Amar a Cristo...

Senhor Jesus beijamos-Te várias vezes ao dia no crucifixo que temos na secretária de trabalho, muitas vezes é um simples beijo com um fugaz pensamento, noutras de dialogo conTigo, mas fica-nos sempre a devoção e o amor que Te temos e também o reconhecimento da nossa condição de pecadores que tudo Te devemos.

Jesus Cristo, Mestre, Companheiro e Amigo ajuda-nos a louvar-Te e amar-Te com a grandeza que só Tu mereces!

JPR

A humanidade do Senhor

Nas primeiras semanas do Tempo Comum, e depois na Quaresma, a Igreja apresenta-nos cenas em que sobressaem tanto a divindade como a humanidade do Senhor. Juntamente com os grandes milagres que manifestam a Sua natureza divina, somos também testemunhas da realidade da Sua natureza humana: passava fome e sede, esgotava-se fisicamente nas longas caminhadas de um lugar para outro, enchia-se de alegria ao encontrar corações que se abriam à graça e enchia-se de pena quando outros resistiam. Comentando um desses momentos, por exemplo, S. Josemaria exclamava: tinha fome. O Criador do universo, o Senhor de todas as coisas passa fome! Senhor, agradeço-Te que por inspiração divina o escritor sagrado tenha deixado essa referência nesta passagem, com um pormenor que me faz amar-Te mais, que me ensina a desejar vivamente a contemplação da Tua Humanidade Santíssima! Perféctus Deus, perféctus homo (Símbolo Quicúmque), perfeito Deus e perfeito Homem, de carne e osso, como tu, como eu [18].

Se perseveramos neste caminho, de Nazaré até à Cruz, abrir-se-ão para nós as portas da vida divina em toda a sua extensão. Porque convivendo com Cristo homem, aprendemos a conviver com Cristo Deus e, n’Ele e por Ele, com o Pai e o Espírito Santo: com Deus uno e trino. O nosso Fundador garantia que, no caminho da santidade, chega o momento em que o coração precisa de distinguir e adorar cada uma das Pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo. E submete-se facilmente à atividade do Paráclito vivificador, que Se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais [19]!

[18]. S. Josemaria, Amigos de Deus, n. 50.
[19]. S. Josemaria, Amigos de Deus, n. 306.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de fevereiro de 2013)

Imitação de Cristo, 3, 52, 2-1/2 - Que o homem se não repute digno de consolação, mas merecedor de castigo

Que direi eu, coberto de culpa e confusão? Não posso abrir a boca senão para dizer esta palavra: Pequei, Senhor, pequei; tende piedade de mim, perdoai-me! Deixai-me um pouco de tempo para desafogar a minha dor, antes de descer para a terra tenebrosa, coberta das sombras da morte ( 10, 20.21). Que mais exigis do culpado e mísero pecador senão que se humilhe e tenha contrição dos seus pecados? Pela contrição sincera e humilde do coração nasce a esperança do perdão, reconcilia-se a consciência perturbada, recupera-se a graça perdida, preserva-se o homem da ira futura, em ósculo santo une-se Deus à alma arrependida.

Impressiona ouvir e ver a lucidez do Papa que esta manhã falou de improviso aos párocos de Roma

“Estareis sempre junto a mim e eu a vós mesmo estando escondido do mundo”.

Bento XVI evocou as suas recordações pessoais do Concílio Ecuménico Vaticano II, sublinhando alguns aspetos teológicos de especial relevo, sem evitar as questões mais difíceis e conflituosas que o Concílio teve que enfrentar, “o Concílio dos media criou tanta calamidade. No início o Concílio virtual foi mais forte que o real”

O encontro terminou com o Pater Nostre cantado em latim por Bento XVI e todos os presentes a que se seguiu a bênção apostólica.

(JPR com base na transmissão direta na ‘news.va’ e ‘tweets’ de Andrea Trornielli)

Vídeo da ocasião com as palavras iniciais do Papa em italiano

‘Santidade’ de Graça Franco

Há momentos na história do mundo que vale a pena viver. Na história da Igreja estaremos certamente a viver um desses momentos. Perante a perplexidade gerada pelo anúncio da resignação de um Papa como Bento XVI, é para os cristãos reconfortante pensar que, apesar das múltiplas crises que se abateram sobre a Igreja, a condução do seu destino tem estado há mais de meio século entregue a homens tão diferentes quanto verdadeiramente excepcionais.

Perante o exemplo de vida e coragem destes homens, faz redobrado sentido o título que tradicionalmente os católicos atribuem aos sucessores de Pedro: Santidade. Com a partida voluntária de Bento XVI é hora de desfraldar o cartaz que hoje mesmo alguns fiéis ostentavam na sua última audiência de quarta-feira: Obrigado, santidade! 

Obrigada, pelo vigor do seu pensamento de intelectual em diálogo permanente com o mundo moderno, sensível à multiplicidade dos seus sinais, e pelo seu pontificado único e tantas vezes inesperado. Por essa imagem inesquecível de recolhimento e oração, no mais profundo silêncio, no aeródromo de Quatro Ventos (nas jornadas de Madrid) rodeado de milhares e milhares de jovens dispostos a enfrentar, na segura companhia de Pedro, todos os vendavais. 

Mas obrigada também por este último e precioso exemplo de humildade, liberdade, lucidez e coragem. Tão desafiante quanto diferente da permanência de João Paulo II até ao minuto final, fazendo da sua própria vida, e experiência de sofrimento, um elemento essencial de catequese. 

Da herança do actual Papa faz parte a capacidade de sarar as feridas de uma Igreja a braços com a vergonha do escândalo da pedofilia e das infidelidades no seio da própria Cúria, combatendo o silenciamento e o pecado de forma intransigente. Como farão também os frutos do seu diligente arrumar da casa, traduzido numa notável renovação do episcopado mundial, promovida na convicção de que o vigor das comunidades depende muito da fé e da acção dos respectivos pastores. 

Fica ainda o desafio lançado à coerência dos crentes, chamados a testemunhar, nas respectivas vidas, as razões da sua alegria e esperança na defesa da Verdade num mundo cada vez mais relativista. Sem esquecer a notável renovação e impulso dado aos ensinamentos da doutrina social da Igreja, de que a encíclica Caridade na Verdade e a última Mensagem de Ano Novo de Bento XVI são exemplos inestimáveis. 

Em 2010, ao jornalista alemão Peter Seewald , Bento XVI disse com clareza “se o Papa chegar a reconhecer com clareza que, física, psíquica e mentalmente, já não pode suportar a carga do seu ofício, tem o direito e, em certas circunstâncias, também o dever, de renunciar”. Mas acrescentava, falando das dificuldades que a Igreja já então enfrentava: “Se o perigo é grande, não se deve fugir dele. (…) Pode-se renunciar num momento sereno ou quando a pessoa já não pode mais. Mas não se deve fugir no perigo e dizer: que outro faça isto”. 

Este não é certamente um momento sereno, mas nem por isso Bento XVI fugirá. Antes preparou e aplainou o terreno ao sucessor. A este caberá, agora mais do que nunca, fazer acontecer e continuar a impor a renovação na Igreja, sem deixar de combater com vigor físico e espiritual o mesmo inimigo: o pecado interno. 

O nosso pecado, que tantas vezes mancha e faz contra-testemunho da nossa própria fé. De Roma chegam-nos exemplos inspiradores de incansável luta pela verdadeira Santidade.

Graça Franco em texto de opinião no site da Rádio Renascença AQUI

A esmola

O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja.
(Bento XVI in Mensagem para a Quaresma de 2012)

A paciência

«Deus, que Se fez Cordeiro, diz-nos que o mundo é salvo pelo Crucifixo e não pelos que crucificaram. O mundo é redimido pela paciência de Deus e destruído pela impaciência dos homens».

(Homilia da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)

«Em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiramente: "Paz a esta casa"»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Encíclica «Slavorum apostoli», §§12,14-15 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)


A característica que desejo realçar, de maneira especial, no comportamento seguido pelos apóstolos dos eslavos, Cirilo e Metódio, é o seu modo pacífico de edificar a Igreja, inspirados pela sua concepção da Igreja una, santa e universal. [...] No seu tempo, as divergências entre Constantinopla e Roma já haviam começado a delinear-se como pretextos de desunião, muito embora se estivesse ainda longe da deplorável cisão entre as duas partes da mesma cristandade. [...]

Não parece, pois, nada anacrónico ver nos santos Cirilo e Metódio os autênticos precursores do ecumenismo, pelo facto de terem querido eficazmente eliminar ou diminuir todas as divisões verdadeiras, ou até só aparentes, entre as diversas comunidades que fazem parte da mesma Igreja. [...] A solicitude ardorosa demonstrada por ambos os irmãos, especialmente por Metódio, em virtude da sua responsabilidade episcopal, por conservar a unidade da fé e do amor entre as Igrejas das quais faziam parte, isto é, a Igreja de Constantinopla e a Igreja romana, de uma parte, e as Igrejas nascentes em terras eslavas, de outra, foi e continuará a ser sempre o seu grande mérito. [...] Nesse período tempestuoso, assinalado também por conflitos armados entre povos cristãos confinantes, os santos irmãos de Salônica mantiveram uma fidelidade firme e bem vigilante em relação à reta doutrina e à tradição da Igreja perfeitamente unida. [...]


Metódio, de modo especial, não hesitava em enfrentar as incompreensões, os contrastes e até as difamações e perseguições físicas, contanto que não faltasse à sua exemplar fidelidade eclesial. [...] Por este motivo, permanecerá sempre um mestre para todos aqueles que, em qualquer época, procuram atenuar as dissensões, respeitando a plenitude multiforme da Igreja que, segundo a vontade de seu Fundador Jesus Cristo, deve ser sempre una, santa, católica e apostólica.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Maria Rainha dos eleitos

«Como eu gostaria de ter sido Padre para, em minhas pregações, discorrer sobre a Virgem Maria! 

Sabe-se bem que a Virgem Santíssima é a rainha do Céu e da Terra, mas ela é muito mais Mãe do que Rainha e as pessoas não deveriam propagar, como tantas vezes ouvi, que, por causa de suas prerrogativas, ela eclipsa a glória de todos os santos, assim como o sol, que ao se levantar, derrama a sua luz e eclipsa todas as estrelas.

Meu Deus, isto seria estranho! Uma mãe fazendo com que desapareça a glória de seus filhos!

Eu penso de uma forma completamente diferente; acredito que ela fará crescer, e muito, o esplendor dos eleitos».


[Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja]

O Evangelho do dia 14 de janeiro de 2013

Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir. Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe. Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho. Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa. Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós. Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.

Lc 10, 1-9