quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Amar a Cristo...

Hoje, Senhor Jesus, deste-nos notícias de um sacerdote amigo de quem há muito não sabíamos. Sabíamos aonde estava mas também sabíamos que se havia isolado num seminário, contactámo-lo manifestando a nossa grande alegria, mas é a Ti que como Bom Pastor de todos nós, que asseguras que nada nos faltará, que é devida a nossa maior gratidão, pois como bem sabes este sacerdote foi, e nunca deixou de ser um amigo e companheiro, que nos ajudou a traçar rumos profissionais ao Teu serviço.

Perdoa-nos a excessiva personalização desta prece, mas o nosso coração transborda de alegria e gratidão.

Louvado sejais, Amigo e Companheiro de todas as horas, pelo amigo que nos permitiste ter notícias!

JPR

Portugal vai perder cerca de um milhão de habitantes até 2030

Nascimentos anuais, Portugal (INE)
A diminuição do número de filhos e o adiamento da maternidade fazem o retrato de um país com uma população cada vez mais envelhecida. Uma projecção da Associação Portuguesa de Demografia (APD) revela que, até 2030, o nosso país vai perder cerca de um milhão de habitantes. 

A crise e as medidas de austeridade não estão a ajudar. “Penso que todas as condições económicas e financeiras do país podem vir a condicionar as decisões de cada casal. Em termos gerais, nós podemos esperar que haja uma maior dificuldade em tomar decisões que são para a vida inteira quando o futuro é preocupante, não é?”, questiona a presidente da Associação Portuguesa de Demografia. 

É preciso apostar em políticas públicas que invertam este cenário de declínio, a começar desde já, pelo combate ao desemprego. 

Segundo Maria Filomena Mendes, “a diminuição do desemprego, do controle da precaridade, podem ser as medidas mais importantes que se podem tomar para que as pessoas se sintam mais optimistas relativamente ao futuro”. 

Arranca esta quarta-feira, em Évora, o IV Congresso Português de Demografia, com a presença de duas centenas de especialistas nacionais e estrangeiros.

Rádio Renascença

Papa pede orações para que a viagem ao Líbano produza frutos de comunhão e de paz

A dois dias da sua viagem apostólica ao Líbano, de sexta a domingo próximos, no final da audiência geral desta quarta-feira, Bento XVI pediu orações por essa intenção, para que possa “encorajar os cristãos e favorecer a paz e a fraternidade em toda aquela Região” do Médio Oriente”.

Uma referência mais extensa pronunciou-a o Papa, em francês, começando por se congratular com a oportunidade que terá de encontrar “numerosas componentes da sociedade libanesa, responsáveis civis e eclesiais, fiéis católicos de diversos ritos e outros cristãos, assim como muçulmanos e drusos”.

“Dou graças ao Senhor, por esta riqueza que só se poderá manter se a sociedade libanesa viver em paz e reconciliação permanente. Exorto portanto todos os cristãos do Médio Oriente – sejam eles de antiga extração ou recém-chegados, a serem construtores de paz e fatores de reconciliação. Peçamos a Deus que fortifique a fé dos cristãos do Líbano e do Médio Oriente, enchendo-os de esperança”. 

Dando graças a Deus pela presença dos cristãos nestas terras, Bento XVI encorajou “o conjunto da Igreja” (com todas as suas componentes) à “solidariedade, para que possam continuar a testemunhar Cristo nestas terras abençoadas, procurando a comunhão na unidade”. O Papa deu também graças a Deus por todas as pessoas e instituições que dão uma ajuda nesse sentido. “A história do Médio Oriente ensina-nos o papel muitas vezes importante e mesmo primordial desempenhado pelas diferentes comunidades cristãs no diálogo inter-religioso e intercultural. Peçamos a Deus que conceda a esta região do mundo a desejada paz, no respeito das legítimas diferenças. Que Deus abençoe o Líbano e o Médio Oriente! Que Deus vos abençoe!”

Na catequese desta audiência geral, Bento XVI prosseguiu na linha da “Escola de Oração” que vem desenvolvendo neste encontro semanal, retomando hoje o Livro do Apocalipse. Ouçamos o resumo que ele próprio apresentou na nossa língua:

“Queridos irmãos e irmãs,
A oração é como uma janela aberta que nos permite ter os olhos voltados para Deus, não só para nos lembrar a meta para a qual tendemos, mas também para deixar que a vontade de Deus ilumine o nosso caminho terreno e nos ajude a vivê-lo com intensidade e empenho. Neste sentido, a segunda parte do Apocalipse nos mostra, através dos símbolos do trono de Deus, do livro e do Cordeiro imolado, como a oração pessoal e comunitária nos leva a ver a realidade de um modo novo, captando o seu pleno sentido. O Trono representa o senhorio de Deus sobre a história; o Livro com os sete selos, o plano de Deus sobre os homens e os acontecimentos; e o Cordeiro imolado se refere a Cristo morto e ressuscitado, o grande vencedor do maligno. De fato, o Apocalipse nos ensina a ler a realidade, muitas vezes marcada por sofrimentos e aparentes derrotas, com um olhar de esperança: como cristãos, jamais podemos ser pessimistas! Devemos olhar para Cristo Crucificado e Ressuscitado que nos associa à sua vitória!” 


E o Papa concluiu a sua alocução em português com uma saudação aos diferentes grupos presentes, nomeadamente de duas paróquias da diocese do Porto:

“Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, especialmente os portugueses de Avintes e Alpendurada, bem como os fiéis de Curitiba, acompanhados de seu Bispo, D. Moacyr Vitti e todos os demais grupos de brasileiros. Lembrai-vos de que a vida de oração do cristão deve ter por centro a Missa dominical. É na Eucaristia que experimentareis como o Senhor Jesus vem e faz morada em quem n’Ele crê e acolhe. E que Deus vos abençoe em todas as vossas necessidades! Ide em paz!”

Rádio Vaticano

Vídeo com a alocução do Santo Padre em francês

Imitação de Cristo, 3, 11, 1 - Como devemos examinar e moderar os desejos do coração

Guarda-te, pois, de confiar demasiadamente em preconcebidos desejos que tens sem me consultar, para que não suceda que te arrependas e te desagrade o que primeiro te agradou e procuraste com zelo, por te haver parecido melhor. Porém nem todo desejo que pareça bom logo devemos seguir, nem tampouco a todo sentimento contrário logo havemos de fugir. Convém, às vezes, refrear mesmo os bons empenhos e desejos, para que as preocupações não te distraiam o espírito; para que não dês escândalo por falta de discrição; para que, enfim, não te perturbe a resistência dos outros e desfaleças.

Deus está presente

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário... Porém, mais humilhação e mais aniquilamento na Hóstia Santíssima; mais que no estábulo, e que em Nazaré, e que na Cruz. Por isso, que obrigação tenho de amar a Missa! (A "nossa" Missa, Jesus...) (Caminho, 533)

 Por vezes, talvez nos perguntemos como será possível corresponder a tanto amor de Deus e até desejaríamos, para o conseguir, que nos pusessem com toda a clareza diante dos nossos olhos um programa de vida cristã. A solução é fácil e está ao alcance de todos os fiéis: participar amorosamente na Santa Missa, aprender a conviver e a ganhar intimidade com Deus na Missa, porque neste Sacrifício se encerra tudo aquilo que o Senhor quer de nós.
 
Permiti que aqui vos recorde o desenrolar das cerimónias litúrgicas, que já observámos em tantas e tantas ocasiões. Seguindo-as passo a passo é muito possível que o Senhor nos faça descobrir em que pontos devemos melhorar, que defeitos precisamos de extirpar e como há-de ser o nosso convívio, íntimo e fraterno, com todos os homens.
 
O sacerdote dirige-se para o altar de Deus, do Deus que alegra a nossa juventude. A Santa Missa inicia-se com um cântico de alegria, porque Deus está presente. É esta alegria que, juntamente com o reconhecimento e o amor, se manifesta no beijo que se dá na mesa do altar, símbolo de Cristo e memória dos santos, um espaço pequeno e santificado, porque nesta ara se confecciona o Sacramento de eficácia infinita. (Cristo que passa, 88)
 

São Josemaría Escrivá

‘Dialogar com todos’ por Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Gostaria muito de que as pessoas mais velhas soubessem pôr-se mais ao nosso nível. Aborreço-me profundamente ao ouvir os adultos falarem como se estivessem num pedestal e com tanta segurança. Parece que estão convencidos de que têm sempre razão e que esta afirmação é — por definição — indiscutível. Muitas vezes, quando tentamos dialogar com eles só sabem responder: “Acabou-se a conversa. Faz o que eu te estou a dizer. Tu não percebes nada disto”.
«É verdade que nós jovens, com frequência, não facilitamos muito a comunicação com os nossos pais e professores porque agimos de um modo imaturo e rebelde. No entanto, penso que a falta de diálogo é prejudicial para ambos os lados. Porventura as pessoas mais velhas não foram também jovens? Como é que se sentiam quando os seus pais e educadores lhes negavam a possibilidade de dialogar com eles? Será que já não se lembram disso?».
São palavras de um adolescente dos nossos dias que nos devem fazer reflectir. É natural que os jovens e as pessoas mais velhas vejam a vida de um modo diferente. Aliás, o contrário é que seria profundamente estranho. A vida é como é, mas a perspectiva a partir da qual os jovens e as pessoas maduras olham para ela não é, evidentemente, a mesma. E a perspectiva é o nosso modo de focar os problemas com que nos encontramos. Custa-nos admitir que existem perspectivas diferentes da nossa e igualmente válidas. O passar dos anos — se não estamos atentos a isso — pode fazer-nos perder flexibilidade e abertura interior para procurar entender outras visões do mundo diferentes da nossa.
Todos nós, quando éramos mais jovens, olhávamos para a vida de um modo diferente. O problema é que — não se sabe por que carga de água — tendemos a esquecer-nos disto com o passar do tempo. Hoje em dia, damo-nos conta de que os nossos pais e professores tinham razão em muitas coisas que nos diziam. E que aquilo que nos comunicavam não era fruto de um autoritarismo mal entendido, mas sim da sua experiência da vida e do seu enorme carinho por cada um de nós. No entanto, há uns anos atrás, não conseguíamos perceber isto com tanta nitidez.
Termino com uma sugestão para os pais e educadores actuais: não dramatizemos assuntos sem importância. É saudável e normal que os jovens vejam a vida de um modo diferente. Podemos aprender muito com eles, ouvindo-os com um interesse genuíno. Mantenhamos o espírito aberto — sinal maravilhoso de juventude interior — e a capacidade sincera para dialogar com todos, sobretudo com os mais jovens. Assim, será muito mais fácil sabermos transmitir a “sabedoria” que acumulámos com o estudo, a reflexão e o passar dos anos, e que os jovens tanto necessitam e desejam receber.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Divorciam-se por estarem fartos um do outro

Do filme 'Away from her'
Num artigo publicado no ‘The Daily Telegraph’, a jornalista Angela Neustatter faz uma série de reflexões sobre a influência que a atitude emocional actual tem nos projectos duradouros e que leva pessoas a quebrarem os seus compromissos conjugais quando desaparece o encanto dos começos.

Neustatter apoia-se nas conclusões de um inquérito realizado pela empresa Grant Thornton - Reino Unido, especializada em consultadoria. Depois de entrevistar 101 advogados da área da família, o relatório conclui que o tédio do dia-a-dia se converteu no grande perigo para os casais permanecerem juntos.

A infidelidade, que antigamente estava em primeiro lugar na lista das principais razões que levavam a rupturas conjugais, foi agora ultrapassada por outra causa: a dos que afirmam que já não se amam ou que se foram afastando.
Estas conclusões estão em sintonia com as estatísticas dos divórcios no Reino Unido, dados a que Neustatter tem acesso: afirma que, em média, os casais se separam, cerca de 11 anos depois. E também está de acordo com a influência da atitude emocional nas relações amorosas.
Esta tendência, já foi posta em destaque por Malcolm Brynin, co-editor de Changing Relationships, um estudo polémico publicado pelo Economic and Social Research Council em 2009, em que se afirma que as pessoas se juntam e permanecem unidas enquanto obtêm vantagens pessoais.
Um "romantismo" curioso
Já se sabe que numa relação amorosa o romantismo vai e vem. O mérito da One Poll, empresa especializada em sondagens, foi ter conseguido "medir" a sua duração. Pelos vistos, o encanto esvai-se - em média - passados dois anos, seis meses e 25 dias depois de contrair matrimónio. Isto é que é precisão!
De toda a maneira, diz Neustatter, o desaparecimento do romantismo no matrimónio - facto que certamente se terá dado em todos os tempos - causará mais ou menos estragos conforme a atitude dos cônjuges. Quando as expectativas de uma pessoa são apenas sentir em todo o momento o agrado do marido ou da mulher, é de prever que não haja "romantismo" que valha.
Segundo Angela Neustatter a via adequada para a falta de romantismo no casamento é trabalharem em conjunto - marido e mulher - a relação conjugal. Resistir, lado a lado, nos momentos de adversidade. E voltar a dar brilho à vida do casal com pequenos gestos.
Crise superada
"Chegou o momento de falar na primeira pessoa" escreve Angela Neustatter. "Olly, o meu marido, e eu batemos no "fundo" da nossa relação quando os nossos filhos saíram de casa. Naquela situação nada nos parecia bem e não acabávamos de nos adaptar às novas circunstâncias; parecia que estávamos cada vez mais irritados um com o outro, e afastávamo-nos cada vez mais um do outro. Sem dúvida que estávamos a atingir aquele ponto de perplexidade em que tudo parece aconselhar-nos uma separação".
Chegados aqui pararam em seco. Que aconteceria se cada um fosse para o seu lado? O mais provável é que depois de duas décadas e meia de convívio, mais tarde ou mais cedo acabariam por ter saudades um do outro e do lar que ambos tinham construído.
Foi assim que puseram mãos à obra. "Começamos a actuar como no princípio da nossa relação, a fazer refeições especiais um para o outro, escapadelas ao cinema, férias curtas para os dois, refeições com os nossos filhos aos Domingos uma vez por mês. E enquanto nos íamos aproximando, pudemos falar do que nos tinha afastado e da alegria de voltar a crescer juntos".
O que Neustatter nos mostra aqui da sua intimidade não tem nada a ver com um reality show. É apenas um breve testemunho que reforça a afirmação que vem a seguir: "As investigações actuais revelam que se uma pessoa consegue lidar e resistir aos contratempos, dirige a sua atenção para o que tem e reparte com o outro, em vez de se fixar no que está a perder e os benefícios psicológicos e físicos são enormes".
"Não é uma questão de moralidade versus narcisismo - como se fosse preciso escolher entre subir a um cume ou ficar na cama a auto-comprazer-se -, mas de entender o que é que afinal nos faz felizes".
Fonte: The Daily Telegraph
Aceprensa

Finanças - um instrumento que tenha em vista a melhor produção de riqueza e o desenvolvimento

Enquanto instrumentos, a economia e as finanças em toda a respectiva extensão, e não apenas em alguns dos seus sectores, devem ser utilizadas de modo ético a fim de criar as condições adequadas para o desenvolvimento do homem e dos povos. É certamente útil, se não mesmo indispensável em certas circunstâncias, dar vida a iniciativas financeiras nas quais predomine a dimensão humanitária. Isto, porém, não deve fazer esquecer que o inteiro sistema financeiro deve ser orientado para dar apoio a um verdadeiro desenvolvimento. […]

Recta intenção, transparência e busca de bons resultados são compatíveis entre si e não devem jamais ser separados.

Caritas in veritate [65] – Bento XVI

‘A asfixia das rendas’ por João César das Neves

O núcleo profundo da crise situa-se na distinção entre dois conceitos básicos: produção e renda. Portugal era um país de produção e tem-se vindo a transformar num país de rendas.
Embora elementares, é bom precisar as noções. Produção constitui, evidentemente, um conceito central da economia, o uso de recursos para satisfazer necessidades humanas. Originalmente relacionado com a obtenção de bens físicos, cultivando a terra ou operando manufacturas, a complexa sociedade actual acrescentou-lhe o vasto elenco dos serviços, dos transportes ao turismo, arte, finança, comércio, divertimento, etc. Em todos os casos está em causa fazer algo, ter utilidade, criar valor.
A renda, em contraste, é o ganho de quem nada gera, um pagamento sem contrapartida válida. Originalmente designava as receitas dos proprietários absentistas, pagando a vida ociosa com o produto dos rendeiros. Hoje, embora "renda económica pura" mantenha definição científica rigorosa, o preço de um recurso de oferta inelástica, a expressão rent-seeking, traduzida por "captura de rendas", aplica-se a múltiplas situações de ganho sem produção.
Durante séculos os portugueses sabiam não existir outra forma honesta de ganhar a vida senão trabalhar e produzir. Nos anos recentes, passado o medo da Europa, a tradicional capacidade lusitana para identificar e aproveitar ganhos incorporou uma vastíssima panóplia de novos métodos legítimos e aceitáveis de lucrar sem produzir. Existem mesmo profissões especializadas em fazer funcionar esses mecanismos. Há até quem se farte de trabalhar para as conseguir. Na indústria das rendas existem trabalhadores, empresas, contratos, negociação, esforço. A única coisa que falta é produção, utilidade, valor.
Algumas são fáceis de identificar. A multidão de subsídios, apoios, benefícios, promoções, excepções e deduções são formas evidentes de rendas, com justificação mais ou menos clara, elaborada ou aceitável. Misturada anda a corrupção, sempre denunciada, facilmente oculta, nunca admitida. Também a indignação pelas portagens advém de, sendo um imposto, elas manterem a ligação a uma forma clássica de renda, quando bandidos medievais ocupavam uma ponte ou estrada obrigando os passantes a pagamento.
O pior está nas múltiplas rendas mascaradas. A sofisticada sociedade actual facilita o disfarce da extorsão atrás da produção. Uma obra pública ou serviço inútil, desnecessário, sumptuário ou só mais caro que o benefício, tem sempre por trás a construtora ou fornecedora capturando uma renda enquanto mantém a imagem empresarial de produtividade. Outra forma descarada de extracção de renda está no proteccionismo dos sectores, das telecomunicações aos bancos, passando por hospitais, escolas, empresas públicas, municipais, beneficiadas, escritórios de advogados, etc. Mantendo a parafernália legal de negociações e contratos, sacrifica-se o interesse público em rendas injustificadas. Todo o preço acima do valor justo, por imposição legal ou monopolista, deve ser considerado uma renda. O excesso de regulamentação e fiscalização é o caso mais subtil. Tomando uma finalidade meritória, da defesa do consumidor à protecção ao ambiente, o exagero de exigências alimenta um exército de técnicos, inspectores, especialistas, revisores, sugando empresas produtivas.
Esta é a origem da crise, com inúmeros esforços desviados de actividades produtivas para a captura de rendas. Não admira a queda do investimento, estagnação da produção, endividamento externo, surto do desemprego.
A tarefa mais urgente e decisiva está no combate aos mecanismos de renda. Mais importante do que descer a despesa pública, é eliminar esses processos que desperdiçam recursos valiosos e asfixiam a economia. Mas uma mudança desta dimensão não se consegue apenas com políticas e decretos. Só se liberta a sociedade desta praga com um repúdio generalizado da comunidade por esses sistemas de extorsão instalada. Os quais, em muitos casos, ainda têm o desplante de se queixarem nos jornais da perda das rendas.
João César das Neves in DN online de 12 de Setembro de 2011

Esmola

«Recebi tudo, e em abundância. Estou bem provido, depois que recebi de Epafrodito a vossa oferta: foi um suave perfume, um sacrifício que Deus aceita com agrado. Em recompensa, o meu Deus proverá magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo».
 
(Filipenses 4, 18-19)


« … que quem distribui esmolas o faça com despreocupação e alegria, já que quanto menos reserve para si, maior será o lucro que obterá»
 
(Sermão 10 sobre a Quaresma – São Leão Magno)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Anota: “É preciso convencermo-nos de que Deus está junto de nós continuamente. – Vivemos como se o Senhor estivesse lá longe, onde brilham as estrelas, e não consideramos que também está sempre ao nosso lado.

E está como um pai amoroso – quer mais a cada um de nós do que todas as mães do mundo podem querer a seus filhos – ajudando-nos, inspirando-nos, abençoando… e perdoando.

Quantas vezes fizemos desanuviar a fronte dos nossos pais, dizendo-lhes, depois de uma travessura: não torno a fazer mais! – Talvez naquele mesmo dia tenhamos tornado a cair… - E o nosso pai, com fingida dureza na voz, de cara séria, repreende-nos…, ao mesmo tempo que se enternece o seu coração, conhecedor da nossa fraqueza, pensando: pobre rapaz, que esforços faz para se portar bem!

É necessário que nos embebamos, que nos saturemos de que é Pai e muito Pai nosso, o Senhor que está junto de nós e nos Céus”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

DO MISTERIOSÍSSIMO, EFICACÍSSIMO, E DULCÍSSIMO NOME DE MARIA

Foi imposto este nome à Senhora não casualmente ou por arbítrio humano, senão (como dizem os Santos) por disposição divina e instinto do Espírito Santo; e por ventura foi anunciado à S. Ana por algum Anjo, como foi o do Precursor a seu pai Zacarias. Considera, pois, neste nome, as suas significações. 

Quanto às significações, tocaremos só em três das mais principais. A primeira é que Maria, na língua Síria (que era a mais usada naquele tempo em Palestina), quer dizer Senhora. O que bem quadra este nome à Virgem, pois é Senhora absoluta, soberana e pacífica de todas as criaturas no Céu, na terra e debaixo da terra! Os mais sublimes Serafins, aquelas essências mais puras, que servem de lugares à presença de Deus, iluminam, reconhecem, e adoram a esta Princesa; as nações, os reinos e os impérios dependem do seu aceno e favor, tremem da sua ausência e desvio.

Outra significação do nome MARIA na língua hebraica é Estrela do mar; e com este apelido a invoca a Igreja: Ave Maris Stella. Também lhe vem mui próprio, por estrela, e estrela do mar. Por estrela primeiramente: porque a estrela, sem diminuição sua, nos produz o raio luminoso e a Virgem, permanecendo Virgem, nos gerou Cristo, que é luz do mundo. Além disso, porque as estrelas presidem às trevas da noite; e a Virgem é refúgio de pecadores, em que ainda não reina o Sol da graça.

A terceira significação, e de todas a mais própria e digna, é, conforme diz S. Ambrósio, MARIA, isto é, Deus da minha geração. Ó imensa glória! Ó altíssima dignidade! Ó ventura imponderável! Senhora, Deus de vossa geração! O que tudo criou ser de ti gerado! O que gerou o Eterno Paiab æterno, antes de todos os séculos, nos geraste por obra do Espírito Santo, no meio dos séculos! Maravilhosa definição encerram cinco só letras do nome MARIA; idest Deus ex genere meo

Pe. Manuel Bernardes

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 12 de setembro de 2012

Levantando os olhos para os Seus discípulos, dizia: «Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados os que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos repelirem, vos carregarem de injúrias e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos nesse dia e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas.  «Mas, ai de vós, os ricos, porque tendes já a vossa consolação. Ai de vós os que estais saciados, porque vireis a ter fome. Ai de vós os que agora rides, porque gemereis e chorareis. Ai de vós, quando todos os homens vos louvarem, porque assim faziam aos falsos profetas os pais deles.

Lc 6, 20-26