terça-feira, 25 de setembro de 2012

Amar a Cristo ...

Oferecemos-Te, amado Jesus, todo o cansaço que temos sentido nos últimos tempos, pois ele é muito leve se o compararmos com a subida do Calvário que tiveste de fazer no caminho da nossa Redenção.

Nós temos-Te a ajudar-nos com todo o Teu amor e protecção Divina, Tu tiveste a ajuda de Simão de Cirene, que com o devido respeito pelo seu esforço não se compara àquela que nos dás e confortas.

Ainda assim pedimos-Te, que no aconchego do Teu amor nos ajudes a descansar, pois muitas vezes somos nós que não o sabemos fazer aproveitando as oportunidades que nos ofereces.

Bem-haja, Bom Mestre e Senhor, por estares sempre disponível para nos escutares e atenderes!

JPR

Imitação de Cristo, 3, 15, 1 - Como se deve haver e falar cada um em seus desejos


Jesus: Filho, dize assim em todas as coisas: Senhor, se for do vosso agrado, faça-se isto assim. Senhor, se for para vossa honra, suceda isto em vosso nome. Senhor, se vos parecer que me é proveitosa e útil tal coisa, concedei-ma para que dela use para vossa glória; mas, se conheceis que me seria nociva e sem proveito para minha salvação, tirai-me tal desejo; porque nem todo desejo procede do Espírito Santo, ainda que nos pareça bom e justo. É dificultoso discernir se te move espírito bom ou mau, a desejar isto ou aquilo, ou se te move tua própria vontade. Muitos se acharam no fim enganados, que a princípio pareciam animados de bom espírito.

1. Qualquer coisa, pois, que se te afigura desejável, deves sempre desejá-la e pedir com temor de Deus e humildade de coração, particularmente encomendar-me tudo com sincera resignação, dizendo: Vós sabeis, Senhor, o que é melhor; faça-se isto ou aquilo, conforme vossa vontade. Dai-me o que quiserdes, quanto e quando quiserdes. Disponde de mim como entendeis, como mais vos agradar e para maior glória vossa. Ponde-me onde quiserdes e disponde de mim livremente em tudo; estou em vossas mãos, virai-me e revirai-me segundo vos parecer. Eis aqui vosso servo, pronto para tudo; pois não desejo viver para mim, mas para vós, oxalá com dignidade e perfeição.

Não nos deve sobrar o tempo. Nem um segundo

Consolaste-te com a ideia de que a vida é gastar-se, é queimá-la no serviço de Deus. Assim, gastando-nos integralmente por Ele, virá a libertação da morte, que nos dará a posse da Vida. (Sulco, 883)

Não nos deve sobrar o tempo. Nem um segundo. E não exagero! Trabalho há sempre. O mundo é grande e são milhões as almas que não ouviram ainda falar claramente da doutrina de Cristo. Dirijo-me a cada um de vós. Se te sobra tempo, medita um pouco: é muito possível que vivas no meio da tibieza, ou que, sobrenaturalmente, sejas um paralítico. Não te mexes, estás parado, estéril, sem realizar todo o bem que deverias comunicar aos que se encontram a teu lado, no teu ambiente, no teu trabalho, na tua família.

Pensemos na nossa vida com valentia. Por que é que às vezes não conseguimos os minutos de que precisamos para terminar amorosamente o trabalho que nos diz respeito e que é o meio da nossa santificação? Por que descuidamos as obrigações familiares? Por que é que se nos mete a precipitação no momento de rezar ou de assistir ao Santo Sacrifício da Missa? Por que nos faltará a serenidade e a calma para cumprir os deveres do nosso estado e nos entretemos sem qualquer pressa nos caprichos pessoais? Podeis responder-me: são coisas pequenas. Sim, com efeito, mas essas coisas pequenas são o azeite, o nosso azeite, que mantém viva a chama e acesa a luz. (Amigos de Deus, 41–42)

São Josemaría Escrivá

"Desmundanizar" a Igreja, para a manter fiel à sua missão de estar no mundo sem ser do mundo

“Para corresponder à sua verdadeira tarefa, a Igreja deve esforçar-se sem cessar por destacar-se da mundanidade do mundo. Assim fazendo, ela segue as palavras de Jesus: Eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo.”

“Em certo sentido (reconheceu textualmente o Papa), a história vem em ajuda da Igreja com as diversas épocas de secularização, que contribuíram de modo essencial para a sua purificação e reforma interior. De facto, as secularizações (expropriação de bens da Igreja, cancelamento de privilégios, etc) – sempre significaram uma profunda libertação da Igreja de formas de mundanidade: despojava-se, por assim dizer, da sua riqueza terrena e voltava a abraçar plenamente a sua pobreza terrena”.

“Os exemplos históricos mostram que o testemunho missionário de uma Igreja «desmundanizada» refulge de modo mais claro. Liberta do seu fardo material e político, a Igreja pode dedicar-se melhor e de modo verdadeiramente cristão ao mundo inteiro, pode estar verdadeiramente aberta ao mundo”.

Mas esta abertura ao mundo – precisou Bento XVI – não se destina a obter a adesão dos homens a uma instituição com suas próprias pretensões de poder, mas sim a fazê-los reentrar em si mesmos, conduzindo-os deste modo a Deus. “Através deste estilo de abertura da Igreja ao mundo, delineia-se também, ao mesmo tempo, a forma em que se pode realizar, eficaz e adequadamente, a abertura ao mundo por parte do indivíduo cristão.” Não é de modo algum uma táctica oportunista...

“Não se trata de encontrar uma nova táctica para relançar a Igreja. Trata-se, isso sim, de depor tudo aquilo que seja apenas táctica, procurando a plena sinceridade, que não descura nem reprime nada da verdade do nosso hoje, mas realiza a fé plenamente no hoje vivendo-a precisa e totalmente na sobriedade do hoje, levando-a à sua plena identidade, tirando dela aquilo que só na aparência é fé, quando na verdade não passa de convenções e hábitos nossos.”

(Bento XVI no encontro com católicos na Sala de Concertos de Friburgo em 25.09.2011)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938

Começa um retiro. Uns dias depois anota: “Mosteiro de São Domingos de Silos, véspera da Dedicação de São Miguel Arcanjo, 28 de Set. de 1938. Já passaram três dias de retiro… e não fiz nada (…) Serão estéreis estes dias? E, contudo, a minha Mãe é minha Mãe, e Jesus é – atrever-me-ei? – o meu Jesus!”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

«A Minha mãe e os Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática»

Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 51, 25-27; PL 194, 1862; SC 339
  
«Procurei o repouso em todas as coisas» disse a Sabedoria de Deus; «e permanecerei na herança do Senhor» (Sir 24,12). A herança do Senhor, em sentido universal, é a Igreja; de forma mais especial, é Maria; em sentido particular, é a alma de cada crente. [...] O texto continua: «Então o Criador do universo deu-me as suas ordens, e aquele que me criou assentou a minha tenda. E disse-me: 'Habita em Jacob'» (v. 8). Com efeito, procurando por toda a parte o descanso e não o encontrando em parte nenhuma, a Sabedoria de Deus, o Seu Verbo, deu-Se então, como herança ao povo judeu, a quem, através de Moisés «falou e incumbiu». [...] E Aquele que, por esta segunda criação, criou a Sinagoga, a mãe da Igreja, «repousou na Sua tenda», na tenda da Aliança. Agora, na Igreja, repousa no sacramento do Seu Corpo.

E, como também procurou, por assim dizer, entre todas as mulheres Aquela de quem nasceria, escolheu muito especialmente Maria, que depois foi chamada «bendita entre todas as mulheres» (Lc 1,28). [...] Cristo, que a criou nova criatura (cf 2Co 5,17), veio descansar no seu seio.


Também a cada alma fiel e predestinada à salvação esta Sabedoria «incumbe e fala» quando quer e como quer. Fá-lo interiormente pela inteligência natural, pela qual «ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1,9), e pela inspiração da graça [...]; ou seja, quer pela doutrina, quer pela criação (cf Rm 1,20). [...] E a Sabedoria de Deus, o Seu Verbo, criando e formando assim esta alma «em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas obras» (Ef 2,10), vem repousar na sua consciência.

O Evangelho do dia 25 de Setembro de 2012

Foram ter com Ele Sua mãe e Seus irmãos, e não podiam aproximar-se d'Ele por causa da multidão. Foram dizer-Lhe: «Tua mãe e Teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te». Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».


Lc 8 19-21