Senhor Jesus Filho de Deus por favor ajuda-nos a suportar com amor e humildade todas as nossas aflições e contrariedades oferecendo-Te-as para remissão dos nossos pecados de toda a vida confiantes em Ti, que és o Nosso Bom Pastor de todos os momentos e circunstâncias da nossa vida.
Louvado sejais, hoje e sempre, por todos os que foram por Ti abraçados!
JPR
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Responsável pelo diálogo escreve a lefebvrianos com votos de unidade embora reconhecendo a dificuldade de uma reconciliação imediata
Arcebispo Joseph Di Noia diz que é importante superar marcas do passado
O vice-presidente da Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’, o organismo do Vaticano que acompanha as negociações com os lefebrvianos, afirmou que as negociações com a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (FSSPX) estão “abertas e plenas de esperança”.
O arcebispo Joseph Di Noia manifestava-se numa carta hoje apresentada pelo portal de notícias do Vaticano como um texto “pessoal”, enviado aos membros da fraternidade francesa fundada por D. Marcel Lefèbvre (1905-1991).
A Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé) propôs à FSSPX a criação de uma prelatura pessoal, estrutura que já existe no caso do Opus Dei e que permitiria o seu “reconhecimento canónico”.
Entre as questões que separam as duas partes destacam-se a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.
D. Joseph Di Noia destaca, no seu texto, que a fraternidade não tem como missão “julgar e corrigir a Teologia e a disciplina de outros, na Igreja”, o que considera uma missão do próprio Papa.
A carta passa em revista as dificuldades que surgiram nas relações bilaterais, deixando a indicação de que “Bento XVI está extremamente desejoso de superar as tensões existentes”.
Em março de 2009, o atual Papa enviou uma carta aos bispos de todo o mundo, para explicar para explicar a remissão das excomunhões de quatro bispos da Fraternidade São Pio X que tinham sido ordenados pelo arcebispo Lefèbvre, sem mandato pontifício, no ano de 1988.
Para o vice-presidente da Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’, o “tom e conteúdo” de recentes declarações de alguns membros da FSSPX suscitaram “dúvidas a respeito da possibilidade real de uma reconciliação”.
O arcebispo Di Noia admite que mesmo uma reconciliação “imediata e total” seria incapaz de colocar um ponto final à “suspeição e desconfiança” entre ambas as partes, sendo necessário purificar “a amargura e o ressentimento” que surgem de 30 anos de separação.
OC / Agência Ecclesia
Vídeos em espanhol e italiano
O vice-presidente da Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’, o organismo do Vaticano que acompanha as negociações com os lefebrvianos, afirmou que as negociações com a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (FSSPX) estão “abertas e plenas de esperança”.
O arcebispo Joseph Di Noia manifestava-se numa carta hoje apresentada pelo portal de notícias do Vaticano como um texto “pessoal”, enviado aos membros da fraternidade francesa fundada por D. Marcel Lefèbvre (1905-1991).
A Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé) propôs à FSSPX a criação de uma prelatura pessoal, estrutura que já existe no caso do Opus Dei e que permitiria o seu “reconhecimento canónico”.
Entre as questões que separam as duas partes destacam-se a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.
D. Joseph Di Noia destaca, no seu texto, que a fraternidade não tem como missão “julgar e corrigir a Teologia e a disciplina de outros, na Igreja”, o que considera uma missão do próprio Papa.
A carta passa em revista as dificuldades que surgiram nas relações bilaterais, deixando a indicação de que “Bento XVI está extremamente desejoso de superar as tensões existentes”.
Em março de 2009, o atual Papa enviou uma carta aos bispos de todo o mundo, para explicar para explicar a remissão das excomunhões de quatro bispos da Fraternidade São Pio X que tinham sido ordenados pelo arcebispo Lefèbvre, sem mandato pontifício, no ano de 1988.
Para o vice-presidente da Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’, o “tom e conteúdo” de recentes declarações de alguns membros da FSSPX suscitaram “dúvidas a respeito da possibilidade real de uma reconciliação”.
O arcebispo Di Noia admite que mesmo uma reconciliação “imediata e total” seria incapaz de colocar um ponto final à “suspeição e desconfiança” entre ambas as partes, sendo necessário purificar “a amargura e o ressentimento” que surgem de 30 anos de separação.
OC / Agência Ecclesia
Vídeos em espanhol e italiano
As crianças não são hiperactivas, são mal-educadas
É uma comédia que se acumula no dia-a-dia. Um sujeito vai ao café ler o jornal, e o café está inundado de crianças que não respeitam nada, nem os pardalitos e os pombos, e os pais "ai, desculpe, ele é hiperactivo", que é como quem diz "repare, ele não é mal-educado, ou seja, eu não falhei e não estou a falhar como pai neste preciso momento porque devia levantar o rabo da cadeira para o meter na ordem, mas a questão é que isto é uma questão médica, técnica, sabe?, uma questão que está acima da minha vontade e da vontade do meu menino, olhe, repare como ele aperta o pescoço àquele pombinho, é mais forte do que ele, está a ver?". E o pior é que a comédia já chegou aos jornais. Parece que entre 2007 e 2011 disparou o consumo de medicamentos para a hiperactividade. Parece que os médicos estão preocupados e os pais apreensivos com o efeito dos remédios na personalidade dos filhos. Quem diria?
Como é óbvio, existem crianças realmente hiperactivas (que o Altíssimo dê amor e paciência aos pais), mas não me venham com histórias: este aumento massivo de crianças hiperactivas não resulta de uma epidemia repentina da doença mas da ausência de regras, da incapacidade que milhares e milhares de pais revelam na hora de impor uma educação moral aos filhos. Aliás, isto é o reflexo da sociedade que criámos. Se um pai der uma palmada na mão de um filho num sítio público (digamos, durante uma birra num café ou supermercado), as pessoas à volta olham para o dito pai como se ele fosse um leproso. Neste ambiente, é mais fácil dar umas gotinhas de medicamento do que dar uma palmada, do que fazer cara feia, do que ralhar a sério, do que pôr de castigo. Não se faz nada disto, não se diz não a uma criança, porque, ora essa, é feio, é do antigamente, é inconstitucional.
Vivendo neste aquário de rosas e pozinhos da Sininho, as crianças acabam por se transformar em estafermos insuportáveis, em Peter Pan amorais sem respeito por ninguém. Levantam a mão aos avós, mas os pais ficam sentados. E, depois, os pais que recusam educá-los querem que umas gotinhas resolvam a ausência de uma educação moral. Sim, moral. Eu sei que palavra moral deixa logo os pedagogos pós-moderninhos de mãos no ar, ai, ai, que não podemos confrontar as crianças com o mal, mas fiquem lá com as gotinhas que eu fico com o mal.
Imitação de Cristo, 3, 48, 2 - Do dia da eternidade e das angústias desta vida
Sabem os cidadãos do céu quão ditoso é aquele dia; sentem os desterrados filhos de Eva quão triste e amargo é este da vida presente. Os dias deste tempo são curtos e maus, cheios de dores e angústias. Neles se vê o homem manchado de muitos pecados, enredado de muitas paixões, angustiado de muitos temores, inquietado com muitos cuidados, distraído com muitas curiosidades, emaranhado em muitas vaidades, cercado de muitos erros, oprimido de muitos trabalhos, acossado por tentações, enervado pelas delícias, atormentado pela penúria.
Estás triste, meu filho?
Nunca desanimes, se és apóstolo. – Não há contradição que não possas superar. – Porque estás triste? (Caminho, 660)
A verdadeira virtude não é triste nem antipática, mas amavelmente alegre. (Caminho, 657)
Se as coisas correm bem, alegremo-nos, bendizendo a Deus que dá o incremento. – Correm mal? – Alegremo-nos, bendizendo a Deus que nos fez participar da sua doce Cruz. (Caminho, 658)
Para dar remédio à tua tristeza, pedes-me um conselho. – Vou dar-te uma receita que vem de boa mão – do apóstolo Tiago: – "Tristatur aliquis vestrum?" estás triste, meu filho? – "Oret!" Faz oração! – Experimenta e verás. (Caminho, 663)
Não estejas triste. – Tem uma visão mais... "nossa" – mais cristã – das coisas. (Caminho, 664)
"Laetetur cor quaerentium Dominum"– Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor. – Luz, para investigares o motivo da tua tristeza. (Caminho, 666)
São Josemaría Escrivá
Se Lefebvre tivesse visto a Missa bem celebrada "não teria dado o passo que deu"
O Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, afirmou que o Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), Bernard Fellay, comentou-lhe uma vez que se o arcebispo Marcel Lefebvre tivesse visto a Missa bem celebrada, "não teria dado o passo que deu".
O Cardeal fez esta afirmação no passado dia 15 de janeiro em resposta às perguntas dos jornalistas logo após uma conferência sobre o Concílio Vaticano II na Embaixada da Espanha junto da Santa Sé.
O Cardeal espanhol contou o facto informalmente: "numa ocasião veio ver-me entre outras pessoas, D. (Bernard) Fellay, que preside a Irmandade de São Pio X e disse-me, ‘estamos vindo de uma abadia que fica junto a Florença. Se D. Lefebvre tivesse visto como se celebrava ali, não teria dado o passo que deu’. O missal usado ali era o Missal de Paulo VI (que Lefebvre condenou) em sua realidade mais estrita".
O Missal Romano de Paulo VI é a expressão ordinária da Missa nascida do Concílio Vaticano II e é uma das disposições pós-conciliares que a FSSPX recusa mais energicamente, e um dos factores de mais peso para cisma causado pelo bispo francês falecido em excomunhão. Os Lefebvristas defendem a tradição do antigo Missal Romano de São Pio V, também conhecido como missal de João XXIII por ter sido revisto em 1962 (durante seu pontificado).
O Cardeal Cañizares conversou de seguida com um grupo mais reduzido de jornalistas, a quem precisou um pouco mais suas declarações sobre os lefebvristas e o Missal de Paulo VI, dizendo: "inclusive os que seguem a Irmandade de São Pio X, fundada por D. Lefebvre, quando participam da Eucaristia bem celebrada, dizem, ‘se isto fosse assim em todas as partes não haveria necessidade do que ocorreu’ e que realmente nos produziu esta separação".
O Cardeal Prefeito explicou ainda que "o (Concílio) Vaticano II mais que as mudanças, oferece-nos uma visão da liturgia em continuidade com toda a Tradição da Igreja e a reflexão teológica que faz sobre a liturgia. As mudanças são consequência desta reflexão teológica dentro da Tradição eclesiástica e dão continuidade ao movimento litúrgico iniciado na França com a reflexão do Padre Prosper Gueranger".
Procurando demonstrar que a liturgia não deve ser motivo de divisão, a meados de 2007 o Papa Bento XVI publicou o Motu Proprio Summorum Pontificum pelo qual estabeleceu a plena liberdade para o uso do Missal de São Pio V.
Muitos outros passos foram dados pelo Santo Padre para propiciar a reconciliação com a FSSPX. Em 21 de janeiro de 2009 o Pontífice levantou a excomunhão que pesava sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre em 1988, entre eles D. Bernard Fellay. O Papa recordou naquela ocasião que os quatro bispos deviam dar seu "pleno reconhecimento ao Concílio Vaticano II", assim como ao Magistério dos Papas posteriores a Pio XII para a plena comunhão.
Uma vez mais, em 2011, o Papa deu a oportunidade à FSSPX de terminar com o cisma com a oferta de um preâmbulo doutrinal.
Em 2012 o órgão da Igreja encarregado do diálogo com a FSSPX, a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, anunciou que as autoridades da fraternidade pediram "um tempo adicional de reflexão e estudo" sobre a aceitação deste preâmbulo.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
O Cardeal fez esta afirmação no passado dia 15 de janeiro em resposta às perguntas dos jornalistas logo após uma conferência sobre o Concílio Vaticano II na Embaixada da Espanha junto da Santa Sé.
O Cardeal espanhol contou o facto informalmente: "numa ocasião veio ver-me entre outras pessoas, D. (Bernard) Fellay, que preside a Irmandade de São Pio X e disse-me, ‘estamos vindo de uma abadia que fica junto a Florença. Se D. Lefebvre tivesse visto como se celebrava ali, não teria dado o passo que deu’. O missal usado ali era o Missal de Paulo VI (que Lefebvre condenou) em sua realidade mais estrita".
O Missal Romano de Paulo VI é a expressão ordinária da Missa nascida do Concílio Vaticano II e é uma das disposições pós-conciliares que a FSSPX recusa mais energicamente, e um dos factores de mais peso para cisma causado pelo bispo francês falecido em excomunhão. Os Lefebvristas defendem a tradição do antigo Missal Romano de São Pio V, também conhecido como missal de João XXIII por ter sido revisto em 1962 (durante seu pontificado).
O Cardeal Cañizares conversou de seguida com um grupo mais reduzido de jornalistas, a quem precisou um pouco mais suas declarações sobre os lefebvristas e o Missal de Paulo VI, dizendo: "inclusive os que seguem a Irmandade de São Pio X, fundada por D. Lefebvre, quando participam da Eucaristia bem celebrada, dizem, ‘se isto fosse assim em todas as partes não haveria necessidade do que ocorreu’ e que realmente nos produziu esta separação".
O Cardeal Prefeito explicou ainda que "o (Concílio) Vaticano II mais que as mudanças, oferece-nos uma visão da liturgia em continuidade com toda a Tradição da Igreja e a reflexão teológica que faz sobre a liturgia. As mudanças são consequência desta reflexão teológica dentro da Tradição eclesiástica e dão continuidade ao movimento litúrgico iniciado na França com a reflexão do Padre Prosper Gueranger".
Procurando demonstrar que a liturgia não deve ser motivo de divisão, a meados de 2007 o Papa Bento XVI publicou o Motu Proprio Summorum Pontificum pelo qual estabeleceu a plena liberdade para o uso do Missal de São Pio V.
Muitos outros passos foram dados pelo Santo Padre para propiciar a reconciliação com a FSSPX. Em 21 de janeiro de 2009 o Pontífice levantou a excomunhão que pesava sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre em 1988, entre eles D. Bernard Fellay. O Papa recordou naquela ocasião que os quatro bispos deviam dar seu "pleno reconhecimento ao Concílio Vaticano II", assim como ao Magistério dos Papas posteriores a Pio XII para a plena comunhão.
Uma vez mais, em 2011, o Papa deu a oportunidade à FSSPX de terminar com o cisma com a oferta de um preâmbulo doutrinal.
Em 2012 o órgão da Igreja encarregado do diálogo com a FSSPX, a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, anunciou que as autoridades da fraternidade pediram "um tempo adicional de reflexão e estudo" sobre a aceitação deste preâmbulo.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Faz com que tu e a tua vida reflictam Cristo no Facebook!
Através do que escrevemos e publicamos manifestamos aos outros o que somos e cremos. Cabe a cada um nós fazê-lo de acordo com a sua consciência e em coerência, dispensando o politicamente agradável e sobretudo sendo sempre fieis ao Senhor e à Sua Igreja.
JPR
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A visão de Deus
«Poderás então ver-Me por detrás. Quanto à face, ela não pode ser vista»
(Livro do Êxodo, 33, 23)
«Ninguém jamais viu a Deus. O Filho único que está no seio do Pai é que O deu a conhecer.»
(Jo 1,18)
«Em Jesus, cumpriu-se a promessa do novo profeta. N’Ele realizou-se agora plenamente o que em Moisés se encontrava apenas de modo imperfeito: Ele vive na presença de Deus, não apenas como amigo, mas como Filho; vive em profunda unidade com o Pai».
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
A nós, enquanto peregrinarmos na Terra, só saber que Ele existe e O podermos amar além dialogar através da oração, é um grande consolo, mas maior é ainda a esperança / certeza de que está ao nosso alcance conhecê-Lo no Seu Reino se de tal formos tidos como merecedores.
JPR
(Livro do Êxodo, 33, 23)
«Ninguém jamais viu a Deus. O Filho único que está no seio do Pai é que O deu a conhecer.»
(Jo 1,18)
«Em Jesus, cumpriu-se a promessa do novo profeta. N’Ele realizou-se agora plenamente o que em Moisés se encontrava apenas de modo imperfeito: Ele vive na presença de Deus, não apenas como amigo, mas como Filho; vive em profunda unidade com o Pai».
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
A nós, enquanto peregrinarmos na Terra, só saber que Ele existe e O podermos amar além dialogar através da oração, é um grande consolo, mas maior é ainda a esperança / certeza de que está ao nosso alcance conhecê-Lo no Seu Reino se de tal formos tidos como merecedores.
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'O único que convence' pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Conta-se de um jovem que gostava muito de passear à beira mar. Certo dia, encontrou-se com um ancião que fazia um movimento repetitivo que lhe chamou à atenção. Abaixava-se, apanhava algo da areia e lançava-o ao mar. Fazia a mesma coisa várias vezes. Quando o jovem se aproximou, viu que aquilo que ele apanhava com tanto cuidado eram estrelas-do-mar.
O jovem tomou a iniciativa do diálogo: «Posso perguntar-lhe porque está a fazer isso?». O idoso respondeu: «Claro que sim. Estou a devolver estas estrelas marinhas ao oceano. A maré está baixa e elas ficaram aqui na margem. Se não as ajudo, elas morrerão». Gerou-se um momento de silêncio. Então o jovem voltou a falar: «Entendo a sua explicação. Mas não se dá conta de que são centenas as estrelas-do-mar desta praia? E que isto acontece em dezenas de praias ao longo da nossa costa? Não estará a fazer algo sem sentido?».
O ancião sorriu. Inclinou-se sem pressa, apanhou uma estrela marinha e enquanto a lançava ao mar, com uma cara de felicidade, respondeu ao jovem: «Para esta estrela, o que eu acabo de fazer está cheio de sentido».
Quantas vezes sofremos ao ver tantas pessoas necessitadas de ajuda. Sentimo-nos incapazes de socorrer a todos. Pensamos que a realidade não deveria ser assim. Revoltamo-nos com as estatísticas desanimadoras em relação ao futuro. E, no meio de tudo isto, achamos quixotesco ajudar aquele que temos ao nosso lado.
Pensamos que isso não resolverá nada. É verdade que não resolverá tudo. Mas é falso que não resolverá nada. É falso que não tenhamos capacidade para ajudar ninguém. Essa ideia só ajuda a nossa tendência para o conformismo e o comodismo.
Hoje em dia, o amor é a única realidade aceite pelas pessoas. Estão fartas de ideologias que prometeram a felicidade e geraram um enorme sofrimento. Não acreditam em nada. Têm medo. Medo do terrorismo. Medo da violência. Medo das guerras.
O Papa Bento XVI diz-nos que o único modo de tornar Deus presente neste mundo é viver a caridade. “Quem vê a caridade, vê a Trindade” repete-nos com uma frase de Santo Agostinho. A fé mostra-nos que Deus é Amor. Viver de acordo com esta verdade é o único modo de fazer entrar a luz de Deus neste mundo. E só essa luz pode fazer derreter o medo que tanto paralisa.
Surpreender os outros. O que melhor comunica a mensagem cristã não são as palavras, mas as obras. A actividade da Igreja é a manifestação de um Amor que é o único que convence. Por isso, pensemos que as pessoas com quem nos encontramos todos os dias podem perceber que temos pouco tempo, mas ninguém pode perceber que não temos coração. Porque quem caminha para Deus nunca se afasta dos outros.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Orar
«Nada iguala o valor da oração; ela torna possível o impossível, fácil o difícil. [...] É impossível [...] que o homem que ora caia no pecado»
(São João Crisóstomo, De Anna, sermo 4, 5)
«Quem reza salva-se, de certeza; quem não reza condena-se, de certeza»
(Santo Afonso de Ligório, Del gran mezzo della preghiera, parte I, c. 1)
(São João Crisóstomo, De Anna, sermo 4, 5)
«Quem reza salva-se, de certeza; quem não reza condena-se, de certeza»
(Santo Afonso de Ligório, Del gran mezzo della preghiera, parte I, c. 1)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1933
Dá o primeiro círculo de formação cristã a três jovens estudantes. Anos depois explicaria: “Ao terminar a aula, fui à capela com aqueles rapazes, peguei no Senhor sacramentado na custódia, elevei-o, abençoei aqueles três..., e vi trezentos, trezentos mil, trinta milhões, três mil milhões..., brancos, negros, amarelos, de todas as cores, de todas as combinações que o amor humano pode fazer. E fiquei aquém, porque é uma realidade passado meio século. Fiquei aquém, porque o Senhor foi muito mais generoso”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
O MEDO DO DEMÓNIO? (2) de Joaquim Mexia Alves
Não pretendo, obviamente, com estes textos, fazer nenhum “tratado” sobre o Demónio, ou “estudo” sobre a Demonologia, (pois para isso há diversos livros que poderei indicar), mas tão só reflectir e partilhar, (em pensamentos e palavras simples), sobre aquilo que no dia-a-dia nos é dado a conhecer e viver sobre este assunto.
Partindo do texto anterior é-nos dado perceber que hoje em dia, muitas pessoas atribuem ao Demónio, acontecimentos, acções e atitudes, que depois de bem analisadas, percebemos que são afinal “coisas” do dia-a-dia, do viver de cada um.
A procura de justificações para coisas que não parecem à partida “normais”, o sentido da procura do sobrenatural que hoje em dia tantos vivem, (tantas vezes de maneira errada), os discursos “inflamados” de alguns para tentarem levar as pessoas a Cristo por medo ao demónio, leva a que muitas pessoas não analisem com bom senso os factos de que são “vítimas”, (e de que não poucas vezes são os próprios “culpados”), a atribuírem ao Demónio coisas que, como dizia acima, são factos do dia-a-dia.
Contribui, aliás, certamente para tudo isto, a invasão diária pela televisão e outros meios, de cartomantes, videntes, médiuns, e tantas coisas mais, que nos levam a olhar para o sobrenatural como algo que nos mete medo, e que influencia as nossas vidas sem nos podermos defender.
A título de exemplo conto, que há poucos anos, veio uma pessoa ter comigo pedindo conselho e oração, pois tinha a certeza que o Demónio estava a influenciar a sua vida, (tal como pessoas “amigas” lhe diziam e afirmavam), e ela já não colocava em dúvida, estando assustada e em certo sentido “desesperada” sem saber o que fazer.
Resumindo a conversa, forçosamente longa, os factos mais importantes desenvolviam-se numa semana e eram os seguintes: tinham assaltado a sua casa, a sua filha tinha abortado naturalmente e o seu neto tinha tido um acidente de automóvel.
Conversámos sobre a vida que essa pessoa levava, sobretudo da sua vivência cristã, e depois analisámos calmamente os factos que a levavam a pensar que o Demónio andava a “atormentar” a sua vida.
A casa tinha sido assaltada, quando essa pessoa se deslocou ao supermercado por 10 minutos e deixou as janelas abertas. Só que demorou mais de uma hora e quando regressou a casa tinha sido roubada.
A filha tinha abortado naturalmente, mas já era a terceira vez, (tendo apesar de tudo já um filho, salvo o erro), e já tinha sido alertada pelo seu médico, pois tinha alguns problemas físicos que podiam provocar precisamente o aborto natural.
O neto tinha 18 anos, carta de condução recente, e o acidente tinha acontecido numa madrugada de sábado.
Obviamente que a pessoa, colocada perante os argumentos, percebeu que tudo o que tinha acontecido era “normal” na vida do dia-a-dia, e que não era o Demónio que se andava a encarniçar contra ela.
Mas a verdade é que, (por força do que lhe tinham dito e da sua própria “convicção” induzida pelo que ouvia), essa pessoa tinha vivido dias verdadeiramente assustada com a possibilidade de o Demónio estar na sua vida.
Com isto quero eu dizer que o Demónio não pode actuar e influenciar a vida das pessoas?
De modo nenhum o quero dizer, ou afirmar, mas sim que devemos ter sempre a perspectiva correcta daquilo que realmente se passa, e sobretudo não nos deixarmos influenciar por quem em tudo vê o Demónio.
Fomos criados por Deus em liberdade, e é em liberdade, perante Deus, que tomamos as nossas decisões, e que fazemos as nossas acções.
Podemos ser tentados a fazer o mal?
Sim, com certeza!
Mas só o fazemos, se verdadeiramente nos dispusermos a fazê-lo.
Eu posso ser tentado a beber demasiadamente e ficar bêbado, mas não é o Demónio que me senta ao volante do meu carro.
Eu posso ser tentado a cometer um aborto, mas não é o Demónio que toma a decisão e me leva a essa acção.
Eu posso ser tentado a mentir, mas não é o Demónio que fala pela minha boca.
Com certeza que aqui não estamos a falar de possessões demoníacas, (muito raras entre nós), mas sim na acção tentadora do Demónio que apenas se torna efectiva pela nossa vontade, pelo nosso querer.
Lembremo-nos sempre:
«Não vos surpreendeu nenhuma tentação que tivesse ultrapassado a medida humana. Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças, mas, com a tentação, vos dará os meios de sair dela e a força para a suportar.» 1 Cor 10, 13
Por isso a vigilância constante, permanente, que passa pela vida de oração, pela leitura orante e o estudo da Palavra de Deus, pelos Sacramentos, mormente a Confissão e a Eucaristia, (com a Comunhão Eucarística), com o aprofundar da fé, ouvindo a Igreja que ensina pela voz dos seus membros, pelos documentos colocados à disposição dos fiéis, pela voz do Santo Padre, lendo livros reconhecidamente católicos e pedindo conselho a quem efectivamente os pode dar, como os sacerdotes e leigos empenhados e reconhecidos como tal.
«No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo facto de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus.» Catecismo da Igreja Católica 395
Monte Real, 20 de Janeiro de 2011
(continua)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2011/01/o-medo-do-demonio-2.html
Partindo do texto anterior é-nos dado perceber que hoje em dia, muitas pessoas atribuem ao Demónio, acontecimentos, acções e atitudes, que depois de bem analisadas, percebemos que são afinal “coisas” do dia-a-dia, do viver de cada um.
A procura de justificações para coisas que não parecem à partida “normais”, o sentido da procura do sobrenatural que hoje em dia tantos vivem, (tantas vezes de maneira errada), os discursos “inflamados” de alguns para tentarem levar as pessoas a Cristo por medo ao demónio, leva a que muitas pessoas não analisem com bom senso os factos de que são “vítimas”, (e de que não poucas vezes são os próprios “culpados”), a atribuírem ao Demónio coisas que, como dizia acima, são factos do dia-a-dia.
Contribui, aliás, certamente para tudo isto, a invasão diária pela televisão e outros meios, de cartomantes, videntes, médiuns, e tantas coisas mais, que nos levam a olhar para o sobrenatural como algo que nos mete medo, e que influencia as nossas vidas sem nos podermos defender.
A título de exemplo conto, que há poucos anos, veio uma pessoa ter comigo pedindo conselho e oração, pois tinha a certeza que o Demónio estava a influenciar a sua vida, (tal como pessoas “amigas” lhe diziam e afirmavam), e ela já não colocava em dúvida, estando assustada e em certo sentido “desesperada” sem saber o que fazer.
Resumindo a conversa, forçosamente longa, os factos mais importantes desenvolviam-se numa semana e eram os seguintes: tinham assaltado a sua casa, a sua filha tinha abortado naturalmente e o seu neto tinha tido um acidente de automóvel.
Conversámos sobre a vida que essa pessoa levava, sobretudo da sua vivência cristã, e depois analisámos calmamente os factos que a levavam a pensar que o Demónio andava a “atormentar” a sua vida.
A casa tinha sido assaltada, quando essa pessoa se deslocou ao supermercado por 10 minutos e deixou as janelas abertas. Só que demorou mais de uma hora e quando regressou a casa tinha sido roubada.
A filha tinha abortado naturalmente, mas já era a terceira vez, (tendo apesar de tudo já um filho, salvo o erro), e já tinha sido alertada pelo seu médico, pois tinha alguns problemas físicos que podiam provocar precisamente o aborto natural.
O neto tinha 18 anos, carta de condução recente, e o acidente tinha acontecido numa madrugada de sábado.
Obviamente que a pessoa, colocada perante os argumentos, percebeu que tudo o que tinha acontecido era “normal” na vida do dia-a-dia, e que não era o Demónio que se andava a encarniçar contra ela.
Mas a verdade é que, (por força do que lhe tinham dito e da sua própria “convicção” induzida pelo que ouvia), essa pessoa tinha vivido dias verdadeiramente assustada com a possibilidade de o Demónio estar na sua vida.
Com isto quero eu dizer que o Demónio não pode actuar e influenciar a vida das pessoas?
De modo nenhum o quero dizer, ou afirmar, mas sim que devemos ter sempre a perspectiva correcta daquilo que realmente se passa, e sobretudo não nos deixarmos influenciar por quem em tudo vê o Demónio.
Fomos criados por Deus em liberdade, e é em liberdade, perante Deus, que tomamos as nossas decisões, e que fazemos as nossas acções.
Podemos ser tentados a fazer o mal?
Sim, com certeza!
Mas só o fazemos, se verdadeiramente nos dispusermos a fazê-lo.
Eu posso ser tentado a beber demasiadamente e ficar bêbado, mas não é o Demónio que me senta ao volante do meu carro.
Eu posso ser tentado a cometer um aborto, mas não é o Demónio que toma a decisão e me leva a essa acção.
Eu posso ser tentado a mentir, mas não é o Demónio que fala pela minha boca.
Com certeza que aqui não estamos a falar de possessões demoníacas, (muito raras entre nós), mas sim na acção tentadora do Demónio que apenas se torna efectiva pela nossa vontade, pelo nosso querer.
Lembremo-nos sempre:
«Não vos surpreendeu nenhuma tentação que tivesse ultrapassado a medida humana. Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças, mas, com a tentação, vos dará os meios de sair dela e a força para a suportar.» 1 Cor 10, 13
Por isso a vigilância constante, permanente, que passa pela vida de oração, pela leitura orante e o estudo da Palavra de Deus, pelos Sacramentos, mormente a Confissão e a Eucaristia, (com a Comunhão Eucarística), com o aprofundar da fé, ouvindo a Igreja que ensina pela voz dos seus membros, pelos documentos colocados à disposição dos fiéis, pela voz do Santo Padre, lendo livros reconhecidamente católicos e pedindo conselho a quem efectivamente os pode dar, como os sacerdotes e leigos empenhados e reconhecidos como tal.
«No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo facto de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus.» Catecismo da Igreja Católica 395
Monte Real, 20 de Janeiro de 2011
(continua)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2011/01/o-medo-do-demonio-2.html
«O vinho novo das bodas do Filho»
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão sobre Marcos 2; PL 52, 287
Sermão sobre Marcos 2; PL 52, 287
«Porque é que nós jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?» Porquê? Porque para vós o jejum é uma questão de lei. Não é um dom espontâneo. Em si mesmo, o jejum não tem valor; o que conta é o desejo daquele que jejua. Que proveito pensais tirar do vosso jejum, se jejuais constrangidos e forçados por uma lei? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade. Mas os discípulos de Cristo foram enviados a trabalhar no campo já maduro da santidade; eles comem o pão da colheita nova. Como poderiam eles ser obrigados a praticar jejuns agora caducos? «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o Esposo está com eles?»
quele que se casa entrega-se inteiramente à alegria e toma parte do banquete; mostra-se muito afável e alegre para com os convidados; faz tudo o que lhe inspira o seu afecto pela esposa. Cristo celebra as Suas bodas com a Igreja enquanto vive na terra. É por isso que aceita tomar parte nas refeições para as quais é convidado. Cheio de benevolência e amor, mostra-Se humano, acessível e amável. Não veio Ele para unir o homem a Deus e fazer dos Seus companheiros membros da família de Deus?
Do mesmo modo, diz Jesus: «Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha». Esse pano novo é o tecido do Evangelho, que está em vias de ser entretecido com a lã do Cordeiro de Deus: uma veste real que o sangue da Paixão irá em breve tingir de vermelho. Como aceitaria Cristo unir esse pano novo com a vetustez do legalismo de Israel? [...] Assim como «ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.» Esses odres novos são os cristãos. O jejum de Cristo é que purificará esses odres de toda a sujidade, para que fique intacto o sabor do vinho novo. O cristão torna-se assim o odre novo, pronto a receber o vinho novo, o vinho das bodas do Filho, pisado na prensa da cruz.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 21 de janeiro de 2013
Os discípulos de João e os fariseus estavam a jejuar. Foram ter com Jesus, e disseram-Lhe: «Porque jejuam os discípulos de João e os fariseus, e os Teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem porventura jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo não podem jejuar. Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo e, então, nesses dias, jejuarão. Ninguém cose um remendo de pano novo num vestido velho; pois o remendo novo arranca parte do velho, e o rasgão torna-se maior. Ninguém deita vinho novo em odres velhos; de contrário, o vinho fará arrebentar os odres, e perder-se-á o vinho e os odres; mas, para vinho novo, odres novos».
Mc 2, 18-22
Mc 2, 18-22