domingo, 18 de novembro de 2012

Amar a Cristo ...

Bom Jesus, Consolador da nossa alma e do nosso espírito, cremos firme e convictamente no Pai, em Ti, no Espírito Santo e na Tua Igreja e agradecemos-Te por tudo o que nos tens oferecido ao longo da nossa vida.

Hoje, como sempre, foste amparo e consolo proporcionando-nos uma despedida de quem muito amávamos e amamos, muito digna e próxima de Ti da Virgem Maria. Serão momentos que guardaremos no nosso coração com a alegria de quem se considere Teu filho e sabe que sem Ti nada faria sentido.

Obrigado Meu Senhor e Meu Deus por Ti e por tudo que nos ofereces e nos enche a alma!

JPR

O mundo, o homem e a fé

Como é possível levar o homem a superar o cepticismo, a indiferença e a convicção de que se pode viver como se Deus não existisse? Pode-se fazer isto unicamente ajudando o homem a redescobrir a capacidade de contemplar a beleza da criação, a ler de novo o significado da sede de infinito que cada homem leva consigo, a recuperar o sentido da vida de fé como caminho que conduz ao encontro com Deus. É a síntese da reflexão proposta pelo Papa, na quarta-feira 14 de Novembro, aos fiéis presentes na audiência geral na Sala Paulo VI.

Queridos irmãos e irmãs!
Na quarta-feira passada reflectimos sobre o desejo de Deus que o ser humano leva no profundo de si mesmo. Hoje gostaria de continuar a aprofundar este aspecto, meditando brevemente convosco sobre alguns caminhos para chegar ao conhecimento de Deus. Contudo, gostaria de recordar que a iniciativa de Deus precede sempre todas as iniciativas do homem e, também no caminho rumo a Ele, é Ele em primeiro lugar quem nos ilumina, orienta e guia, respeitando sempre a nossa liberdade. E é sempre Ele quem nos faz entrar na sua intimidade, revelando-se e doando-nos a graça para poder acolher esta revelação na fé. Nunca esqueçamos a experiência de santo Agostinho: não somos nós que possuímos a Verdade depois de a termos procurado, mas é a Verdade que nos procura e nos possui.

Todavia, há caminhos que podem abrir o coração do homem ao conhecimento de Deus, sinais que conduzem para Deus. Certamente, com frequência corremos o risco de sermos ofuscados pelo cintilar da vida mundana, que nos torna menos capazes de percorrer tais caminhos ou de ler tais sinais. Contudo, Deus não se cansa de nos procurar, é fiel ao homem que criou e salvou, permanece próximo da nossa vida, porque nos ama. Esta é uma certeza que nos deve acompanhar todos os dias, mesmo se determinadas mentalidades difundidas dificultam que a Igreja e o cristão comuniquem a alegria do Evangelho a cada criatura e levem todos ao encontro com Jesus, único Salvador do mundo. Todavia, esta é a nossa missão, é a missão da Igreja e todos os crentes devem vivê-la jubilosamente, sentindo-a como própria, através de uma existência animada verdadeiramente pela fé, marcada pela caridade, pelo serviço a Deus e aos outros, e capaz de irradiar esperança. Esta missão resplandece sobretudo na santidade para a qual todos somos chamados.

Hoje - sabemo-lo - não faltam dificuldades e provações para a fé, frequentemente pouco compreendida, contestada e rejeitada. São Pedro dizia aos seus cristãos: "Estai sempre prontos a responder, para a vossa defesa, com doçura e respeito, a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança" (1 Pd 3, 15). No passado, no Ocidente, numa sociedade considerada cristã, a fé era o âmbito no qual ela se movia; a referência e a adesão a Deus eram, para a maioria das pessoas, parte da vida quotidiana. Ao contrário, era quem não acreditava que devia justificar a própria incredulidade. No nosso mundo a situação mudou e cada vez mais o crente deve ser capaz de dizer a razão da sua fé. O beato João Paulo II, na Encíclica Fides et ratio, realçava o modo como a fé é posta à prova também na época contemporânea, atravessada por formas subtis e capciosas de ateísmo teórico e prático (cf. nn. 46-47). A partir do Iluminismo, a crítica à religião intensificou-se; a história foi marcada também pela presença de sistemas ateus, nos quais Deus era considerado uma mera projecção do ânimo humano, uma ilusão e o produto de uma sociedade já alterada por tantas alienações. Depois, o século passado conheceu um forte processo de secularismo, sob a bandeira da autonomia absoluta do homem, considerado como medida e artífice da realidade, mas empobrecido do seu ser criatura "à imagem e semelhança de Deus". No nosso tempo verificou-se um fenómeno particularmente perigoso para a fé: de facto, existe uma forma de ateísmo que definimos "prático", no qual não se negam as verdades da fé ou os ritos religiosos, mas simplesmente se consideram irrelevantes para a existência quotidiana, destacadas da vida, inúteis. Então, com frequência, cremos em Deus de modo superficial, e vivemos "como se Deus não existisse" (etsi Deus non daretur). Mas, no final este modo de viver resulta ainda mais destrutivo, porque leva à indiferença à fé e à questão de Deus.

Na realidade, o homem separado de Deus reduz-se a uma só dimensão, a horizontal, e precisamente este reducionismo é uma das causas fundamentais dos totalitarismos que tiveram consequências trágicas no século passado, assim como a crise de valores que vemos na realidade actual. Obscurecendo a referência a Deus obscureceu-se também o horizonte ético, abrindo espaço ao relativismo e confirmando-se uma concepção ambígua da liberdade que em vez de ser liberatória acaba por ligar o homem a ídolos. As tentações que Jesus enfrentou no deserto antes da sua missão pública, representam bem aqueles "ídolos" que fascinam o homem, quando não vai além de si mesmo. Se Deus perder a centralidade, o homem perde o seu justo lugar, e não encontra a sua colocação na criação, nas relações com os outros. Não se extinguiu o que a sabedoria antiga evoca com o mito de Prometeu: o homem pensa que pode tornar-se ele mesmo "deus", dono da vida e da morte.
Diante deste quadro, a Igreja, fiel ao mandato de Cristo, nunca cessa de afirmar a verdade sobre o homem e sobre o seu destino. O Concílio Vaticano II afirma sinteticamente que: "O aspecto mais sublime da dignidade humana encontra-se na vocação do homem à união com Deus. Começa com a existência o convite que Deus dirige ao homem para dialogar com Ele: se o homem existe é porque Deus o criou por amor e, por amor, não cessa de o conservar na existência; e o homem não vive plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente este amor e não se entregar inteiramente ao seu criador" (Const. Gaudium et spes, 19).

Então, que respostas está a fé chamada a dar, com "doçura e respeito", ao ateísmo, ao cepticismo, à indiferença pela dimensão vertical, para que o homem do nosso tempo possa continuar a interrogar-se sobre a existência de Deus e a percorrer os caminhos que levam a Ele? Gostaria de mencionar alguns caminhos, que derivam tanto da reflexão natural, como da própria força da fé. Gostaria de os resumir muito sinteticamente em três palavras: o mundo, o homem e a fé.

A primeira: o mundo. Santo Agostinho, que na sua vida procurou a Verdade por muito tempo e foi arrebatado pela Verdade, escreveu uma página lindíssima e célebre, na qual disse: "Perscruta a beleza da terra, do mar, do ar rarefeito e onde quer que se expanda; perscruta a beleza do céu... e todas as realidades. Todas te responderão: olha para nós e vê como somos bonitas. A sua beleza é como um hino de louvor. Ora, estas criaturas tão bonitas, mas também mutáveis, quem as fez se não aquele que é a beleza inalterável? (Sermo 241, 2: PL 38, 1134). Penso que devemos recuperar e fazer recuperar ao homem de hoje a capacidade de contemplar a criação, a sua beleza, a sua estrutura. O mundo não é um magma amorfo, mas quanto mais o conhecemos e descobrimos os seus mecanismos maravilhosos, tanto mais vemos um desígnio, vemos que existe uma inteligência criadora. Albert Einstein disse que nas leis da natureza "se revela uma razão tão superior que toda a racionalidade do pensamento e dos ordenamentos humanos em comparação é um reflexo absolutamente insignificante" (O Mundo como eu o vejo). Portanto, um primeiro caminho que leva à descoberta de Deus é a contemplação da criação com um olhar atento.

A segunda palavra: o homem. É sempre de santo Agostinho a frase célebre com a qual diz que Deus é mais íntimo de mim de quanto eu o seja de mim mesmo (cf. Confissões III, 6, 11). A partir disto ele formulou o convite: "Não saias de ti mesmo, entra em ti mesmo: a verdade habita no homem interior" (De vera religione, 39, 72). Este é outro aspecto que corremos o risco de perder no mundo ruidoso e dispersivo no qual vivemos: a capacidade de reflectir, de meditar em profundidade e de detectar aquela sede de infinito que trazemos no íntimo, que nos impele a ir além e nos remete para Alguém que a possa satisfazer. O Catecismo da Igreja Católica afirma: "Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade, o homem interroga-se sobre a existência de Deus" (n. 33).

A terceira palavra: a fé. Sobretudo na realidade do nosso tempo, não devemos esquecer que um caminho que leva ao conhecimento e ao encontro com Deus é a vida da fé. Quem crê está unido a Deus, está aberto à sua graça e à força da caridade. Assim a sua existência torna-se testemunho não de si mesmo, mas do Ressuscitado, e a sua fé não teme mostrar-se na vida quotidiana, está aberta ao diálogo que expressa profunda amizade pelo caminho de cada homem, e sabe dar esperança a necessidade de resgate, de felicidade e de futuro. De facto, a fé é encontro com Deus que fala e age na história e que converte a nossa vida diária, transformando a nossa mentalidade, juízos de valor, escolhas e acções concretas. Não é ilusão, fuga da realidade, refúgio cómodo, sentimentalismo, mas é participação de toda a vida e é anúncio do Evangelho, Boa Nova capaz de libertar o homem todo. Um cristão e uma comunidade que sejam activos e fiéis ao projecto de Deus que nos amou em primeiro lugar, constituem um caminho privilegiado para quantos vivem na indiferença e na dúvida acerca da sua existência e acção. Contudo, isto exige que o testemunho de fé de cada um se torne cada vez mais transparente, purificando a própria vida para que esteja em conformidade com Cristo. Hoje muitos têm uma concepção limitada da fé cristã porque a identificam com um mero sistema de crença e de valores e não com a verdade de um Deus que se revelou na história, desejoso de comunicar intimamente com o homem, numa relação de amor com ele. Na realidade, como fundamento de toda a doutrina e valor está o evento do encontro do homem com Deus em Jesus Cristo. O Cristianismo, antes de uma moral ou de uma ética, é o acontecimento do amor, é o acolhimento da pessoa de Jesus. Por isso o cristão e as comunidades cristãs antes de mais devem olhar e fazer olhar para Cristo, o verdadeiro Caminho que leva a Deus.

No final da audiência geral, o Papa saudou os fiéis presentes nas diversas línguas, dizendo em português.

Queridos peregrinos vindos de diversas cidades do Brasil e todos os presentes de língua portuguesa: sede bem-vindos! Neste Ano da fé, procurai conhecer mais a Cristo, único caminho verdadeiro que conduz a Deus, para poder depois transmitir aos demais a alegria desse encontro transformador. Possa Ele iluminar e abençoar as vossas vidas! Obrigado pela visita!

(© L'Osservatore Romano - 17 de Novembro de 2012)

É Jesus o centro da história, ponto firme e estável para a nossa vida e para a nossa esperança

“Jesus não descreve o fim do mundo”, na passagem do Evangelho que a liturgia proclama neste domingo: observou Bento XVI, na alocução do meio-dia, na Praça de São Pedro, com os peregrinos e romanos ali congregados, como habitualmente, para a recitação da oração mariana. Este discurso “escatológico” de Jesus, sobre “os últimos tempos” – observou o Papa – “é provavelmente o texto mais difícil dos Evangelhos”.

“Essa dificuldade deriva tanto do conteúdo como do linguagem: fala-se de facto de um futuro que ultrapassa as nossas categorias e é por isso que Jesus utiliza imagens e palavras retomadas do Antigo Testamento, mas – sobretudo – insere um novo centro, que é Ele próprio, o mistério da sua pessoa e da sua morte e ressurreição”.

De facto, o “Filho do homem” de que fala o Evangelho, retomando a profecia de Daniel, é o próprio Jesus, que põe em ligação o presente com o futuro. “As antigas palavras dos profetas encontraram finalmente um centro na pessoa do Messias nazareno. É Ele o verdadeiro acontecimento que, nos meios dos abalos e perturbações do mundo, permanece como o ponto firme e estável”.

Bento XVI pôs em realce a afirmação de Jesus “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”, observando que na Bíblia é a Palavra de Deus que está na origem da criação… “Esta potência criadora da Palavra divina concentrou-se em Jesus Cristo, Verbo feito carne, e passa também através das suas palavras humanas, que são o verdadeiro firmamento que orienta o pensamento e o caminho do homem sobre a terra”.

Foi neste contexto que o Papa fez notar que “Jesus não descreve o fim do mundo e, quando usa imagens apocalíticas, não se comporta como um vidente. Pelo contrário, Ele quer subtrair os seus discípulos de todos os tempos à curiosidade pelas datas e previsões, fornecendo-lhes isso sim uma chave de leitura profunda, essencial, e sobretudo indicar a via justa sobre como caminhar, hoje e amanhã, para entrar na vida eterna”.

“Tudo passa – recorda-nos o Senhor – mas a Palavra de Deus não muda e perante essa cada um de nós é responsável pelo seu próprio comportamento… Também nos nossos tempos não faltam calamidades naturais, e infelizmente, não falta também guerras e violências. Também hoje em dia temos necessidade de um fundamento estável para nossa vida e para a nossa esperança, por maioria de razão por causa do relativismo em que estamos imersos. Que a Virgem Maria nos acolha este centro na Pessoa de Cristo e na sua Palavra”.

Rádio Vaticano

Vídeo em italiano

Imitação de Cristo, 3, 30, 1 - Como se há de pedir o auxílio divino e confiar para recuperar a graça

Jesus: Filho, eu sou o Senhor, que te conforta no dia da tribulação (Na 1,7). Vem a mim quando te achares aflito. O que mais te impede de receber a consolação é que tarde recorres à oração. Antes que ores com atenção, procuras consolar-te, recreando-te com vários divertimentos exteriores. Daqui vem que pouco proveito tiras de tudo, até que conheças que sou eu quem salva do perigo os que em mim esperam, e que fora de mim não há auxílio valioso, nem conselho útil, nem remédio durável. Uma vez, porém, que recobraste alento depois da tempestade, procura readquirir forças à luz das minhas misericórdias; pois estou perto, diz o Senhor, para tudo restaurar, não só com integridade, mas também com abundância e profusão.

A nossa fortaleza é emprestada

Não sejas frouxo, mole. – Já é tempo de repelires essa estranha compaixão que sentes por ti mesmo. (Caminho, 193)

Falávamos antes de luta. Mas a luta exige treino, uma alimentação adequada, uma terapêutica urgente em caso de doença, de contusões, de feridas. Os Sacramentos, medicina principal da Igreja, não são supérfluos: quando se abandonam voluntariamente, não é possível dar um passo no caminho por onde se segue Cristo. Necessitamos deles como da respiração, como da circulação do sangue, como da luz, para poder apreciar em qualquer instante o que o Senhor quer de nós.

A ascética do cristão exige fortaleza; e essa fortaleza encontra-a no Criador. Nós somos a obscuridade e Ele é resplendor claríssimo; somos a doença e Ele a saudável robustez; somos a escassez e Ele a infinita riqueza; somos a debilidade e Ele sustenta-nos, quia tu es, Deus, fortitudo mea, porque és sempre, ó meu Deus, a nossa fortaleza. Nada há nesta terra capaz de se opor ao brotar impaciente do Sangue redentor de Cristo. Mas a pequenez humana pode velar os olhos de modo a que não descortinem a grandeza divina. Daí a responsabilidade de todos os fiéis e especialmente dos que têm o ofício de dirigir – de servir – espiritualmente o Povo de Deus, de não fecharem as fontes da graça, de não se envergonharem da Cruz de Cristo. (Cristo que passa, 80)

São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

Aprendamos nós também com a parábola da figueira como nos pede o Senhor no Evangelho de hoje (Mc 13, 24-32) e nunca descuremos os sinais que Ele nos vai enviando para assim nos encontrarmos prontos para a Parúsia.

Vinde Senhor Jesus julgar os vivos e os mortos encontrando-nos preparados e dignos de estar entre os eleitos!

"CREIO NO ESPÍRITO SANTO" (1)

A propósito do tema de hoje, "Creio no Espírito Santo", lembrei-me de uma graça que ouvi contar há uns anos, e que tem a ver com a Sua presença na Igreja e em nós, claro.

Havia um pároco já de idade avançada numa determinada paróquia e percebia-se que o cansaço estava a tomar conta dele porque cada vez mais diminuía o número de fiéis na Missa Dominical.
O Bispo dessa Diocese, decidiu então dar-lhe o merecido descanso, e colocou no seu lugar um jovem sacerdote, cheio de genica e vontade de trabalhar.
Passado pouco tempo já a igreja estava cheia de fiéis na Missa Dominical.
Num Domingo o Bispo decidiu ir à paróquia fazer uma visita e reparou com agrado que a igreja estava cheia.
Já na sacristia, depois da Missa, reparou no olhar orgulhoso do novo pároco, por causa do número de pessoas presentes na Missa.
O Bispo decidiu então chamá-lo à razão e disse-lhe:
Senhor Padre, não se orgulhe muito, porque tudo isto é trabalho do Espírito Santo!
Ao que o jovem sacerdote respondeu, com um sorriso:
Pois, pois, mas o Espírito Santo já cá estava antes de eu cá chegar!

Esta graça, que não tem qualquer maldade, poderá servir-nos daqui a pouco para percebermos a acção do Espírito Santo em nós e na Igreja, mas por agora detenhamo-nos no tema que nos foi dado: Creio no Espírito Santo!

Muito melhor do que quaisquer palavras que eu diga, o Catecismo da Igreja Católica explica verdadeiramente e sem a mínima dúvida o que é crer no Espírito Santo.

685. Crer no Espírito é, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, «adorado e glorificado com o Pai e o Filho.»

Esta é uma verdade que todos conhecemos e repetimos todos os dias, sobretudo quando nos benzemos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

E no entanto o Espírito Santo parece-nos muitas vezes um “ilustre desconhecido”, se me permitem esta expressão.

Já não tanto como quando eu era novo, tempo em que por exemplo os protestantes criticavam os católicos por “desconhecerem” o Espírito Santo, ou como alguns deles diziam, O termos substituído pela Virgem Maria.
Talvez tivessem alguma razão, nesse tempo!

Obviamente que a Igreja, a Tradição, o seu Magistério, sempre falou e ensinou sobre o Espírito Santo e é conhecida, por exemplo, a Carta Encíclica do Papa Leão XIII, Divinum Illud Munus, sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

No entanto, é o Papa João XXIII, que na Constituição Apostólica Humanae Salutis Convocatória do Concílio Ecuménico Vaticano II, vai tornar actual, perdoem-me a expressão, o Espírito Santo!

Cito:
«E digne-se o divino Espírito ouvir da maneira mais consoladora a oração que todos os dias sobe de todos os recantos da terra: "Renova em nossa época os prodígios, como em novo Pentecostes; e concede que a Igreja santa, reunida em unânime e instante oração junto a Maria, Mãe de Jesus, e guiada por Pedro, difunda o reino do divino Salvador, que é reino da verdade, de justiça, de amor e de paz. Assim seja"» Humanae Salutis

E fora ouvidas as palavras do Beato Papa, porque o Concílio Vaticano II veio trazer um novo folego à Igreja, na construção de uma Igreja mais próxima dos fiéis, de tal modo que fez surgir diversíssimos Movimentos e Obras, a maior parte fundados por leigos em companhia de sacerdotes, numa diversidade rica de espiritualidade, em união e comunhão de Igreja, abarcando todos os sectores da sociedade humana à procura de Deus.

Com efeito o Espírito Santo não é de ontem, não é das primeiras comunidades cristãs, nem apenas dos primeiros Padres, o Espírito Santo é de ontem, de hoje e para sempre.

Sem Ele não há fé!

Atentemos no que nos diz o Catecismo da Igreja Católica, no item 683:

683. «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" a não ser pela acção do Espírito Santo» (1Cor 12, 3). «Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! Pai!'» (Gl 4, 6). Este conhecimento da fé só é possível no Espírito Santo. Para estar em contacto com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo. É Ele que nos precede e suscita em nós a fé. Em virtude do nosso Baptismo, primeiro sacramento da fé, a Vida, que tem a sua fonte no Pai e nos é oferecida no Filho, é-nos comunicada, íntima e pessoalmente, pelo Espírito Santo na Igreja.

E depois o Catecismo cita Santo Ireneu

O Baptismo «dá-nos a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio do Filho no Espírito Santo. Porque aqueles que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho: mas o Filho apresenta-os ao Pai, e o Pai dá-lhes a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho ninguém tem acesso ao Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus faz-se pelo Espírito Santo».

E ainda nesta citação, no item 684:
684. O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo

Em palavras muito simples poderemos dizer que o Antigo Testamento nos revela o Pai, o Criador, e de forma mais velada, (passe a expressão), o Filho que há-de vir.
O Novo Testamento, sobretudo nos Evangelhos, manifesta o Filho, a Revelação do Deus que se quis dar a conhecer aos homens para sua salvação.
Nos Actos dos Apóstolos poderemos dizer que nos é revelado o Espírito Santo, prometido pelo Filho, que como o próprio Jesus Cristo nos diz, nos fará reconhecer a Verdade e guiará no caminho da salvação:

«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir.» Jo 16, 12-13

Joaquim Mexia Alves AQUI

Nota:
"Palestra" que fiz na Escola Vicarial da Fé, (Vigararia da Marinha Grande), e que aqui divido em várias partes dada a sua extensão.
Este texto é obviamente um guia para uma intervenção oral que foi desenvolvendo o tema.

Comoção

«Quanto chorei com os teu hinos e os teus cânticos, vivamente comovido pela suave voz da Igreja! Aquelas palavras soavam nos meus ouvidos, e a Tua verdade penetra no meu coração, e com isso se exacerbava o piedoso afecto, e corriam as lágrimas, e faziam-me bem»

(Confissões, Livro IX, VI, 14 – Santo Agostinho)

Masculinidade: o que está acontecendo com os homens?

Nesta catequese o Pe. Paulo Ricardo explica o que é ser metrossexual em contraste com a sã virilidade

Que dados sobre Jesus nos dão as fontes romanas e judaicas? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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S. Josemaría nesta data em 1930

Escreve: “Primeiro, ORAÇÃO; depois EXPIAÇÃO; em terceiro lugar, muito em terceiro lugar, ACÇÃO”. João Paulo II explica esta frase na homilia da canonização de São Josemaría: “Não se trata de um paradoxo, mas de uma verdade perene: a fecundidade do apostolado depende sobretudo da oração e de uma vida sacramental intensa e constante. Em última análise, este é o segredo da santidade e do verdadeiro êxito dos Santos”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo

Já no século XII se celebrava na basílica de S. Pedro no Vaticano e na de S. Paulo na Via Ostiense o aniversário das respectivas dedicações, feitas pelos papas Silvestre e Sirício, no século IV. Esta comemoração estendeu-se posteriormente a todas as igrejas de rito romano. Assim como no aniversário da dedicação da basílica de Santa Maria Maior (5 de Agosto) se celebra a Maternidade da Santíssima Virgem Mãe de Deus, assim neste dia se veneram os dois principais Apóstolos de Cristo.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Orar sempre

São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador do Opus Dei
Homilia «Cristo Presente nos Cristãos», em «Cristo que Passa», nº 116

«Orai sem interrupção», manda o apóstolo (1 Tes 5, 17). E, recordando este preceito apostólico, escreve Clemente de Alexandria: «Manda-se-nos louvar e honrar o Verbo, a Quem conhecemos como salvador e rei; e por Ele o Pai, não em dias escolhidos, como fazem alguns, mas constantemente, ao longo de toda a vida, e de todos os modos possíveis».


No meio das ocupações de cada jornada, no momento de vencer a tendência para o egoísmo, ao sentir a alegria da amizade com os outros homens, em todos esses instantes o cristão deve reencontrar Deus. Por Cristo e no Espírito Santo, o cristão tem acesso à intimidade de Deus Pai, e percorre o seu caminho buscando esse reino, que não é deste mundo, mas que neste mundo se inicia e se prepara.

É preciso privar com Cristo na palavra e no pão, na Eucaristia e na oração. Tratá-Lo como se trata com um amigo, como um ser real e vivo, como Cristo é, porque ressuscitou. [...] Cristo, Cristo ressuscitado, é o companheiro, o amigo. Um companheiro que apenas Se deixa ver entre sombras, mas cuja realidade enche toda a nossa vida, e que nos faz desejar a Sua companhia definitiva. «O Espírito e a Esposa dizem. Vem! E aquele que ouve diga: Vem! Que aquele que tem sede venha! Que aquele que deseja receba gratuitamente a água da vida. [...] O que dá testemunho destas coisas diz: Sim, Eu venho em breve. Assim seja, vem Senhor Jesus!» (Ap 22, 17.20).