O vai-vem constante dos peregrinos que começam a acorrer à Cova da Iria para participar nas celebrações do 12 e 13 da peregrinação internacional dos migrantes faz com que a Capelinha das Aparições esteja lotada. Esta tarde (ontem), com o intenso calor que se faz sentir no recinto, o local onde ocorreram as aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos torna-se também refúgio dos crentes. "Venho aqui, oui, quando posso, voilà, não sei explicar...", refere Rosa Maria, 49 anos, que passou grande parte da vida em Val d"Oise, na região de Paris. Agora que já regressou definitivamente a Portugal mantém, no entanto, a tradição de ir a Fátima nesta época do ano.
Nesta que é popularmente conhecida como 'peregrinação dos emigrantes', muitos luso-descendentes marcam presença hoje no recinto, aproveitando o facto de ser fim de semana. Chegam de automóvel, cujas matrículas denunciam logo o país de destino onde passam o resto do ano. Maioritariamente de França. Carlos da Encarnação, 35 anos, natural de Braga mas a viver há quatro anos em Clichy sous Bois (França) refere ao DN que este local é especial. Não deixa de vir quando está de férias no país-natal. "Sempre gosto de vir aqui. É um sítio que nos dá força".
Inserida na 40ª Semana Nacional das Migrações, esta peregrinação começa oficialmente, domingo, às 18.30, na Capelinha das Aparições, com o acolhimento dos Peregrinos e saudação aos Migrantes. À noite, pelas 21.30, será a recitação do Terço (na Capelinha das Aparições), logo seguida da procissão de velas e missa, presidida por D. António Vitalino Fernandes Dantas (Bispo de Beja e Vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana).
O ponto alto das celebrações litúrgicas será na segunda-feira, dia 13. A missa, presidida por D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, Arcebispo de Braga e Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, incluirá a oferta do trigo, a benção dos doentes e a consagração. A peregrinação termina com a Procissão do Adeus.
Como habitualmente, fonte oficial do santuário não fornece qualquer previsão sobre a afluência à Cova da Iria.
(Fonte: DN online)