sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Amar a Cristo ...

Bem que avisaste os Teus discípulos, Mestre Jesus, tanta maldade e maledicência contra os cristãos, um apelo de um dos Teus príncipes aos presbíteros para que sigam e respeitem o magistério da Igreja, origina comentários em elevado número de ‘anónimos’ eivados de ódio contra este Teu bom pastor.

Senhor Jesus, não nos lamentamos, pois ao sermos confrontados com estas realidades, sentimo-nos mais fortes e aumenta em nós o desejo de Te servir e tentar fazer-Te chegar àqueles que de Ti andam arredados.

Rogamos-Te pois, que aumentes a nossa fé e que nos ajudes a jamais esmorecermos no amor que por Ti sentimos.

JPR

O que dizem os evangelhos apócrifos? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

Para uma melhor leitura favor usar a opção de ZOOM bastando para tal carregar no sinal + para aumentar ou full screen (1º botão a contar da esquerda) se desejar ler online. Obrigado!

Imitação de Cristo, 3, 14, 1 - Que se devem considerar os altos juízos de Deus, para não nos desvanecermos na prosperidade

Trovejam sobre mim, Senhor, vossos juízos, temem e tremem meus ossos abalados e minha alma fica de todo espavorida. Estou assombrado ao considerar que nem os céus são puros à vossa vista. Se nos anjos achastes maldade e não lhes perdoastes, que será de mim? Caíram as estrelas do céu, e eu, pó, de que hei de presumir? Aqueles cujas obras pereciam louváveis precipitaram-se no abismo, e vi os que comiam o pão dos anjos deleitarem-se com o alimento dos animais imundos.

Senhor, a sério que quero ser santo

Que a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto. – Ilumina, com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. – E incendeia todos os caminhos da Terra com o fogo de Cristo que levas no coração. (Caminho, 1)

Procuremos fomentar no fundo do coração um desejo ardente, um empenho grande por alcançar a santidade, apesar de nos vermos cheios de misérias. Não se assustem; à medida que se avança na vida interior, conhecem-se com mais clareza os defeitos pessoais. O que acontece é que a ajuda da graça se transforma como que numa lente de aumentar e o mais pequeno cotão, o grãozinho de areia quase imperceptível aparecem com dimensões gigantescas, porque a alma adquire a finura divina e até a sombra mais pequena incomoda a consciência, que só gosta da limpeza de Deus. Diz-lhe agora, do fundo do coração: Senhor, a sério que quero ser santo, a sério que quero ser um teu discípulo digno e seguir-te sem condições. E depois, hás-de propor a ti próprio a intenção de renovar diariamente os grandes ideais que te animam nestes momentos. (Amigos de Deus, 20)

São Josemaría Escrivá

Que diferenças há entre os evangelhos canónicos e os apócrifos? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

Para uma melhor leitura favor usar a opção de ZOOM bastando para tal carregar no sinal + para aumentar ou full screen (1º botão a contar da esquerda) se desejar ler online. Obrigado!

«A ética social e individual não são separáveis» – Cardeal Angelo Bagnasco

«A política está degradada, falta a qualidade»


O Cardeal Angelo Bagnasco, Presidente da CEI é claro: «São tais os fenómenos de degradação política a que assistimos e que revelam uma ausência de perspectiva futura e rendição a interesses de curto prazo, como os recentes episódios de desonestidade financeiras, que levaram ao colapso do sistema económico, atingindo as faixas mais fracas dos aforradores, confirmam que a ética social rege-se apenas com base na qualidade de cada pessoa individualmente». Numa mensagem proferida num lectio magistralis sobre a Encíclica «Caritas in veritate» que decorreu em Génova.

FAMÍLIA E JUSTIÇA SOCIAL - «Haver subvalorizado o impacto da família no plano social e económico, reconduzindo-a a uma mera questão privada, senão mesmo um resquício cultural do passado, foi uma miopia da qual hoje se estar a pagar as consequências, sobretudo as gerações mais jovens, sempre menos numerosa e sempre menos importante». Para o Cardeal Bagnasco não se podem «manter separados os temas relativos à justiça social dos do respeito da vida e da família». Consequentemente «erram todos o que nestes anos, incluindo o nosso país, se contrapuseram entre os defensores da ética individual e os proponentes da ética social». Porque «na realidade ambas estão juntas». Demonstra-o ainda «o crescente conhecimento que a questão demográfica, está certamente ligada à dinâmica afectiva e familiar, representando mesmo um elo decisivo das políticas económicas e em última análise do Estado Social». Segundo o Presidente da CEI, abordando este temas a Encíclica «ajuda a sobressair um sentido mais profundo do desenvolvimento e sabe colocar relacionar os direitos individuais com um quadro de deveres mais alargado, ajudando assim a entender de uma forma correcta a liberdade individual que deve sempre ter em conta a responsabilidade social».

A VIDA – O purpurado referiu-se ainda que para o Papa «a eugenética é muito mais preocupante que a perda da biodiversidade no ecossistema», bem como, «o aborto e a eutanásia corroem o sentido da lei e impedem à partida o acolhimento dos mais fracos, representando uma ferida para a comunidade humana com enormes consequências de degradação».

(©Corriere della Sera - 20 de Setembro de 2009, tradução e adaptação de JPR)

A bioética

Hoje, um campo primário e crucial da luta cultural entre o absolutismo da técnica e a responsabilidade moral do homem é o da bioética, onde se joga radicalmente a própria possibilidade de um desenvolvimento humano integral. Trata-se de um âmbito delicadíssimo e decisivo, onde irrompe, com dramática intensidade, a questão fundamental de saber se o homem se produziu por si mesmo ou depende de Deus. As descobertas científicas neste campo e as possibilidades de intervenção técnica parecem tão avançadas que impõem a escolha entre estas duas concepções: a da razão aberta à transcendência ou a da razão fechada na imanência. Está-se perante uma opção decisiva. No entanto a concepção racional da tecnologia centrada sobre si mesma apresenta-se como irracional, porque implica uma decidida rejeição do sentido e do valor. Não é por acaso que a posição fechada à transcendência se defronta com a dificuldade de pensar como tenha sido possível do nada ter brotado o ser e do acaso ter nascido a inteligência [153]. Face a estes dramáticos problemas, razão e fé ajudam-se mutuamente; e só conjuntamente salvarão o homem: fascinada pela pura tecnologia, a razão sem a fé está destinada a perder-se na ilusão da própria omnipotência, enquanto a fé sem a razão corre o risco do alheamento da vida concreta das pessoas [154].

[153] Cf. Bento XVI, Discurso aos participantes no IV Congresso Eclesial Nacional da Igreja que está na Itália (19 de Outubro de 2006): Insegnamenti II/2 (2006), 465-477; Homilia da Santa Missa no « Islinger Feld » de Regensburg (12 de Setembro de 2006): Insegnamenti II/2 (2006), 252-256.
[154] Cf. Congr. para a Doutrina da Fé, Instr. sobre algumas questões de bioética Dignitas personae (8 de Setembro de 2008): AAS 100 (2008), 858-887.
Caritas in veritate [74] – Bento XVI

A necessidade de uma sólida base

«Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha»

(S. Mateus 7, 24)

«O significado imediatamente emergente da parábola “Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha” (S. Mateus 7, 24) é uma advertência para se construir a própria vida sobre um fundamento seguro. O fundamento seguro, que resiste a todas as tempestades, é a própria palavra de Jesus».

(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

A ressurreição da carne – Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Deus é omnipotente – pode tudo. É todo-poderoso. O seu poder não tem limites. Se os tivesse, não seria Deus. Isso significa – entre outras coisas – que, para Deus, é mais fácil ressuscitar um morto do que para nós acordar alguém que está a dormir. Pela fé sabemos que nem Jesus morreu para sempre – a sua ressurreição é a verdade culminante do nosso credo – nem nós morreremos para sempre. Basta para isso acreditar em Cristo com verdadeira fé, ou seja, obedecendo aos seus mandamentos – vivendo de um modo coerente com aquilo em que acreditamos.

Quando os Apóstolos – cumprindo um mandato de Cristo – começaram a pregar o Evangelho a todas as gentes, aquilo que mais custava aos ouvintes aceitarem na mensagem cristã era precisamente o tema da ressurreição da carne. Os primeiros doze não diziam que a alma de Jesus lhes tinha aparecido depois da sua morte. Pelo contrário, afirmavam claramente – e sem lugar para interpretações dúbias – que Jesus tinha realmente ressuscitado. A sua alma tinha voltado a unir-se ao seu corpo. O sepulcro, onde o corpo de Cristo tinha sido piedosamente sepultado, estava vazio. O corpo que tinha estado na Cruz era o mesmo corpo que tinha ressuscitado, com a diferença de que agora era um corpo glorioso. Jesus tinha ressuscitado para nunca mais morrer.

Mas, afinal, que significa exactamente a expressão “ressurreição da carne”? Significa que o nosso estado definitivo não será somente a alma espiritual separada do corpo pela morte, mas que também os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 203). Como é que isto é possível se nós vemos que, após a morte, o corpo cai na corrupção? Também o Compêndio nos responde a esta pergunta. Sabemos – pela fé – que o corpo (transformado) ressuscitará no regresso do Senhor. No entanto, compreender “como” acontecerá a ressurreição da carne supera as possibilidades da nossa imaginação e do nosso entendimento (Compêndio nº 205).

Então, que diz a Igreja Católica sobre a cremação dos mortos? A resposta está no ponto 2301 do Catecismo. A cremação está permitida desde que não ponha em causa a fé na ressurreição da carne. No entanto, não podemos esquecer que a Igreja sempre aconselhou e continua a aconselhar vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar o cadáver do defunto(Código de Direito Canónico 1176 § 3). Através das exéquias e da sepultura, ajuda-se mais facilmente as pessoas a rezarem pelo eterno descanso daquele que acaba de partir. E também a afirmarem – nesse momento de grande sofrimento – a sua fé segura de que a morte não tem a última palavra. Aquele cujos restos mortais depositamos na terra será ressuscitado por Deus no último dia. Nós, cristãos, acreditamos firmemente na ressurreição da carne e na vida eterna.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1958

Na Holanda, durante uma das viagens que realiza pela Europa para preparar o início do trabalho apostólico do Opus Dei nesses países. Mais tarde, escreve aos fiéis do Opus Dei desse país: “Queridos filhos: que Jesus me guarde a todos semprein laetitia! Espero – sei – que haverá muitas e boas coisas nessa fantástica terra das tulipas”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escriváhttp://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)

§ 1664. A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimónio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimónio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu «dom mais excelente», o filho. 

S. Mateus, apóstolo e evangelista

Trata-se de um dos apóstolos, homem decidido e generoso desde o primeiro momento da sua vocação. É também evangelista - o primeiro que, por inspiração divina, pôs por escrito a mensagem messiânica de Jesus.

Foi Judeu. Exercia as funções de cobrador de direitos de portagem, ao serviço de Herodes Antipas. Um dia, Jesus saía de Cafarnaum em direcção ao Lago, olhou para ele com atenção e disse-lhe: "Mateus, segue-me". E Mateus seguiu-o e foi generoso ao seguir o chamamento e agradecido ao mesmo tempo. Acompanhou sempre o Salvador. Foi testemunha da Ressurreição, assistiu à Ascensão e recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes.

A glória principal de S. Mateus é o seu Evangelho, escrito primeiro em aramaico e traduzido pouco depois para o grego.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O cobrador de impostos foi libertado para o Reino de Deus

Rupert de Deutz (v. 1075-1130), monge beneditino
As Obras do Espírito Santo, IV, 14 (a partir da trad. SC 165, p. 183 rev.)

Mateus, o publicano, recebeu por alimento «o pão da vida e da inteligência» (Sir 15, 3); e dessa mesma inteligência, fez em sua casa um grande banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»]. Um presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande banquete» (Lc 5, 29). Ofereceu-Lhe portanto um banquete, dos grandes – um banquete real, diríamos.

Mateus é de facto o evangelista que nos mostra Cristo Rei através da Sua família e dos Seus actos. Logo no início da obra, declara que se trata do livro da «Genealogia de Jesus Cristo, filho de David» (Mt 1, 1). Em seguida, comenta como o recém-nascido é adorado pelos magos como rei dos judeus ; depois, tecendo o resto da narração com régios feitos e parábolas do reino, termina por fim com as próprias palavras de um Rei que já está coroado pela glória da ressurreição: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra» (28, 18). Se examinarmos bem o conjunto da sua redacção, reconheceremos portanto que toda ela respira os mistérios do Reino de Deus. Nada de espantoso há nisto; Mateus tinha sido publicano, lembrava-se de ter sido chamado do serviço público do reino de pecado para a liberdade do Reino de Deus, do Reino de justiça. Como homem verdadeiramente grato para com o grande Rei que o tinha libertado, serviu portanto com fidelidade as leis do Seu Reino.

«Prefiro a misericórdia»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Comentário sobre a primeira carta de João, § 8,10


Ao amar o teu inimigo, desejas que ele seja para ti um irmão. Não amas o que ele é, mas aquilo em que queres que ele se torne. Imaginemos um pedaço de madeira de carvalho em bruto. Um artesão hábil vê essa madeira, cortada na floresta; a madeira agrada-lhe; não sei o que ele quer fazer dela, mas não é para a deixar como está que o artista gosta dela. A sua arte faz com que veja em que é que se pode transformar essa madeira; o seu amor não é dirigido à madeira em bruto; ele ama o que fará com ela e não a madeira em bruto.

Foi assim que Deus nos amou quando éramos pecadores. Na verdade, Ele disse: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes». Ter-nos-ia Ele amado pecadores para que permanecêssemos pecadores? O Artesão viu-nos como um pedaço de madeira em bruto, vindo da floresta, e o que tinha em vista era a obra que nela faria, não a madeira em si, nem a floresta.

Contigo passa-se a mesma coisa: vês o teu inimigo opor-se-te, encher-te de palavras mordazes, tornar-se rude nas afrontas que te faz, perseguir-te com o seu ódio. Mas tu estás atento ao facto de ele ser um homem. Vês tudo o que esse homem fez contra ti, mas também vês nele aquilo que foi feito por Deus. Aquilo que ele é, enquanto homem, é obra de Deus; o ódio que te tem é obra dele. E que dizes tu para contigo? «Senhor sê benevolente para com ele, perdoa-lhe os pecados, inspira-lhe o Teu temor, converte-o.» Não amas nesse homem aquilo que ele é, mas aquilo que queres que ele venha a ser. Assim, quando amas um inimigo, amas nele um irmão.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 21 de setembro de 2012

Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus, que estava sentado na banca das cobranças, e disse-lhe: «Segue-Me». E ele, levantando-se, O seguiu. Aconteceu que, estando Jesus sentado à mesa em casa deste homem, vieram muitos publicanos e pecadores, e se sentaram à mesa com Jesus e com os Seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos Seus discípulos: Por que motivo come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, ouvindo isto, disse: «Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos. Ide, e aprendei o que significa: “Quero misericórdia e não sacrifício”. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».

Mat 9, 9-13