinado a ser mais irmão e mais pai. Também quero manifestar o meu desejo de que as suas vidas façam história para além da história pessoal de cada um. Que façam história como grupo, inspirando muitos jovens pelo caminho da criatividade; gostaria que a leitura destes fragmentos de vida fossem uma semente fecunda para quantos os lerem.
JORGE MARIO BERGOGLIO
(© L'Osservatore Romano - 10-17 de Agosto de 2013)
«Estai preparados»
São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir
Sobre a unidade, 26-27
Era no nosso tempo que o Senhor estava a pensar quando disse: «Quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» (Lc 18, 8). Vemos realizar-se esta profecia. Já não acreditamos no temor de Deus, nem na lei da justiça, nem na caridade, nem nas boas obras. [...] Tudo aquilo que a nossa consciência temia, porque acreditava, deixou de temer, porque já não crê. Porque, se cresse, estaria vigilante; e, estando vigilante, salvar-se-ia.
Despertemos pois, meus irmãos muito queridos, tanto quanto formos capazes. Sacudamos o sono da nossa inércia. Velemos de forma a observar e a praticar os preceitos do Senhor. Sejamos como Ele nos recomendou que fossemos quando disse: «Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda, para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater. Felizes aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes!».
Sim, permaneçamos vigilantes, com receio de que venha o dia da nossa partida e nos encontre tolhidos e empedernidos. Que a nossa luz brilhe e irradie em boas obras, que ela nos encaminhe da noite deste mundo para a luz e para a caridade eternas. Aguardemos com zelo e prudência a chegada súbita do Senhor, a fim de que, quando Ele bater à porta, a nossa fé esteja desperta para d'Ele receber a recompensa pela nossa vigilância. Se observarmos estas ordens, se retivermos estes conselhos e estes preceitos, as manhas enganosas do Acusador não conseguirão atingir-nos durante o sono. Mas, reconhecidos como servos vigilantes, reinaremos com Cristo triunfador.