sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

… o Advento

… tempo litúrgico que nos prepara para o Natal do Senhor. A primeira semana antecipa-nos os acontecimentos que terão lugar no fim dos tempos, quando Jesus Cristo vier na Sua glória para julgar os homens e tomar posse do Seu reino. Velai, pois, orando continuamente, a fim de (…) aparecerdes firmes diante do Filho do Homem [14]. E acrescenta: o Céu e a Terra passarão, mas as Minhas Palavras não hão-de passar [15]. Sabemos que na Bíblia a Palavra de Deus está na origem da Criação: todas as criaturas, a partir dos elementos cósmicos – sol, lua, firmamento – obedecem à Palavra de Deus, existem porque são “chamados” por Ela. Este poder criador da Palavra divina concentrou-se em Jesus Cristo, Verbo feito carne, e passa também através das Suas palavras humanas, que são o verdadeiro “firmamento” que orienta o pensamento e o caminho do ser humano sobre a Terra [16]. Meditemos pois com frequência nas palavras de Cristo que se recolhem no Evangelho e, em geral, em todo o Novo Testamento. Procuremos tirar luzes novas dessa meditação, para as aplicar à nossa existência quotidiana. Sugiro que, segundo o exemplo do nosso Padre, cada tempo de meditação seja um diálogo vivido com esforço: o Senhor vê-nos, ouve-nos, está connosco, filhas e filhos Seus.

[13]. S. Josemaria, Carta 2-III-1940, n. 3.
[14]. Missal Romano, 1º Domingo do Advento, Evangelho (C) (Lc 21, 36).
[15]. Mc 13, 31.
[16]. Bento XVI, Palavras no Angelus, 18-XI-2012.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2012)

Imitação de Cristo, 3, 34, 3 - Como Deus é delicioso em tudo e sobretudo a quem o ama

Ó luz eterna, superior a toda luz criada, lançai do alto um raio que penetre todo o íntimo do meu coração. Purificai, alegrai, iluminai e vivificai a minha alma com todas as suas potências, para que a vós se una em transportes de alegria. Oh! Quando virá aquela ditosa e almejada hora, em que haveis de saciar-me com a vossa presença, e ser-me tudo em todas as coisas? Enquanto isso não me for concedido, minha alegria não será perfeita. Mas ai! Que ainda vive em mim o homem velho, não de todo crucificado nem inteiramente morto. Ainda se revolta fortemente contra o espírito e move guerras interiores; nem consente em que reine tranquilidade na alma.

Uma oração contínua

Padre – comentaste-me –, eu cometo muitos enganos, muitos erros. – Já sei, respondi-te. Mas Deus Nosso Senhor, que também o sabe e conta com isso, só te pede a humildade de o reconheceres e a luta para rectificares, para O servires cada vez melhor, com mais vida interior, com uma oração contínua, com a piedade e com o emprego dos meios adequados para santificares o teu trabalho. (Forja, 379)

Vida interior, em primeiro lugar. Há ainda tão pouca gente que entenda isto! Ao ouvir falar de vida interior, pensa-se logo na obscuridade do templo, quando não no ambiente abafado de algumas sacristias. Estou há mais de um quarto de século a dizer que não se trata disso. Eu falo da vida interior de cristãos normais e correntes, que habitualmente se encontram em plena rua, ao ar livre; e que na rua, no trabalho, na família e nos momentos de diversão estão unidos a Jesus todo o dia. E o que é isto senão vida de oração contínua? Não é verdade que compreendeste a necessidade de ser alma de oração, numa intimidade com Deus que te leva a endeusar-te? Esta é a fé cristã e assim o compreenderam sempre as almas de oração. Torna-se Deus aquele homem, escreve Clemente de Alexandria, porque quer o mesmo que Deus quer.

A princípio custará. É preciso esforçarmo-nos por nos dirigir ao Senhor, por lhe agradecermos a sua piedade paternal e concreta para connosco. A pouco e pouco o amor de Deus torna-se palpável – embora isto não seja coisa de sentimentos – como uma estocada na alma. É Cristo que nos persegue amorosamente: Eis que estou à porta e chamo(Cristo que passa, 8)

São Josemaría Escrivá

«Salve, ó cheia de graça»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Redemptoris Mater», §§ 7, 10


«Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos céus, nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo [...]. Ele nos escolheu antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na Sua presença» (Ef 1,3-4) [...] A carta aos Efésios, falando da «riqueza da graça» pela qual «Deus Pai [...] nos tornou agradáveis em Seu amado Filho», acrescenta: «N'Ele temos a redenção pelo Seu sangue» (Ef 1,7). Segundo a doutrina formulada em documentos solenes da Igreja, esta «riqueza da graça» manifestou-se na Mãe de Deus, pelo facto de Ela ter sido «redimida de um modo mais sublime» (Papa Pio IX). 

Em virtude da riqueza da graça do amado Filho e por motivo dos merecimentos redentores d'Aquele que haveria de tornar-Se seu Filho, Maria foi preservada da herança do pecado original. Deste modo, logo desde o primeiro instante da sua concepção, ou seja da sua existência, Ela pertence a Cristo, participa da graça salvífica e santificante e daquele amor que tem o seu início no «amado Filho», no Filho do eterno Pai que, mediante a Incarnação, se tornou o seu próprio Filho. 

Sendo assim, por obra do Espírito Santo, na ordem da graça, ou seja, da participação da natureza divina, Maria recebe a vida d'Aquele ao qual Ela própria, na ordem da geração terrena, deu a vida como mãe. [...] E, uma vez que Maria recebe esta «vida nova» numa plenitude correspondente ao amor do Filho para com a Mãe e, por conseguinte, à dignidade da maternidade divina, o Anjo na Anunciação chama-lhe «cheia de graça».

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 8 de dezembro de 2012 - Imaculada Conceição

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível . Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Lc 1, 26-38

Novena da Imaculada Conceição com textos de São Josemaría Escrivá - 7 de Dezembro

Para uma melhor leitura no blogue favor usar a opção de full screen (1º botão a contar da esquerda da barra inferior do Scibd.) caso deseje ler online. Obrigado!

A humildade do Prelado do Opus Dei em entrevista à RAI em 2008

RAI – Qual é a maior dificuldade que sente no exercício das funções de Prelado do Opus Dei?

D. Javier Echevarría – A minha pequenez, sabendo que devo em cada dia, começar e recomeçar a ser fiel ao Senhor para ajudar o próximo. Porque não posso dar o que não possuo: pelo procuro ser um homem de oração – e ainda tenho muito que aprender – um homem de expiação – e aqui também tenho muito que aprender – e também um homem de apostolado, sabendo que aprendo muito com as outras pessoas, sejam da Obra (Opus Dei) ou não.

(Tradução a partir do italiano de JPR)

Verdade de Fé II

«Não pode ter a Deus por Pai quem não tem a Igreja por Mãe»

(São Cipriano)

Hipocrisia

A tolerância que, por assim dizer, admite Deus como opinião privada mas nega a sua presença no domínio público, na realidade do mundo e da nossa vida, não é tolerância – é hipocrisia.

(Homilia na abertura do Sínodo dos Bispos em 02/X/2005 – Bento XVI)

Quem foi José de Arimateia? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

Para uma melhor leitura no blogue favor usar a opção de full screen (1º botão a contar da esquerda da barra inferior do Scibd.) caso deseje ler online. Obrigado!

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Véspera da festa da Imaculada Conceição. No Patronato de Santa Isabel (Madrid) lê a dois jovens o que viria a ser publicado como o Santo Rosário. No prólogo, dirá: “Meu amigo: se tens desejos de ser grande, faz-te pequeno. Para ser pequeno é preciso crer como os meninos crêem, amar como os meninos amam, abandonar-se como os meninos se abandonam…, rezar como os meninos rezam”. Tinha escrito o texto de uma assentada, uma manhã da novena da Imaculada, depois da Missa, ao terminar a acção de graças.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Salmo

«… é a bênção do povo, o louvor de Deus, o elogio das gentes, o aplauso de todos, a linguagem universal, a voz da Igreja, a confissão harmoniosa da fé, plena submissão à autoridade, o regozijo da liberdade, o clamor do alvoroço e o eco da alegria»

(Encarratio in Ps. I,9 – Santo Ambrósio)

Santo Ambrósio, bispo, Doutor da Igreja, †397

Era funcionário do Império e governava o norte da Itália quando os fiéis da diocese de Milão, inspirados por Deus, o aclamaram seu bispo. Àquela altura, Ambrósio era apenas catecúmeno e ainda não havia recebido o baptismo. Mas foram tão claros os sinais de que era a voz de Deus que naquele momento falava pela boca dos populares que, depois de alguma hesitação, Ambrósio aceitou.

Foi baptizado, ordenado sacerdote e sagrado bispo. Tomando inteiramente a sério as novas responsabilidades, colocou sua imensa cultura e sua invulgar capacidade administrativa ao inteiro serviço da Igreja.

Combateu heresias, favoreceu e defendeu a virgindade consagrada a Deus, empenhou-se tenazmente para extirpar os restos de paganismo do Império. Não hesitou em enfrentar o imperador Teodósio, impondo a ele uma penitência pública porque se portara mal. Deixou numerosos escritos de alto valor intelectual, e teve papel eminente na conversão de Santo Agostinho.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Livres da obscuridade e das trevas, os olhos dos cegos verão» (Is 29,18)

Liturgia latina 
Hino do século IX para o Advento


Que o sol, os astros, a terra e os mares
Ressoem solenemente a chegada do Deus altíssimo;
Que o rico e o pobre unam seus cantos
Para celebrar o Filho do Criador supremo!

O Seu nascimento precede a estrela da manhã:
É o Salvador outrora prometido a nossos pais,
O fruto glorioso de uma Virgem,
O Filho do Deus poderoso.

É o Rei de glória
Que devia vir reinar sobre os reis,
Esmagar sob Seus pés o inimigo cruel
E curar o mundo doente.

Que também os anjos rejubilem;
Que todos os povos estremeçam de alegria:
O Todo-Poderoso vem em humildade
Para salvar o que estava perdido. [...]

Elevem os profetas suas vozes e profetizem:
Emanuel já está próximo de nós!
Solte-se a língua dos mudos
E vós, coxos, correi ao Seu encontro (cf Is 7,14; 35,6). [...]

Todas as nações e ilhas,
Aclamai este grande triunfo.
Vinde, correi como os cervos:
Eis que chega o Redentor.

Que os olhos dos cegos,
Até aqui fechados à luz,
Aprendam então a romper as trevas da noite
Para se abrirem à verdadeira luz. [...]

Louvor, honra, poder e glória
A Deus Pai e ao Filho
Na unidade do Espírito Santo
Pelos séculos dos séculos!

O Evangelho do dia 7 de dezembro de 2012

Partindo dali Jesus, seguiram-n'O dois cegos, gritando e dizendo: «Tem piedade de nós, Filho de David!». Tendo chegado a casa, aproximaram-se d'Ele os cegos. E Jesus disse-lhes: «Credes que posso fazer isto?». Eles responderam: «Sim, Senhor». Então tocou-lhes os olhos, dizendo: «Seja-vos feito segundo a vossa fé». E abriram-se os seus olhos. Jesus deu-lhes ordens terminantes, dizendo: «Cuidado, que ninguém o saiba». Mas eles, retirando-se, divulgaram por toda aquela terra a Sua fama.

Mt 9, 27-31