sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vaticano alerta para as Ordens Equestres totalmente falsas e publica o nome daquelas que são reconhecidas (vídeos em espanhol e inglês)


"A Secretaria de Estado, em resposta aos frequentes pedidos de informação sobre a posição da Santa Sé ante as Ordens Equestres dedicadas a santos ou auto-intituladas sacras, considera oportuno reiterar o que já foi publicado anteriormente":

"Além das suas próprias ordens equestres (Ordem Suprema de Cristo, Ordem da Espora de Ouro, Ordem de Pio IX, Ordem de São Gregório Magno e Ordem de São Silvestre Papa), a Santa Sé reconhece e tutela apenas a Ordem Soberana e Militar de Malta, também denominada Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, e a Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém. Não há qualquer agregação a esta listagem.".

"Todas as demais ordens, instituídas recentemente ou derivadas de ordens medievais, não são reconhecidas pela Santa Sé, não podendo esta, portanto, garantir a sua legitimidade histórica e jurídica, nem a sua finalidade, nem os seus sistemas de organização".

"Para evitar possíveis mal-entendidos, relacionados inclusive com a emissão ilícita de documentos e com o uso indevido de lugares santos, bem como para impedir a continuação de abusos que possam resultar em dano contra muitas pessoas de boa fé, a Santa Sé confirma que não atribui nenhum valor a diplomas de cavaleiros nem às relativas insígnias emitidas por associações não reconhecidas, e confirma ainda que não considera apropriado utilizar as igrejas e capelas para as chamadas ‘cerimónias de investidura’".

Imitação de Cristo, 3, 21, 5 - Como se deve descansar em Deus sobre todos os bens e dons

Busquem outros o que quiserem em lugar de vós, a mim nenhuma coisa me há de agradar jamais, senão, vós, meu Deus, minha esperança e salvação eterna. Não calarei, nem cessarei de orar, até que volte vossa graça, e vós me faleis no interior.

Urge cristianizar a sociedade

Como quer o Mestre, tu tens de ser – bem metido neste mundo, que nos coube em sorte, e em todas as actividades dos homens – sal e luz. Luz, que ilumina as inteligências e os corações; sal, que dá sabor e preserva da corrupção. Por isso, se te faltar afã apostólico, tornar-te-ás insípido e inútil, defraudarás os outros e a tua vida será um absurdo. (Forja, 22)

O Senhor não nos criou para construirmos aqui uma Cidade definitiva, porque este mundo é o caminho para o outro, que é morada sem pesar. No entanto, nós, os filhos de Deus, não devemos desligar-nos das actividades terrenas em que Deus nos coloca para as santificarmos, para as impregnarmos da nossa bendita fé, a única que dá verdadeira paz, alegria autêntica às almas e aos diversos ambientes. Tem sido esta a minha pregação constante desde 1928: urge cristianizar a sociedade; levar a todos os estratos desta nossa humanidade o sentido sobrenatural, de modo que uns e outros nos empenhemos em elevar à ordem da graça a ocupação diária, a profissão ou o ofício. Desta forma, todas as ocupações humanas se iluminam com uma esperança nova, que transcende o tempo e a caducidade do mundano. (Amigos de Deus, 210)

São Josemaría Escrivá

Vitória da vida, Pai pensou em fazer abortar a filha com Síndrome de Down e agora corre maratonas com ela

Heath White, atleta, piloto graduado da Força Aérea dos Estados Unidos e agente do FBI, que achava que já tinha tudo, pensou em fazer abortar a sua filha Paisley por ter síndrome de Down. Agora corre maratonas com ela e conta a história que deu luz à sua vida.

Desde 2008, pouco antes do primeiro aniversário da sua pequena, White corre todo tipo de maratonas levando-a no seu carrinho, procurando formar a consciência sobre a dignidade da vida das pessoas com Síndrome de Down, e dando testemunho do seu amor de pai.

No programa E:60, conduzido por Tom Rinaldi, do canal esportivo ESPN, revelou-se a história de White, que era obcecado pela perfeição, e que esperava que sua primeira filha fosse, em palavras de sua esposa, Jennifer, "perfeito, como ele era".

E Pepper White, que nasceu em 2005 cumpria os padrões esperados pelos esposos White.

Entretanto, um ano depois, ao saber que Jennifer estava grávida pela segunda vez, as provas pré-natais revelaram que sua segunda filha teria Síndrome de Down.

Jennifer White confessou a Rinaldi que temia que seu marido "fugisse, fosse embora".

"O pior é que sabia que ele provavelmente ia querer que eu a abortasse, porque sabia que suas convicções não eram tão fortes como as minhas", recordou.

Com efeito, Heath White tentou insistentemente convencer a sua esposa que abortasse o bebé, por temor ao "que as pessoas pensariam de mim".

Jennifer White recordou que durante a gravidez, seu marido, a quem confessa amar "mais que à vida", não era grosseiro ou desagradável, mas "estava ausente. Ele simplesmente não estava presente emocionalmente".

"Tive que pensar: ‘E se o faço? O que aconteceria se eu a aborto, se me desfaço dela? E lembro-me de uma pequena voz na minha cabeça dizendo ‘De maneira nenhuma, não acontecerá. Impossível’. Tive estes pensamentos possivelmente por uma hora. Ele teve-os durante meses".

White sentia que lhe davam "um bebé imperfeito" e por muitos momentos perguntava-se: "Porquê a mim?".

Numa carta que Heath White escreveu à sua filha Paisley, e que é o fio condutor da reportagem, confessa-lhe que "antes nascesses só me preocupava de como a tua deficiência se refletiria em mim. Agora não há melhor espelho no mundo. És a minha luz na escuridão, e é um privilégio ser teu pai. Amar-te-ei sempre, teu Pai".

A carta, que Heath White começou a escrever quando Paisley tinha 18 meses, é "somente minha forma de repetir. Possivelmente ela nunca saberia sobre a forma como me senti antes que ela nascesse. Esse teria sido meu segredo sujo que guardaria para sempre. Mas não queria que fosse um segredo, queria que ela soubesse que é tudo para mim".

Heath recordou que quando Paisley nasceu, em março de 2007, a sua mãe lhe disse que sua pequena se via como se não tivesse Síndrome de Down. Ele, incomodado, disse: "ela está a mentir. É claro que podemos ver que ela tem Síndrome de Down".

Sua esposa recordou na reportagem, entre soluços e com a voz entrecortada, que sentiu como se "tivesse perdido um bebé, apesar de que tinha uma menina sentada diante de mim".

"Acho que foi depois de começar a alimentá-la que pude dizer: ‘ela está bem, é perfeita, vamos ficar bem’".

Para Heath, entretanto, aceitar a sua filha levou vários meses. Porém, chegou o dia, um "momento crucial", em que enquanto jogava com Paisley e lhe fazia cócegas, ela ria e o empurrava.

"Nesse momento dei-me conta de que ela era como qualquer outra menina, ela é a minha menina".

Desde esse momento, Heath White sentiu a necessidade de mostrar ao mundo a sua filha, por isso decidiu de novo correr em maratonas, mas desta vez levando com ele a Paisley no seu carrinho.

Heath disse que queria que "todo mundo visse que estava orgulhoso dela".

"Ninguém sabia como me sentia antes do seu nascimento, e se posso evitar que uma família, uma pessoa viva com a culpa de cometer o erro que eu quase cometi, vai valer a dor que Paisley sentirá mais adiante na sua vida quando souber como me senti".

Heath revelou que seu temor é que "um dia, alguém a chame de ‘retardada’, que alguém use essa palavra na sua presença, ou zombe dela por ser diferente, e ter que explicar-lhe sobre a sociedade, construir-lhe uma proteção de auto-estima para que saiba quanto a amo".

"Tudo o que fiz, tudo o que tentei conseguir, nunca ia ser perfeito. Mas meu amor por Paisley é perfeito. Sempre irei estar próximo para me assegurar de que ela chegue à meta", assegurou.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)

O saber moral - Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Se observarmos com calma veremos que, nos nossos dias, muitos pais estão preocupados com a educação dos seus filhos. Eles falam inglês — melhor que os pais — navegam pela internet e até ouvem música no MP3 — “geringonça” que os pais nem se atrevem a tentar perceber como é que funciona. No entanto, parece que lhes falta alguma coisa.

Os filhos têm uma visão da vida e um modo de actuar que parecem pôr em risco o seu futuro. Os pais tentam repetidamente chamar-lhes a atenção para isso, mas tudo fica em águas de bacalhau. De onde é que vêm essas atitudes, se nunca lhes faltou nada na vida? Porque é que parecem faltar pontos de referência no seu modo de actuar?

Demasiadamente tarde, muitos pais apercebem-se de que essa ausência de pontos de referência está directamente relacionada com uma defeituosa formação moral dos filhos. Parecia — a muitos que agora são pais — que a formação moral era uma imposição de valores desnecessária e até contraproducente. Parecia a história da carochinha. No entanto, essa “história” parece ter deixado alguns pontos de referência à geração anterior — pontos que agora se lamenta que a geração actual não possua.

Qual é a mentalidade actual mais difundida sobre a formação moral? Diria, sem carregar demasiadamente as tintas, que para muitos jovens a “moral” se reduz aos mandamentos da Igreja — sobretudo em matéria sexual — que mantêm as pessoas “reprimidas” — gente masoquista — à espera de chegar à felicidade na outra vida. Claro que com uma visão tão “maravilhosa” e “motivante” como esta, só os tolos desejam uma formação deste tipo.

É preciso que os primeiros e os principais educadores — se alguém se esqueceu, são os pais! — não tenham nenhum tipo de receios em explicar aos seus rebentos desde a mais tenra idade — primeiro com o exemplo e depois com a palavra — que a moral não é um conjunto de regras que nos reprimem e nos impedem de sermos felizes. Nada mais longe da realidade! A formação moral ajuda-nos a encontrar o caminho para sermos felizes nesta vida — e também na outra.

É muito oportuno explicar que um animal pode viver bem deixando-se arrastar pelos seus instintos — mas o homem não. O homem é um ser especial porque é um ser livre. Precisa de ser educado para viver de acordo com aquilo que é. Nem tudo o que ele pode fazer — roubar, mentir, drogar-se — ele deve fazê-lo. Não porque não seja livre, mas porque não lhe convém. Não se pode confundir — e muitas vezes confunde-se — a liberdade com a espontaneidade. O homem, para agir bem, deve pensar antes de actuar — coisa que os animais não fazem.

Por isso, a educação moral não tira nem diminui a liberdade do homem — muito pelo contrário! Dá-lhe luz para que — se ele quiser — possa viver de acordo com aquilo que é. É verdade que o saber moral é difícil e delicado. Mas também é verdade que vale a pena esforçar-se por obtê-lo. Porquê? Porque é o saber mais valioso para o homem. É o saber que o ensina a usar bem a sua liberdade.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

A ausência da verdadeira liberdade

«Uma sociedade cuja ordem pública é consequentemente determinada pelo agnosticismo não é uma sociedade que se tornou livre, mas antes uma sociedade desesperada, marcada pela tristeza do homem, que anda a fugir de Deus e está em contradição consigo mesma».

(“Olhar para Cristo” - Joseph Ratzinger)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1972

Durante a sua viagem de catequese por Espanha, reúne-se muitas vezes com sacerdotes. No encontro de hoje mostra-lhes com uma genuflexão o modo como exprime a sua adoração a Jesus sacramentado. Noutra ocasião diz-lhes: ”Que O adoreis, e que não tenhais vergonha de que o povo veja que O adorais, e que O adorais com todo o vosso amor!”


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Madre Teresa de Calcutá é beatificada, nesta data em 2003

Ainda não foi canonizada, mas, para milhões de pessoas, esse passo será apenas uma questão de tempo. Teresa de Calcutá foi beatificada, em Roma, há precisamente nove anos.

Toda a vida tentou passar despercebida, mas a mundo apaixonou-se por esta mulher minúscula que era uma gigante da caridade. Seis anos depois da sua morte, em tempo recorde, mesmo para o Papa que mais canonizações e beatificações decretou, João Paulo II elevou-a à condição de beata.

Nasceu Inês, no império Otomano, e morreu Teresa, no país do hinduísmo. Mas a jovem católica, de etnia albanesa, nunca perdeu a sua fé em Jesus Cristo, por quem se apaixonara irremediavelmente e a quem procurou toda a sua vida, nos mais pobres dos pobres, nos moribundos e nos abandonados.

Aos 18 anos, saiu de casa para se tornar freira na ordem do Loreto. Nunca mais veria a família. Depois de uma passagem pela Irlanda, foi enviada para a Índia. Em 1946, sentiu um chamamento divino para formar uma nova ordem dedicada exclusivamente aos mais pobres. Obteve autorização e, em 1950, nasceu a ordem das Missionárias da Caridade.

Nunca procurou a fama, mas esta surgiu com a mesma celeridade com que apareciam noviças e voluntárias para trabalhar consigo. Teresa era uma superiora exigente, ralhava frequentemente com as jovens ao seu cuidado. Não chegava cuidar e lavar incansavelmente os moribundos, doentes, cobertos de sujidade. Era preciso fazê-lo com um sorriso na cara.

Viajou por todo o mundo, exortando à caridade e advertindo contra um distanciamento dos ensinamentos de Cristo. Era admirada por todos, embora algumas das suas palavras deixassem as sociedades ocidentais desconfortáveis: “O maior destruidor da paz é o aborto”, declarou, “porque é uma guerra contra as crianças”, mas completava sempre estas palavras com o mandamento do amor: “Como é que convencemos uma mulher a não abortar? Como sempre, devemos fazê-lo com amor, recordando que o amor significa a disponibilidade de dar até que doa”.

Uma multidão de 250 mil pessoas encheu a Praça de São Pedro, no dia 19 de Outubro de 2003, para ver um Papa com claros sinais de velhice declarar Teresa Beata. Ana Van Uden era uma dessas pessoas. A jovem portuguesa viajou de propósito para Roma para assistir a esta cerimónia e para celebrar os 25 anos do pontificado de João Paulo II.

“Lembro-me que foi uma cerimónia intensíssima, e muito vivida. A Praça de São Pedro estava completamente cheia”, recorda.

Embora tivesse menos de 20 anos nessa altura, recordava-se bem da pequena freira: “Nunca tive a menor dúvida de que aquela mulher era santa e a devoção de João Paulo II por ela apenas confirmou essa ideia”.

Filipe d’Avillez


(Fonte: ‘Página 1’ grupo Renascença na sua edição de 19.10.2009)

«Colocai nas mãos de Deus qualquer preocupação, pois é Ele que cuida de vós» (1 Pd 5,7)

São João Eudes (1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos 
O Reino de Jesus, II, 30


O nosso muito amoroso Salvador assegura-nos em vários lugares das Suas sagradas Escrituras que tem um cuidado e uma vigilância constantes em relação a nós, que nos traz e sempre nos trará ao colo, no Seu coração e nas Suas entranhas (Is 46,3-4). E não Se contentou em dizê-lo só uma ou duas vezes, mas di-lo e repete-o cinco vezes na mesma passagem.

E noutra passagem diz-nos que mesmo que fosse possível encontrar uma mãe que se viesse a esquecer do filho que carregou nas suas entranhas, Ele nunca Se esquecerá de nós (Is 49,15-16); que nos escreveu nas mãos, para nos ter sempre diante dos olhos (Is 49,17); que quem nos fere, fere a pupila dos Seus olhos (Zc, 2,12); que não nos devemos preocupar com as coisas que são necessárias para viver e para vestir, que Ele sabe bem que precisamos de tudo isso e cuida de nós (Mt 6,31-34); que contou todos os cabelos da nossa cabeça (Mt 10,30) e que não perderemos um só (Lc 21,18); que Seu Pai nos ama como O ama a Ele, e que Ele nos ama como Seu Pai O ama (Jo 15,9; 17,26); que quer que estejamos onde Ele estiver (Jo 17,24), quer dizer, que estejamos descansando com Ele no seio e no coração de seu Pai (Jo 1,2).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de outubro de 2012

Tendo-se juntado à volta de Jesus milhares e milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou Ele a dizer aos Seus discípulos: «Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há oculto que não venha a descobrir-se e nada há escondido que não venha a saber-se. Por isso as coisas que dissestes nas trevas serão ouvidas às claras, e o que falastes ao ouvido no quarto será apregoado sobre os telhados. «A vós, pois, Meus amigos, digo-vos: não tenhais medo daqueles que matam o corpo e depois nada mais podem fazer. Eu vou mostrar-vos a quem haveis de temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim, Eu vos digo, temei Este. Não se vendem cinco passarinhos por dois asses?; contudo nem um só deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; vós valeis mais que muitos passarinhos.


Lc 12, 1-7