segunda-feira, 16 de julho de 2012
Amar a Cristo...
Senhor, cuidas tão bem de nós que tantas vezes Te esquecemos, mesmo que seja por umas horas ao fazê-lo somos profundamente ingratos.
Hoje o nosso progenitor, de avançada idade, foi submetido a uma intervenção que à hora a que Te escrevemos ainda não conhecemos o resultado, mas saber-Te junto dele e de nós traz-nos um enorme conforto, pois em Ti confiamos, Senhor Jesus, e seja qual for o resultado será sempre muito bom, pois será de acordo com a Tua vontade.
Que saibamos confiar sempre em Ti, sabedores que és o Bom Pastor e que nada nos faltará.
Obrigado meu Senhor e meu Deus!
JPR
A recordação mais bonita do Concílio
"A recordação mais bonita de todo o Concílio". Assim Bento XVI definiu os dias passados como jovem teólogo, de 29 de Março a 3 de Abril de 1965 no centro dos missionários verbitas de Nemi, voltando ali como Papa 47 anos mais tarde. Fê-lo por ocasião da visita realizada na manhã de segunda-feira 9 de Julho, improvisando - depois de se ter desculpado em inglês por não poder falar nessa língua - o discurso que publicamos a seguir.
Estou verdadeiramente grato pela possibilidade de rever esta casa em Nemi, depois de 47 anos. Dela conservei uma óptima recordação, talvez a mais bonita de todo o Concílio. Eu morava no centro de Roma, no Colégio de Santa Maria da Alma, com todo o barulho: tudo isto também é bonito! Mas estar aqui no meio do verde, ter esta respiração da natureza e também este frescor do ar era já por si muito agradável. E depois havia a companhia de muitos grandes teólogos, com a função tão importante e entusiasmante de preparar um decreto sobre a missão. Recordo antes de tudo o superior-geral daquela época, padre Schütte, que tinha sofrido na China, fora condenado e depois expulso. Era cheio de dinamismo missionário, da necessidade de dar um novo impulso ao espírito missionário. E também eu estava, e era um teólogo sem grande importância, muito jovem, convidado não sei por que motivo. Mas foi um grande dom para mim.
Além disso estava Fulton Sheen, que à noite nos fascinava com os seus discursos, padre Congar e os grandes missiólogos de Louvain. Para mim foi um enriquecimento espiritual, uma grande dádiva. Era um decreto sem grandes controvérsias. Havia uma controvérsia, que eu realmente nunca entendi, entre as escolas de Louvain e de Münster: a finalidade principal da missão é a implantatio Ecclesiae, ou o anúncio Evangelii? Mas tudo convergia num único dinamismo da necessidade de levar a luz da Palavra de Deus, a luz do amor de Deus ao mundo, e de dar uma renovada alegria a este anúncio.
E assim nasceu naqueles dias um decreto importante e positivo, aceite quase unanimemente por todos os padres conciliares, e para mim é também um complemento muito bom da Lumen gentium, porque aí encontramos uma eclesiologia trinitária, que começa sobretudo a partir da ideia clássica do bonum diffusivum sui, do bem que contem em si a necessidade de se comunicar, de se doar: não pode permanecer em si mesmo; a coisa boa, a própria bondade é essencialmente communicatio. E isto já se manifesta no mistério trinitário, no interior de Deus, e difunde-se na história da salvação e na nossa necessidade de dar aos outros o bem que recebemos. Assim, com estas recordação pensei com frequência nestes dias em Nemi que para mim, como já disse, fazem parte essencial da experiência do Concílio. E estou feliz por ver que a vossa Sociedade floresce - o padre-geral falou de seis mil membros em muitos países, de numerosas nações. Claramente, o dinamismo missionário vive, e só vive se houver a alegria do Evangelho, se estivermos na experiência do bem que provém de Deus e que deve e quer comunicar-se. Obrigado por este vosso dinamismo. Desejo para este Capítulo todas as bênçãos do Senhor e muita inspiração: que as mesmas forças inspiradoras do Espírito Santo, que nestes dias nos acompanharam quase visivelmente, estejam de novo presentes no meio de vós e vos ajudem a encontrar o caminho para a vossa Companhia, assim como para a missão do Evangelho ad gentes para os próximos anos. Obrigado a todos vós, e que o Senhor vos abençoe. Orai por mim, como eu rezo por vós. Obrigado!
(© L'Osservatore Romano - 14 de julho de 2012)
Imitação de Cristo, 2, 12, 9 - Da estrada real da santa cruz
Portanto, como bom e fiel servo de Cristo, dispõe-te a levar a cruz do teu Senhor, por teu amor crucificado. Prepara-te a sofrer muitos contratempos e incômodos nesta vida miserável, pois em todaa parte, onde quer que estiveres, ou te esconderes, os encontrarás. Convém que assim seja e não há outro remédio contra a tribulação da dor e dos males senão sofrê-los com paciência. Bebe, generoso, o cálice do Senhor, se queres ser seu amigo e ter parte com ele. Entrega a Deus as consolações, para ele dispor delas como lhe aprouver. Tu, porém, dispõe-te a suportar as tribulações e considera-as como as consolações mais preciosas, porquanto não têm proporção as penas do tempo com a glória futura (Rom 8,18) que havemos de merecer, ainda que tu só as devesses sofrer todas.
Traz sobre o peito o santo escapulário
Traz sobre o peito o santo escapulário do Carmo. – Poucas devoções (há muitas, e muito boas devoções marianas) estão tão arraigadas entre os fiéis e têm tantas bênçãos dos Pontífices. – Além disso, é tão maternal este privilégio sabatino! (Caminho, 500)
Quando te perguntaram que imagem da Virgem te dava mais devoção, e respondeste – como quem já fez bem a experiência – "todas", compreendi que eras um bom filho; por isso te parecem bem (enamoram-me, disseste) todos os retratos da tua Mãe. (Caminho, 501)
Maria, Mestra da oração.
– Olha como pede a seu Filho em Caná. E como insiste, sem desanimar, com perseverança. – E como consegue.
– Aprende. (Caminho, 502)
Se queres ser fiel, sê muito mariano. A Nossa Mãe, desde a embaixada do Anjo até à sua agonia ao pé da Cruz, não teve outro coração nem outra vida que a de Jesus.
Recorre a Maria, com terna devoção de filho, e Ela alcançar-te-á essa lealdade e abnegação que desejas. (Via Sacra, Est. XIII, n.4)
O Evangelho do dia 16 de Julho de 2012
«Não julgueis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar “o filho do seu pai e a filha da sua mãe e a nora da sua sogra. E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares”. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz e Me segue, não é digno de Mim. Quem se prende à sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por Meu amor, acha-la-á. «Quem vos recebe, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa do profeta; quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de justo. E todo aquele que der de beber um simples copo de água fresca a um destes pequeninos, por ele ser Meu discípulo, na verdade vos digo que não perderá a sua recompensa». Tendo Jesus acabado de dar estas instruções aos Seus doze discípulos, partiu dali para ir ensinar e pregar nas cidades deles.
Mt 10,34-42.11,1
Mt 10,34-42.11,1