sexta-feira, 14 de setembro de 2012

“TENHO SEDE!” de Joaquim Mexia Alves

Por entre os fios de sangue,
que correm sobre os Teus olhos,
causados pelos espinhos
que ferem a Tua cabeça,
sinto o Teu olhar,
terno, doce, exangue,
e ouço a Tua voz meiga,
insistentemente dolorosa:
“Tenho sede!”

Olho para um lado e para o outro,
procuro ansiosamente,
um pote com água,
mas apenas vejo,
infelizmente,
um vasilha com vinagre,
e uma esponja,
que molho na vasilha,
e Te dou a beber.

“Tenho sede!”
Insistes Tu,
com a Tua terna voz,
inundando todo o meu ser.

Quase desesperado,
corro de um lado para o outro,
à procura de uma água,
para dar ao Crucificado.

Mas nada encontro!

Toma conta de mim,
uma mágoa,
e prostro-me de joelhos no chão.

Olho-Te,
o Teu olhar de amor,
e murmuro-Te por fim:
Ai, Senhor,
fosse eu água,
e dava-me a Ti,
todo inteiro,
o corpo, o coração,
e a alma,
para aliviar Tua dor.

Pareceu-me ver no Teu olhar,
um clarão rápido de alegria,
e percebo que a Tua sede…
é de almas,
mesmo as de quem Te escarnecia!

“Tenho sede!”
Repetes,
sem Te cansares.

Que sede essa,
meu Deus e meu Senhor,
insaciável de almas,
do homem pecador.

Faz de mim uma esponja,
que em nada eu apareça,
mas que almas possa embeber,
na fé que me dás a viver,
envolto no Teu amor,
para Te matar a sede ,
meu Deus e meu Senhor!

Joaquim Mexia Alves
Monte Real, 14 de Setembro de 2012

Repensar o presente, em vista do futuro, com o olhar de Cristo

Bento XVI encontra-se desde o princípio desta tarde em Beirut, para uma visita de três dias ao Líbano. Uma viagem apostólica, a vigésima quarta do seu pontificado, motivada antes de mais pelo desejo de entregar solenemente aos pastores e fiéis do Médio Oriente a Exortação Apostólica correspondente ao Sínodo dos Bispos sobre esta região, que se realizou no Vaticano em 2010.

Aparte o momento da chegada, no aeroporto, este primeiro dia da visita ficou marcado precisamente pelo encontro – celebração que teve lugar na basílica greco - melquita de São Paulo, às 18 horas locais, para a entrega da referida Exortação Apostólica pós-sinodal “Ecclesia in Medio Oriente”.

Nela participaram mais de 400 pessoas. Antes de mais, das diversas comunidades eclesiais libanesas: patriarcas e bispos, mas também padres, religiosos e religiosas e fiéis leigos. Participaram também representantes de outras componentes da sociedade libanesa: delegação da comunidade ortodoxa, muçulmana e drusa.

Na sua intervenção, Bento XVI sublinhou a coincidência de a assinatura e entrega deste importante documento pós-sinodal tenha lugar precisamente na festa da Exaltação da Santa Cruz.

“A Exortação apostólica deve ser lida e interpretada à luz da festa da Santa Cruz, nomeadamente à luz do monograma de Cristo, o X e o P (rô), as duas primeiras letra da palavra “Cristos”. Descobre-se assim a verdadeira identidade dos batizados na Igreja, um constante apelo ao testemunho na comunhão.”

Comunhão e testemunho radicados no mistério pascal, na morte e ressurreição de Cristo. Elo fundamental entre Cruz e Ressurreição. Exige um ato de fé… e um ato de esperança – sublinhou Bento XVI, que fez notar que “os Padres Sinodais refletiram sobre a situação atual no Médio Oriente, sobre as dificuldades e esperanças dos cristãos que vivem na região.”

“Toda a Igreja pôde assim escutar o grito ansioso e advertir o olhar desesperado de tantos homens e mulheres que se encontram em difíceis situações humanas e materiais, que vivem fortes tensões, com medo e inquietação, e que querem seguir a Cristo – Aquele que dá sentido à sua existência, mas que muitas vezes disso são impedidos”.

Ecclesia in Medio Oriente permite repensar o presente em perspetiva do futuro com o próprio olhar de Cristo: “As orientações bíblicas e pastorais, o convite a um aprofundamento espiritual e eclesiológico, a renovação litúrgica e catequética, o convite ao diálogo – todo isto quer ajudar-nos a seguir a Cristo no contexto difícil, muitas vezes doloroso, um contexto eu poderia fazer surgir a tentação de ignorar ou esquecer a Cruz gloriosa”

“E é precisamente então que há que celebrar a vitória do amor sobre o ódio, do perdão sobre a vingança, do serviço sobre o domínio, da humildade sobre o orgulho, da unidade sobre a divisão”.

A Exortação – observou ainda o Papa – abre um verdadeiro diálogo inter-religioso fundado sobre a fé em Deus Uno e Criador, e deseja contribuir para “um ecumenismo cheio de fervor humano, espiritual e caritativo, na verdade e no amor evangélico”.

Rádio Vaticano

Vídeo em francês, língua em que o Santo Padre se pronunciou

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, o meu país e o seu povo necessitam da Tua Luz e protecção, como bem sabes atravessamos momentos de grandes diríamos mesmo de enormes dificuldades e sem Ti tudo será mais difícil. Ajuda, Te rogamos, a que aqueles que mais têm, possam neste período ser mais generosos com aqueles que muito pouco ou nada têm. Ilumina como Teu Espírito, aqueles que têm a responsabilidade de governar e aqueles que no exercício da democracia são oposição, para que tenham sempre o superior interesse do país e nele dos mais carenciados como prioritário, deixando de parte quezílias desnecessárias.

Meu Deus e Meu Senhor, em Ti nos abandonamos em total confiança, pois estamos seguros de que sem Ti nada podemos.

JPR

António Barreto suplica aos dirigentes políticos «que não façam disparates»

«Suplico aos dirigentes políticos portugueses que não façam disparates, não criem rupturas a curto prazo e não deitem tudo por terra», apelou hoje o sociólogo António Barreto, frisando que se houver uma dissolução do Governo e do Parlamento Portugal vai perder mais 4 ou 5 anos. «Estamos a viver um tempo em que as instituições políticas não parecem estar à altura da urgência e da gravidade dos problemas.

António Barreto falava a jornalistas à margem do ciclo de conferências «Presente no futuro - Os portugueses em 2030», organizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos para debater o que será dos portugueses dentro de duas ou três décadas.

«A classe política não informa, não partilha os problemas, não partilha as soluções, não é leal entre si, escondem-se dados e factos, não está suficientemente preparada, nem sequer para as consequências dos seus actos», disse, atribuindo a impreparação dos dirigentes políticos a um conjunto de factores, como a sua juventude e ao facto de muitos ex-agentes políticos terem abandonado a política - que se tornou menos atractiva - para passarem a exercer no privado.

O sociólogo lamentou ainda que a política dependa cada vez mais das lógicas partidárias e que os políticos dêem cada vez menos voz à sociedade civil, estando em braços de ferro sistemáticos, em vez de estarem em permanente dialogo, discutindo os problemas e procurando soluções. Mas também criticou os parceiros sociais, considerando que deveriam ser mais intervenientes.

(…)

Fátima Moura da Silva in ‘Diário Digital’ AQUI

Clube Alviela - Sessão de Métodos de Estudo - 29 e 30 de setembro em Lisboa

Programa:
Sábado:
§  Passeio de bicicletas e patins no Parque/ Expo
§  Visita à Estação de Metro do Aeroporto: nesta visita as associadas irão observar as 49 personalidades retratadas nas paredes da  estação  e escolher 1 das 30 selecionadas no verso do folheto para
apresentar às outras associadas
no Sábado seguinte
         
Pormenores:
-  Ponto de encontro no Sábado: 15h no Clube           
-  Se não conseguirmos transporte para as bicicletas de e para o Clube, aceitamos ajuda dos pais que puderem
      
§  À chegada ao Clube: preparar jantar, terço, tertúlia e fim das actividades às 22h00

     Domingo:
09h30 – Missa (no Clube ou na Igreja perto do Clube)
10h30 - 13h00: Métodos de Estudo
13h30 - Almoço e Tertúlia
15h00 - Fim
Material necessário:
§  Ingredientes para as refeições (será enviado email)
§  Trabalhos de casa e Caderno para apontamentos

PREÇO: € 7,00

Clube Alviela – Azinhaga da Fonte Velha, 5 Paço do Lumiar
1600 – 461 Lisboa Tel: 217 512 901/ c.fontevelha@gmail.com
Contacto Inês Magriço - Telm: 967 730 583/912 97 2 128

Bento XVI, já no Líbano, alarga olhar a todo o Médio Oriente e pede a todos empenho para uma convivência serena e dialogante

Bento XVI encontra-se já no Líbano, naquela que constitui a sua vigésima quarta viagem apostólica. Tendo partido de Roma às 9.30 da manhã, o avião papal aterrou no aeroporto de Beirut pouco antes das 14 horas locais (uma hora menos em Roma, duas horas menos em Lisboa).

A acolhê-lo, para além do Patriarca Maronita e do Núncio Apostólico, o presidente da República libanesa, general Michel Sleiman, assim como o presidente do Parlamento e o primeiro ministro. Presentes também todos os outros patriarcas e bispos do país

No discurso então pronunciado, Bento XVI começou por recordar que a sua visita ao Líbano se deve, antes de mais, à entrega da Exortação Apostólica “Ecclesia in Medio Oriente”, correspondente à assembleia especial do Sínodo dos Bispos para esta região, “um importante acontecimento eclesial” – disse. O Papa agradeceu a presença dos diversos patriarcas e chefes religiosos das comunidades cristãs (católicas) dos diversos ritos e tradições. “Destinada ao conjunto do mundo – disse – a Exortação propõe-se ser para todos uma indicação do caminho a seguir nos anos futuros”. Na sua grande diversidade, as diferentes comunidades cristãs hão-de continuar a “procurar caminhos de unidade e concórdia”. 

“A convivência feliz de todos os libaneses deve demonstrar a todo o Médio Oriente e ao resto do mundo que, dentro duma nação, pode haver colaboração entre as diversas Igrejas – todas elas membros da única Igreja Católica – num espírito de comunhão fraterna com os outros cristãos e, ao mesmo tempo, a convivência e o diálogo respeitoso entre os cristãos e os seus irmãos de outras religiões.” 

O Papa reconheceu como é delicado manter este equilíbrio (de conviver e dialogar na diversidade). Por vezes ameaça romper-se, sujeito a pressões, muitas vezes de parte ou interessadas, contrárias e estranhas à harmonia libanesa. E então – sublinhou o Papa - é preciso dar provas de real moderação e grande sabedoria; e a razão deve prevalecer sobre a paixão unilateral para favorecer o bem comum de todos.
  
Quase a concluir o seu discurso no Líbano, no aeroporto de Beirut, Bento XVI recordou a todos que a convivência – o viver juntos – tão caraterística do Líbano, é ao mesmo tempo empenho de todos, mas também dom de Deus…

“Venho também para vos dizer como é importante a presença de Deus na vida de cada um e como a forma de viver juntos – esta convivência de que o vosso país quer dar testemunho – só será profunda se estiver fundada sobre uma visão acolhedora e uma atitude de benevolência para com o outro, se estiver enraizada em Deus que deseja que todos os homens sejam irmãos. O famoso equilíbrio libanês, que quer continuar a ser efectivo, pode-se prolongar graças à boa vontade e ao compromisso de todos os libaneses. Só então será um modelo para os habitantes de toda a região e para o mundo inteiro.” 

Mesmo a concluir, Bento XVI dirigiu-se também “em espírito (disse) a todos os países do Médio Oriente como peregrino de paz, como amigo de Deus e como amigo de todos os habitantes de todos os países da região, independentemente da sua filiação e da sua crença. Também a eles Jesus Cristo diz: «Salami ō-tīkum». 

« Que Deus vos abençoe a todos ! »

Rádio Vaticano

Vídeo só imagens

A solução da crise - por Nuno Serras Pereira

Creio que se estranhará o título deste texto fundamentalmente por duas razões. A primeira, consistirá na peremptoriedade daquele artigo inicial A, como se não houvera uma gama alargada de possibilidades alternativas para a resolução da mesma; a segunda, advirá de o autor deste escrito ser um sacerdote, sem qualquer outra qualificação, a não ser a de franciscano, supondo-se assim incompetente para tratar daquilo que parece ser próprio dos fiéis leigos.

Convirá, no entanto, atender a que, sem merecimento algum da minha parte e, num certo sentido, mesmo contra a minha vontade, fui constituído por Deus Criador e Redentor, pelo Sacramento da Ordem, Seu embaixador. Ora, Deus, autor de tudo quanto existe, em virtude da Sua Omnisciência tudo conhece e tudo sabe, e em virtude da Sua Providência acompanha e conduz o universo e a história. Ao fazer-Se um de nós, nascendo da Imaculada sempre Virgem Maria, Redimindo-nos do pecado e da morte pela Sua Paixão e Ressurreição, e tornando-nos participantes dessa Sua vitória pelo Espírito que nos comunica, em íntima união com a Sua Igreja, capacita-nos para vencer todo o mal pessoal, social, cultural, económico, político.

Ele próprio, quando passou aqui na terra fazendo o Bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, nos disse com toda a clareza qual a solução da crise: “Procurai antes de tudo o Reino de Deus e a Sua Justiça e o resto ser-vos-á dado como acréscimo” (Mt 6, 33; Lc 12, 31).

O Reino de Deus, ou o Reino dos Céus, é o próprio Jesus Cristo; e a Sua Justiça é a Sua verdade, o Seu Amor, a Sua vontade. Sem Ele, de facto, toda a erudição é ignorância, toda a sabedoria é estultícia, toda a competência é ineptidão, toda a experiência é trapalhice, todo o progresso é regressão, toda a economia é trafulhice, toda a política é ardilosa e salteadora, toda a lucidez é inépcia, toda a prudência é doidice, todo o enriquecer é empobrecer, toda a democracia é tirania, toda a lei é violência, toda a justiça é iniquidade, todo o amor é egoísmo, toda a fecundidade é esterilidade e crueldade.

Que isto é assim é facilmente verificável se tivermos em conta as últimas décadas. Fomos avisando insistentemente da tragédia. Muitos nos deram por obsessivos… Pois bendita seja esta obsessão!, digo eu.

Quem se afasta de Deus, quem renega a Jesus Cristo, produz para si e para os outros um inferno antecipado na terra, uma sombra ténue do verdadeiro Inferno.

É tempo de nos convertermos.

À Honra e Glória de Jesus Cristo. Ámen.

Original publicado em ‘Logos’ AQUI

Imitação de Cristo, 3, 12, 1/2 - Da escola da paciência e luta contra as concupiscências

A alma: Deus e Senhor meu, pelo que vejo, a paciência me é muito necessária; pois são muitas as contrariedades desta vida. Por mais que se procure a paz, não há viver sem combate e sofrimento.

Jesus: Assim é, filho, e não quero que busques uma paz isenta de tentações e contrariedades, mas que julgues ter achado a paz, ainda quando fores molestado de muitas atribulações e provado em muitas contrariedades. Se dizes que não podes sofrer tanta coisa, como suportarás, então, o purgatório? De dois males sempre se deve escolher o menor. Para escapar dos suplícios futuros, trata de sofrer com paciência os males presentes, por amor de Deus. Julgas, acaso, que nada ou pouco sofrem os homens do mundo? Tal não encontrarás, nem entre os mais regalados.

A Cruz, a Santa Cruz!, pesa

Ao celebrar a festa da Exaltação da Santa Cruz, suplicaste a Nosso Senhor, com todas as veras da tua alma, que te concedesse a sua graça para "exaltar" a Cruz Santa nas tuas potências e nos teus sentidos... Uma vida nova! Um novo selo: para dar firmeza à autenticidade da tua embaixada..., todo o teu ser na Cruz! – Veremos, veremos. (Forja, 517) 


A Cruz, a Santa Cruz!, pesa.
– Por um lado, os meus pecados. Por outro, a triste realidade dos sofrimentos da nossa Mãe a Igreja; a apatia de tantos católicos que têm um "querer sem querer"; a separação – por diversos motivos – de seres amados; as doenças e tribulações, alheias e próprias...
A cruz, a Santa Cruz!, pesa: "Fiat, adimpleatur...!". Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas! Amen. Amen. (Forja, 769)

A Cruz não é a pena, nem o desgosto, nem a amargura... É o madeiro santo onde triunfa Jesus Cristo... e onde triunfamos nós, quando recebemos com alegria e generosamente o que Ele nos envia. (Forja, 788)

Sacrifício, sacrifício!... É verdade que seguir Jesus Cristo (disse-o Ele) é levar a Cruz. Mas não gosto de ouvir as almas, que amam o Senhor, falar tanto de cruzes e de renúncias; porque, quando há Amor, o sacrifício é gostoso – ainda que custe – e a cruz é a Santa Cruz.
A alma que sabe amar e entregar-se assim, enche-se de alegria e de paz. Então, porquê insistir em "sacrifício", como buscando consolações, se a Cruz de Cristo – que é a tua vida – te torna feliz? (Forja, 249)


São Josemaría Escrivá

Programa da visita de Bento XVI ao Líbano

Viagem de 4400 km e 60 horas inclui encontros com responsáveis religiosos e políticos
O programa oficial da visita que Bento XVI vai efetuar ao Líbano entre hoje e domingo tem início marcado para as 13h45 locais (menos duas em Lisboa) no aeroporto internacional de Beirute.

Bento XVI segue depois para Harissa, cerca de 25 km a norte, para assinar a exortação apostólica pós-sinodal para o Médio Oriente (18h00), documento conclusivo da assembleia especial do Sínodo realizada entre 10 e 24 de outubro de 2010, no Vaticano.

O programa de 15 de setembro, sábado, inicia-se às 10h00 no palácio presidencial de Baabda, cerca de 10 km a sul de Beirute, com uma visita de cortesia aos líderes políticos do Líbano a que se segue um encontro com os chefes das comunidades religiosas muçulmanas (10h50) e outro com os membros do Governo, das instituições da República, do corpo diplomático, dos líderes religiosos e representantes do mundo da cultura (11h15).

Bento XVI vai almoçar nesse dia em Bzommar, cerca de 30 km a norte da capital, com os patriarcas e bispos do Líbano e com membros do Conselho Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos.

O segundo dia da visita inclui como último apontamento um encontro com jovens, a partir das 18h00, na praça do Patriarcado Maronita de Bkerké, 25 km a norte de Beirute.

A 24ª viagem papal ao estrangeiro, no atual pontificado, termina no dia 16 de setembro, domingo em que Bento XVI vai presidir a uma missa no centro da capital libanesa, às 10h00, e proceder à entrega da exortação apostólica pós-sinodal.
O Papa participa, à tarde, num encontro ecuménico no Patriarcado Sirocatólico de Charfet, antes de se despedir do Líbano, no aeroporto internacional de Beirute, às 18h30, com o último dos cinco discursos programados.

A viagem ao “país dos cedros” vai ser a segunda de Bento XVI à região, depois da visita que efetuou em maio de 2009 à Jordânia, Israel e Territórios Palestinos.

O atual Papa abençoou no Vaticano, a 23 de fevereiro de 2011, uma estátua de São Maron, monge sírio dos séculos IV e V que é padroeiro da principal comunidade católica libanesa; a imagem encontra-se colocada num nicho exterior da Basílica de São Pedro.
João Paulo II, falecido em 2005, visitou o Líbano em 1997.

OC

Agência Ecclesia

A MISSA É UMA "SECA"? (2) de Joaquim Mexia Alves

Do Catecismo da Igreja Católica  

§ 1324. A Eucaristia é «fonte e cume de toda a vida cristã» (LG 11 Lumen Gentium). «Os restantes sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa» (PO 5 Presbyterorum Ordinis). 

Esta é a realidade da Eucaristia! 
Esta é a realidade da Missa! 

Como pode então ser uma “seca” estar com o próprio Deus?

Se por acaso alguém viesse ter connosco e nos garantisse um encontro com o próprio Jesus Cristo, visível aos nossos olhos, para com Ele falarmos, para com Ele rezarmos, para com Ele vivermos, para enfim d’ Ele nos alimentarmos espiritualmente, não correríamos nós ao Seu encontro? 

E nesse momento e para esse momento, importar-nos-ia muito aquele que nos proporcionava tal encontro, ou Jesus Cristo e o encontro com Ele não seriam bem mais importantes que tudo o resto? 

E a Eucaristia não é precisamente esse encontro pessoal e comunitário com a presença real e verdadeira de Jesus Cristo? 

E essa presença real e verdadeira de Jesus Cristo depende do sacerdote que preside à celebração, ou é vontade e graça do próprio Deus aos homens, independentemente do presidente da celebração? 

É que por vezes parece que “vamos” mais à Missa para ouvir ou “admirar” um determinado sacerdote, do que para estarmos com «o próprio Cristo, nossa Páscoa», como acima lemos. 

Temos realmente que perceber, (a maior parte das vezes?), qual é a nossa predisposição quando vamos participar da/na Missa. 

Vamos realmente para celebrar e ter um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, ou vamos apenas cumprir preceito, muitas vezes apenas pelo receio do pecado, pela falta à Missa Dominical? 


É que, se vamos apenas cumprir preceito, tudo vai servir para nos distrair, tudo vai servir para criticarmos: porque são muitos cânticos, porque a homilia foi longa, porque leram muito devagar, porque isto ou porque aquilo, e afinal o nosso encontro com Jesus Cristo perdeu-se no meio do “mundo”, e a Missa foi realmente uma “seca”, porque foi assim que a vivemos. 

Será por isso também, que muitos de nós durante a Missa, damos mais importância ao telemóvel, (que não desligamos), ao vizinho e à vizinha, do que à celebração, do que ao momento de encontro com o nosso próprio Deus, que por nós se entrega, que por nós se faz realmente presente, porque nos ama com amor eterno, amor esse a que, com essa nossa atitude, não correspondemos minimamente. 

É “fantástico” então, como no final da Missa, nos lembramos do que os outros fizeram ou tinham vestido, de como o coro desafinou ou não, mas não nos lembramos das Leituras, ou minimamente do que o sacerdote disse durante a homilia! 

Podemos então lembrar-nos das palavras que Jesus Cristo dirigiu aos seus discípulos no Monte das Oliveiras: «Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.» Lc 22, 46 

Sim, é verdade, que muitas vezes se introduzem na celebração da Missa alguns “elementos” que não deveriam lá estar, (segundo os liturgistas), ou que alguns sacerdotes se alongam demasiadamente nas homilias, (e têm no entanto conselhos específicos sobre o tempo que cada homilia deve demorar), mas isso não deve, nem pode servir para nos afastar da centralidade para a vivência da fé cristã, que é o Sacramento da Eucaristia. 

É certo também, que muitos desconhecem a essência, o conteúdo, o todo que constitui uma Missa, e por isso mesmo, não é possível viver bem aquilo que não se conhece, mas a verdade é que, desde o Catecismo da Igreja Católica a inúmeros documentos da Igreja e livros de espiritualidade escritos por homens da Igreja, só não procura saber mais, quem não quiser, ou a tal se dispuser.  

Acresce o facto de que, hoje em dia, não só nas paróquias, mas também nas Dioceses, acontecem muitas acções de formação sobre os Sacramentos, as quais estão abertas à participação de todos. 

Ao escrever este texto, reflicto também para mim, quanto tenho ainda de mudar em mim, para melhor participar e viver a extraordinária graça que é o Sacramento da Eucaristia. 

Muito mais haveria e há para dizer e meditar sobre este tema, mas fico agora por aqui, reflectindo com aqueles que lêem este texto, como estamos ainda tão longe de alcançarmos a dimensão de toda a graça que o Senhor derrama em cada Eucaristia sobre as nossas vidas. 

Monte Real, 13 de Setembro de 2011 

Joaquim Mexia Alves

http://queeaverdade.blogspot.com/2011/09/missa-e-uma-seca-2.html