sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Querido Jesus, oferece-nos tantas coisas boas, tais como cruzarem-se na nossa vida excelentes seres humanos e óptimos profissionais no seu ofício e nós frequentemente nem reparamos neles e nem Te e lhes agradecemos.

Somos tantas vezes egoístas e ingratos, hoje pedimos-Te que nos ajudes a despertar desta rotineira habituação de darmos tudo por adquirido e nos leves a tudo agradecer, pois sem Ti nada somos e se alguma coisa somos, é pecadores recorrentes.

Meu Deus e Meu Senhor, faz-nos humildes e contritos servos Teus e do próximo hoje e sempre!

JPR

Imitação de Cristo, 3, 6, 4 - Da prova do verdadeiro amor

Peleja como bom soldado e, se alguma vez caíres por fraqueza, torna a cobrar maiores forças que as anteriores, tendo certeza que receberás mais copiosa graça; acautela-te, porém, muito contra a vã complacência e a soberba. Por falta desta vigilância andam muitos enganados e caem, às vezes, em cegueira incurável. A ruína destes soberbos, que loucamente presumem de si próprios, sirva-te de cautela e te conserve na virtude da humildade.

É curto o nosso tempo para amar

Um filho de Deus não tem medo da vida nem medo da morte, porque o fundamento da sua vida espiritual é o sentido da filiação divina: Deus é meu Pai, pensa, e é o Autor de todo o bem, é toda a Bondade. – Mas tu e eu procedemos, de verdade, como filhos de Deus? (Forja, 987)

Para nós, cristãos, a fugacidade do caminho terreno deve incitar-nos a aproveitar melhor o tempo, não a temer Nosso Senhor, e muito menos a olhar a morte como um final desastroso. Um ano que termina – já foi dito de mil modos, mais ou menos poéticos – com a graça e a misericórdia de Deus, é mais um passo que nos aproxima do Céu, nossa Pátria definitiva.


Ao pensar nesta realidade, compreendo perfeitamente aquela exclamação que S. Paulo escreve aos de Corinto: tempus breve est!, que breve é a nossa passagem pela terra! Para um cristão coerente, estas palavras soam, no mais íntimo do seu coração, como uma censura à falta de generosidade e como um convite constante a ser leal. Realmente é curto o nosso tempo para amar, para dar, para desagravar. Não é justo, portanto, que o malbaratemos, nem que atiremos irresponsavelmente este tesouro pela janela fora. Não podemos desperdiçar esta etapa do mundo que Deus confia a cada um de nós.

(…)Há-de chegar também para nós esse dia, que será o último e não nos causa medo. Confiando firmemente na graça de Deus, estamos dispostos desde este momento, com generosidade, com fortaleza, pondo amor nas pequenas coisas, a acudir a esse encontro com o Senhor, levando as lâmpadas acesas, porque nos espera a grande festa do Céu. (Amigos de Deus, 39–40)


São Josemaría Escrivá

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)

§ 1419. Tendo passado deste mundo para o Pai, Cristo deixou-nos na Eucaristia o penhor da glória junto d'Ele: a participação no santo sacrifício identifica-nos com o seu coração, sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna e desde já nos une à Igreja do céu, à Santíssima Virgem e a todos os santos.

O perigo do intervencionismo estatal

O excesso de zelo da administração pública pode destroçar a infância de uma criança e fazê-la pagar o que na Coligação Nacional para a Reforma da Protecção da Criança - National Coalition for Child Protection Reform (NCCPR) - nos Estados Unidos, chamam o "preço do pánico". Foi o que aconteceu a Krinna Patel que nasceu em Tampa (Florida), quando a mãe, de nacionalidade indiana, visitava uns amigos.

Pouco depois de nascer, Krinna foi "confiscada" durante dois meses pelo Departamento de Menores da Florida (DCF), porque a mãe, que quase não falava inglês, não compreendeu adequadamente um funcionário que lhe perguntou se possuía casa e rendimentos. Ela respondeu que não, porque estava de visita, e a sua resposta bastou para que lhe fosse retirada temporariamente a custódia da sua filha.

O drama de Krinna ocorreu na Florida em 1999, ano em que a percentagem de crianças separadas das suas mães aumentou 50% relativamente ao ano anterior, superando em 35% a média nacional durante mais de 5 anos.

Mas não se trata apenas disso. Em muitas ocasiões, o convívio de uma criança com os seus país é conveniente, apesar de algum deles ter um dos problemas incluídos nas possíveis razões que motivam a administração a asumir a custódia temporária.

Ajudar os pais

Investigadores da Universidade da Florida estudaram dois grupos de crianças que nasceram num ambiente em que a droga estava presente. As crianças de um dos grupos foram incluídas num programa de acolhimento e as do outro grupo ficaram ao cuidado das suas mães. Depois de 6 meses, fizeram-se alguns testes habituais para avaliar o desenvolvimento das crianças: gatinhar, sentar, apanhar coisas. As crianças que viviam com as suas mães obtiveram melhores resultados. Para as crianças acolhidas, ser separadas das suas mães pode ser mais tóxico que viver num lar em que se consome droga. Por vezes, a administração esquece que, pelo bem do filho, nesses casos, a prioridade deve ser facilitar o tratamento oportuno aos pais antes de lhes retirar a tutela.

Por isso, assumir o Estado a custódia de uma criança deveria ser o último recurso, depois de ficar comprovada a impossibilidade de que continue com os pais. Seria um erro, por exemplo, recorrer ao acolhimento na situação de grave indigência dos pais, sem tentar primeiro aliviar a situação da família. É isso, precisamente, o que fazem demasiado frequentemente as autoridades nos Estados Unidos, segundo a NCCPR.

A despesa pública espanhola para prestar assistência adequada aos pais e tutores legais no acolhimento de crianças manteve-se estável no período de 2000-2004, à volta dos 0,3% de custo monetário relativamente ao PIB. Um esforço orçamental inferior à média europeia que destina 1,6% do PIB a prestações para famílias e filhos. A despesa em serviços equivalia a 0,2% do PIB enquanto que a média da União Europeia dos 15 era de 0,6%. O peso da despesa em prestações de família e filhos sobre o total de despesa social era de 3% em 2003, muito longe da média europeia que se situava nos 8%.

Álvaro Lucas

Aceprensa

A paz dos povos e entre os povos permitiria também uma maior preservação da natureza

Além disso, quantos recursos naturais são devastados pela guerra! A paz dos povos e entre os povos permitiria também uma maior preservação da natureza. O açambarcamento dos recursos, especialmente da água, pode provocar graves conflitos entre as populações envolvidas. Um acordo pacífico sobre o uso dos recursos pode salvaguardar a natureza e, simultaneamente, o bem-estar das sociedades interessadas.

Caritas in veritate [IV – 51 (b)] – Bento XVI

São Bartolomeu, Apóstolo

São Bartolomeu - filho de Tholmai - é um dos doze apóstolos.
 
Muitos o identificam com Natanael, mencionado em João 1,45: Jesus viu Natanael vindo até ele, e disse a seu respeito: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude". Natanael exclamou: "Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel". Jesus respondeu-lhe: "Crês só porque te disse: 'Eu vi-te sob a figueira'? Verás coisas maiores do que essas".
 
Além de João, Mateus, Marcos, Lucas, os Actos referem-se a ele como um dos Doze. Uma antiga tradição arménia afirma que o apóstolo Bartolomeu, que era da Galileia, foi para a Índia.
 
Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois de, naquela região, ter convertido muitos a Cristo, sustentando não poucas fadigas e superando muitas dificuldades, passou para a Arménia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram obter ordem para tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus

Bento XVI 
Audiência geral de 04/10/2006 


O evangelista João refere-nos que, quando Jesus vê Natanael aproximar-se, exclama: «Aí vem um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento» (Jo 1, 47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo: «Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano» (Sl 32, 2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com admiração: «Donde me conheces?» (Jo 1, 48a). A resposta de Jesus não é imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1, 48b). Não sabemos o que aconteceu debaixo desta figueira. É evidente que se trata de um momento decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de Jesus, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me. E assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Rabi, Tu és o filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!» (Jo 1, 49).

Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus. As palavras de Natanael sublinham um aspecto duplo e complementar da identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na Sua relação especial com Deus Pai, do qual é Filho unigénito, quer na relação com o povo de Israel, do qual é proclamado rei, qualificação própria do Messias esperado. Nunca devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes, porque se proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus, corremos o risco de O transformar num ser sublime e evanescente, e se ao contrário reconhecermos apenas a Sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a dimensão divina que propriamente O qualifica.

Bartolomeu-Natanael e os apóstolos de hoje

Siluane (1866-1938), monge, santo das Igrejas ortodoxas 
Escritos

Depois da Ascensão do Senhor, os apóstolos voltaram, como está escrito no Evangelho, com uma grande alegria (Lc 24,52). O Senhor conhecia a alegria que lhes dava e a alma deles experimentou intensamente essa alegria. A sua primeira alegria foi conhecer o verdadeiro Senhor, Jesus Cristo; a segunda amá-Lo; a terceira conhecer a vida eterna e celeste; e a quarta alegria desejar a salvação para o mundo, tal como para si próprios. E, por fim, sentiram uma grande alegria por conhecerem o Espírito Santo e verem como operava neles.

Os apóstolos percorriam a terra e falavam ao povo do Senhor e do Reino dos Céus, mas a sua alma estava cheia de saudade e aspiravam a ver o Senhor. Era por isso que não temiam a morte, mas iam alegremente ao seu encontro; se desejavam viver na terra, era unicamente por amor aos homens. Os apóstolos amavam o Senhor e, assim, não temiam nenhuma tribulação. Amavam o Senhor, mas amavam também os homens, e esse amor tirava-lhes todo o receio. Não temiam nem as tribulações nem a morte, e foi por isso que o Senhor os enviou para o mundo, para iluminar os homens.

Ainda hoje, há pessoas de oração que experimentam esse amor divino e aspiram a ele dia e noite. Servem o mundo pela sua oração e pelo que escrevem. Mas essa tarefa compete sobretudo aos pastores da Igreja, que têm uma tão grande graça que, se os homens conseguissem ver o seu brilho, o mundo inteiro ficaria maravilhado. Mas o Senhor escondeu-o, para que os Seus servos não se encham de orgulho, mas se salvem na humildade.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 24 de agosto de 2012

Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de Quem escreveu Moisés na Lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José». Natanael disse-lhe: «De Nazaré pode porventura sair coisa que seja boa?». Filipe disse-lhe: «Vem ver». Jesus viu Natanael, que vinha ter com Ele, e disse dele: «Eis um verdadeiro israelita em quem não há fingimento». Natanael disse-lhe: «Donde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu te vi, quando estavas debaixo da figueira». Natanael respondeu: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel». Jesus respondeu-lhe: «Porque te disse que te vi debaixo da figueira, acreditas?; verás coisas maiores que esta». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem».

Jo 1, 45-51