Bom Jesus, concede-nos o bendito descaramento de recorrermos à intercessão de Nossa Senhora de Fátima pedindo ao Pai, a Ti e ao Espírito Santo, que sois um só Deus, que ajude principalmente os mais carenciados nas medidas económicas e sociais em vigor e roguemos-Lhe, que ilumine quem nos governa e aqueles a quem estamos submetidos, para que sejam sempre tocados pela humildade e a preocupação com aqueles que mais precisam e não se deixem levar por fórmulas matemáticas que de frias que são se tornam desumanas.
JPR
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Imitação de Cristo, 3, 48, 3 - Do dia da eternidade e das angústias desta vida
Oh! Quando virá o fim de todos estes males? Quando me verei livre da triste escravidão dos vícios? Quando me lembrarei somente de vós, Senhor? Quando em vós plenamente me alegrarei? Quando viverei em perfeita liberdade, sem nenhum impedimento, sem aflição da alma e do corpo? Quando gozarei a paz sólida, imperturbável e segura, paz interna e externa, paz de toda parte estável? Ó bom Jesus, quando estarei diante de vós para nos ver? Quando contemplarei a glória do vosso reino? Quando me sereis tudo em todas as coisas? Oh! Quando estarei convosco no reino que preparastes desde toda a eternidade para os que vos amam? Pobre e desterrado estou, em terra de inimigos, onde há guerras contínuas e misérias extremas!
Estai alegres, sempre alegres
Ninguém é feliz na Terra enquanto não se decidir a não o ser. Este é o caminho: dor, que em cristão se diz Cruz, Vontade de Deus, Amor; felicidade agora e depois – eternamente! (Sulco, 52)
«Servite Domino in laetitia!» Hei-de servir a Deus com alegria! Uma alegria que há-de ser consequência da minha Fé, da minha Esperança e do meu Amor...; que há-de durar sempre, porque, como nos assegura o Apóstolo, "Dominus prope est!", o Senhor segue-me de perto. Hei-de caminhar com Ele, portanto, bem seguro, já que o Senhor é meu Pai...; e com a sua ajuda hei-de cumprir a sua amável Vontade, ainda que me custe. (Sulco, 53)
Um conselho, que vos tenho repetido teimosamente: estai alegres, sempre alegres! Que estejam tristes os que não se consideram filhos de Deus! (Sulco, 54)
São Josemaría Escrivá
Álvaro del Portillo. Um homem fiel
Em 1994, quando Álvaro del Portillo estava a comemorar as suas bodas de ouro sacerdotais, uma equipa do então Ateneu da Santa Cruz, da qual era Magno Chanceler, preparou como homenagem uma coletânea de diversos textos, que tinham indo aparecendo em sedes diversas ao longo de uma dilatada vida intelectual. Os compiladores deram-lhe o expressivo título Rendere amabile la verità (Tornar amável a verdade), frase que se ajustava a sintetizar a sua vida e a sua personalidade.
Certamente, como expressa o título desta primeira extensa biografia do primeiro prelado do Opus Dei, foi acima de tudo " um homem fiel". Com a sua cordialidade e postura tornava amável a lealdade à Igreja e os ensinamentos do hoje São Josemaria Escrivá de Balaguer. Descreve-o bem o autor, com abundantes documentos e testemunhos, ao mesmo tempo que realça a simplicidade humana e cristã de D. Álvaro.
A sua imagem não cessa de crescer com a passagem dos anos, especialmente sob o ponto de vista do seu excepcional serviço à Igreja. Passou desapercebido no seu tempo, por uma evidente humildade, que exclui o protagonismo ou o afã de aparecer. Mas, como assinala Javier Medina, foram muito importantes os seus contributos para a teologia do sacerdócio e a configuração doutrinal e jurídica do estatuto de leigos e fiéis. Relata com detalhe as sucessivas nomeações que D. Álvaro foi recebendo e o seu amplo trabalho nos tempos do concílio Vaticano II, primeiro como presidente da Comissão antepreparatória de laicis - nomeado por João XXIII -, depois como secretário da Comissão sobre a Disciplina do Clero e do Povo Cristão. Ao mesmo tempo, em 1963, foi nomeado, também por João XXIII, consultor da Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico.
A partir do seu esforço intelectual, sairiam a lume, algum tempo depois duas obras capitais: Fiéis e Leigos na Igreja, em 1969, e Escritos sobre o sacerdócio, em 1970. Muito provavelmente, as pistas que Javier Medina oferece, juntamente com as já publicadas pelo Cardeal Julián Herranz, no seu livro de memórias En las afueras de Jericó, permitirão acometer trabalhos monográficos que aprofundem nesses aspectos cruciais da Igreja contemporânea.
Até agora tinham aparecido textos interessantes, mas menos extensos, sobre Álvaro del Portillo. Tal como o livro de Hugo de Azevedo, Missão cumprida (DIEL, 2012), com contribuições pessoais de grande interesse, também a partir da perspetiva portuguesa do autor. Pela minha parte, em Recordando Álvaro del Portillo (DIEL, 1999), prevalecia o carácter de crónica, construída a partir de vivências e situações de que fui testemunha presencial. Algo de semelhante sucede com o mais breve e sentido perfil biográfico pessoal *(EUNSA, 2012), que chegava às livrarias quase ao mesmo tempo que a notícia de que o Papa Bento XVI tinha aprovado o decreto da Congregação para as Causas dos Santos que declarava a heroicidade das virtudes do venerável Álvaro del Portillo.
Mas o livro de Javier Medina é já uma autêntica biografia, fruto de anos de paciente investigação. Basta fixarmo-nos no aparato crítico e no extenso anexo documental. Logicamente, não pôde ainda consultar as actas do processo de canonização. Mas teve em conta os testemunhos de uma infinidade de pessoas, que os redigiram para o processo. Entre tantos, têm um valor excepcional os documentos de D. Javier Echevarría e de Mons. Joaquín Alonso.
Apesar dessa exaustiva documentação histórica, Javier Medina escreve em estilo simples, nada técnico. Facilitará ainda mais o conhecimento universal da vida heróica e simples do venerável Álvaro del Portillo, um homem que tinha e transmitia paz.
Salvador Bernal
*Alvaro del Portillo. Semblanza biográfica personal, de Salvador Bernal
Ed. Rialp, Madrid (2012); 832 págs; 36 € (capa dura); 22 € (capa mole): 20,99 € (ePub)
(Fonte: Aceprensa)
Breve mas relevante conselho
«Todos os dias da vossa vida tende Deus diante dos olhos; ouvi sempre Missa inteira; confessai-vos com frequência, se for possível; não durmais nenhuma em pecado mortal».
(Da carta de S. João de Deus a Luis Baptista)
(Da carta de S. João de Deus a Luis Baptista)
O pão nosso de cada dia
«A Eucaristia é o nosso pão de cada dia [...]. A virtude própria deste alimento é a de realizar a unidade a fim de que, reunidos no corpo de Cristo, tornados seus membros, sejamos o que recebemos. [...] E também são pão de cada dia as leituras que em cada dia ouvis na igreja; e os hinos que escutais e cantais, são pão de cada dia. Estes são os mantimentos necessários para a nossa peregrinação»
(Sermão 57, 7, 7 - Santo Agostinho)
Cristo «… é Ele mesmo o Pão que, semeado na Virgem, levedado na carne, amassado na paixão, cozido no forno do sepulcro, guardado em reserva na Igreja, levado aos altares, fornece cada dia aos fiéis um alimento celeste»
(Sermão 67, 7 - São Pedro Crisólogo)
(Sermão 57, 7, 7 - Santo Agostinho)
Cristo «… é Ele mesmo o Pão que, semeado na Virgem, levedado na carne, amassado na paixão, cozido no forno do sepulcro, guardado em reserva na Igreja, levado aos altares, fornece cada dia aos fiéis um alimento celeste»
(Sermão 67, 7 - São Pedro Crisólogo)
Meditar
Quem me segue não anda nas trevas, diz o Senhor (Jo 8,12). São estas as palavras de Cristo, pelas quais somos advertidos que imitemos sua vida e seus costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda cegueira de coração. Seja, pois, o nosso principal empenho meditar sobre a vida de Jesus Cristo.
(Imitação de Cristo, Liv. I, Cap. I, 1)
(Imitação de Cristo, Liv. I, Cap. I, 1)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1973
Recorda aos seus filhos, que estão com ele, uns versos que aprendeu de pequeno: “Ó José, venturoso Pai do próprio Deus, e Esposo de Maria, dos altos Céus, benigno, olha para nós neste dia.”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
S. Vicente - diácono e mártir – Padroeiro principal do Patriarcado de Lisboa
"Disse Jesus: Hoje a salvação entrou nesta casa, porque este também é um filho de Abraão" Lc 19,9
Neste dia 22, celebramos a festa de um santo muito antigo: São Vicente, Mártir, Diácono da Igreja de Zaragoza (Espanha). Ele foi celebrado pelos maiores génios da antiguidade, como Santo Agostinho, São Leão Magno, Santo Ambrósio e São Prudêncio.
Qual a causa de tanta celebridade? A resposta é simples: naquele tempo, queriam acabar com os cristãos, e a resposta corajosa de São Vicente tornou-se histórica. Disse ele: "Não cremos nos vossos deuses. Só existe Cristo e o Pai, que são o único Deus. E nós somos servos e testemunhas dessa verdade."
A reacção dos carrascos foi terrível! Depois de torturá-lo barbaramente, amarraram-no sobre uma grelha incandescente. Isto deu-se por volta do ano de 304.
O poeta cristão, Prudêncio, termina os seus versos a respeito de São Vicente, dizendo: "Levanta-te, ínclito mártir, e une-te como companheiro nosso, aos coros celestiais!".
Convém lembrar que há momentos na vida, em que é preciso decidir-se: ou por Cristo, ou contra Ele. Mesmo que isso chegue a custar-nos o maior sofrimento, podemos sempre dar a vida plena, na certeza de caminhar assim para a santidade, ou seja, para a realização plena do que somos como pessoa em Deus.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Neste dia 22, celebramos a festa de um santo muito antigo: São Vicente, Mártir, Diácono da Igreja de Zaragoza (Espanha). Ele foi celebrado pelos maiores génios da antiguidade, como Santo Agostinho, São Leão Magno, Santo Ambrósio e São Prudêncio.
Qual a causa de tanta celebridade? A resposta é simples: naquele tempo, queriam acabar com os cristãos, e a resposta corajosa de São Vicente tornou-se histórica. Disse ele: "Não cremos nos vossos deuses. Só existe Cristo e o Pai, que são o único Deus. E nós somos servos e testemunhas dessa verdade."
A reacção dos carrascos foi terrível! Depois de torturá-lo barbaramente, amarraram-no sobre uma grelha incandescente. Isto deu-se por volta do ano de 304.
O poeta cristão, Prudêncio, termina os seus versos a respeito de São Vicente, dizendo: "Levanta-te, ínclito mártir, e une-te como companheiro nosso, aos coros celestiais!".
Convém lembrar que há momentos na vida, em que é preciso decidir-se: ou por Cristo, ou contra Ele. Mesmo que isso chegue a custar-nos o maior sofrimento, podemos sempre dar a vida plena, na certeza de caminhar assim para a santidade, ou seja, para a realização plena do que somos como pessoa em Deus.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«O Filho do Homem até do sábado é Senhor»: a libertação trazida por Cristo
Bento XVI
Exortação apostólica «Sacramentum caritatis» §72
Exortação apostólica «Sacramentum caritatis» §72
Esta novidade radical que a Eucaristia introduz na vida do homem revelou-se à consciência cristã desde o princípio; prontamente os fiéis compreenderam a influência profunda que a celebração eucarística exercia sobre o seu estilo de vida. Santo Inácio de Antioquia exprimia esta verdade designando os cristãos como «aqueles que chegaram à nova esperança», e apresentava-os como aqueles que vivem «segundo o domingo». Esta expressão do grande mártir antioqueno põe claramente em evidência a ligação entre a realidade eucarística e a vida cristã no seu dia-a-dia. O costume característico que os cristãos têm de se reunir no primeiro dia depois do sábado para celebrar a ressurreição de Cristo — conforme a narração do mártir São Justino — é também o dado que define a forma da vida renovada pelo encontro com Cristo.
Mas a expressão de Santo Inácio — «viver segundo o domingo» — sublinha também o valor paradigmático que este dia santo tem para os restantes dias da semana. De facto, o domingo não se distingue com base na simples suspensão das actividades habituais, como se fosse uma espécie de parêntesis dentro do ritmo normal dos dias; os cristãos sempre sentiram este dia como o primeiro da semana, porque nele se faz memória da novidade radical trazida por Cristo. Por isso, o domingo é o dia em que o cristão reencontra a forma eucarística própria da sua existência, segundo a qual é chamado a viver constantemente; «viver segundo o domingo» significa viver consciente da libertação trazida por Cristo e realizar a própria existência como oferta de si mesmo a Deus, para que a Sua vitória se manifeste plenamente a todos os homens através duma conduta intimamente renovada.
O Evangelho do dia 22 de janeiro de 2013
Sucedeu também que, caminhando Jesus em dia de sábado, por entre campos de trigo, os discípulos começaram a colher espigas, enquanto caminhavam. Os fariseus diziam-Lhe: «Como é que fazem ao sábado o que não é permitido?». Ele respondeu: «Nunca lestes o que fez David, quando se viu necessitado, e teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, sendo sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, dos quais não era permitido comer, senão aos sacerdotes, e deu também aos que o acompanhavam?». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso o Filho do Homem é Senhor também do sábado».
Mc 2, 23-28
Mc 2, 23-28