terça-feira, 14 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Querido Jesus, guia-nos na total submissão à Tua vontade imitando-Te como na que tiveste em relação a Maria Santíssima e a S. José.

A Tua submissão desde criança foi o prenúncio e o espelho de toda a Tua vida entre nós de servir e nunca de ser servido, ajuda-nos pois a ter a humildade e o amor ao próximo para seguirmos o Teu exemplo. 

Não nos deixes, Te rogamos, a jamais nos acomodarmos no convencimento presunçoso de que já somos bons filhos Teus.

Senhor Jesus Filho de Deus tem compaixão de nós que somos soberbos!

JPR

Imitação de Cristo, 3, 5, 2 - Dos admiráveis efeitos do amor divino

Mas, como ainda sou fraco no amor e imperfeito na virtude, necessito ser consolado e confortado por vós; por isso visitai-me mais vezes e instruí-me com santas doutrinas. Livrai-me das más paixões e curai meu coração de todos os afetos desordenados, para que eu, sanado e purificado interiormente, seja apto para amar, forte para sofrer e constante para perseverar.

Sentirei o calor da tua divindade

Quando se trabalha por Deus, é preciso ter "complexo de superioridade" – fiz-te notar. – Mas – perguntavas-me – isso não é uma manifestação de soberba? – Não! É uma consequência da humildade, de uma humildade que me faz dizer: – Senhor, Tu és o que és. Eu sou a negação. Tu tens todas as perfeições: o poder, a fortaleza, o amor, a glória, a sabedoria, o império, a dignidade... Se eu me unir a Ti, como um filho quando se põe nos braços fortes do pai ou no regaço maravilhoso da mãe, sentirei o calor da tua divindade, sentirei as luzes da tua sabedoria, sentirei correr pelo meu sangue a tua fortaleza. (Forja, 342)

Recordo-vos que, se formos sinceros, se nos mostrarmos tal como somos, se nos endeusarmos com humildade, não com soberba, vós e eu manter-nos-emos sempre seguros em qualquer ambiente. Poderemos falar sempre de vitórias e chamar-nos-emos vencedores, com essas íntimas vitórias do amor de Deus que nos trazem a serenidade, a felicidade da alma, a compreensão.

A humildade animar-nos-á a levar a cabo grandes trabalhos, com a condição de não perdermos de vista a consciência da nossa pequenez e de ir aumentando, um pouco mais cada dia, a convicção da nossa pobre indigência. (Amigos de Deus, n. 106)


São Josemaría Escrivá

«O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

Liturgia latina 
Sequência dos séculos XIV/XV


Ó Virgem, Templo da Trindade, ao ver a vossa humildade o Deus de bondade enviou um mensageiro para vos dizer que de vós queria nascer. O anjo trouxe-vos a salvação da graça [...], vo-la explicou, nela consentistes e, acto contínuo, em vós encarnou o Rei da glória. Por essa alegria, vos rogamos, fazei-nos favorável este grande Rei. [...]


A vossa alegria seguinte foi terdes dado à luz o Sol, vós, a Estrela [...], sem que se produzisse em vós qualquer alteração ou mágoa: tal como a flor não perde o seu esplendor ao dar o seu perfume, assim também a vossa virgindade nada perdeu quando o Criador Se dignou nascer de vós. Maria, Mãe de bondade, sede-nos propícia no caminho que leva ao vosso Filho. [...]

A estrela que vistes pairar por sobre o vosso Menino anunciou a terceira alegria, a adoração dos Magos, que Lhe vieram oferecer as variadas riquezas da terra. [...] Maria, estrela do mundo, purificai-nos do pecado!
A vossa quarta alegria chegou quando Cristo ressuscitou dentre os mortos [...]: renasceu a esperança e foi banida a morte. Que quinhão repartis destas maravilhas, ó cheia de graça (Lc 1,28)! Ficou vencido o inimigo [...], o homem liberto e elevado até aos céus. Mãe do Criador, dignai-vos interceder assiduamente para que, depois desta alegria pascal e do labor duma vida inteira, sejamos aceites nos coros celestes!
A vossa quinta alegria foi terdes visto a vosso Filho subir ao céu envolvido em glória tal, que revelou mais do que nunca Aquele de quem sois a Mãe, o vosso próprio Criador, que ao elevar-Se mostrou aos homens o caminho das moradas celestes. [...] Por esta nova alegria, fazei-nos, ó Maria, subir ao céu para convosco e com o vosso Filho gozarmos da felicidade eterna! [...]
Foi o divino Paráclito quem, sob a forma de línguas de fogo, fortificando [...] e inflamando os apóstolos, vos trouxe ainda uma sexta alegria, curando o homem cuja boca o havia perdido e purificando a sua alma do pecado. Pela alegria desta visita, intercedei por nós junto do vosso Filho, ó Virgem Maria, para chegarmos ao dia do Juízo livres de toda a mancha.
Foi Cristo quem vos convidou à sétima alegria ao chamar-vos deste mundo à morada celeste e sentar-vos no trono onde recebeis incomparável devoção, envolvida por glória maior do que qualquer outro habitante do céu. [...] Fazei-nos sentir o efeito da vossa ternura, ó Virgem, mãe de bondade. [...] Por esta alegria purificai-nos e conduzi-nos à bem-aventurança eterna! Levai-nos convosco à glória do Paraíso. Amen.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 15 de agosto de 2012 - Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo. Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias. Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.

Lc 15, 39-56

«…a economia tem necessidade da ética para o seu correcto funcionamento»

Todavia, é bom formar também um válido critério de discernimento, porque se nota um certo abuso do adjectivo «ético», o qual, se usado vagamente, presta-se a designar conteúdos muito diversos, chegando-se a fazer passar à sua sombra decisões e opções contrárias à justiça e ao verdadeiro bem do homem.

Com efeito, muito depende do sistema moral em que se baseia. Sobre este argumento, a doutrina social da Igreja tem um contributo próprio e específico para dar, que se funda na criação do homem «à imagem de Deus» (Gn 1, 27), um dado do qual deriva a dignidade inviolável da pessoa humana e também o valor transcendente das normas morais naturais.

Caritas in veritate [IV – 45 (a)] – Bento XVI

«Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no Reino do Céu.»

Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Pequeno Diário, § 244

Já recomeçou o cinzento da rotina do dia-a-dia. Os momentos solenes dos meus votos perpétuos passaram, mas esta grande graça de Deus permanece na minha alma. Sinto que pertenço totalmente a Deus, sei que sou a Sua filha, sinto que sou inteiramente Sua propriedade. Experimento-o de maneira física e sensível. Estou perfeitamente tranquila em tudo, porque sei que é tarefa do Esposo pensar em mim. Estou completamente esquecida de mim própria.

A minha confiança no Seu Coração misericordioso não tem limites. Estou continuamente unida a Ele. Vejo que é como se Jesus não pudesse ser feliz sem mim, nem eu sem Ele. Compreendo bem que, sendo Deus feliz em Si mesmo, e não precisando de criatura absolutamente nenhuma para a Sua felicidade, no entanto, a Sua bondade força-O a dar-Se à Sua criatura – e fá-lo com uma generosidade inconcebível.

«É da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos»

São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo 
«O Pedagogo», I, 53-56; SC 70


A Escritura chama-nos a todos de «crianças»; quando decidimos seguir a Cristo recebemos o nome de «pequeninos» (Mt 18,3; 19,13; Jo 21,5). [...] Quem é então o nosso educador, o pedagogo que nos ensina a nós, os pequeninos? Chama-Se Jesus. Dá a Si mesmo o nome de pastor; diz que é «o bom pastor» (Jo 10,11). Estabelece uma comparação entre os pastores que guiam as suas ovelhas e Ele próprio, o pedagogo que orienta as crianças, o pastor cheio de solicitude pelos pequeninos que, na sua simplicidade, são comparados a ovelhas. «Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco e também tenho de as conduzir [...], e haverá um só rebanho e um só Pastor» (Jo 10,16). O nosso pedagogo é, naturalmente, o Verbo, a Palavra de Deus, pois conduz-nos à salvação. Foi o que Ele disse claramente pelas palavras do profeta Oseias: «Eu sou o vosso educador» (5,2 LXX).

A Sua pedagogia é a religião: ela ensina-nos o serviço de Deus, orienta-nos para o conhecimento da verdade, conduz-nos ao céu. [...] O navegador dirige o barco com a intenção de levar os seus passageiros a bom porto; do mesmo modo, o nosso pedagogo indica aos filhos de Deus o modo de vida que conduz à salvação, devido à Sua solicitude por nós. [...] Aquele que nos conduz é, pois, o Deus santo, Jesus, a Palavra de Deus, guia de toda a humanidade; é o próprio Deus que nos conduz, no Seu amor por nós. [...] Durante o Êxodo, o Espírito Santo diz a Seu respeito: «Encontrou-o numa região deserta, nas solidões ululantes e selvagens; protegeu-o e velou por ele. Guardou-o como a menina dos Seus olhos. Como a águia vela pelo seu ninho, Ele paira sobre as suas aguiazinhas; estende as asas para as recolher e leva-as sobre as suas penas robustas. Só o Senhor o dirige» (Dt 32,10-12).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 14 de agosto de 2012

Naquela mesma ocasião aproximaram-se de Jesus os discípulos, dizendo: «Quem é o maior no Reino dos Céus?». Jesus, chamando uma criança, pô-la no meio deles e disse: «Na verdade vos digo que, se não vos converterdes e vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Aquele, pois, que se fizer pequeno como esta criança, esse será o maior no Reino dos Céus. E quem receber em Meu nome uma criança como esta, é a Mim que recebe. Vede, não desprezeis um só destes pequeninos, pois vos declaro que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de Meu Pai que está nos céus. «Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, porventura não deixa as outras noventa e nove no monte, e vai em busca daquela que se extraviou? E, se acontecer encontrá-la, digo-vos em verdade que se alegra mais por esta, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim, não é a vontade de vosso Pai que está nos céus que pereça um só destes pequeninos.
Mt 18, 1-5.10.12-14