quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Amar a Cristo ...
Jesus Ressuscitado, Bom Irmão, Companheiro e Amigo, obrigado pela família que nos oferecestes, a alegria com que acolhemos e saudamos aqueles que habitualmente vivem longe é uma graça muito grande, ouvirmos de quem está em sofrimento o desejo de ter todos ao pé de si, é consolador e revela que este núcleo que é a família é depois de Ti na Santíssima Trindade e na Sagrada Família, a célula fundamental da nossa vida, que nos conforta e ampara.
Louvado sejais hoje e sempre pelo belo exemplo de Ti com Maria e José!
Imitação de Cristo, 3, 21, 4 - Como se deve descansar em Deus sobre todos os bens e dons
Ó Jesus, esplendor da eterna glória, consolo da alma desterrada, diante de vós emudece minha boca e meu silêncio vos fala: Até quando tardará a vir o meu Senhor? Venha a este seu servo pobrezinho, trazer-lhe alegria; estenda-lhe a mão e livre este miserável de toda angústia. Vinde, vinde, porque sem vós não posso ter nem um dia, nem uma hora feliz, pois vós sois minha alegria, e sem vós está vazio meu coração. Miserável sou, como que preso e carregado de grilhões, enquanto me não recreeis com a luz de vossa presença e me deis a liberdade, mostrando-me benigno semblante.
Em que devemos esperar?
Ante um panorama de homens sem fé e sem esperança; ante cérebros que se agitam, à beira da angústia, buscando uma razão de ser para a vida, tu encontraste uma meta: Ele! E esta descoberta injectará permanentemente na tua existência uma alegria nova, transformar-te-á e apresentar-te-á uma imensidão diária de coisas formosas que te eram desconhecidas, e que mostram a jubilosa amplidão desse caminho amplo que te conduz a Deus. (Sulco, 83)
Dado que o mundo oferece muitos bens, apetecíveis para este nosso coração, que reclama felicidade e busca ansiosamente o amor, talvez alguns perguntem: nós, os cristãos, em que devemos esperar? Além disso, queremos semear a paz e a alegria às mãos cheias, não ficamos satisfeitos com a consecução da prosperidade pessoal e procuramos que estejam contentes todos os que nos rodeiam.
Por desgraça, alguns, com uma visão digna mas rasteira, com ideais exclusivamente caducos e fugazes, esquecem que os anelos do cristão se hão-de orientar para cumes mais elevados: infinitos. O que nos interessa é o próprio Amor de Deus, é gozá-lo plenamente, com um júbilo sem fim. Temos comprovado, de muitas maneiras, que as coisas da terra hão-de passar para todos, quando este mundo acabar; e já antes, para cada um, com a morte, porque nem as riquezas nem as honras acompanham ninguém ao sepulcro. Por isso, com as asas da esperança, que anima os nossos corações a levantarem-se para Deus, aprendemos a rezar: in te Domine speravi, non confundar in æternum, espero em Ti, Senhor, para que me dirijas com as tuas mãos agora e em todos os momentos pelos séculos dos séculos. (Amigos de Deus, 209)
São Josemaría Escrivá
«aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo»
Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.
(…)
O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas.
(…)
Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.
(…)
Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.
Globalização responsável
(…), existe uma globalização que é concebida unilateralmente em função dos próprios interesses, quando o que deveria existir era uma globalização em que todos são verdadeiramente responsáveis pelos outros e cada um carrega o fardo de outrem. Nada disto pode ser posto em prática sem apreço pelos valores, de maneira puramente tecno-mercantilista. Em decisões sobre mercado são sempre determinantes também as posições sobre os valores. Para tais decisões é sempre decisivo ainda o nosso horizonte religioso e moral.
(A Caminho de Jesus Cristo – Joseph Ratzinger)
(A Caminho de Jesus Cristo – Joseph Ratzinger)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1973
Recebe a visita de uma família: a filha mais velha é deficiente mental. Aquele casal que levava esse fardo com grande sentido sobrenatural, fortaleceu a sua atitude, depois de ouvir São Josemaría e de ver o carinho com que trata a sua filha doente. Ao terminar, comenta ao Pe. Javier Echevarría: “Não o esqueças, passará o tempo, eu terei ido prestar contas a Deus, e poderás repetir aos teus irmãos que me ouviste dizer que o sofrimento, quando chega, nós o amamos, o bendizemos e o convertemos num meio de dar glória a Deus, sempre com alegria, o que não quer dizer que não custe”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
O testemunho de São Lucas: «Resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente [...], expô-los a ti por escrito» (Lc 1,3)
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática «Dei Verbum» Sobre A Revelação Divina, § 18-19
Ninguém ignora que, entre todas as Escrituras, mesmo as do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador.
A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.
A Santa Madre Igreja defendeu e defende, firme e constantemente, que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, durante a Sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu (cf At 1,1-2). Na verdade, após a ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles, instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade (Jo 14,26) gozavam, as coisas que Ele tinha dito e feito.
Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos escolhendo algumas coisas, entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das igrejas, conservando finalmente o carácter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus. Com efeito, quer relatassem aquilo de que se lembravam e recordavam, quer se baseassem no testemunho daqueles «que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra», fizeram-no sempre com intenção de que conheçamos a «verdade» das coisas a respeito das quais fomos instruídos (cf Lc 1,2-4).
Constituição Dogmática «Dei Verbum» Sobre A Revelação Divina, § 18-19
Ninguém ignora que, entre todas as Escrituras, mesmo as do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador.
A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.
A Santa Madre Igreja defendeu e defende, firme e constantemente, que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, durante a Sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu (cf At 1,1-2). Na verdade, após a ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles, instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade (Jo 14,26) gozavam, as coisas que Ele tinha dito e feito.
Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos escolhendo algumas coisas, entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das igrejas, conservando finalmente o carácter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus. Com efeito, quer relatassem aquilo de que se lembravam e recordavam, quer se baseassem no testemunho daqueles «que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra», fizeram-no sempre com intenção de que conheçamos a «verdade» das coisas a respeito das quais fomos instruídos (cf Lc 1,2-4).
São Lucas, Evangelista
São Lucas nasceu, provavelmente, em Antioquia da Síria. Foi amigo e companheiro de São Paulo, apóstolo, na tarefa da propagação do Evangelho de Jesus Cristo. Toda a sua ciência médica e literária colocou à disposição do grande apóstolo. Entregou-lhe a sua pessoa e seguiu-o por toda a parte. Pertencente a uma família pagã, Lucas converteu-se ao cristianismo. Segundo São Paulo, era médico: “Saúdam-vos, Lucas, o médico amado e Demas" (Colossenses 4,14). Lucas, entretanto, é mais conhecido como aquele que escreveu o terceiro Evangelho. Segundo a tradição, escreveu o seu Evangelho por volta do ano 70. É o mais teólogo dos evangelistas sinópticos (Mateus, Marcos). Ele apresenta-nos uma visão completa do mistério da vida, da morte e da ressurreição de Cristo. Embora escrevesse mais para os gregos do que para os judeus, o seu Evangelho dirige-se a todos os homens. Mostra, com isto, que a salvação que Jesus de Nazaré veio trazer dirige-se a todos os homens. É uma mensagem universal: o Filho do homem veio para procurar e salvar o que estava perdido (Lucas 19,10). De acordo com ele, Jesus é o amigo dos pecadores; é o consolador dos que sofrem. A vinda de Jesus é causa de grande alegria. O Evangelho de Lucas propõe-se como regra de vida não somente para a pessoa em si, mas para toda a comunidade. Daí o seu cunho social. Nele se cumpriu a máxima de Jesus: “bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus”.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
São Lucas, evangelista e companheiro de Paulo
Anónimo bizantino (século XI)
Vida de São Lucas, 6-7; PG 115, 1134-1135
Vida de São Lucas, 6-7; PG 115, 1134-1135
Quando, após ter abandonado as trevas do erro para aderir ao amor de Deus, Paulo se junta ao número dos discípulos, Lucas acompanha-o para todo o lado e torna-se seu companheiro de viagem (At 16,10ss.). [...] Dá-se tão bem com ele, torna-se-lhe tão familiar e partilha de tal modo todas as suas graças, que Paulo, quando escreve aos crentes, se refere a Lucas como o seu bem-amado (Cl 4,14). Desde Jerusalém, e por toda aquela região até à Dalmácia (Rm 15,19), pregou com ele o Evangelho. Da Judeia a Roma partilha com ele as mesmas correntes, os mesmos trabalhos, as mesmas provações, os mesmos naufrágios. Queria receber a mesma coroa que ele, por ter participado nos mesmos trabalhos.
Após ter adquirido de Paulo o talento para a pregação e ter conseguido conduzir tantas nações para o amor de Deus, Lucas surge, não só como o discípulo que ama e é amado pelo Senhor, mas também como o evangelista que escreveu a Sua história sagrada; pois seguira o Mestre (cf Lc 10,1), fizera a recolha dos testemunhos dos Seus primeiros servos (Lc 1,1) e recebera a inspiração do alto. Foi ele o evangelista que narrou o mistério do mensageiro Gabriel, enviado à Virgem para anunciar a alegria ao mundo inteiro. Foi ele que narrou com clareza o nascimento de Cristo: revela-nos o Recém-Nascido deitado numa manjedoura e descreve os pastores e os anjos proclamando a grande alegria. [...] Relata um maior número de ensinamentos dados em parábolas do que os outros evangelistas. E, assim como nos dá a conhecer a descida do Verbo, a Palavra de Deus, sobre a terra, também nos descreve a Sua Ascensão ao céu e o Seu regresso ao trono do Pai (24,51). [...]
Mas em Lucas a graça não se fica por aqui. A sua língua não se limita unicamente ao serviço do Evangelho. Após o fim dos milagres de Cristo, ele narra também os Actos dos Apóstolos. [...] Lucas não é um simples o espectador de todas estas coisas, mas participa verdadeiramente nelas. É por isso que tem um extremo cuidado em nos instruir.
Após ter adquirido de Paulo o talento para a pregação e ter conseguido conduzir tantas nações para o amor de Deus, Lucas surge, não só como o discípulo que ama e é amado pelo Senhor, mas também como o evangelista que escreveu a Sua história sagrada; pois seguira o Mestre (cf Lc 10,1), fizera a recolha dos testemunhos dos Seus primeiros servos (Lc 1,1) e recebera a inspiração do alto. Foi ele o evangelista que narrou o mistério do mensageiro Gabriel, enviado à Virgem para anunciar a alegria ao mundo inteiro. Foi ele que narrou com clareza o nascimento de Cristo: revela-nos o Recém-Nascido deitado numa manjedoura e descreve os pastores e os anjos proclamando a grande alegria. [...] Relata um maior número de ensinamentos dados em parábolas do que os outros evangelistas. E, assim como nos dá a conhecer a descida do Verbo, a Palavra de Deus, sobre a terra, também nos descreve a Sua Ascensão ao céu e o Seu regresso ao trono do Pai (24,51). [...]
Mas em Lucas a graça não se fica por aqui. A sua língua não se limita unicamente ao serviço do Evangelho. Após o fim dos milagres de Cristo, ele narra também os Actos dos Apóstolos. [...] Lucas não é um simples o espectador de todas estas coisas, mas participa verdadeiramente nelas. É por isso que tem um extremo cuidado em nos instruir.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 18 de outubro de 2012
Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir. Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe. Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho. Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa. Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós. Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.
Lc 10, 1-9
Lc 10, 1-9