sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A vida oculta de Jesus



A partir do minuto 4'40" o Pe. Paulo Ricardo invoca a homilia proferida por São Josemaría Escrivá em 24 de dezembro de 1963

Porque me amas tanto, Senhor?

Precisamente na gruta de Belém se manifesta não só a infinita caridade de Deus às Suas criaturas, como também a Sua insondável humildade. Esse Menino que emite os seus primeiros choros, que tem frio, que precisa do calor de Maria e de José, é o Deus Todo poderoso e eterno que, sem abandonar o Céu para vir à Terra, Se quis despojar da glória da Sua divindade. Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação o Seu ser igual a Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo, tornando-se semelhante aos homens [19]. Perante tão maravilhosa realidade, entende-se que o nosso Padre exclamasse com frequência: porque me amas tanto, Senhor?

O paradoxo cristão – comenta Bento XVI – consiste precisamente na identificação da Sabedoria divina, ou seja no Logos eterno, com o homem Jesus de Nazaré e com a Sua história. Não existe uma solução para este paradoxo a não ser na palavra “Amor”, que neste caso, naturalmente, deve ser escrita com “A” maiúsculo, tratando-se de um Amor que ultrapassa infinitamente as dimensões humanas e históricas [20].

[19]. Fl 2, 6-7.
[20]. Bento XVI, Homilia nas Vésperas de 17-XII-2009.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de janeiro de 2013)

Imitação de Cristo, 3, 46, 1 - Da confiança que havemos de ter em Deus quando se nos dizem palavras afrontosas

Jesus: Filho conserva-te firme e espera em mim, pois palavras são palavras; ferem os ares, mas não quebram a pedra. Se és culpado, trata logo de emendar-te; se a consciência de nada de acusa, faz o propósito de sofrer isso de boa vontade, por amor de Deus. Não é muito sofreres, às vezes, más palavras, já que me não podes ainda suportar mais pesados golpes. E por que razão te ferem tão leves coisas senão porque és ainda carnal e fazes ainda mais caso dos homens do que convém? Temes ser desprezado, e por isso não queres ser repreendido de tuas faltas e procuras defender-te com desculpas.

Há-de urgir-te a caridade de Cristo

Tens necessidade de vida interior e de formação doutrinal. Exige-te! – Tu, cavalheiro cristão, mulher cristã, tens de ser sal da terra e luz do mundo, porque estás obrigado a dar exemplo com um santo descaramento. Há-de urgir-te a caridade de Cristo e, ao sentires-te e saberes-te outro Cristo a partir do momento em que lhe disseste que o seguias, não te separarás dos teus semelhantes – os teus parentes, os teus amigos, os teus colegas –, da mesma maneira que o sal não se separa do alimento que condimenta. A tua vida interior e a tua formação abrangem a piedade e o critério que deve ter um filho de Deus, para temperar tudo com a sua presença activa. Pede ao Senhor para seres sempre esse bom condimento na vida dos outros. (Forja, 450)

Um cristão não pode reduzir-se aos seus problemas pessoais, pois tem de viver face à Igreja universal, pensando na salvação de todas as almas.

Deste modo, até aquelas facetas que poderiam considerar-se mais íntimas e privadas – a preocupação pelo progresso interior – não são, na realidade, individuais, visto que a santificação forma uma só coisa com o apostolado. Havemos de esforçar-nos, na nossa vida interior e no desenvolvimento das virtudes cristãs, pensando no bem de toda a Igreja, dado que não poderíamos fazer o bem e dar a conhecer Cristo, se na nossa vida não se desse um esforço sincero por realizar os ensinamentos do Evangelho.

Impregnadas deste espírito, as nossas orações, ainda que comecem por temas e propósitos aparentemente pessoais, acabam sempre por ir ter ao serviço dos outros. E, se caminharmos pela mão da Virgem Santíssima, Ela fará com que nos sintamos irmãos de todos os homens, porque todos somos Filhos desse Deus de que Ela é filha, esposa e mãe.

Os problemas dos outros devem ser os nossos problemas. A fraternidade cristã deve estar bem no fundo da nossa alma, de tal modo que nenhuma pessoa nos seja indiferente. Maria, Mãe de Jesus, que O criou, O educou e O acompanhou durante a sua vida terrena e agora está junto d'Ele nos Céus, ajudar-nos-á a reconhecer Jesus em quem passa ao nosso lado, tornado presente para nós nas necessidades dos nossos irmãos, os homens. (Cristo que passa, 145)

São Josemaría Escrivá

Troféus

Nos últimos dias vimos futebolistas e treinadores disputarem um troféu.

Ora, Jesus Cristo Nosso Senhor ao anunciar-nos o Reino dos Céus ofereceu-nos a possibilidade de alcançarmos o maior e melhor Troféu a que podemos aspirar, é certo, que para a alcançarmos e sermos credores da Sua extraordinária misericórdia, teremos de nos aplicar na nossa Vida terrena sendo fiéis e apaixonados cumpridores dos Seus ensinamentos e mandamentos.

No entanto, em relação aos candidatos a Troféus temos uma enorme vantagem, é que Ele não nos desqualifica, não nos elimina, dá-nos sempre mais uma oportunidade para recomeçarmos, mesmo aos que abandonam, mas se arrependem e regressam, Ele faz como o pai da parábola do Filho Pródigo recebe-os de braços e coração aberto.

Sejamos ambiciosos e lutemos pela nosso Troféu junto Dele, nunca é tarde!

JPR

Escutar a Palavra de Deus

Salmo da Palavra de Deus, 119

Oh quanto amo a tua lei
Oh quanto amo a tua lei senhor
Minha meditação em todo o dia
Quão doce a tua palavraAo meu paladar
Mais doce que o mel à minha boca ela é
Lâmpada para os meus pés
É a tua palavra senhorLuz para o meu caminho
A tua palavra é

«Para a imagem aí [Salmo, 119] visível do homem piedoso é característico o facto de amar a Palavra de Deus, trazê-la no coração, meditá-la dia e noite, deixar-se inteiramente penetrar e animar por ela»

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

«A Virgem deu à luz… a profetisa deu à luz… . Foi pela escuta que Maria, a profetisa, concebeu o Deus vivo. Pois acede-se por natureza à inteligência das palavras pela escuta»

(Homilia 4 in Deiparam et Simeonem c 2 – Teodoto de Ancira)

Obrigado por Ti querido Jesus...


... pois sem Ti não compreenderia que seria possível o mais nobre e altruísta acto de amor que foi a Tua Paixão e Morte na Cruz para a remissão dos meus pecados e toda a humanidade.

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938


Em Burgos, a propósito da conversa com um sacerdote, escreve nos seus Apontamentos íntimos: “Participa na crença de que os sacerdotes, para além do Anjo da Guarda, também têm, devido ao nosso ministério, um Arcanjo. Saí daquela casa com uma alegria profunda. E pensei com certeza plena que, se não tiver um Arcanjo, Jesus acabará por mo mandar, para que a minha oração ao Arcanjo não seja estéril”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Acto de Fé

«O acto de fé é abertura à vastidão, quebra da barreira da minha subjectividade, aquilo que Paulo descreve com as palavras: ‘vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim’» (Gálatas 2,20)

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

«Jesus estendeu a mão e tocou-lhe»

Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja 
1º Discurso para a novena de Natal


«Cristo disse ao entrar no mundo: “Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-Me um corpo. Então, Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a Meu respeito – para fazer, ó Deus, a Tua vontade.”» (Heb 10,5-7; Sl 40,7-9 LXX). Será verdade que, para nos salvar da nossa miséria [...] e para conquistar o nosso amor, Deus tenha querido fazer-Se homem? De tal maneira é verdade que é artigo de fé: «E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus [...] e Se fez Homem» (Credo) [...]. Sim, eis o que Deus fez para Se fazer amar por nós. [...] Quis assim manifestar-nos a grandeza do Seu amor por nós: «Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens» (Tt 2,11). O homem não Me ama, parece ter dito o Senhor, porque não Me vê. Vou tornar-Me visível, conversar com ele, e assim far-Me-ei amar, seguramente»: «Depois disto ela [a sabedoria do Senhor] apareceu sobre a terra e permaneceu entre os homens» (Br 3,38). 

O amor de Deus pelo homem é imenso, imenso e para toda a eternidade: «Amei-te com um amor eterno. Por isso, dilatei a misericórdia para contigo» (Jr 31, 3). Não tínhamos porém visto ainda como é grande, incompreensível; quando o Filho de Deus Se fez contemplar na forma de uma criança deitada nas palhas, num estábulo, manifestou-Se-nos verdadeiramente: «manifestou-Se a bondade de Deus, nosso Salvador, e o Seu amor para com os homens» (Tt 3,4). «A criação do mundo, observa São Bernardo, fez brilhar o poder de Deus, a governação do mundo, a Sua sabedoria; mas a encarnação do Verbo fez resplandecer a Sua misericórdia aos olhos de todos» [...].



«Ao desprezar Deus, diz São Fulgêncio, o homem separou-se d'Ele para sempre; e como o homem já não podia regressar a Deus, Deus dignou-Se a vir ao seu encontro na Terra.» Já dissera Santo Agostinho: «Não podíamos ir ao médico; por isso o médico teve a bondade de vir até nós.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 11 de janeiro de 2013

Sucedeu que, encontrando-se Jesus numa cidade, apareceu um homem cheio de lepra, o qual, vendo Jesus, prostrou-se com o rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se Tu queres, podes limpar-me». Ele, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: «Quero, sê limpo!». Imediatamente desapareceu dele a lepra. Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. «Mas vai, disse-lhe, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua cura o que foi ordenado por Moisés, para lhes servir de testemunho». Entretanto difundia-se cada vez mais a fama do Seu nome; e concorriam grandes multidões para O ouvir e ser curadas das suas doenças.16 Mas Ele retirava-Se para lugares desertos, e fazia oração.
 
Lc 5, 12-16