quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Amar a Cristo ...

Senhor Jesus, há momentos precipitámo-nos e em pensamento fizemos acepção em relação a alguém que muito amamos, mas que ao longo da vida tem sido um foco de preocupação. Nada do que cogitámos num primeiro momento houvera ocorrido, mas sim uma urgência de saúde que nos deixou muito preocupados por ser potencialmente grave e nos encontrarmos fisicamente longe.

Além do perdão pela nossa indevida acepção, vimos-Te pedir que por intercessão da Saúde dos Enfermos, a Virgem Santíssima, protejas aquele que tanto amamos.

Damos-Te também graças pela nossa filha que hoje festeja o seu aniversário e também para ela rogamos a Tua protecção.

Obrigado Meu Deus e Meu Senhor por estares sempre aí para nos atenderes e ajudares!

JPR

Preparação para o Nascimento do Senhor

Não esqueçamos que, a partir do dia 17, a Igreja entoa as chamadas antífonas maiores, com as quais se prepara de forma imediata para o Nascimento do Senhor. A primeira é esta: Ó Sabedoria do Altíssimo, que tudo governais com firmeza e suavidade: vinde ensinar-nos o caminho da salvação [17]. É uma premente invocação ao Verbo Incarnado, cujo nascimento, da Virgem Maria, estamos quase a comemorar. Porque a Sabedoria que nasce em Belém é a Sabedoria de Deus (…), ou seja, um desígnio divino que permaneceu escondido durante muito tempo e que o próprio Deus revelou na História da salvação. Na plenitude dos tempos, esta Sabedoria adquiriu um rosto humano, o rosto de Jesus [18].

Preparemo-nos com fé para esta grande festa que é a festa da alegria por excelência. Vivamo-la com toda a humanidade. Vivamo-la com todos os fiéis da Obra. Acorramos a este encontro com a firme decisão de contemplar a infinita grandeza e a humildade de Jesus Cristo, que assumiu a nossa natureza – outra manifestação de como nos ama – e não nos cansemos de olhar para Maria e José, admiráveis mestres de oração, de amor a Deus.

A Palavra que se faz carne é o Verbo eterno de Deus, que ganhou para nós a condição de sermos n’Ele filhos de Deus: vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, a ponto de nos podermos chamar filhos de Deus; e somo-lo, de facto! [19] E S. Josemaria comenta: Filhos de Deus, irmãos do Verbo feito carne, d’Aquele de Quem foi dito: n’Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens! (Jo 1, 4) Filhos da Luz, irmãos da Luz isso é o que nós somos! Portadores da única chama capaz de iluminar os corações feitos de carne! [20] Desejo que não faltemos a este encontro da celebração da chegada de Deus à Terra: nestes dias, obser­vemos como é o nosso esforço por melhorar o estar com Jesus, o viver com Jesus, o ser de Jesus.


[17]. Liturgia das Horas, Vésperas do dia 17 de dezembro, Antífona ad Magnificat.
[18]. Bento XVI, Homilia nas Vésperas de 17-XII-2009.
[19]. 1 Jo 3, 1.
[20]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 66.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2012)

Preparemos o Natal do Senhor - 16 de dezembro: Bênção das imagens do Menino Jesus












No próximo domingo, 16 de dezembro, na eucaristia das 11:00, na Basílica da Santíssima Trindade, far-se-á a bênção das imagens do Menino Jesus.

Convidam-se em especial as crianças mas também os adultos a trazerem a imagem com que fazem o presépio em suas casas para ser benzida.

Será mais um gesto de preparação do Natal do Senhor.
 

PROGRAMA DE NATAL NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

Boletim Informativo 113/2012, de 12 de dezembro

Imitação de Cristo, 3, 36, 1 - Contra os juízos dos homens

Jesus: Filho põe tua confiança em Deus e não temas os juízos humanos, enquanto tua consciência te der testemunho da tua piedade e inocência. É bom e salutar sofrer deste modo, nem isso será penoso ao coração humilde, que confia mais em Deus que em si mesmo. Muitos falam com demasia, e por isso não se lhes deve dar muito crédito. Mas também não é possível satisfazer a todos. Ainda que Paulo se empenhasse por agradar a todos no Senhor, fazendo-se tudo para todos (1 Cor 9,22), contudo, fez pouco caso de ser julgado no tribunal dos homens (1 Cor 4,3).

Tudo pode e deve levar-nos a Deus

É urgente difundir a luz da doutrina de Cristo. Entesoura formação, enche-te de clareza de ideias, de plenitude da mensagem cristã, para poder depois transmiti-la aos outros. Não esperes umas iluminações de Deus, que não tem porque dá-las, já que dispões de meios humanos concretos: o estudo, o trabalho. (Forja, 841)

O cristão precisa de ter fome de saber. Desde o estudo dos saberes mais abstractos até à habilidade do artesão, tudo pode e deve conduzir a Deus. Efectivamente não há tarefa humana que não seja santificável, motivo para a nossa própria santificação e oportunidade para colaborar com Deus na santificação dos que nos rodeiam. A luz dos seguidores de Jesus Cristo não deve estar no fundo do vale, mas no cume da montanha para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.

Trabalhar assim é oração. Estudar assim é oração. Investigar assim é oração. Nunca saímos afinal do mesmo: tudo é oração, tudo pode e deve levar-nos a Deus, alimentar a nossa intimidade contínua com Ele, da manhã à noite. Todo o trabalho honrado pode ser oração e todo o trabalho que é oração é apostolado. Deste modo, a alma fortalece-se numa unidade de vida simples e forte.

Vimos a realidade da vocação cristã, ou seja, como o Senhor confiou em nós para levar as almas à santidade, para as aproximar d'Ele, para as unir à Igreja e estender o reino de Deus a todos os corações. O Senhor quer-nos entregues, fiéis, dedicados, com amor. Quer-nos santos, muito seus.. (Cristo que passa, 10–11)

São Josemaría Escrivá

Catalina, a pedofilia e a cumplicidade

Ontem, uns tantos leitores criticaram-me por pedir a uma senhora que se calasse (refiro-me ao que escrevi sobre Cândida Almeida). Mas hoje vou pedir a uma senhora que fale - Catalina Pestana.

Esta senhora disse ao 'Pùblico' que conhecia vários casos de pedofilia na Igreja. Só em Lisboa, diz ela, conhece cinco. E acrescentava, a propósito do escândalo no seminário do Fundão, que tinha reunido no ano passado com o porta-voz da Conferência Episcopal, padre Manuel Morujão, e com o então presidente da Conferência, o bispo D. Jorge Ortiga para denunciar esses casos.

Acontece que o padre Morujão vem dizer que é mentira. Que nem sequer conhece a senhora e nunca reuniu com ela. E adianta: ela que diga os nomes. Pessoalmente, reforço a ideia: ela que diga os nomes. Já as jornalistas do 'Público' que com ela falaram (Alexandra Campos e Sandra Rodrigues) lhe haviam perguntado por que razão não tinha denunciado os casos às autoridades. E citam a resposta: "Não somos da polícia!" (Catalina referia-se a si própria e ao psiquiatra Álvaro Carvalho, que a acompanharia nas denúncias).

Catalina, já no caso Casa Pia, dizia saber de tudo. Mas que se saiba só atuou depois das denúncias. Provavelmente, pensou que "não era polícia". O mesmo se passa agora. Ora, à segunda vez poderemos considerar cumplicidade com o crime o facto de estar calada? Não sou jurista, mas acho que ela deve falar antes que alguém a considere como tal...

É que, se na Casa Pia bastou ao Estado (de quem a instituição depende) ter pago uma indemnização às vítimas para se pôr fora do processo, no caso do Seminário do Fundão e da Igreja Católica já se sabe que a tolerância não será a mesma. Isso agrava a cobardia de Catalina, que parece querer lançar uma mancha geral sobre a instituição, em vez de denunciar os casos concretos que diz conhecer.

Com assuntos destes, não se pode fazer política, nem brincar, e menos ainda levantar o dedo só para aparecer nos jornais.

Henrique Monteiro in Expresso online AQUI

Primeira mensagem no 'Twitter' de Bento XVI

«Queridos amigos, é com alegria que entro em contacto convosco via twitter. Obrigado pela resposta generosa. De coração vos abençoo a todos.»



Infelizmente a mensagem que divulgámos ontem estava incorrecta, aliás, podemos dizer, felizmente, pois esta é mais rica e abrangente.

Desculpem-nos ter-vos induzido em erro.

JPR

"Deus vem ao encontro de cada ser humano"

A Sala Paulo VI, no Vaticano, acolheu na manhã desta quarta-feira milhares de fiéis e peregrinos para a Audiência Geral com o Papa Bento XVI.

O Pontífice dedicou sua catequese às etapas da Revelação, descritas nas Escrituras, que tem seu vértice no nascimento de Jesus Cristo.

“A partir de Cristo, a história se ilumina, mostrando-nos uma presença que lhe confere significado e a abre à esperança”, explicou. A Palavra de Deus convida-nos a fazer memória dos factos narrados, a vê-los como “história de salvação”. São factos que transformaram Israel, o chamaram a servir a Deus e a testemunhá-Lo no meio de outros povos. Ao celebrá-los, o povo actualiza-os e os faz presentes.

O Advento, recordou o Papa, convida-nos a percorrer o caminho desta presença e nos recorda sempre que Deus não se retirou do mundo, não está ausente, não nos abandonou a nós mesmos, mas vem ao nosso encontro de várias maneiras, que devemos aprender a discernir. “E também nós, com a nossa fé, a nossa esperança e a nossa caridade, somos chamados todos os dias a reconhecer e a testemunhar esta presença, num mundo muitas vezes superficial e distraído, a fazer resplender na nossa vida a luz que iluminou a gruta de Belém.”

Após a catequese em italiano, Bento XVI saudou os presentes em várias línguas. Em espanhol, o Papa dirigiu sua saudação aos participantes do Congresso Internacional promovido pela Pontifícia Comissão para a América Latina, assim como às autoridades civis e eclesiásticas, e aos inúmeros fiéis do Estado de Michoacán, México, que ofereceram ao Vaticano o presépio artesanal que enfeita a Sala Paulo VI.

“Que Nossa Senhora de Guadalupe vele pela nobre nação mexicana e lhes conceda unidade, justiça, concórdia e paz.”

Em português, Bento XVI disse:

“Queridos irmãos e irmãs, a Revelação, a comunicação que Deus faz de si mesmo e do seu desígnio de benevolência e de amor, se insere no tempo e na história dos homens. A Sagrada Escritura ensina que Deus, desde o início, veio ao encontro do homem, chamando-o a uma íntima comunhão com Ele. E mesmo quando o homem se afastou d’Ele pela desobediência, Deus não cessou de oferecer ao homem a sua aliança: com Noé, depois do dilúvio; chamando Abraão a deixar a sua terra para tornar-se pai de uma multidão de povos; libertando o povo de Israel da escravidão do Egipto e estabelecendo uma Aliança; guiando Israel por meio dos profetas, fazendo crescer a esperança de uma Nova Aliança destinada a todos os homens e que se realiza em Cristo, Aquele que ilumina e dá sentido pleno à história de Deus com a humanidade. De facto, estes são acontecimentos que não “passam” nem caem no esquecimento, mas se tornam memória, constituem a “história da salvação”. Assim, a fé é alimentada pela descoberta e a memória de Deus sempre fiel, que guia a história e constitui o fundamento seguro e estável sobre o qual podemos apoiar as nossas vidas.

Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Possa a preparação para o Natal, neste tempo do Advento, vos recordar que Deus vem ao encontro de cada ser humano. Meditai a Palavra de Deus, precioso alimento da vossa fé, para assim resplandecer nas vossas vidas a luz de Cristo que iluminou a gruta de Belém. Que Ele vos abençoe!”

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de JPR

Vídeos em espanhol e inglês


20.000 ...

... mensagens publicadas no blogue desde 10 de fevereiro de 2008, uma média de 11,3 publicações por dia e mais de 79.000 pessoas alcançadas durante uma semana no Facebook o que nos permite extrapolar com cautela para números próximos dos 3.000.000 por ano.

Estes números só são possíveis com a graça do Senhor e o apoio permanente de Nossa Senhora, sem Ele e Ela nada seria alcançado. Bem-haja a Ambos!

 

O verdadeiro crente

«Um crente que se deixa formar e conduzir na fé da Igreja deveria ser, com todas as suas fraquezas e todas as suas dificuldades, uma janela para a luz de Deus vivo, e se verdadeiramente o crê também o é de facto. Contra as forças que sufocam a verdade, contra este muro de preconceitos que em nós bloqueia o olhar para Deus, o crente deveria ser uma força antagonista.»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

Jesus quis realmente fundar uma Igreja? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

Para uma melhor leitura no blogue favor usar a opção de full screen (1º botão a contar da esquerda da barra inferior do Scibd.) caso deseje ler online. Obrigado!

Saber perdoar

Cristo deu a Sua vida por ti e tu continuas a detestar aquele que é um servo como tu? Como podes avançar em direcção à mesa da paz? O teu Mestre não hesitou em suportar por ti todos os sofrimentos, e tu recusas-te a renunciar sequer à tua cólera? [...] «Aquele ofendeu-me com gravidade, dizes tu, foi tantas vezes injusto para comigo, chegou mesmo a ameaçar-me de morte!» O que é isto? Ele ainda não te crucificou, como os inimigos do Senhor O crucificaram.Se não perdoas as ofensas do teu próximo, o teu Pai que está nos céus também não te perdoará as tuas faltas (Mt 6, 15). O que te diz a tua consciência quando pronuncias estas palavras: «Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o Vosso nome» e o que se segue? Cristo não fez diferenças: Ele derramou o Seu sangue por aqueles que derramaram o Dele. Serias capaz de fazer algo semelhante? Quando te recusas a perdoar ao teu inimigo, é a ti que causas mal, não a ele [...]; o que tu preparas é o teu próprio castigo no dia do julgamento.

[...]Escuta o que diz o Senhor: «Quando fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e depois volta para apresentar a tua oferta». [...] Porque o Filho do homem veio ao mundo para reconciliar a humanidade com o Pai. Como diz São Paulo: «Agora Deus reconciliou consigo todas as coisas» (Col 1, 22); «pela cruz [...], levando em Si próprio a morte à inimizade» (Ef 2, 16).

(Homilia sobre a traição de Judas, 2, 6 - São João Crisóstomo)

Perdoar

Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo.

(Efésios 4, 31 – S. Paulo)


Saber perdoar é um dos maiores actos de humildade que podemos praticar e permito-me acreditar, que é também uns dos actos mais gratificantes para Jesus Cristo Deus Nosso Senhor, pois ao ver-nos praticá-lo, constata que os Seu sofrimento por nós na Cruz não foi em vão, saibamos pois ser dignos Dele e seguir os conselhos de S. Paulo.

JPR

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Escreve: “Ontem almocei em casa dos Guevara. Estando ali, sem fazer oração, dei comigo – como outras vezes – dizendo: “Inter medium montium pertransibunt aquae”. Creio que, nestes dias tenho tido outras vezes na minha boca essas palavras, porque sim, mas não lhes dei importância. Ontem disse-as com tanta força, que senti o desejo de as anotar: entendi-as”. Anos mais tarde, esclarecerá: “Eu recordo o consolo de uma alma que tinha de fazer algo que estava acima das forças do homem e ouviu dizer na intimidade do seu coração: Inter medium montium pertransibunt aquae; não te preocupes, as águas passarão através dos montes”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Oração a Nossa Senhora de Guadalupe

«Perfeita, sempre Virgem Santa Maria, Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive. Tu, que na verdade és nossa Mãe compassiva, te buscamos e te aclamamos. Escuta com piedade o nosso pranto, as nossas tristezas. Cura as nossas penas, misérias e dores. Tu que és nossa doce e amorosa Mãe, acolhe-nos no aconchego do teu manto, no carinho dos teus braços. Que nada nos aflija nem perturbe o nosso coração. Mostra-nos e manifesta-nos o teu amado Filho, para que com Ele encontremos a nossa salvação e a salvação do mundo. Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, faz-nos mensageiros teus, mensageiros da palavra e da vontade de Deus. Amen.»

Nossa Senhora de Guadalupe

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).

Nossa Senhora disse então a Juan Diego para que fosse até o Bispo, pedindo que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O Bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Foi quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente: "Escute, meu filho, não há nada que temer, não fiques preocupado nem assustado; não temas esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a teu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que desejas mais do que isto? Não permitas que nada te aflija e te perturbe. Quanto à doença do teu tio, ela não é mortal. Eu te peço, acredita agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que irás levar ao Bispo. Diz-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Tu és meu embaixador e mereces a minha confiança. Quando chegares diante dele, desdobra a sua "tilma" (manto) e mostra-lhe o que carrega, porém, só na sua presença. Diz-lhe tudo o que viste e ouvistes, nada omitas..."

O Bispo viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego visitou o tio, que sadio narrou:"Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou comigo. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de 'Santa Maria de Guadalupe', embora não tenha explicado o porquê". Diante de tudo isto muitos se converteram e o Santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já dura há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. Pois nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do Bispo e do intérprete refletiu-se e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Disse o Papa Bento XIV, em 1754: "Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros... uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja... Deus não agiu assim com nenhuma outra nação".

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada "Padroeira de toda a América" pelo Papa Pio XII a 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou à Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

(Fonte: ‘Canção Nova’ com adaptação de JPR)

«Sou manso e humilde de coração»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilia em memória de São Basso, 2


Ainda hoje Cristo é para nós um Mestre cheio de doçura e de amor. [...] Vede como Ele age. Mostra-Se compassivo para com o pecador que, no entanto, merece as Suas censuras. Aqueles que provocam a Sua cólera deveriam ser aniquilados, mas Ele dirige aos homens culpados palavras cheias de doçura: «Vinde a Mim, tornai-vos Meus discípulos, porque sou manso e humilde de coração». Deus é humilde; o homem é orgulhoso. O juiz mostra-se clemente; o malfeitor arrogante. O artesão profere palavras de humildade; a argila discorre à maneira de um rei (cf Is 29,16; 45,9). «Vinde a Mim, tornai-vos Meus discípulos, porque sou manso e humilde de coração». Ele não traz o chicote para castigar, mas o remédio para curar.

Pensai na Sua bondade inexprimível. Recusareis o vosso amor ao Mestre que nunca castiga e a vossa admiração ao juiz que defende o culpado? As Suas palavras tão simples não vos podem deixar insensíveis: «Sou o Criador e amo a Minha obra; sou o artesão e cuido daquele que formei» (cf Gn 2,7). Se me preocupasse somente com a Minha dignidade, não levantaria o homem caído. Se não tratasse a sua doença incurável com remédios adequados, ele nunca poderia recuperar a saúde. Se não o confortasse, ele morreria. Se apenas o ameaçasse, ele pereceria. Ele jaz no solo, mas vou aplicar nele o bálsamo da bondade (cf Lc 10,34). Compadecido, baixo-Me para o ajudar a levantar-se. Aquele que se mantém de pé não poderá levantar um homem caído no chão sem se inclinar para lhe estender a mão. «Vinde a Mim, tornai-vos Meus discípulos, porque sou manso e humilde de coração.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 12 de dezembro de 2012

O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».

Mt 11, 28-30