domingo, 14 de julho de 2013

Amar a Cristo...

É com enorme alegria que sabemos que o Santo Padre está a usufruir de um abrandamento da sua atividade pública até à partida para o Brasil.

Ofereçamos a Jesus Cristo Nosso Senhor um pouco de repouso também, com as nossas orações, piropos, propósitos, enfim dar-Lhe o melhor de nós mesmos, e se for, “só”, sermos um bom exemplo, já Ele certamente se sentirá muitíssimo alegre e menos preocupado.

Amemo-Lo com todo o nosso coração bem como ao seu vigário, sem reservas e cheios de orgulho cristão!

JPR

Papa Francisco recorda São Camilo de Lélis, modelo do bom samaritano, e pede orações pela JMJ

Ao meio-dia deste domingo, o esperado encontro do Papa Francisco com a população de Castelgandolfo e os muitos peregrinos que enchiam a praça em frente da residência apostólica, para a oração mariana do Angelus. Em vez de falar da varanda central do palácio, o Papa preferiu dirigir-se à multidão em frente ao portão, que se situa sobre uma parte sobranceira em relação à multidão. Teve assim possibilidade, no final de oração, de abençoar pessoalmente os doentes, as crianças e os idosos.

Na sua alocução, para além de saudar os presentes, pedindo e assegurando orações, o Papa comentou o Evangelho deste domingo, com a parábola do bom samaritano, que refere a indiferença do sacerdote e do levita – pessoas ligadas ao culto – e sublinha a “compaixão” manifestada pelo samaritano, o único que se ocupou daquele pobre homem gravemente ferido, abandonado na berma da estrada. O exemplo do amor pelo próximo. “Mas por que é que Jesus escolhe um samaritano como protagonista da parábola?” – interrogou-se o Papa.

“Porque os samaritanos eram desprezados pelos judeus, por causa de diferentes tradições religiosas. E contudo Jesus faz ver que o coração daquele samaritano é bom e generoso e que… é ele que põe em prática a vontade de Deus, que quer a misericórdia mais do que os sacrifícios”. “Um homem que viveu plenamente este Evangelho do bom samaritano – sublinhou o Papa – foi o santo que recordamos hoje – São Caminho de Lellis, fundador dos “Ministros dos Enfermos” (“Camilianos”), patrono dos doentes e do pessoal dos serviços de saúde”.

“São Camilo morreu a 14 de julho de 1614: precisamente hoje tem início o seu IV centenário, que culminará daqui a um ano”.

O Papa saudou “com grande afecto” os filhos e filhas espirituais de São Camilo, que “vivem o seu carisma de caridade em contacto quotidiano”, dirigindo-se também, em geral, aos trabalhadores no campo da saúde, a todos deixando uma exortação: “Sede como ele, bons samaritanos! E também aos médicos, enfermeiros e aos que trabalham nos hospitais e casas de saúde, façam votos de que sejam animados pelo mesmo espírito”.

Confiando esta intenção a Nossa Senhora, o Papa Francisco acrescentou uma outra, a JMJ do Rio de Janeiro, para onde partirá daqui a uma semana, mas para onde estão já partindo muitos jovens. “Rezemos por esta grande peregrinação que já começa, para que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, guie os passos dos participantes e lhes abra os olhos para acolherem a missão que Cristo lhes dá”.

Depois das Ave-Marias (N. 'Spe Deus': oração do Angelus a qual inclui três Ave Marias), o Papa declarou-se em união de oração com os Prelados e fiéis da Igreja na Ucrânia, reunidos na catedral de Lutsk para a Santa Missa de sufrágio por ocasião dos 70 anos dos massacres de Volinia. “Tais atos, provocados pela ideologia nacionalista no trágico contexto da II Guerra Mundial, causaram dezenas de milhares de vítimas e feriram as relações fraternas de dois povos – polaco e ucraniano. Confio à misericórdia de Deus as almas das vítimas. Para os seus povos, peço a graça de uma profunda reconciliação e de um futuro sereno na esperança e na sincera colaboração pela comum edificação do Reino de Deus”.

Rádio Vaticano


Vídeo da ocasião em italiano

Papa em Castelgandolfo reconhece a beleza do lugar e recorda João Paulo II e Bento XVI

Um domingo diferente para o Papa Francisco, que se deslocou esta manhã a Castelgandolfo, para se encontrar – como disse - com os habitantes da cidade, com os peregrinos e com todos os visitantes.

O Papa Francisco chegou à Vila Pontifícia às 9h30, de automóvel, tendo tido imediatamente um encontro com o pessoal da Residência e dos jardins. Presentes, também, para o saudar, o bispo de Albano (diocese a que pertence Castelgandolfo), o diretor da Villa e a presidente da Câmara. Numa breve intervenção, o Papa agradeceu o acolhimento e referiu-se às pessoas que “justamente amam este lugar, encantados com a sua beleza e encontrando ali um momento de descontracção”.

Uma referência especial, reservou-a o Papa Francisco aos seus predecessores:
“Neste momento o meu pensamento vai ao Beato João Paulo II e a Bento XVI, que gostavam de passar parte do período do verão nesta residência pontifícia. Muitos de vós tiveram ocasião de os encontrar e acolher, conservando uma cara recordação. Que o seu testemunho seja sempre de encorajamento na fidelidade quotidiana a Cristo e no contínuo esforço para viver uma vida coerente com as exigências do Evangelho e o ensinamento da Igreja.”

A concluir este primeiro momento do seu programa dominical, o Papa confiou todos os presentes à Virgem Maria (recordando a memória de Nossa Senhora do Carmo, depois de amanhã) e pediu orações…
“Rezai por mim. Bem preciso… Não vos esqueçais de mim. Rezai também vós por mim e pelo meu serviço. Renovo a cada um a minha gratidão e abençoo-vos de coração. Obrigado”.

Ao meio-dia, o esperado momento de encontro com a comunidade, para a oração mariana do Angelus, provavelmente da varanda central da residência apostólica. O Papa almoça depois com a comunidade dos jesuítas do Observatório astronómico (‘Specola vaticana’), que é dirigido por um argentino, Padre José Gabriel Funes. Logo depois, o regresso ao Vaticano.

Rádio Vaticano

Vídeo da ocasião em italiano

Bom Domingo do Senhor!

Olhemos para o nosso próximo como o samaritano da parábola que o Senhor nos conta no Evangelho de hoje (Lc 10, 25-37), fazendo-o sempre estaremos a cumprir o mandamento que nos ensinou e próprio de todo o bom filho de Deus.

Louvado seja Deus Nosso Senhor Jesus Cristo pelas palavras de Verdade e Amor que nos deixou!

Quem chorou hoje no mundo?

"Senti que devia vir hoje aqui para rezar e manifestar a minha proximidade"

É o hábito do sofrimento do outro que alimenta a globalização da indiferença e adensa o número de "responsáveis sem nome nem rosto". Foi duríssima a condenação do Papa Francisco, ao falar de Lampedusa, no extremo sul da Europa; mas ele dirigia-se ao mundo, chamando-o às suas responsabilidades diante do drama de quantos são obrigados a fugir da própria terra em busca de paz e dignidade.

O Papa explicou que a primeira viagem do seu pontificado é precisamente para eles, para estas vítimas de uma violência inaudita.

Quando, há algumas semanas, recebeu a notícia de mais uma tragédia do mar, recordou: "senti que devia vir aqui hoje para rezar, para realizar um gesto de proximidade, mas também para despertar as nossas consciências a fim de que o que aconteceu não se repita". E invocou o Senhor, pedindo "perdão pela indiferença em relação a tantos irmãos e irmãs; por quantos adormeceram, fechando-se no próprio bem-estar que leva à anestesia do coração, e por aqueles que, com as suas decisões a nível mundial, criaram situações que levam a estes dramas".

(© L'Osservatore Romano - 14 de Julho de 2013)

Oito bispos portugueses nas catequeses no Brasil

A comitiva portuguesa na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, no Brasil, vai integrar cerca de 600 jovens e nove bispos, oito dos quais vão participar em duas catequeses.

Segundo a organização vão estar presentes no Brasil D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, D. Antonino Dias, de Portalegre-Castelo Branco, também D. José Cordeiro, de Bragança-Miranda, D. António Vitalino, de Beja, os bispos auxiliares de Lisboa D. Nuno Brás e D. Joaquim Mendes, ainda D. Virgílio do Nascimento Antunes, de Coimbra, D. Manuel da Rocha Felício, da Guarda e o arcebispo de Braga D. Jorge Ortuga.

Cada dia será conduzido por uma proposta diferente relacionada com o tema do encontro «Ide e fazer discípulos entre todas as nações», explica o Departamento nacional da Pastoral Juvenil num comunicado à Agência ECCLESIA.

O encontro de cada dia pautado por “testemunhos, catequese do bispo, partilha com perguntas e respostas, e a homilia na eucaristia”, que encerra o encontro do dia.

Cada edição da JMJ é concebida como uma peregrinação que tem por objectivo proporcionar aos jovens uma relação com Cristo e “ajudá-los a viver um encontro pessoal com Ele”.

As catequeses são “uma pedagogia consolidada pela experiência”, através de uma proposta “kerigmática, sacramental, catequética da fé” que coloca em “comunhão jovens que crêem provenientes do mundo inteiro”.

O tempo de catequese oferece uma ocasião para escutar uma palavra de fé, na própria língua, chegando a juntar, conforme a capacidade dos espaços, 5000 pessoas.

A Jornada Mundial da Juventude vai decorrer no Rio de Janeiro, no Brasil, entre os dias 23 e 28 de julho.

LS / Agência Ecclesia

Proximidade com aqueles que enfrentam dificuldades

Já me referi a algumas dessas “preocupações” de agora e de sempre: a vida da Igreja e do mundo, a salvação das almas, o apostolado quotidiano, que deveriam estar presentes em todos os filhos de Deus. Outras, talvez mais imediatas, estão relacionadas com a crise que afeta muitos países em todo o lado, embora com intensidade diferente. Não ignoro as suas consequências, e também sei que, por causa dessas dificuldades, alguns se podem sentir particularmente angustiados: o desemprego, a obrigatoriedade de renunciar ao mínimo necessário de conforto, com a urgência de fazer mil e um equilíbrios para que o orçamento familiar chegue até ao fim do mês, se é que chega. Garanto-vos que me sinto muito perto de todos e de cada um, e rezo especialmente pelos que se encontram em maiores dificuldades. Sem deixarmos de realizar as diligências necessárias – os governantes e todos – para sair quanto antes desta situação, o meu conselho é que confiemos no Senhor e Lhe ofereçamos com alegria a escassez que devamos suportar.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta de mês de julho de 2012)

O Bom Samaritano

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de Lucas, 7,73; SC 52


«Um homem descia de Jerusalém para Jericó». […] Jericó é o símbolo do mundo para o qual, depois de ter sido expulso do Paraíso, ou seja, da Jerusalém celeste, Adão desceu. […] O exílio de Adão não consiste numa mudança de lugar, mas de comportamento. E que mudança! Este Adão que usufruía de uma felicidade sem preocupações, quando se abaixou aos pecados deste mundo, deparou com os salteadores. […] E quem são estes salteadores, senão os anjos da noite e das trevas, que por vezes se disfarçam em anjos de luz (2Cor 11, 14), mas que não podem sê-lo durante muito tempo? Eles começam por nos despojar das vestes da graça espiritual que recebemos, e é assim que geralmente nos ferem. […] Tem pois o cuidado de não te deixares despojar como Adão, que foi privado da protecção dos mandamentos de Deus e desprovido das vestes da fé. Foi por isso que recebeu um ferimento mortal, ao qual todo o género humano teria sucumbido se o Samaritano não tivesse vindo curar essas feridas horrendas.

Mas este Samaritano não é qualquer um: é aquele que não desdenhou o homem que o sacerdote e o levita desdenharam. […] Este Samaritano descia; ora, «ninguém subiu ao céu, a não ser Aquele que desceu do céu, o Filho do Homem» (Jo 3, 13). Vendo meio morto este homem que ninguém tinha podido curar, […] aproximou-Se dele; ou seja, aceitando sofrer connosco, fez-Se nosso próximo e, exercendo de misericórdia para connosco, fez-Se nosso vizinho.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)