domingo, 19 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Ó Meu Jesus, que enviaste os Apóstolos a anunciar o Evangelho de Deus que se tronou no primeiro dever de todos os bispos e presbíteros, ajuda-os a não vacilarem na firmeza da fé e a serem bons e infalíveis proclamadores de Ti e das Sagradas Escrituras, em total comunhão com o bispo de Roma junto do Teu povo sedento da Tua Palavra.

Senhor Jesus, obrigado pelos bispos e presbíteros em comunhão com o Papa que nos ofereceste!

JPR

Peregrinação à Terra Santa com Acompanhamento Espiritual do Pe. Rui Rosas da Silva

Informações e inscrições:

Paróquia de Telheiras / Lisboa - Tel. 21 759 60 99
ou
Dr. Joel Moedas Miguel - Tlm 93 960 60 84 joel@verdepino.com



«… comer a sua carne e beber o seu sangue»

O evangelho do domingo foi o tema da alocução de Bento XVI, ao meio-dia, no encontro com os fiéis, para a recitação da oração do Angelus. No pátio interior da residência de Castel Gandolfo, o Santo Padre comentou a última parte do longo discurso de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, capítulo sexto do Evangelho segundo São João.

Jesus revela aos seus auditores o sentido da multiplicação dos pães para os alimentar, apresentando-se Ele próprio como Pão de vida eterna, na sua “carne” – a sua vida, oferecida em sacrifício por todos. “Trata-se, portanto, de O acolher com fé, sem se escandalizar da sua humanidade; trata-se de comer a sua carne e beber o seu sangue, para ter em si mesmo a plenitude da vida. É evidente que este discurso não é feito para suscitar consensos”.

Jesus sabe-o bem, e é intencionalmente que pronuncia estas palavras, num momento para ele crítico, uma viragem na sua vida pública. A partir daí, depois do entusiasmo suscitado pelos milagres, muitos começarão a abandoná-lo, incapazes de aceitar que Jesus não seja um “messias” como o queriam: potente, triunfante. Escutando este discurso, perceberam que Jesus não era um Messias com aspirações a um trono terreno. Não procurava consensos para conquistar Jerusalém. Iria, sim, à Cidade Santa, mas sim para partilhar a sorte dos profetas: dar a vida por Deus e pelo povo. “Aqueles pães, partilhados por milhares de pessoas, não queriam provoca ruma marcha triunfal, mas preanunciar o sacrifício da Cruz, em que Jesus se torna Pão repartido, corpo e sangue oferecidos em expiação”.

O Papa concluiu convidando todos a deixarem-se surpreender de novo pelas palavras de Cristo: “Ele, grão de trigo semeado nos sulcos da história, é a primícia da nova humanidade, libertada da corrução do pecado e da morte. Redescubramos a beleza do Sacramento da Eucaristia, que exprime toda a humildade e a santidade de Deus: o seu fazer-se pequeno, fragmento do universo, para reconciliar todos no seu amor. A Virgem Maria, que deu ao mundo o Pão da vida, nos ensine a viver sempre em profunda união com Ele”. 

Na saudação aos numerosos peregrinos polacos, o Papa recordou a visita do Patriarca de Moscovo, Cirilo, nos últimos dias, à Polónia, “hóspede da Igreja Ortodoxa” do país. 

“Saúdo cordialmente Sua Santidade, assim como todos os fiéis ortodoxos. O programa desta visita incluiu também encontros com os Bispos católicos e a declaração comum do desejo de fazer crescer a união fraterna e de colaborar para difundir no mundo contemporâneo os valores evangélicos, no espírito da própria fé em Cristo Jesus. Trata-se de um acontecimento importante, que suscita esperança no futuro”.

Rádio Vaticano

Vídeo em italiano

Imitação de Cristo, 3, 5, 5-II - Dos admiráveis efeitos do amor divino

O amor é pronto, sincero, piedoso, alegre e amável; forte, sofredor, fiel, prudente, longânime, viril e nunca busca a si mesmo. Pois, logo que alguém procura a si mesmo, perde o amor. O amor é circunspecto, humilde e reto; não é frouxo, não é leviano, nem cuida de coisas vãs; é sóbrio, casto, constante, quieto, recatado em todos os seus sentidos. O amor é submisso e obediente aos superiores, mas aos próprios olhos é vil e desprezível; devoto e agradecido para com Deus, confia e espera sempre nele, ainda quando está desconsolado, porque no amor não se vive sem dor.

Saber vencer-se todos os dias

Não é espírito de penitência fazer uns dias grandes mortificações e abandoná-las noutros. Espírito de penitência significa saber vencer-se todos os dias, oferecendo coisas – grandes e pequenas – por amor e sem espectáculo. (Forja, 784)

Mas ronda à nossa volta um potente inimigo, que se opõe ao nosso desejo de encarnar dum modo acabado a doutrina de Cristo: o orgulho que cresce quando não procuramos descobrir, depois dos fracassos e das derrotas, a mão benfeitora e misericordiosa do Senhor. Então a alma enche-se de penumbra – de triste obscuridade – crendo-se perdida. E a imaginação inventa obstáculos que não são reais, que desapareceriam se os encarássemos com um pouco de humildade. Com o orgulho e a imaginação, a alma mete-se por vezes em tortuosos calvários; mas nesses calvários não está Cristo, porque onde está o Senhor goza-se de paz e de alegria, mesmo que a alma esteja em carne viva e rodeada de trevas.

Outro inimigo hipócrita da nossa santificação: pensar que esta batalha interior tem de dirigir-se contra obstáculos extraordinários, contra dragões que respiram fogo. É outra manifestação de orgulho. Queremos lutar, mas estrondosamente, com clamores de trombetas e tremular de estandartes.

Temos de nos convencer de que o maior inimigo da pedra não é o picão ou o machado, nem o golpe de qualquer outro instrumento, por mais contundente que seja: é essa água miúda, que se mete, gota a gota, entre as gretas da fraga, até arruinar a sua estrutura. (Cristo que passa, 77) 


São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

Aceitemos com alegria e humildade a oferta do Senhor de que nos fala o Evangelho de hoje (Jo 6, 51-58) e recebamo-Lo com frequência na Sagrada Eucaristia e sigamos a Sua Palavra, pois dessa forma estaremos saboreá-Lo na nossa alma e o nosso coração exultará de alegria.

Senhor Jesus, Pão da Vida obrigado por nos deixares reter dentro de nós e de morarmos dentro de Ti, sejamos nós merecedores de tal!

«... é contrário ao verdadeiro desenvolvimento considerar a natureza mais importante do que a própria pessoa humana»

Mas é preciso sublinhar também que é contrário ao verdadeiro desenvolvimento considerar a natureza mais importante do que a própria pessoa humana. Esta posição induz a comportamentos neopagãos ou a um novo panteísmo: só da natureza, entendida em sentido puramente naturalista, não pode derivar a salvação para o homem. Por outro lado, há que rejeitar também a posição oposta, que visa a sua completa tecnicização, porque o ambiente natural não é apenas matéria de que dispor a nosso bel-prazer, mas obra admirável do Criador, contendo nela uma « gramática » que indica finalidades e critérios para uma utilização sapiente, não instrumental nem arbitrária.

Caritas in veritate [IV – 48 (b)] – Bento XVI

São João Eudes (1601-1680)

São João Eudes, nasceu em Ri, perto de Argentan, na França, no ano de 1601. Ingressou na Congregação do Oratório, fundada por Bérulle, e ordenado sacerdote, dedicou-se à pregação entre o povo. Passados dois anos, surgiu a epidemia da peste na Normandia e João foi para lá prestar assistência aos doentes. Nunca temeu ser contaminado. Quando o mal parecia debelado, João contraiu-o, mas superou a crise. Restabelecendo-se, retomou suas missões entre o povo. Era um grande pregador, eficaz e seguido.

O Século XVII foi marcado pelo jansenismo, quietismo, filosofismo; é o século da desconfiança, do esquecimento e do desprezo no que se refere à espiritualidade cristã, mas também é o século de grande renovação da piedade e da devoção realizada por homens como Bérulle, Condren, Olier, Vicente de Paulo, Grignon de Montfort e João Eudes.

No ano de 1643, João Eudes fundou a Congregação de Jesus e Maria, cuja finalidade principal era a preparação espiritual dos candidatos ao sacerdócio e a pregação das missões ao povo. Paralelamente a esta, surgiu a congregação feminina chamada Refúgio de Nossa Senhora da Caridade, da qual no século XIX derivou a Congregação do Bom Pastor.

São Pio X definiu São João Eudes pai, doutor e apóstolo da devoção aos sacratíssimos corações de Jesus e de Maria. A influência deste santo foi grande não só em seu país, renovando a velha Normandia, pobre de vida cristã, como também em todo o mundo cristão.
São João Eudes morreu em Caen no dia 19 de Agosto do ano 1680, com setenta e nove anos de idade. Foi canonizado no ano de 1925.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)