quinta-feira, 18 de julho de 2013

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, concede-nos a Tua graça para que munidos dela possamos lutar pela nossa melhoria enquanto cristãos e assim melhor servirmos o próximo.

Que cheios da Tua graça Te imitemos na bondade e humildade procurando ser pequenos para que a Tua grandeza não seja ofuscada pela nossa vaidade, a este propósito, hoje rogo-Te em especial, para além de nós mesmos, por aqueles que se Te entregaram pelo Sacramento da Ordem e buscam os holofotes.

Meu Deus e meu Senhor quão bom é saber-Te sempre Aí para nos escutar!

JPR

As indulgências

§1471. A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do sacramento da Penitência.

O QUE É A INDULGÊNCIA?

«A indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições, pela acção da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos» (79). «A indulgência é parcial ou plenária, consoante liberta parcialmente ou na totalidade da pena temporal devida ao pecado» (80). «O fiel pode lucrar para si mesmo as indulgências [...], ou aplicá-las aos defuntos» (81).

AS PENAS DO PECADO

§1472. Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, deve ter-se presente que o pecado tem uma dupla consequência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, portanto, torna-nos incapazes da vida eterna, cuja privação se chama «pena eterna» do pecado. Por outro lado, todo o pecado, mesmo venial, traz consigo um apego desordenado às criaturas, o qual precisa de ser purificado, quer nesta vida quer depois da morte, no estado que se chama Purgatório. Esta purificação liberta do que se chama «pena temporal» do pecado. Estas duas penas não devem ser consideradas como uma espécie de vingança, infligida por Deus, do exterior, mas como algo decorrente da própria natureza do pecado. Uma conversão procedente duma caridade fervorosa pode chegar à total purificação do pecador, de modo que nenhuma pena subsista (82).
§1473. O perdão do pecado e o restabelecimento da comunhão com Deus trazem consigo a abolição das penas eternas do pecado. Mas subsistem as penas temporais. O cristão deve esforçar-se por aceitar, como uma graça, estas penas temporais do pecado, suportando pacientemente os sofrimentos e as provações de toda a espécie e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte: deve aplicar-se, através de obras de misericórdia e de caridade, bem como pela oração e pelas diferentes práticas da penitência, a despojar-se completamente do «homem velho» e a revestir-se do «homem novo» (83).

NA COMUNHÃO DOS SANTOS

§1474. O cristão que procura purificar-se do seu pecado e santificar-se com a ajuda da graça de Deus, não se encontra só. «A vida de cada um dos filhos de Deus está ligada de modo admirável, em Cristo e por Cristo, à vida de todos os outros irmãos cristãos, na unidade sobrenatural do corpo Místico de Cristo, como que numa pessoa mística» (84).
§1475. Na comunhão dos santos, «existe, portanto, entre os fiéis – os que já estão na pátria celeste, os que foram admitidos à expiação do Purgatório, e os que vivem ainda peregrinos na terra – um constante laço de amor e uma abundante permuta de todos os bens» (85). Nesta admirável permuta, a santidade de um aproveita aos demais, muito para além do dano que o pecado de um tenha podido causar aos outros. Assim, o recurso à comunhão dos santos permite ao pecador contrito ser purificado mais depressa e mais eficazmente das penas do pecado.
§1476. A estes bens espirituais da comunhão dos santos, também lhes chamamos o tesouro da Igreja, «que não é um somatório de bens, como quando se trata das riquezas materiais acumuladas no decurso dos séculos, mas sim o preço infinito e inesgotável que têm junto de Deus as expiações e méritos de Cristo, nosso Senhor, oferecidos para que a humanidade seja liberta do pecado e chegue à comunhão com o Pai. É em Cristo, nosso Redentor, que se encontram em abundância as satisfações e os méritos da sua redenção (86)».
§1477. «Pertencem igualmente a este tesouro o preço verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto de Deus as orações e boas obras da bem‑aventurada Virgem Maria e de todos os santos, que se santificaram pela graça de Cristo, seguindo as suas pegadas, e que realizaram uma obra agradável ao Pai; de modo que, trabalhando pela sua própria salvação, igualmente cooperaram na salvação dos seus irmãos na unidade do corpo Místico» (87).

OBTER A INDULGÊNCIA DE DEUS MEDIANTE A IGREJA

§1478. A indulgência obtém-se mediante a Igreja que, em virtude do poder de ligar e desligar que lhe foi concedido por Jesus Cristo, intervém a favor dum cristão e lhe abre o tesouro dos méritos de Cristo e dos santos, para obter do Pai das misericórdias o perdão das penas temporais devidas pelos seus pecados. É assim que a Igreja não quer somente vir em ajuda deste cristão, mas também incitá-lo a obras de piedade, penitência e caridade» (88).
§1479. Uma vez que os fiéis defuntos, em vias de purificação, também são membros da mesma comunhão dos santos, nós podemos ajudá-los, entre outros modos, obtendo para eles indulgências, de modo que sejam libertos das penas temporais devidas pelos seus pecados.

79. Paulo VI, Const. ap. Indulgentiarum doctrina, Normae. I: AAS 59 (1967) 21.
80. Paulo VI, Const. ap. Indulgentiarum doctrina, Normae. 2: AAS 59 (1967) 21.
81. CIC can. 994.
82. Cf. Concílio de Trento, Sess. 14ª, Canones de sacramento Paenitentiae. can. 12-13: DS 1712-1713; Id., Sess. 25ª, Decretum de purgatorio: DS 1820.
83.  Cf. Ef  4, 24.
84. Paulo VI, Const. ap. Indulgentiarum doctrina, 5: AAS 59 (1967) 11.

A forma eclesial da fé

Deste modo, a vida do fiel torna-se existência eclesial. Quando São Paulo fala aos cristãos de Roma do único corpo que todos os crentes formam em Cristo, exorta-os a não se vangloriarem, mas a avaliarem-se « de acordo com a medida de fé que Deus distribuiu a cada um » (Rm 12, 3). O crente aprende a ver-se a si mesmo a partir da fé que professa. A figura de Cristo é o espelho em que descobre realizada a sua própria imagem. E dado que Cristo abraça em Si mesmo todos os crentes que formam o seu corpo, o cristão compreende-se a si mesmo neste corpo, em relação primordial com Cristo e os irmãos na fé. A imagem do corpo não pretende reduzir o crente a simples parte de um todo anónimo, a mero elemento de uma grande engrenagem; antes, sublinha a união vital de Cristo com os crentes e de todos os crentes entre si (cf. Rm 12, 4-5). Os cristãos sejam « todos um só » (cf. Gl 3, 28), sem perder a sua individualidade, e, no serviço aos outros, cada um ganha profundamente o próprio ser. Compreende-se assim por que motivo, fora deste corpo, desta unidade da Igreja em Cristo — desta Igreja que, segundo as palavras de Romano Guardini, « é a portadora histórica do olhar global de Cristo sobre o mundo »,[16] —, a fé perca a sua « medida », já não encontre o seu equilíbrio, nem o espaço necessário para se manter de pé. A fé tem uma forma necessariamente eclesial, é professada partindo do corpo de Cristo, como comunhão concreta dos crentes. A partir deste lugar eclesial, ela abre o indivíduo cristão a todos os homens. Uma vez escutada, a palavra de Cristo, pelo seu próprio dinamismo, transforma-se em resposta no cristão, tornando-se ela mesma palavra pronunciada, confissão de fé. São Paulo afirma: « Realmente com o coração se crê (…) e com a boca se faz a profissão de fé » (Rm 10, 10). A fé não é um facto privado, uma concepção individualista, uma opinião subjectiva, mas nasce de uma escuta e destina-se a ser pronunciada e a tornar-se anúncio. Com efeito, « como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, sem alguém que O anuncie? (Rm 10, 14). Concluindo, a fé torna-se operativa no cristão a partir do dom recebido, a partir do Amor que o atrai para Cristo (cf. Gl 5, 6) e torna participante do caminho da Igreja, peregrina na história rumo à perfeição. Para quem foi assim transformado, abre-se um novo modo de ver, a fé torna-se luz para os seus olhos.

[16] « Vom Wesen katholischer Weltanschauung (1923) », in: Unterscheidung des Christlichen. Gesammelte Studien 1923-1963 (Mainz 1963), 24.

Lumen Fidei, 22

O desemprego

A exclusão do trabalho por muito tempo ou então uma prolongada dependência da assistência pública ou privada corroem a liberdade e a criatividade da pessoa e as suas relações familiares e sociais, causando enormes sofrimentos a nível psicológico e espiritual.

Caritas in veritate [II-25] – Bento XVI

«Aprendei de Mim porque sou manso e humilde de coração»

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
No Greater Love, p. 51

Para nos tornarmos santos, precisamos de humildade e oração. Jesus ensinou-nos a rezar e também nos disse para aprendermos, seguindo o Seu exemplo, a ser mansos e humildes de coração. Só alcançaremos uma e outra coisa se soubermos o que é o silêncio. Tanto a humildade como a oração provêm de um ouvido, de uma inteligência e de uma língua que provaram o silêncio junto de Deus, pois Deus fala no silêncio do coração. Esforcemo-nos verdadeiramente por aprender a lição de santidade de Jesus, cujo coração era manso e humilde. A primeira lição dada por este coração é a de examinarmos a nossa consciência, sendo que o resto – amar, servir – surge logo a seguir. Este exame não é exclusivamente da nossa competência, mas releva de uma colaboração entre nós e Jesus. Não vale a pena perder tempo a contemplar inutilmente as nossas misérias; trata-se, isso sim, de elevar o coração a Deus e deixar que a Sua luz nos ilumine.

Se fores humilde, nada te afectará, nem a lisonja, nem a desgraça, pois saberás o que és. Se te repreenderem, não te sentirás desencorajado; e se alguém te disser que és santo, não te colocarás num pedestal. Se fores santo, agradece a Deus; se fores pecador, não te fiques por aí. Cristo diz-te para aspirares muito alto: não para seres como Abraão ou David, ou como qualquer outro santo, mas como o nosso Pai celeste (Mt 5,48). «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi» (Jo 15,16).

O Evangelho do dia 18 de julho de 2013

O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».

Mt 11, 28-30