segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Amar a Cristo...

Jesus ofendem-Te de todas as formas e Tu estás sempre de pé como durante a flagelação que precedeu a Tua coroação, ensina-me a tudo suportar mesmo quando Te ofendem ofendendo a Tua Igreja.

Obrigado Filho de Deus que com o Pai e o Espírito que de Vós procede sois a Santíssima Trindade!

JPR

Imitação de Cristo, 3, 54, 7 - Dos diversos movimentos da natureza e da graça

A graça é uma luz sobrenatural e um dom especial de Deus; é propriamente o sinal dos escolhidos e o penhor da salvação eterna, pois eleva o homem das coisas terrenas ao amor das celestiais, e de carnal o torna espiritual. Quanto mais, pois, é oprimida e dominada a natureza, tanto maior graça é infundida, e tanto mais cada dia é renovado o homem interior, conforme a imagem de Deus.

Saber abrir o caminho a Deus

«Mesmo para as pessoas crentes, totalmente abertas a Deus, as palavras divinas não são à primeira vista compreensíveis e esclarecedoras. Quem pede à mensagem cristã a compreensão imediata do que é banal, fecha o caminho a Deus. Onde não há humildade do mistério acolhido, a paciência que recebe em si, conserva e se deixa lentamente abrir ao que não se compreende, aí a semente da Palavra caiu sobre a pedra; não encontro a boa terra».

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Seguros da presença de Deus

«Vivei na união e na paz, e Deus estará certamente convosco, pois Deus é um Deus de paz, e aí põe as Suas delícias. O seu amor produzirá a vossa paz e todos os males serão desterrados da vossa Igreja»

(Homília sobre 2 cor, 30 – São João Crisóstomo)

Parce mihi Domine (Cristóbal de Morales, 1500-1553) Jan Garbarek -Diego Velázquez



Parce mihi Domine - Latim (Job 7:16-21)

Parce mihi Domine, nihil enim sunt dies mei.
Quid est homo, quia magnificas eum?
Aut quid apponis erga eum cor tuum?
Visitas cum diluculo, et subito probas illum.
Usquequo non parcis michi, nec dimittas me, ut glutiam salivam meam?
Peccavi. Quid faciam tibi, o custos hominum?
Quare posuisti me contrarium tibi, et factus sum michimet ipsi gravis?
Cur non tollis peccatum meum, et quare non aufers iniquitatem meam?
Ecce nunc in pulvere dormio; et si mane me quesieris, non subsistam.

«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa 
Revelações do Amor Divino, cap. 48


A meu ver, a misericórdia [de Deus] consiste no amor que opera com a doçura e a plenitude da graça, numa superabundante compaixão. Ela põe mãos à obra para nos defender e para que todas as coisas resultem em nosso bem. Desse modo, por amor, permite que em certa medida vacilemos; e quanto mais vacilamos, mais caímos, e quanto mais caímos, mais morremos. [...] Apesar disso, nunca se separa de nós o doce olhar da piedade e do amor, não cessa nunca a obra da misericórdia.

Vi qual é o bem próprio da misericórdia e o da graça: são dois aspectos de um único amor. A misericórdia é atributo da compaixão, proveniente duma ternura materna; a graça é atributo da glória, proveniente do majestoso poder do Senhor no mesmo amor. A misericórdia defende, ampara, vivifica e cura, e em tudo isso é ternura amorosa; a graça edifica e recompensa infinitamente mais do que o merece quer a nossa vontade, quer o nosso trabalho, e assim propaga e manifesta a generosidade que Deus, nosso Senhor soberano, nos prodigaliza na Sua maravilhosa afabilidade. Tudo isso provém da abundância do Seu amor, já que a graça transforma a nossa terrível fraqueza em abundante e infinita consolação, a nossa vergonhosa queda em sublime e glorioso reerguer-se, a nossa triste morte em santa e bem-aventurada vida.


Tudo isto vi, por certo: de cada vez que a nossa perversidade neste mundo nos conduz ao sofrimento, à vergonha e à aflição, no céu, ao contrário, a graça nos reconforta e nos conduz à glória e à felicidade; e com tal superabundância que, ao chegarmos ao céu e recebermos a recompensa que a graça aí preparou para nós, agradeceremos e bendiremos a Nosso Senhor, ao mesmo tempo que nos alegraremos por termos sofrido tais adversidades. E esse ditoso amor será de tal ordem, que conheceremos em Deus certas coisas que nunca teríamos conhecido se não tivéssemos passado por tais provações.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 25 de fevereiro de 2013

Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á. Uma medida boa, cheia, recalcada e a transbordar vos será lançada nas dobras do vosso vestido. Porque, com a mesma medida com que medirdes para os outros, será medido para vós».

Lc 6, 36-38