sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Jesus Cristo, Companheiro e Amigo de todas as horas e circunstâncias, Luz da nossa vida, lendo e relendo os Santos Evangelhos consolidamos a certeza de que sem Ti nada seríamos e só conTigo, no coração e pensamento, conseguimos ir em frente na alegria e nas dificuldades, que aliás, deixam de o ser quando Te as oferecemos confiantes e sabedores da Tua bondade.

Trazemos-Te ao nosso lado, na verdade sempre à nossa frente e procuramos seguir-Te, para que cheios de Ti consigamos combater a nossa natural condição de pecadores filhos de Adão e Eva.

Senhor Jesus, Filho de Deus Pai, guia-nos para que tudo façamos para maior glória Tua, do Pai e do Espírito Santo, que sois um só Deus!

JPR

Imitação de Cristo, 3, 4, 3-V - Que devemos andar perante Deus em verdade e humildade

Como poderei eu, nesta miserável vida, suportar-me a mim mesmo, se não me confortar vossa graça e misericórdia? Não desvieis de mim a vossa face, não demoreis a vossa visita, não me tireis o vosso consolo, para que não fique a minha alma diante de vós qual terra sem água (Sl 142, 6). Ensinai-me, Senhor, a fazer vossa vontade (Sl 142, 10), ensinai-me a andar em vossa presença, digna e humildemente; pois vós sois minha sabedoria, que em verdade me conheceis antes de ser feito o mundo, e antes de eu nascer na terra.

A única liberdade que salva é cristã

Não é verdade que haja oposição entre ser bom católico e servir fielmente a sociedade civil. Como não há razão para que a Igreja e o Estado choquem no exercício legítimo das respectivas autoridades, em cumprimento da missão que Deus lhes confiou. Mentem (isso mesmo: mentem!) os que afirmam o contrário. São os mesmos que, em aras de uma falsa liberdade, quereriam "amavelmente" que os católicos voltassem às catacumbas. (Sulco, 301)

Escravidão por escravidão  já que de qualquer modo temos de servir, pois, quer queiramos quer não, essa é a condição humana  não há nada melhor do que saber que somos, por Amor, escravos de Deus. Porque nesse momento perdemos a situação de escravos para nos tornarmos, amigos, filhos. E aqui surge a diferença: enfrentamos as ocupações honestas do mundo com a mesma paixão, com o mesmo empenho que os outros, mas com paz no íntimo da alma; com alegria e serenidade, mesmo nas contradições: pois não depositamos a nossa confiança naquilo que é passageiro, mas no que permanece para sempre, não somos filhos da escrava, mas da mulher livre.

Donde nos vem esta liberdade? De Cristo, Nosso Senhor. Esta é a liberdade com que Ele nos redimiu. Por isso ensina: se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres . Nós, cristãos, não temos de pedir emprestado a ninguém o verdadeiro sentido deste dom, porque a única liberdade que salva o homem é cristã.

Gosto de falar da aventura da liberdade, porque é essa realmente a aventura da vossa vida e da minha. Livremente – como filhos, insisto, não como escravos  seguimos o caminho que Nosso Senhor assinalou para cada um de nós. E saboreamos esta facilidade de movimentos como um presente de Deus.

(…) Somos responsáveis perante Deus por todas as acções que realizamos livremente. Não há anonimatos; o homem encontra-se perante o seu Senhor e está na sua vontade decidir-se a viver como amigo ou como inimigo. Assim começa o caminho da luta interior, que é empresa para toda a vida, porque enquanto dura a nossa passagem pela terra ninguém alcança a plenitude da sua liberdade. (Amigos de Deus, 35–36)


São Josemaría Escrivá

Avenida São Josemaria Escrivá em Viseu

Em reunião ordinária da Câmara Municipal de Viseu realizada no passado dia 5 de julho, foi aprovada a decisão do vereador Hermínio de Magalhães de criar, por proposta da freguesia de Coração de Jesus, a Avenida São Josemaria Escrivá com início na Rua do Coração de Jesus e fim na Praça François Henri de Virieu.  

São Lourenço, Diácono e Mártir

São Lourenço sofreu o martírio durante a perseguição de Valeriano, em 258. Era o primeiro dos sete diáconos da Igreja romana. A sua função era muito importante o que fazia com que, depois do papa, fosse o primeiro responsável pelas coisas da Igreja. Como diácono, São Lourenço tinha o encargo de assistir o papa nas celebrações; administrava os bens da Igreja, dirigia a construção dos cemitérios, olhava pelos necessitados, pelos órfãos e viúvas. Foi executado quatro dias depois da morte de Sisto II e de seus companheiros.

Preso, foi intimado a comparecer diante do prefeito Cornelius Saecularis, a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja possuía. Pediu, então, um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria. Confessou que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do imperador. Foram-lhe concedidos três dias. São Lourenço reuniu os cegos, os coxos, os aleijados, toda sorte de enfermos, crianças e velhos. Anotou-lhes os nomes ... Indignado, o governador concedeu-o a um suplício especialmente cruel: amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. No meio dos tormentos mais atrozes, ele conservou o seu "bom humor cristão". Dizia ao carrasco: "Vira-me, que deste lado já está bem assado ... Agora está bom, está bem assado. Podes comer!..."

Roma cristã venera o hispano Lourenço com a mesmo veneração e respeito com que honra os primeiros apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estêvão em Jerusalém, foi São Lourenço em Roma.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Se morrer, dá muito fruto»

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Sobre os Ofícios dos ministros I, 84; II, 28; PL 16, 84

Ao ver que levavam o bispo Sixto para o martírio, São Lourenço pôs-se a chorar. Não era o sofrimento do seu bispo o que lhe arrancava lágrimas, mas o facto de este partir para o martírio sem ele. Por isso pôs-se a interpelá-lo nestes termos: «Onde vais, meu Pai, sem o teu filho? Apressas-te tanto em direcção a quê, padre santo, sem este teu diácono? Tu tinhas por hábito nunca oferecer o sacrifício sem ministro! [...] Dá pois prova de que escolheste um bom diácono, a quem confiaste o ministério do sangue do Senhor, com quem partilhas os sacramentos; recusar-te-ias a comungar com ele no sacrifício do sangue?» [...]

O Papa Sixto respondeu a Lourenço: «Não te esqueço, meu filho, nem te abandono. Mas deixo-te maiores combates. Sou velho e já só aguento uma ligeira luta. Quanto a ti, és jovem e hás-de obter um triunfo bem mais glorioso contra o tirano. Logo virás ter comigo. Seca essas lágrimas. Dentro de três dias, seguir-me-ás. [...]»

Três dias depois, foi dada ordem de prisão a Lourenço. Ordenaram-lhe que levasse os bens e os tesouros da Igreja. Prometeu obedecer. No dia seguinte, apresentou-se com os pobres. Perguntaram-lhe onde estavam os tesouros que deveria ter trazido. Apontou os pobres, dizendo: «Eis os tesouros da Igreja. Teria Cristo tesouros melhores que esses acerca dos quais disse: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes»» (Mt 25, 40)? Lourenço apresentou aqueles tesouros e saiu vencedor, porque o seu prossecutor não teve vontade de lhos tirar. Mas, cheio de raiva, mandou-o queimar vivo.

«Quem se ama a si mesmo, perde-se; quem se despreza a si mesmo, neste mundo, assegura para si a vida eterna»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Sermão 304


Na Igreja de Roma, o bem-aventurado Lourenço exercia as funções de diácono. Era ele que distribuía aos fiéis o Sangue sagrado de Cristo e foi aí que derramou o próprio sangue pelo nome de Cristo. [...] O apóstolo São João trouxe à luz o mistério da Ceia do Senhor quando disse: «Ele, Jesus, deu a Sua vida por nós; assim também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3,16). São Lourenço compreendeu isso, meus irmãos, compreendeu-o e fê-lo; preparou esta oferenda para que fosse consumida nesta mesa. Amou a Cristo com a sua vida; e imitou-O na sua morte.

E nós, meus irmãos, se O amamos verdadeiramente, devemos imitá-Lo. A melhor prova que Lhe podemos dar do nosso amor é imitar os Seus exemplos: «Cristo também padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os Seus passos» (1Pe 2,21). [...] No jardim do Senhor há verdadeiramente todo o tipo de flores: não apenas as rosas dos mártires, mas também os lírios das virgens, a hera das pessoas casadas, as violetas das viúvas. Absolutamente nenhuma categoria de pessoas, meus bem-amados, deve desesperar da sua vocação: o Senhor sofreu por todos. [...] É pois preciso compreender como é que o cristão deve seguir Cristo sem derramar o seu sangue nem enfrentar os sofrimentos do martírio.


O apóstolo Paulo diz a respeito de Cristo Senhor: «Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus». Que majestade! «No entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-Se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-Se, identificado como homem» (Fl 2,6s). Como Cristo Se humilhou! Cristo humilhou-Se. Eis portanto, cristão, aquilo que está à tua disposição. «Tornando-Se obediente» (v. 8): então por que és orgulhoso? [...] Em seguida, depois de ter ido até ao fim do Seu rebaixamento e de ter derrubado a morte, Cristo subiu ao céu: sigamo-Lo.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 10 de agosto de 2012

Em verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo que cai na terra não morrer, fica infecundo; mas, se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á e quem aborrece a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quer servir, siga-Me e, onde Eu estou, estará ali também o que Me serve. Se alguém Me servir, Meu Pai o honrará.

Jo 12, 24-26