terça-feira, 31 de julho de 2012

Amar a Cristo...

Amado Jesus, pedimos-Te por aquela que hoje completa doze lustros e que na Tua bondade nos concedeste como companheira e grande amiga, mãe dos nossos filhos e avó dos nossos netos.

Senhor, Tu que tudo sabes, sabes, que esta Tua filha sempre foi uma incansável defensora do nosso matrimónio e o pilar da nossa família.

Granjeou o amor e enorme respeito de toda a família e é por todos olhada como uma referência na dedicação e carinho que lhes dedica.

Como Te poderemos agradecer, nós que sempre fomos pecadores, a graça que nos concedeste de ter como esposa, amiga e companheira um ser humano com todas estas qualidades? Só encontramos uma resposta, amando-Te, louvando-Te e proclamando-Te.

Obrigado Meu Senhor e Meu Deus por todas as graças com que nos cumulastes!

JPR   

'Santificar o descanso' por F. J. López Díaz e C. Ruiz Montoya

Ajudar o próximo e melhorar a nossa
formação (JPR)
Deus, que nos convida a trabalhar para colaborar com Ele na Criação, também quer que descansemos. O repouso merecido é vontade de Deus para cada um de nós.

« O homem deve imitar Deus quando trabalha, assim como quando descansa, dado que o mesmo Deus quis apresentar-lhe a própria obra criadora sob a forma de trabalho e de descanso» [1].

Estas palavras de João Paulo II fazem referência ao relato da Criação, primeiro «evangelho do trabalho» [2]. O autor sagrado, depois de narrar, como Deus, durante seis dias dá existência ao céu, à terra e a todas as outras coisas, conclui:" Terminou Deus no sétimo dia a obra que tinha feito e descansou no sétimo dia de toda a obra que tinha hecho. Deus então abençoou e santificou o sétimo dia, porque foi nesse dia que Deus descansou de todo o seu trabalho como criador" [3].

A partir de então, cabe ao homem aperfeiçoar essa obra divina mediante o seu trabalho [4], sem esquecer que também ele é criatura, fruto do amor de Deus e chamado à união definitiva com Ele. O descanso do sétimo dia, que Deus santifica, tem para o homem um profundo significado: além de uma necessidade, é tempo apropriado para reconhecer Deus como autor e Senhor de tudo o que foi criado e é uma antecipação do descanso e alegria definitivos na Ressurreição.

Uma vida que decorresse submergida nos afãs do trabalho, sem considerar o fundamento do qual tudo provém e o sentido – o fim – para que tudo tende, «correria o risco de esquecer que Deus é o Criador, de Quem tudo depende» [5], e para Quem tudo se orienta.

Fazer tudo para a glória de Deus – a unidade de vida – é viver com fundamento sólido e com sentido e fim sobrenaturais, é descansar na filiação divina dentro do próprio trabalho e converter o descanso em serviço a Deus e aos outros.

Na Obra, tudo é meio de santidade: o trabalho e o descanso; a vida de piedade e o convívio afectuoso com todos; a alegria e a dor. Numa palavra, há uma possibilidade de santificação em cada minuto da nossa vida: em tudo devemos amar e cumprir a Vontade de Deus[6]. 

Santuário de Fátima oferece férias a pais de filhos com deficiência

Seis dezenas de voluntários recebem 83 crianças, jovens e adultos durante quatro semanas, mais uma do que nas sete edições anteriores

O Santuário de Fátima começa esta quarta-feira a oferecer férias a pais de filhos com deficiência ao financiar integralmente o acolhimento de 83 crianças, jovens e adultos nessa situação.

O projeto, que decorre pelo oitavo ano consecutivo e que nesta edição se prolonga por quatro semanas, mais uma do que até agora, pretende proporcionar aos pais sete dias “em que quebram a rotina” e “podem descansar”, explica a responsável pela Sala de Imprensa do Santuário em texto publicado hoje no Semanário Agência ECCLESIA.

As principais atividades realizam-se no Centro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto, propriedade dos Silenciosos Operários da Cruz na freguesia de Fátima, que também se associam à iniciativa, adianta Leopoldina Simões.

De 1 a 7 de agosto o Santuário coordena o acolhimento a crianças e jovens dos 7 aos 20 anos, enquanto que entre o dia 9 do mesmo mês e 2 de setembro vão ser recebidas pessoas com mais de 21 anos, repartidas por períodos iguais.

O programa, aberto aos pais que prefiram ficar com os filhos durante a estadia, inclui atividades relacionadas com a fé, convívio, jogos, visitas guiadas, passeios por Fátima e localidades vizinhas, além de idas à praia fluvial de Castanheira de Pera.

A iniciativa conta com a colaboração de 63 voluntários, de várias idades e áreas profissionais, coordenados pelo Movimento da Mensagem de Fátima.

“O acolhimento humano, pastoral e espiritual aos peregrinos é a principal razão de ser do Santuário”, o que no entanto não impede a instituição de desenvolver projetos de apoio social e caritativo às famílias”, frisa Leopoldina Simões.

O reitor do Santuário de Fátima sublinha que este acolhimento é sinal de “compaixão” pelas pessoas, ao “aliviar o seu sofrimento, libertá-las daquilo que as oprime” e “dar-lhes a alegria de viver”.

“Não podemos ficar no nosso canto, comodamente instalados, com a consciência em paz, indiferentes ao sofrimento dos outros. Ser cristão é ser capaz de sentir como seus os sofrimentos do irmão”, considera o padre Carlos Cabecinhas.

O dossier do Semanário Agência ECCLESIA desta terça-feira é dedicado a iniciativas da Igreja Católica durante agosto.

RJM

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Imitação de Cristo, 3, 3, 3-III - Como as palavras de Deus devem ser ouvidas com humildade e como muitos não as ponderam

Grava minhas palavras em teu coração e medita-as atentamente, porque te serão muito necessárias na hora da tentação. Coisas que agora não entendes quando lês, entenderás quando eu te visitar. De dois modos costumo visitar meus eleitos: pela tentação e pela consolação. E duas lições lhes dou cada dia: numa repreendo-lhes os vícios e noutra exorto-os ao progresso na virtude. Quem ouve a minha palavra e a despreza, por ela será julgado no último dia.

Ele te dará a sua força

Em momentos de esgotamento, de fastio, recorre confiadamente ao Senhor, dizendo-lhe como aquele nosso amigo: "Jesus, vê lá o que fazes...: antes de começar a luta, já estou cansado". Ele te dará a sua força. (Forja, 244)


– Qual é o fundamento da nossa fidelidade?


– Dir-te-ia, a traços largos, que se baseia no amor de Deus, que faz vencer todos os obstáculos: o egoísmo, a soberba, o cansaço, a impaciência...


Um homem que ama calca-se a si próprio; sabe que, até amando com toda a sua alma, ainda não sabe amar bastante. (Forja, 532)


Jesus, que suscitou as nossas ansiedades, vem ao nosso encontro e diz-nos: se alguém tem sede, venha a Mim e beba. E oferece-nos o seu Coração, para encontrarmos nele o nosso repouso e a nossa fortaleza. Se aceitarmos o seu chamamento, veremos como as suas palavras são verdadeiras, e aumentará a nossa fome e a nossa sede, até desejarmos que Deus estabeleça no nosso coração o lugar do seu repouso e não afaste de nós o seu calor e a sua luz. (Cristo que passa, 170)


São Josemaría Escrivá

Controlo da natalidade

Há um estranho desinteresse pelo futuro. As crianças, que são o futuro, são vistas como uma ameaça para o presente; pensa-se que elas tiram algo da nossa vida. Não são mais consideradas uma esperança, mas um limite ao presente. É inevitável a comparação com o Império Romano decadente, que, embora ainda funcionasse como uma grande moldura histórica, já vivia, na prática, pelas acções daqueles que o iam liquidar, pois já não tinha energia vital em si mesmo.

(Cardeal Joseph Ratzinger in ‘Europa, Politik und Religion’)

Num pungente testemunho de fé Elba Ramalho fala sobre sua reconversão e trabalho pró-vida (veja o vídeo no final)

No dia 24 de julho, a cantora Elba Ramalho compartilhou com exclusividade à ACI Digital detalhes da sua vivência da fé católica, de conversão e falou de sua luta contra o aborto junto ao movimento pró-vida do Brasil. Na ocasião a cantora também ofereceu um imperdível testemunho contra a aprovação desta prática anti-vida no país. Nesta ocasião adiantamos apenas um trecho da entrevista da cantora, no qual ela destaca a impossibilidade de ser verdadeiramente católicos sem ser praticantes.

A íntegra da conversa com Elba Ramalho está publicada, no site em português do grupo ACI: www.acidigital.com .

Na entrevista conduzida por Natalia Zimbrão, Elba Ramalho começa seu testemunho partilhando um pouco de como conheceu a fé e como foi seu envolvimento com o Movimento Pró-vida.

Elba, uma das maiores cantoras da MPB, recordou suas origens nordestinas, e como desde pequena, no sertão do estado da Paraíba, cultivou junto à fé católica uma especial devoção à Virgem Maria, invocada como Nossa Senhora da Conceição, que dá o nome à sua cidade natal. 


“Eu conheci a palavra Deus: esperar, confiar, acreditar, desde a infância. Naquele lugar árido, seco, de natureza cruel, mas de uma beleza também muito grande. Minha cidade se chama Conceição, a minha padroeira se chamava Nossa Senhora da Conceição, e Ela era nosso farol e nosso guia. Eu cresci seguindo a procissão de Nossa Senhora da Conceição, eu cresci coroando a santa, virava anjinho e coroava a santa naquelas festas de dezembro, de 8 de dezembro”.

Elba partilhou também que durante sua juventude, no Rio de Janeiro, deixou de praticar a fé, chegou a praticar o aborto, mas que através do encontro com Nossa Senhora voltou à Igreja católica.

“Passei por experiências difíceis e delicadas com drogas, com loucura, com abortos, com repúdio...exaltando sempre a minha liberdade e meus direitos. Até que reencontrei Nossa Senhora de uma forma mística, bonita, profunda (que é algo longo, que dá para contar aqui), mas de uma força tão intensa. E através dela, de suas mãos maternais, do seu útero materno, através de toda a história do seu “Sim”, do seu “Fiat” (faça-se em Latim), que representou a salvação do mundo em um processo onde se encerra todo o mistério da nossa religião, que é a Trindade Santa, eu voltei para a Igreja Católica”, disse Elba Ramalho à ACI Digital.

“Eu nunca deixei de ser cristã, eu apenas voltei a exercitar a minha cristandade”, afirmou a cantora.

“Então eu posso dizer que quando eu vejo uma pessoa dizer “sou católico, mas não praticante”, eu digo: “Eu não conheço esta religião...”. 

“Hoje eu sou uma católica, eu posso dizer, com essa consciência: Tenho horror ao pecado embora seja uma grande pecadora, mas também tenho confiança maior na Misericórdia. Porque foi pela misericórdia de Jesus, pelo amor de Nossa Senhora que eu fui resgatada do peso de ter feito o aborto, e me perdoei e também fui perdoada, porque Ele próprio disse “Apague” e eu já apaguei e agora vá trabalhar e defender vidas...” 

Falando da sua experiência de encontro com a Misericórdia Divina, a artista, que também é fundadora da associação beneficente “Bate Coração”, que ajuda a crianças carentes no Rio de Janeiro, disse que esta experiência de encontro com a misericórdia de Deus foi a razão para que ela começasse a lutar contra o aborto: “Por isso eu me juntei ao Movimento Pró-vida, e aqui estou, defendendo vidas da forma que está ao meu alcance”.

Na íntegra da entrevista, que será publicada na tarde de amanhã, 30, a cantora e atriz brasileira conta mais sobre seu trabalho junto ao movimento pró-vida e oferece um imperdível posicionamento no seu testemunho de defesa da vida e contra a legalização do aborto no país. 

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação residual de JPR)

Gerir a economia e as finanças

Com efeito, a economia e as finanças, enquanto instrumentos, podem ser mal utilizadas se quem as gere tiver apenas referimentos egoístas. Deste modo é possível conseguir transformar instrumentos de per si bons em instrumentos danosos; mas é a razão obscurecida do homem que produz estas consequências, não o instrumento por si mesmo. Por isso, não é o instrumento que deve ser chamado em causa, mas o homem, a sua consciência moral e a sua responsabilidade pessoal e social. […]

A área económica não é eticamente neutra nem de natureza desumana e anti-social. Pertence à actividade do homem; e, precisamente porque humana, deve ser eticamente estruturada e institucionalizada.

Caritas in veritate [III – 36 (a)] – Bento XVI

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1940

“Muito querida mãe e muitos queridos Cármen e Santiago. Jesus vos guarde! Recordo-me muito de vós e peço ao Senhor que vos dê alegria para continuarem a ajudar-nos no nosso trabalho. Espero que, dentro de poucos meses, o esforço que Deus e eu vos pediremos seja menos intenso. Entretanto, fazei-o por Ele”, escreve numa carta à sua família.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Santo Inácio de Loyola foi sobretudo um homem de Deus (vídeos legendados em espanhol e inglês)




Santo Inácio de Loiola foi antes de tudo um homem de Deus, que colocou no primeiro lugar da sua vida Deus, para sua maior glória e serviço; foi um homem de oração profunda, que tinha o seu centro e o seu ápice na Celebração eucarística quotidiana. Desta forma ele deixou aos seus seguidores uma herança espiritual preciosa que não deve ser perdida nem esquecida. Precisamente porque foi um homem de Deus, Santo Inácio foi servidor fiel da Igreja, na qual viu e venerou a esposa do Senhor e a mãe dos cristãos. E do desejo de servir a Igreja do modo mais útil e eficaz surgiu o voto de especial obediência ao Papa, por ele mesmo qualificado como "o nosso princípio e principal fundamento" (MI, Série III, I, pág. 162). Este carácter eclesial, tão específico da Companhia de Jesus, continue a estar presente nas vossas pessoas e na vossa actividade apostólica, queridos Jesuítas, para que possais ir fielmente ao encontro das actuais necessidades urgentes da Igreja. Entre elas parece-me importante assinalar o compromisso cultural nos campos da teologia e da filosofia, tradicionais âmbitos de presença apostólica da Companhia de Jesus, assim como o diálogo com a cultura moderna, que se por um lado se orgulha pelos maravilhosos progressos no campo científico, permanece fortemente marcada pelo cientismo positivista e materialista. Sem dúvida, o esforço de promover em cordial colaboração com as outras realidades eclesiais, uma cultura inspirada nos valores do Evangelho, exige uma intensa preparação espiritual e cultural. Precisamente por isto, Santo Inácio quis que os jovens jesuítas fossem formados durante longos anos na vida espiritual e nos estudos. É bom que esta tradição seja mantida e fortalecida, considerando também a crescente complexidade e vastidão da cultura moderna. Outra grande preocupação para ele foram a educação cristã e a formação cultural dos jovens: para isso procurou incrementar a instrução dos "colégios", os quais, depois da sua morte, se difundiram na Europa e no mundo. Continuai, queridos Jesuítas, este importante apostolado mantendo inalterado o espírito do vosso Fundador.

(Bento XVI no encontro com os participantes de uma Peregrinação organizada pela Companhia de Jesus em 22.06.2006)

Santo Inácio de Loyola - Fundador da Companhia de Jesus

«Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, minha memória, minha inteligência e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo. De vós recebi; a vós, Senhor o restituo. Tudo é vosso; disponde de tudo inteiramente, segundo a vossa vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta».

(“Exercícios Espirituais” – S. Inácio de Loyola)


«sem equívocos nem hesitações, o seu caminho específico para Deus, como Santo Inácio traçou na ‘Formula instituti’: a fidelidade amorosa ao vosso carisma será uma fonte segura de fecundidade renovada»

(“Insegnamenti”, vol. XVIII/1, 1995, pág. 26 – João Paulo II)


«(…) a proposta de Santo Inácio de Loyola, dos retiros espirituais em casa, sem ser preciso sair de casa para se retirar para um convento ou para um mosteiro. Basta ir uma hora e meia por semana à Igreja para receber meditação e reflexão e depois leva-se trabalho para casa, para se fazer os retiros espirituais em casa. Nós temos coisas belíssimas e preciosas da nossa tradição, somos chamados como o escriba do Evangelho ‘a tirar coisas novas dos tesouros antigos’».

(D. António Marto, ao tempo Bispo de Viseu, hoje Bispo de Leiria-Fátima em 15-XI-2003)

Santo Inácio de Loyola

Santo Inácio nasceu em Loyola em Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar imobilizado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: "São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer".


Realmente fê-lo, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem "tudo para a maior glória de Deus", pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus "famosos" Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: "O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo".

Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora "com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade", repetia.

«A boa semente são os filhos do Reino»

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
A Simple Path


Não existem dois mundos, o mundo físico e o mundo espiritual; há apenas um: o Reino de Deus, «na Terra como no céu» (Mt 6, 10).


Muitas pessoas dizem: «Pai Nosso que estais no céu», e pensam que Deus está lá em cima, o que reforça a ideia de uma separação entre os dois mundos. Os ocidentais gostam de distinguir a matéria do espírito. Mas a verdade é só uma, e o mesmo acontece com a realidade. Desde o momento em que admitimos a incarnação de Deus, que para os cristãos se realiza na pessoa de Jesus Cristo, começamos a levar as coisas a sério.

«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
Da Trindade, XI, 39-40

[Diz S. Paulo que] Cristo entregará o reino a Seu Pai (1Cor 15,24), não no sentido em que renunciará ao Seu poder entregando-Lhe o Seu Reino, mas no sentido em que o Reino de Deus seremos nós, assim que tivermos sido conformados à glória do Seu Corpo, constituídos Reino de Deus através da glorificação do Seu Corpo. E assim nos entregará ao Pai enquanto Reino, segundo diz o Evangelho: «Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25,34).


E «os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai» porque o Filho colocará nas mãos de Deus aqueles que, sendo o Reino, para ele convidara, aqueles a quem foram prometidas as bem-aventuranças próprias deste mistério com estas palavras: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5,8). [...] Serão estes quem, enviados a Seu pai como Seu Reino, verão a Deus.


O próprio Senhor dissera aos Apóstolos em que consistia este Reino: «O Reino de Deus está no meio de vós» (Lc 17,21). E se alguém inquirir quem é Aquele que entregará o Reino, preste atenção: «Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos» (1Cor 15,20-21). Tudo isto diz respeito ao mistério do Corpo, uma vez que Cristo é o primeiro Ressuscitado dentre os mortos. [...] Por isso [é que] Deus será «tudo em todos» (1 Cor 15,28), para o progresso da [nossa] humanidade assumida por Cristo.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 31 de Julho de 2012

Então, despedido o povo, foi para casa, e chegaram-se a Ele os Seus discípulos, dizendo: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Ele respondeu: «O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino. O joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o demónio. O tempo da ceifa é o fim do mundo. Os ceifeiros são os anjos. De maneira que, assim como é colhido o joio e queimado no fogo, assim acontecerá no fim do mundo. O Filho do Homem enviará os Seus anjos e tirarão do Seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então resplandecerão os justos como o sol no reino de seu Pai. O que tem, ouvidos para ouvir, oiça.


Mt 13, 36-43