segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cardeal Schönborn fala dos 'sinais especiais' que levaram Cardeais a eleger Bergoglio

O Cardeal Arcebispo de Viena, Christoph Schönborn  falando nos dias passados num encontro realizado na 'Royal Albert Hall', organizado pela anglicana 'Holy Trinity Brompton Church', revelou que 'sinais' especiais guiaram os Cardeais reunidos no Conclave na escolha de Bergoglio, segundo refere o site CatholicCulture.org.

Durante sua conferência, o Cardeal Schönborn observou que somente a intercessão do Espírito Santo poderia explicar como o Conclave se tenha orientado, em tão pouco tempo, na escolha do Cardeal de Buenos Aires, cujo nome não circulava nos prognósticos como de um 'papável'. O purpurado austríaco, muito ligado ao predecessor do Papa Francisco, Bento XVI, (foi seu aluno em Ratisbona), disse estar certo que muitos Cardeais tenham recebido sinais que sugeriram a eles que Bergoglio era o escolhido.

“Fomos guiados pelo Espírito Santo em direção àquele homem que estava sentado no último canto da Capela Sistina: este homem é um escolhido” - disse o Cardeal -, indicando, em seguida, dois fortes sinais a nível pessoal que indicavam Bergoglio: “de um dos sinais posso falar – explicou -, do outro não, pois ocorreu no Conclave. Trataram-se de verdadeiros sinais, através os quais o Senhor me indicava: 'É ele'”.

Uma das 'indicações' que o purpurado recebeu, fora do Conclave, ocorreu após a missa 'Pro eligendo Pontifice', celebrada na Basílica de São Pedro na manhã de 12 de março: “encontrei um casal amigo de latino-americanos, fora da Basílica e lhes pedi: 'Vocês tem o Espírito Santo, poderiam me dar um conselho para o Conclave que iniciará em poucas horas?' A mulher então me sussurrou no ouvido: 'Bergoglio', esta é a indicação do Espírito Santo”.

Rádio Vaticano com adaptação de JPR

Amar a Cristo...

Amado Jesus Cristo, ajuda-nos a proclamar a nossa fé e a explicá-la com carinho, paciência e amor àqueles que persistem em ignorá-la. Dá-lhes a humildade e inteligência de coração para abraçar a alegria da fé, que nos transforma e faz mais apaixonados pelas coisas do alto e ensina a perceber o valor efémero das terrenas.

Como bem sabes, a tarefa é árdua, pois como nos alertaste na parábola do rico avarento eles não Te querem ouvir, mas também sabemos que vieste para curar os precisam, pelo que te rogamos que nos faças bons apóstolos de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que sois um só, e nos ajudes a transmitir a fé em Vós e na Vossa Palavra.

Louvado sejais para todo o sempre que o Teu Santo Nome seja proclamado até aos confins do mundo!

JPR

Papa lança “Missio” – aplicativo com as notícias da Agência Fides

As notícias da Agência Fides agora também estão disponíveis num aplicativo para smartphones.

Chamado “Missio”, o serviço foi inaugurado pelo Papa Francisco durante a audiência, no Vaticano, com os Diretores Nacionais das Pontifícias Obras Missionárias e com os funcionários da Agência Fides, na última sexta-feira.

O Papa Francisco clicou num iPad, lançando o aplicativo desenvolvido por Pe. Andrew Small, OMI, Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias nos Estados Unidos.

“Missio” contém as notícias publicadas no site “news.va”, fotos, vídeos e homilias do Papa, as notícias da Igreja no mundo através do serviço em oito línguas da Agência Fides.

“Santo Padre, queremos colocar o Evangelho no bolso de todos os jovens do mundo”, disse o Pe. Small ao Pontífice, que tocou uma tecla em que estava escrito “Evangelizantur”, que em latim significa “Sejam evangelizados”.


No primeiro dia, o aplicativo foi baixado por 1.140 pessoas em 27 países. “Nossa finalidade é ajudar as pessoas a olharem o mundo através dos olhos da fé”, explicou Pe. Small.

O App pode ser descarregado gratuitamente no iTunes, App Store e no Google Play. Está disponível em oito línguas, entre as quais o português.

Rádio Vaticano

"Tudo é possível a quem acredita!"

Como garante Jesus no Evangelho, é verdade que “tudo é possível a quem crê”: assegurou o Papa Francisco, nesta segunda-feira de manhã, na homilia da missa celebrada na capela da Casa de Santa Marta, com um numeroso grupo de jornalistas da Rádio Vaticano, incluindo os do nosso programa de língua portuguesa.

O Papa comentava o Evangelho do dia, com o caso de um jovem há muito anos em situação de grave mal-estar atribuído à possessão diabólica. O pai suplica a Jesus que intervenha: “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos!” “Tudo é possível a quem acredita” – responde Jesus. “Eu creio, ajuda a minha pouca fé” – responde, “em altos brados”, o pai. E o Senhor intervém, entregando-lhe o filho são e salvo. À parte, os discípulos interpelam Jesus: por que é que nós não tínhamos conseguido expulsar este espírito maligno, e tu sim? Só com a oração é que se consegue – adverte Jesus.

O Papa Francisco convidou pois a uma oração confiante, cheia de fé. E sugeriu que peçamos a Jesus, repetidamente, ao longo do dia, como o pai de que fala o Evangelho: “Eu creio, Senhor, mas ajuda a minha pouca fé”.

Como exemplo de uma situação semelhante, no nosso tempo, o Papa Francisco contou a história de um casal argentino que tinha uma filha de sete anos que os médicos tinham declarado um caso perdido, com apenas algumas horas de vida. Aflito, o pai deixou o hospital e apanhou uma camioneta para o santuário de Nossa Senhora de Luján, a mais de duas horas de viagem. Quando ali chegou, encontrou tudo fechado, mas ficou horas e horas, toda a noite, agarrado às grades do santuário, gritando a sua dor e invocando a intervenção do céu para a filha que estava a morrer.

Aquele homem, cheio de fé, “combateu com Deus”, com a sua oração insistente – comentou Papa Francisco. De manhã, voltou à cidade e encontrou a esposa banhada em lágrimas, no hospital. “Não entendo nada!” – dizia-lhe ela. Contrariamente à sentença dos médicos, a filha não tinha morrido, mas encontrava-se - inexplicavelmente - curada. Ainda hoje há milagres – comentou, a concluir, o Papa. Rezemos com fé. E peçamos ao Senhor que aumente a nossa pouca fé.

Rádio Vaticano

Vídeo da ocasião em espanhol

A verdadeira conspiração (excerto)

(...)
Sabemos bem como as dificuldades levam muitos a carregar no acelerador retórico, disparando a grande velocidade para a asneira. Mas, apesar do que dizem, é muito difícil destruir Portugal.

Quer isto dizer que um malévolo não teria forma de conseguir os seus perversos intentos? Não. Há uma maneira, e é simples. Para matar um homem cortando-lhe os braços, é precisa uma espada; para o atingir no coração, basta uma agulha. A maneira mais eficiente de dar cabo de um povo é ferir o seu núcleo mais central. E é isso exactamente que nos está a acontecer.

Não existe nenhuma conversa sobre a família em que não se oiça que ela é a célula base da sociedade. Que poderemos então concluir da sua dramática crise contemporânea, senão que ela põe em risco a sobrevivência nacional? A única dedução possível é que está bastante adiantada uma degradação de todo o tecido cultural, de onde só recuperaremos com muita dificuldade. Um povo com dúvidas sobre o sentido de "cidadão" sofreria graves consequências. Que dizer de um que degrade o conceito de casamento?

A queda demográfica chega, só por si, para justificar enorme preocupação. Sem filhos não há futuro e a inversão da pirâmide etária cria vastas consequências. Como pretender crescimento económico numa população em regressão? Mesmo assumindo que a tacanhez actual só liga a questões económicas, fiscais e políticas, já teria aí muito com que se entreter.

A isto juntam-se as brutais consequências humanas, psicológicas, educativas, culturais e sociais que nascem de famílias em desagregação. Conflitualidade conjugal, explosão de divórcios, desequilíbrio emocional, precarização de relações, penetração do egoísmo, são sintomas evidentes e ameaçadores. O resultado é solidão, desespero ou embriaguez.

Tudo nasce de uma ideologia lasciva que impõe o postulado de que no sexo todos os prazeres são equivalentes e devem ser excitados. Esta mentira evidente e clamorosa consegue passar por razoável na propaganda libertina. O tempo que teme tabaco e obesidade promove divórcio, aborto, promiscuidade e depravação.

O que mais espanta é a apatia generalizada da população perante a podridão, enquanto se enfurece e assusta com questões económicas, secundárias e passageiras. As elites de poder, do CDS, PSD e PS, aplaudidas por PCP e BE, são parte activa do problema, não da solução. As leis recentes sobre o tema envergonhar-nos-ão durante séculos.

Portugal está doente, muito doente. Não pelo défice e dívida, nem sequer pelo desemprego e recessão. Tudo isso resolve-se em anos. A verdadeira doença que, mesmo não fatal, deixará mazelas por gerações, é a incompreensível, boçal e brutal dissolução familiar. Assim este período ficará marcado na nossa história. Se houver história.

João César das Neves in DN online AQUI

Solenidade do Pentecostes (excerto da homilia no Oratório São Josemaria do Pe. José Afonso Guedes nesta Solenidade em 2011)


«O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: O amor de Deus, o amor eterno entre o Pai e o Filho. A nossa participação na vida divina consiste precisamente em entrar nessa dinâmica de amor: porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi concedido Rm5,5.

«Senhor que dá a vida». Assim como a alma anima o corpo, i.e,, lhe dá vida, assim o Espírito Santo dá a vida à Igreja e dá vida sobrenatural à nossa alma.

Uma alma que não está animada pelo Espírito Santo é uma alma desanimada, cheia de medos e hesitações, como, de algum modo, os apóstolos antes de Pentecostes.

Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas verificamos uma grande Transformação na atitude dos apóstolos nesse dia. Os seus medos converteram-se em certezas, as suas hesitações em audácia. Lançaram-se a falar de Deus.....Estavam, de facto, ébrios do Espírito Santo: um a sóbria e santa ebriedade. E é nessa ebriedade que nos dá o Espírito Santo, o Amor de Deus, que encontramos a força e o ânimo para a nossa vida. Enganamo-nos quando a procuramos noutros sítios. Um amor que, se é verdadeiro, necessariamente é transformador: as pessoas que amam começam a portar-se melhor. Assim aconteceu com os apóstolos .....A Igreja e cada um de nós vive constantemente da efusão do Espírito Santo, sem o qual esgotaríamos as próprias forças, como uma barca à vela à qual faltasse o vento......Os dons do Espírito Santo que são como as velas da barca, que permitem avançar mais rapidamente com o sopro do vento. é bom que os recordemos para pedirmos ao Espírito Santo que os reforce na nossa alma».

(Copiado da página no Facebook de Augusto Castelo Branco)

Nossa Senhora de Fátima e Lenine

Recinto do Santuário de Fátima
Nossa Senhora de Fátima, aliás Maria de Nazaré, e Vladimir Ilitch Ulianov, mais conhecido por Lenine, têm algumas curiosas afinidades, que, se não forem meras coincidências, são inquietantes manifestações de um desígnio transcendente.

O primeiro facto que os relaciona é a “conversão da Rússia”, que ambos, embora de forma diametralmente oposta, se propuseram realizar. Lenine, através da revolução de Novembro de 1917, converteu o império ortodoxo dos czares na ateia URSS. Maria, a 13 de Julho de 1917, também se propôs converter a Rússia… mas no sentido contrário! Não é estranho que um revolucionário queira converter um Estado cristão num país ateu, mas tem que se lhe diga que alguém queira converter numa sociedade cristã um país que já o é, porque sabe que, entretanto, vai deixar de o ser! Com efeito, naquela altura ninguém podia supor necessária a conversão da Rússia, para voltar a ser o que na data já era! Terá sido mera casualidade que, antes de aparecido o mal, já tivesse sido preconizada a cura?!

A segunda ocorrência dá-se a 13 de Maio de 1917, dia da primeira aparição na Cova da Iria e data em que Lenine redige o seu “credo ateu”. Esta sua profissão de fé ateia – Dostoievski disse que os russos têm tanta fé que alguns até são ateus! – foi provocada pelo assassinato, em Sampetersburgo, a futura Leninegrado, de uma professora e das crianças a quem dava catequese.

Meras coincidências? Talvez. Mas para a ciência, como para a fé, não há acasos. O que a razão humana não consegue explicar cientificamente, a fé entende que pode ser uma manifestação da Providência que, como alguém disse, é Deus quando viaja incógnito pelos caminhos dos homens, fazendo-os divinos.

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada in ‘i’ online http://www.ionline.pt/iOpiniao/nossa-senhora-fatima-lenine

Vocação

A minha vida tem de ser como a da Madre Teresa?

É uma possibilidade. Mas as vocações são muito variadas. Nem todo o mundo deve ser uma Madre Teresa. Também um grande cientista, um grande erudito, um músico, um simples artesão ou um operário podem ter uma vida plena, pois são pessoas que vivem a sua existência com honradez, lealdade e humildade... [...] Cada vida traz consigo a sua própria vocação, tem o seu próprio código e o seu próprio caminho. Ninguém é uma mera imitação obtida com um molde, mais um entre uma profusão de exemplares iguais. E cada pessoa necessita também de coragem criativa para viver a sua vida e não se converter numa cópia dos outros.

O senhor se lembrará da parábola do servo preguiçoso, que enterra o seu talento para que nada aconteça com ele, e compreenderá o que quero dizer. Trata-se de um homem que se nega a assumir o risco da existência, a desfraldar toda a sua originalidade e a expô-la às ameaças que isso necessariamente traz consigo.

(Cardeal Ratzinger em ‘La fe, de tejas abajo’)

«Eu creio!...»

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara 
Meditações sobre os Evangelhos


A virtude que Nosso Senhor recompensa, a virtude que Ele louva, é quase sempre a fé. Por vezes louva o amor, como com Madalena (Lc 7,47); por vezes a humildade, mas esses exemplos são raros; é quase sempre a fé que recebe Dele recompensa e louvores. Porquê? Sem dúvida porque a fé é, se não a mais alta virtude (a caridade ultrapassa-a), pelo menos a mais importante, pois é o fundamento de todas as outras, incluindo a caridade, e também porque é a mais rara.

Ter verdadeiramente fé, a fé que inspira todas as acções, essa fé sobrenatural que despoja o mundo da sua máscara e mostra Deus em todas as coisas; que faz desaparecer todos os impossíveis; que retira sentido às palavras de inquietação, de perigo, de medo; que faz com que se caminhe na vida com uma calma, uma paz e uma alegria profundas, como um menino levado pela mão da mãe; que conduz a alma a um desapego tão absoluto de todas as coisas sensíveis, cujo vazio e puerilidade detecta claramente; que proporciona uma tal confiança na oração, a confiança da criança que pede uma coisa boa a seu pai; essa fé que nos mostra que tudo o que não for agradar a Deus é mentira; essa fé que nos faz ver tudo a outra luz — os homens como imagens de Deus, que é preciso amar e venerar, como retratos do nosso Bem-Amado, a quem devemos fazer todo o bem possível; as outras criaturas, como coisas que devem, sem excepção, ajudar-nos a ganhar o céu, louvando a Deus, quer através delas quer privando-nos delas — essa fé que, deixando entrever a grandeza de Deus, nos faz ver a nossa pequenez; que nos leva a fazer sem hesitar, sem corar, sem temer, sem jamais recuar, tudo o que é agradável a Deus: oh como é rara essa fé! Meu Deus concede-ma! Meu Deus eu creio, mas aumenta a minha fé! Meu Deus, faz com que eu creia e ame.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!»

Catecismo da Igreja Católica §§ 160-165

Para ser humana, «a resposta da fé, dada pelo homem a Deus, deve ser voluntária. Por conseguinte, ninguém deve ser constrangido a abraçar a fé contra vontade. Efectivamente, o acto de fé é voluntário por sua própria natureza. [...] Isto foi evidente, no mais alto grau, em Jesus Cristo» (II Concílio do Vaticano, Dignitatis Humanae). De facto, Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo nenhum constrangeu alguém. [...] Para obter a salvação é necessário acreditar em Jesus Cristo e n'Aquele que O enviou para nos salvar (Mc 16,16; Jo 3,36; 6,40). [...]

A fé é um dom gratuito de Deus ao homem. Mas nós podemos perder este dom inestimável. [...] Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-la aumente (Mc 9,24; Lc 17,5; 22,32); ela deve «agir pela caridade» (Gl 5,6; Tg 2,14-26), ser sustentada pela esperança (Rm 15,13) e permanecer enraizada na fé da Igreja.

A fé faz com que saboreemos, como que de antemão, a alegria e a luz da visão beatífica, termo da nossa caminhada nesta Terra. Então veremos Deus «face a face» (1Cor 13,12), «tal como Ele é» (1Jo 3,2). A fé, portanto, é já o princípio da vida eterna. [...] Por enquanto, porém, «caminhamos pela fé e não vemos claramente» (2Cor 5,7). [...] Luminosa por parte d'Aquele em quem ela crê, a fé é muitas vezes vivida na obscuridade, e pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos parece muitas vezes bem afastado daquilo que a fé nos diz: as experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa-Nova. [...] É então que nos devemos voltar para as testemunhas da fé: Abraão, que acreditou, «esperando contra toda a esperança» (Rm 4,18); a Virgem Maria, [...] na «peregrinação da fé» (II Concílio do Vaticano, Lumen Gentium); e tantas outras testemunhas da fé: «envoltos em tamanha nuvem de testemunhas, devemos desembaraçar-nos de todo o fardo e do pecado que nos cerca e correr com constância o risco que nos é proposto, fixando os olhos no guia da nossa fé, Jesus, O qual a leva à perfeição» (Hb 12,1-2).

O Evangelho do dia 20 de maio de 2013

Chegando junto dos discípulos, viu uma grande multidão em volta, e os escribas a discutirem com eles. E logo toda aquela multidão surpreendida por ver Jesus, correu para O saudar. Perguntou-lhes: «Que estais a discutir entre vós?». Um de entre a multidão respondeu-Lhe: «Mestre, eu trouxe-Te meu filho que está possesso de um espírito mudo, que, onde quer que se apodere dele, o lança por terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica rígido. Pedi aos Teus discípulos que o expulsassem e não puderam». Jesus respondeu-lhes: «Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-Mo cá». Trouxeram-Lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência e, caído por terra, revolvia-se espumando. Jesus perguntou ao pai dele: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». Ele respondeu: «Desde a infância. O demónio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém Tu, se podes alguma coisa, ajuda-nos, tem compaixão de nós». Jesus disse-lhe: «Se podes...! Tudo é possível a quem crê». Imediatamente o pai do menino exclamou: «Eu creio! Auxilia a minha falta de fé». Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe: «Espírito mudo e surdo, Eu te mando, sai desse menino e não voltes a entrar nele!». Então, dando gritos e agitando-se com violência, saiu dele, e o menino ficou como morto, tanto que muitos diziam: «Está morto». Porém, Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele pôs-se em pé. Depois de ter entrado em casa, Seus discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque o não pudemos nós expulsar?». Respondeu-lhes: «Esta casta de demónios não se pode expulsar senão mediante a oração».

Mc 9, 14-29