quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Amar a Cristo ...

Querido Jesus, reconhecemos a nossa condição de mendigos de Ti, de Deus Pai e do Espírito Santo, que sois um só Deus na Santíssima Trindade, pois caímos e temos de Vos mendigar o perdão, mas sobretudo a fortaleza da fé e o aumento da mesma para assim as quedas serem mais espaçadas e nos aproximarmos mais e mais de Vós.

Palavras sentidas as nossas, mas que nem sempre temos a humildade de levar à prática, pelo que Vos mendigamos que nos ajudais no propósito de viver sempre para Vós e para o próximo.

Louvor e glória a Vós Jesus Cristo Nosso Senhor e Companheiro!

JPR

O Credo (1)

Porque, pergunta Bento XVI, onde encontramos a fórmula essencial da fé? Onde encontramos as verdades que nos foram fielmente transmitidas e que constituem a luz para a nossa vida diária? [1] O mesmo Papa nos oferece a resposta: no Credo, na Profissão de Fé, ou Símbolo da Fé, nós relacionamo-nos com o acontecimento originário da Pessoa e da História de Jesus de Nazaré; torna-se concreto o que o Apóstolo das nações dizia aos cristãos de Corinto: «Transmiti-vos em primeiro lugar o que também eu recebi (…)» (1 Cor 15, 3-4) [2].

Noutro Ano da Fé, proclamado por Paulo VI em 1967, também S. Josemaria nos convidava a aprofundar no conteúdo do Credo. Renovemos com regularidade o propósito de nos ajustarmos a este conselho. Depois de recordar uma vez mais que no Opus Dei procuramos sempre e em tudo sentíre cum Ecclesia, sentir com a Igreja de Cristo, nossa Mãe [3], acrescentava: por isso quero que recordemos agora, juntos, de modo necessariamente breve e sumário, as verdades fundamentais do Credo santo da Igreja: do depósito que Deus lhe confiou, ao revelar-Se [4]. Sempre, insisto, mas especialmente ao longo deste ano, implementemos um intenso apostolado da doutrina. Vemos diariamente como se torna mais necessário, pois há muitos que se consideram cristãos, inclusivamente católicos, e não estão em condições de apresentar as razões da sua fé aos que ainda não receberam o anúncio da Boa Nova, ou aos que conhecem de forma deficiente essas verdades transmitidas pelos Apóstolos e que a Igreja fielmente conserva.

[1] Bento XVI, Discurso na Audiência geral, 17-X-2012.
[2] Ibid.
[3] S. Josemaria, Carta 19-III-1967, n. 5.
[4] Ibid.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de novembro de 2012)

Imitação de Cristo, 3, 26, 3 - Excelência da liberdade espiritual, à qual se chega antes pela oração humilde que pela leitura

Ó meu Deus, doçura inefável! Convertei-me em amargura toda consolação carnal, que me aparta do amor das coisas eternas e me fascina pelo encanto de um prazer momentâneo. Não me vença, Deus meu, não me vença a carne e o sangue; não me seduza o mundo, com sua glória passageira; não me faça cair o demónio  com sua astúcia. Daí-me força para resistir, paciência para sofrer, constância para perseverar. Daí-me, em lugar de todas as consolações do mundo, a suavíssima unção do vosso espírito e, em lugar do amor terrestre, infundi-me o amor de vosso nome!

Portadores de Deus em todos os ambientes

Quando tiveres o Senhor no teu peito e saboreares os delírios do seu Amor, promete-lhe que te esforçarás por mudar o rumo da tua vida em tudo o que for necessário, para o levar à multidão que o não conhece, que anda vazia de ideias; que, infelizmente, caminha animalizada. (Forja, 939)

Para que este nosso mundo vá por um caminho cristão – o único que vale a pena –, temos de viver uma amizade leal com os homens, baseada numa prévia amizade leal com Deus. (Forja, 943)
Com frequência, sinto vontade de gritar ao ouvido de tantas e de tantos que, no escritório e no comércio, no jornal e na tribuna, na escola, na oficina e nas minas e no campo, amparados pela vida interior e pela Comunhão dos Santos, têm de ser portadores de Deus em todos os ambientes, segundo o ensinamento do Apóstolo: "glorificai a Deus com a vossa vida e levai-o sempre convosco". (Forja, 945)
Os que temos a verdade de Cristo no coração, temos de meter esta verdade no coração, na cabeça e na vida dos outros. O contrário seria comodismo, táctica falsa.

Pensa de novo: Cristo pediu-te licença, a ti, para se meter na tua alma? Deixou-te a liberdade de o seguir, mas procurou-te Ele, porque quis. (Forja, 946)

Com obras de serviço, podemos preparar a Nosso Senhor um triunfo maior que o da sua entrada em Jerusalém... Porque não se repetirão as cenas de Judas, nem a do Jardim das Oliveiras, nem aquela noite cerrada... Conseguiremos que o mundo arda nas chamas do fogo que veio trazer à terra!... E a luz da verdade – o nosso Jesus – iluminará as inteligências num dia sem fim. (Forja, 947)

São Josemaría Escrivá

«QUEM É O MAIOR NO REINO DO CÉU?» de Joaquim Mexia Alves

«Quem é o maior no reino do Céu?» *

Logo se levantam uns quantos,
dizendo em alta voz:
Serei eu,
sem dúvida,
que não falto a uma celebração,
que estou sempre de mãos postas
a pedir graças do Céu.

Mas logo chegam uns tantos,
que dizem por sua vez:
Serei eu,
sem dúvida,
que estou sempre em oração,
mãos abertas a pedir,
as graças para o coração.

Outros se chegam à frente,
e dizem em voz tremente:
Serei eu,
sem dúvida,
que procuro os que precisam,
e todos os dias lhes dou,
um pouco daquilo que tenho,
e assim terei recompensa.

Ainda outros se impõem,
dizendo por sua vez:
Serei eu,
sem dúvida,
que a cada hora e momento,
bato com a mão no peito,
pedindo perdão a Deus,
por aqueles que O não seguem.

Lá no fundo,
no meio da multidão,
prostrado na sua vergonha,
joelhos e cara no chão,
há um que reza baixinho:
Tem compaixão,
Senhor,
que eu nada sou,
nem quero ser,
mas apenas reconhecer,
que sou fraco e pecador.
Tem compaixão,
Senhor!

Aquele que tudo sabe,
Aquele que tudo pode,
Aquele que tudo vê,
tomou este nos seus braços,
e disse à multidão:
Fazei-vos crianças puras,
limpos para a Verdade.
Não vos glorieis de nada,
pois nada podereis sozinhos.
Sede pequenos,
pequeninos,
do tamanho da humildade.
E quando assim fordes,
como Eu fui,
estando entre vós,
o maior do Reino do Céu,
não será um,
mas todos vós!

*Mt 18, 1

Monte Real, 24 de Outubro de 2011

Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/11/quem-e-o-maior-no-reino-do-ceu.html

Que credibilidade histórica tem a Bíblia? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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A beleza

“A beleza é uma grande necessidade do homem. É a raiz da qual brota o tronco da nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus, porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convida à liberdade e arranca do egoísmo”.

(Bento XVI – Homilia Missa da Dedicação da Sagrada Família em Barcelona a 07.11.2010)

Quantas graças havemos de dar a Deus por ter querido que a Igreja seja, ao mesmo tempo, única e tão variada!

Todos se reportam a um único manancial, que é o Espírito do Pai e do Filho, sabendo que na Igreja ninguém carece de um carisma, pois, como o Apóstolo escreve, “a cada um é dada a manifestação do Espírito para utilidade comum” (1 Cor 12, 7)». É sinceramente piedosa a tua petição pro unitate apostolatus? Como rezas por todos os que gastam a sua existência pela Igreja? Sabes chegar com a oração até ao último lugar onde se trabalha por Cristo?

Quantas graças havemos de dar a Deus por ter querido que a Igreja seja, ao mesmo tempo, única e tão variada! E que respeito devemos mostrar por todas as manifestações com as quais o Espírito Santo quer adornar a Esposa de Cristo! «Na Igreja, há diversidade de ministérios, mas um só é o fim: a santificação dos homens. Nesta tarefa participam de algum modo todos os cristãos, pelo carácter recebido com os Sacramentos do Baptismo e da Confirmação. Todos temos de nos sentir responsáveis por essa missão da Igreja, que é a missão de Cristo» [São Josemaría, Homilia Lealdade à Igreja, 4-VI-1972]. Ninguém está a mais na Igreja, todos somos precisos. O ponto fulcral está na comunhão com a sua Cabeça visível, com os Pastores e com todo o Povo de Deus, cada um segundo o chamamento e a graça que recebeu.

(D. Javier Echevarría - excerto da carta de novembro de 2008)

Espírito Santo alma da Igreja

«Ele é a alma Desta Igreja. Ele é Quem explica aos fieis o sentido profundo dos ensinamentos de Jesus e o Seu mistério. Ele é Quem, hoje como nos começos da Igreja, actua em cada evangelizador que se deixa possuir e conduzir por Ele, e pões nos lábios as palavras que por si só não poderia achar, predispondo também a alma daquele que escuta para torná-la aberta e acolhedora da Boa Nova e do reino anunciado.»

(Evangelii muntiandi, nº 75 – Paulo VI)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1972

Em Pozoalbero (Espanha), com um grupo de sacerdotes. Numa ocasião tinha escrito: “Mentem – ou estão enganados – os que afirmam que nós, os sacerdotes, estamos sozinhos: estamos mais acompanhados que ninguém, porque contamos com a contínua companhia de Nosso Senhor, com quem temos de conviver ininterruptamente”.


(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/7-11-5)

Maria, Medianeira de todas as Graças

O culto à intercessão de Maria e à sua função de mediadora e distribuidora de graças redentoras nasceu no século IV. Podemos afirmar que todas as graças que pedimos chegam até nós pela mediação de Maria. Daí o título de Mãe da Igreja, proclamado por Paulo VI em 1964.

É muito generalizada, entre os católicos, a crença no poder intercessor de Maria. Mediante Ela, as petições dos homens sobem da terra ao céu, e por Ela desce à terra tudo o que lhe é outorgado no céu. A mediadora das graças fala ao seu Divino Filho numa linguagem clara, precisa, directa, para apresentar-lhe os pedidos e desejos que os seus filhos da terra elevam, sem cessar, através das orações, ao longo dos séculos, em todas as latitudes, raças e línguas.

O Evangelho apresenta-a como a mediadora que obtém do seu Filho o primeiro milagre público: a conversão da água em vinho, nas bodas de Caná. É a intermediária entre Jesus e São João Batista, santificado antes de nascer. E enquanto a Virgem orava no cenáculo, desceu sobre ela e os apóstolos o Espírito Santo.

É na Ave-Maria onde melhor lhe expressamos a nossa devoção: “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte”.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Quem não tomar a sua cruz para Me seguir não pode ser Meu discípulo»

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo 
Sermão 21, 4º para a Ascensão


Uma vez que a nossa Cabeça subiu aos céus, é conveniente que os Seus membros (Col 2,19) sigam o seu Chefe [...], passando pelo caminho que Ele tomou com tanto sofrimento. Pois «não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na Sua glória?» (Lc 24,26). Devemos seguir o nosso Chefe tão digno de amor, que levou o estandarte à nossa frente. Que cada homem tome a sua cruz e O siga; e chegaremos onde Ele está. Vê-se que muitos seguem este mundo a troco de honrarias insignificantes, e para tal renunciam ao conforto físico, ao seu lar, aos seus amigos, expondo-se aos perigos da guerra – tudo isto para adquirirem bens exteriores! É portanto justo que pratiquemos a renúncia total para adquirir o puro bem que é Deus e que, assim, sigamos o nosso Chefe. [...]

Não é raro verem-se homens que desejam ser testemunhas do Senhor na paz, isto é, desde que tudo corra de acordo com os seus desejos. Querem muito tornar-se santos, mas sem fadiga, sem aborrecimento, sem dificuldade, sem que lhes custe coisa alguma. Ambicionam conhecer Deus, saboreá-l'O, senti-l'O, mas desde que não haja amargura. Porém, quando é preciso trabalhar, quando chegam até eles a amargura, as trevas e as tentações, quando já não sentem Deus e se sentem desamparados interior e exteriormente, as suas boas intenções desvanecem-se. Não são boas testemunhas, testemunhas adequadas do Salvador. [...] Ah! Pudéssemos nós libertar-nos dessa busca e procurar sempre a paz no próprio cerne da infelicidade! Só aí nasce a verdadeira paz, aquela que permanece.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 7 de novembro de 2012

Ia com Ele grande multidão de povo. Jesus, voltando-Se, disse-lhes: «Se alguém vem a Mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, e até a sua vida, não pode ser Meu discípulo. Quem não leva a sua cruz e não Me segue não pode ser Meu discípulo. Porque qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a acabar? Para que, se depois de ter feito as fundações não a puder terminar, não comecem todos os que a virem a troçar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde terminar. Ou qual é o rei que, estando para entrar em guerra contra outro rei, não se assenta primeiro a considerar se com dez mil homens pode ir enfrentar-se com aquele que traz contra ele vinte mil? Doutra maneira, quando o outro ainda está longe, enviando embaixadores, pede-lhe paz. «Assim pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser Meu discípulo.

Lc 14, 25-33