sábado, 30 de junho de 2012

Alvaro del Portillo, próximo beato

A notícia é «motivo de gratidão a Deus». Afirmou D. Javier Echevarría Rodriguez, o bispo espanhol actual Prelado do Opus Dei
O sucessor de São Josemaría Escrivá de Balaguer será beato. O Papa Bento XVI declarou de facto as virtudes heróicas (portanto a venerabilidade) do Prelado do Opus Dei que recebeu o testemunho do São Josemaría Escrivá de Balaguer.
«Gratidão por este pastor exemplar que amou o Senhor e a sua Igreja, e aqueles com quem viveu e teve a oportunidade de conhecer, para além de todos os homens por quem orou». D. Álvaro del Portillo «procurou em cada instante cumprir fielmente a vontade Deus», prosseguiu D. Javier: eis porque «é recordado por tantos homens e mulheres como uma pessoa e sacerdote de paz e leal ao seu empenho no amor de Deus, muito unido à Igreja e ao Romano Pontífice».
«Sei também – acrescentou – que tantos recorrem à sua ajuda, em tantas partes do mundo, seja pela sua necessidade pessoais, familiares, profissionais e dos seus amigos. É voz corrente que irradiava paz, alegria, simplicidade, espírito cristão e visão apostólica».
D. Álvaro del Portillo «nasce em Madrid a 11 de março de 1914 sendo o terceiro de oito irmãos. Era doutorado em Engenharia Civil, em Filosofia e em Direito Canónico», informam do Opus Dei, em que o futuro beato entrou em 1935 com a idade de 21 anos. Em pouco tempo torna-se o principal colaborador de São Josemaría Escrivá de Balaguer. Ordenado sacerdote em 25 de junho de 1944, «desde então entregou-se empenhadamente no cumprimento do ministério.
Uma vez transferido para Roma «com a sua actividade intelectual junto a São Josemaría e com o seu trabalho na Santa Sé elaborou uma profunda reflexão sobre o papel e a responsabilidade  dos fiéis leigos na missão da Igreja através do trabalho profissional e as relações sociais e familiares». Entre 1947 e 1950 dá vida às «actividades apostólicas do Opus Dei em Roma, Milão, Nápoles, Palermo e outras cidades italianas» além de promover iniciativas «de formação cristã» e oferecer «os seus serviços sacerdotais a inúmeras pessoas».
«Do pontificado de Pio XII até ao de João Paulo II – prosseguem – assumiu diversos encargos na Santa Sé. Participou ativamente no Concílio Vaticano II e foi durante muitos anos consultor da Congregação para a Doutrina da Fé».
 Em 15 de setembro de 1975, «poucos meses após o desaparecimento do fundador, D. Álvaro foi eleito primeiro sucessor para guiar o Opus Dei». Em novembro de 1982, «quando o beato João Paulo II ergueu o Opus Dei com Prelatura pessoal, designou-o Prelado», e passados oito anos nomeou-o Bispo. Durante os anos que esteve à frente do Opus Dei, D. Álvaro del Portillo lançou «actividade pastoral da Prelatura em 20 novos países»; além de haver encorajado numerosas iniciativas sociais e educativas».

A 23 de março de 1994 «poucas horas após o regresso de uma peregrinação à Terra Santa, o Senhor chamou-o para junto de Si». Logo após a sua partida, «milhares de pessoas deram testemunho da sua bondade, do calor humano do seu sorriso, da sua humildade, da sua audácia sobrenatural e da paz interior que saiam das suas palavras». Entre elas, o próprio beato João Paulo II, que no dia do falecimento do Prelado recolheu-se em oração diante do corpo defunto. Brevemente ambos se encontrarão «nos altares»: o Papa polaco que já lá se encontra e o Prelado que se está aproximando.

DOMENICO AGASSO JR.
Roma

(Fonte: ‘Vatican Insider’ AQUI com tradução e adaptação de JPR)

Amar a Cristo...

Senhor Jesus dai-nos um coração humilde e contrito e nunca nos permitas ficarmos embriagados pela vaidade, coisa vã, desnecessária e fonte de muitos males subjacentes.

Tudo nos ofereceste, mas nada nos pertence, não porque sejas avaro, mas porque tudo o que nos concedes, se assumido como nosso perde o seu real valor, pois só é bom e justo se dimensionado à Tua infinita bondade.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor para todo o sempre!
 
JPR

Imitação de Cristo, 2, 10, 3 - Do agradecimento pela graça de Deus

Não quero consolação que me tire a compunção, nem desejo contemplação que me seduz ao desvanecimento; porque nem tudo que é sublime é santo, nem tudo que é agradável é bom, nem todo desejo é puro, nem tudo que nos deleita agrada a Deus. De boa mente aceito a graça, que me faz humilde e timorato e me dispõe melhor para renunciar a mim mesmo. O homem instruído pela graça e experimentado com sua subtração não ousará atribuir-se bem algum, antes reconhecerá sua pobreza e nudez. Dá a Deus o que é de Deus, e atribui a ti o que é teu; isto é, dá graças a Deus pela graça, e só a ti atribui a culpa e a pena que a culpa merece.

Pratica a caridade sem limites

Ama e pratica a caridade, sem limites e sem discriminações, porque é a virtude que caracteriza os discípulos do Mestre. Contudo essa caridade não pode levar-te – deixaria de ser virtude – a amortecer a fé, a tirar as arestas que a definem, a dulcificá-la até convertê-la, como alguns pretendem, em algo amorfo, que não tem a força e o poder de Deus. (Forja, 456)

O Senhor tomou a iniciativa, vindo ao nosso encontro. Deu-nos o exemplo para nos pormos com Ele ao serviço dos outros, para – gosto de repetir – pormos generosamente o nosso coração a servir de alcatifa, de modo que os outros caminhem suavemente e a sua luta resulte para eles mais amável. Devemos comportar-nos assim, porque somos filhos do mesmo Pai, que não hesitou em entregar-nos o seu Filho muito amado.

Não somos nós que construímos a caridade; é ela que nos invade com a graça de Deus: porque Ele nos amou primeiro. Convém que nos empapemos bem desta verdade formosíssima: se podemos amar a Deus é porque fomos amados por Deus. Tu e eu estamos em condições de derramar carinho sobre os que nos rodeiam, porque nascemos para a fé pelo amor do Pai. Pedi com ousadia ao Senhor este tesouro, esta virtude sobrenatural da caridade, para a exercitardes até ao último pormenor.

Nós, os cristãos, não temos sabido muitas vezes corresponder a esse dom; algumas vezes temo-lo rebaixado como se se limitasse a uma esmola dada sem alma, friamente; outras vezes temo-lo reduzido a uma atitude de beneficência mais ou menos convencional. Exprimia bem esta aberração a queixa resignada de uma doente: Aqui, tratam-me com caridade, mas a minha mãe cuidava de mim com carinho. O amor que nasce do Coração de Cristo não pode dar lugar a este tipo de distinções. (Amigos de Deus, 228–229)


São Josemaría Escrivá

«Imediatamente a menina levantou-se»

Beato João Paulo II 
Discurso aos jovens no Chile 1987/04/02


Cristo entrou na casa onde a menina se encontrava, pegou-lhe na mão e disse: «Menina, Eu te digo, levanta-te!» [...] Queridos jovens, o mundo precisa da vossa resposta pessoal às palavras de vida do Mestre: «Eu te digo, levanta-te!» Vemos como Jesus vem ao encontro da humanidade nas situações mais difíceis e mais dolorosas. O milagre na casa de Jairo mostra-nos o Seu poder sobre o mal. Ele é o Senhor da vida, o vencedor da morte. [...]


Mas não podemos esquecer que, de acordo com o que nos ensina a fé, a raiz do mal, da doença, da própria morte, é o pecado nas suas diversas formas. No coração de todos e de cada um de nós esconde-se uma doença que nos afecta a todos: o pecado pessoal, que se enraíza mais e mais nas consciências à medida que se perde o sentido de Deus. Sim, queridos jovens, vigiai para não deixar enfraquecer em vós o sentido de Deus. Não podemos vencer o mal com o bem se não tivermos esse sentido de Deus, da Sua acção, da Sua presença, que nos convida a apostar sempre na graça, na vida, contra o pecado, contra morte. É o destino da humanidade que está em jogo. [...]


Daqui se conclui que temos de conhecer as implicações sociais do pecado para construirmos um mundo digno do homem. Há males sociais que criam uma verdadeira «comunhão do pecado» porque, juntamente com a alma, afundam a Igreja e, de certo modo, o mundo inteiro. [...] Queridos jovens, combatei o bom combate da fé (1Tm 6,12), pela dignidade humana, pela dignidade do amor, por uma vida nobre, uma vida como filhos de Deus. Vencer o pecado através do perdão de Deus é uma cura, é uma ressurreição. Não tenhais medo das exigências do amor de Cristo. Pelo contrário, temei o medo, a timidez, a ligeireza, a procura dos vossos próprios interesses, o egoísmo, tudo o que quer calar a voz de Cristo que, dirigindo-se a cada um de nós, repete: «Eu te digo, levanta-te.»


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 1 de Julho de 2012

Tendo Jesus passado novamente na barca para a outra margem, acorreu a Ele muita gente, e Ele estava junto do mar. Chegou um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, que, vendo-O, lançou-se a Seus pés, e suplicava-Lhe com insistência: «Minha filha está nas últimas; vem, impõe sobre ela as mãos, para que seja salva e viva». Jesus foi com ele; e uma grande multidão O seguia e O apertava. Então, uma mulher que havia doze anos padecia um fluxo de sangue, e tinha sofrido muito de muitos médicos, e gastara tudo quanto possuía, sem ter sentido melhoras, antes cada vez se achava pior, tendo ouvido falar de Jesus, foi por detrás entre a multidão e tocou o Seu manto. Porque dizia: «Se eu tocar, ainda que seja só o Seu manto, ficarei curada». Imediatamente parou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo estar curada do mal. Jesus, conhecendo logo em Si mesmo a força que saíra d'Ele, voltado para a multidão, disse: «Quem tocou os Meus vestidos?». Os Seus discípulos responderam: «Tu vês que a multidão Te comprime, e perguntas: “Quem Me tocou?”». E Jesus olhava em volta para ver quem tinha feito aquilo. Então a mulher, que sabia o que se tinha passado nela, cheia de medo e a tremer, foi prostrar-se diante d'Ele, e disse-Lhe toda a verdade. Jesus disse-lhe: «Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e fica curada do teu mal». Ainda Ele falava, quando chegaram da casa do chefe da sinagoga, dizendo: «Tua filha morreu; para que incomodar mais o Mestre?». Porém, Jesus, tendo ouvido o que eles diziam, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; crê somente». E não permitiu que ninguém O acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Ao chegarem a casa do chefe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço e os que estavam a chorar e a gritar. Tendo entrado, disse-lhes: «Porque vos perturbais e chorais? A menina não está morta, mas dorme». E troçavam d'Ele. Mas Ele, tendo feito sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que O acompanhavam, e entrou onde a menina estava deitada. Tomando a mão da menina, disse-lhe: «Talitha kum» , que quer dizer: «Menina, Eu te mando, levanta-te». A menina imediatamente levantou-se e andava, pois tinha já doze anos. Ficaram cheios de grande espanto. Jesus ordenou-lhes com insistência que ninguém o soubesse. Depois disse que dessem de comer à menina.


Mc 5, 21-43

Papa irá a Loreto rezar pelo Sínodo e pelo Ano da Fé

No dia 4 do próximo mês de Outubro, o Santo Padre deslocar-se-á em peregrinação ao santuário de Nossa Senhora do Loreto, no centro de Itália, para invocar a intercessão da Virgem para a assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização e o Ano da Fé, que terão início uma semana depois.

Bento XVI realiza esta viagem precisamente a 50 anos de idêntica deslocação do Papa João XXIII, que desejava deste modo confiar a Nossa Senhora os trabalhos do Concílio Ecuménico Vaticano II que estavam para iniciar a 11 de outubro de 1962. Se o Papa Roncalli viajou de comboio, o atual pontífice deslocar-se-á de helicóptero.


A notícia dada nesta sexta-feira, em Loreto, pelo bispo local, foi confirmada pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.


Rádio Vaticano


«O Filho de Deus fez-se carne e é perfectus Deus, perfectus homo, perfeito Deus e perfeito homem! Neste mistério há qualquer coisa que deveria emocionar os cristãos. Estava e estou comovido; gostava de voltar a Loreto... Vou lá em desejo para reviver os anos da infância de Jesus, repetindo e considerando: Hic Verbum caro factum est


(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 13)

Também é possível no comboio… “Padre, mi confessa?” (vídeo em italiano, mas de fácil compreensão)

D. Robin Weatherill, sacerdote do Opus Dei, explica como é possível mesmo num comboio ir ao encontro das necessidades espirituais das pessoas.

O sacerdote de origem inglesa fala sobre o sua visão de uma viagem de comboio. Conta-nos como as pessoas procuram frequentemente estabelecer um diálogo e como algumas chegaram mesmo a pedir para se confessarem durante a viagem. Explica-nos que depois da Igreja qualquer lugar pode servir para se encontrar Deus, mesmo numa carruagem de comboio.



(Fonte: site do Opus Deis – Itália AQUI com tradução da resposabilidade de JPR)

Nota de JPR: D. Robin conta-nos ainda um episódio ocorrido em Milão quando o comboio se encontrava bloqueado devido à neve e que com quatro ou cinco passageiros fez um curto retiro espiritual.

«Muitos vivem como anjos no meio do mundo. - Tu... por que não?»



(São Josemaría Escrivá – Caminho, 122)

Reconhecendo que no mundo de hoje as pessoas têm o Facebook ou o e-mail, mas que ainda assim buscam o contacto cara a cara que é insubstituível.

«Mas... e os meios? - São os mesmos de Pedro e de Paulo, de Domingos e Francisco, de Inácio e Xavier: o Crucifixo e o Evangelho...

- Porventura te parecem pequenos?»



(São Josemaría Escrivá – Caminho, 470)

Papa para todos os sacerdotes

Quando o Cardeal Joseph Ratzinger foi proclamado Papa, eu lembro-me como se fosse hoje da alegria de um padre amigo que estava de pé ao meu lado, na Praça de São Pedro. “Cardeal Ratzinger", disse ele, "era um cardeal-sacerdote”. Isso me proporcionou uma visão surpreendente, que agora me faz sentir aquele momento.

Bento XVI inaugurou o Ano Sacerdotal. É a primeira vez desde que a Congregação para o Clero foi fundada, no Concílio de Trento, que a Igreja dá esse destaque especial aos sacerdotes.

É apenas um dos muitos exemplos do quanto ele valoriza o sacerdócio. Em outros locais, a honra de Bento XVI poder ser vista mais claramente nos seus discursos para Padres e Seminaristas. Frequentemente, em tais ocasiões ele tem falado sobre reafirmar a identidade do sacerdote, sobre ser "humilde, mas um verdadeiro sinal do eterno Sacerdote, que é Jesus."

Mais especificamente, ele tem proferido discursos com palavras firmes de orientação e incentivo, principalmente considerando as pressões e desafios nos dias de hoje. Dirigindo-se ao clero, em Varsóvia, na Polónia, em 25 de Maio de 2006, lembrou-lhes que os fiéis "esperam somente uma coisa: que sejam especialistas na promoção do encontro do homem com Deus. Ao sacerdote não se pede para ser perito em economia, em construção ou em política. Dele espera-se que seja perito em vida espiritual”.

Ele acrescentou: "Diante das tentações do relativismo ou do permissivismo, não é de facto necessário que o sacerdote conheça todas as actuais, mutáveis correntes de pensamento; o que os fiéis esperam dele é que seja testemunha da eterna sabedoria, contida na palavra revelada (…) Cristo precisa de sacerdotes que sejam maduros, vigorosos, capazes de cultivar uma verdadeira paternidade espiritual. Para que isto aconteça, servem a honestidade consigo mesmos, a abertura ao director espiritual e a confiança na divina misericórdia”.

Mas o ponto mais enfatizado por Bento XVI tem sido para que os sacerdotes vivam com o Cristo no centro de suas vidas. Num discurso que fez no ano passado para os jovens e seminaristas no Seminário São José, em Yonkers, Nova Iorque, recomendou insistentemente que eles aprofundem a sua amizade com Jesus, o Bom Pastor, e falem de coração aberto com ele.

“Rejeitai qualquer tentação de exibicionismo, carreirismo ou vaidade”, disse. “Tendei para um estilo de vida caracterizado verdadeiramente pela caridade, castidade e humildade, à imitação de Cristo, o eterno Sumo Sacerdote, do qual vos deveis tornar imagem viva. Recordai-vos que aquilo que conta diante do Senhor é permanecer no seu amor e irradiar o seu amor pelos outros”.

A sua principal preocupação é que os sacerdotes se concentrem na Eucaristia – algo que estava claro desde o seu primeiro discurso como Papa, na Capela Sistina, em Abril de 2005: "O Sacerdócio ministerial nasceu na Última Ceia", disse ele. "Todo o restante, então, deve ser a vida de um sacerdote ‘moldada’ pela Eucaristia".

Quatro anos após o monumental dia quando vimos a eleição de Bento XVI na Praça de São Pedro, eu pedi ao meu amigo padre para me explicar o motivo pelo qual ele descreveu o Papa em sua eleição como sendo um "cardeal-sacerdote". "Ele é primeiro padre e depois uma pessoa importante”.

“Veja como ele se ajoelha diante da Eucaristia”, continuou o sacerdote, que vem da Grã-Bretanha e está colocado numa paróquia italiana. "Um gesto muito poderoso, mas não é realmente um gesto, é uma atitude normal quando você respeita a Eucaristia...”.

O padre concluiu: "ele está obviamente interessado na verdade e quer que outros se interessem também pela verdade, e não apenas nele. Os sacerdotes que não têm vocação para serem burocratas, só se tornam um deles quando são oprimidos e desmoralizados por uma diocese severa que possui “grandes iniciativas” e por alguns bispos que querem uma vida tranquila. Mas ele nunca perdeu de vista a razão pela qual se fez sacerdote, o que funciona e não funciona enquanto sacerdote.

Edward Pentin (escritor residente em Roma]
(Fonte: Zenit em http://www.zenit.org/article-22000?l=portuguese com adaptação de JPR)

Especial São Paulo - Epístolas do cativeiro – IV

Colossenses (2)

Tais confusões doutrinais estimularam São Paulo – movido por Deus – para desenvolver com clareza e veemência alguns pontos centrais da fé, aos quais os Colossenses deviam aderir, rejeitando essas outras ideias peregrinas. Deste modo, Paulo aprofunda em temas capitais do mistério de Cristo – a Cristologia – como são a Sua superioridade infinita e a Sua capitalidade sobre todos os seres, quer se chamem Anjos. Potestades ou qualquer outra denominação. O Apóstolo utiliza expressões profundíssimas, como a de que «em Cristo habita toda a plenitude da divindade corporalmente» (Col 2,9), cujo conteúdo doutrinal é equivalente, ainda que com palavras bem diferentes à formulação de São João de que o «Verbo Se fez carne, e habitou entre nós» (Jo 1,14). Com efeito, em Colossenses aparecem termos novos que os gnósticos helenistas empregavam, mas num contexto polémico e carregando-os de novos matizes e sentidos. Em suma, São Paulo insiste, aprofundando, que Jesus Cristo é deus eterno, que ao tomar a natureza humana não deixa de ser Deus e, portanto, é o primeiro e superior a todos.
Ao lado deste desenvolvimento doutrinal, a epístola ocupa-se de dar ensinamentos morais e disciplinares, como os respectivos deveres dos cônjuges, servos e senhores, ou conselhos práticos do exercício de virtudes cristãs.

(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 442/443) 



Continua

S. Josemaría sobre a comemoração dos primeiros mártires romanos

Comemoração dos primeiros mártires romanos. “Para seguir os passos de Cristo, o apóstolo de hoje não vem reformar nada, e menos ainda desentender-se da realidade histórica que o rodeia… Basta-lhe actuar como os primeiros cristãos, vivificando o ambiente”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67

Hoje a Igreja celebra a memória dos cristãos que sofreram o martírio durante a perseguição de Nero, no ano 64. A culpa do incêndio de Roma recaiu sobre os cristãos, os quais foram cruelmente martirizados.

Do lado Sul da Basílica Vaticana há um recinto pequeno, chamado ainda hoje Praça dos Protomártires (primeiros mártires) Romanos. As iluminações que lá se vêem na noite de 26 de Junho, evocam as fogueiras que, pelos anos 64 e 65 extinguiram, ou sublimaram, humildes e heróicas vidas humanas. Roma ardera seis dias e sete noites. Prendem-se primeiro os que são suspeitos de seguir o cristianismo, e depois, conforme as denúncias que se vão fazendo, prendem-se outros em massa, condenados menos pelo crime de incêndio, do que pelo ódio que outros lhes têm. Aos tormentos juntam-se as mofas, homens envolvidos em peles de animais morrem despedaçados pelos cães, ou são presos a cruzes, ou destinados a ser abrasados e acendidos, à maneira luz nocturna ao anoitecer ... Nero oferece os seus jardins para este espectáculo; vestido de cocheiro, corre misturado com a multidão, ou em cima dum carro. A perseguição movida por Nero prolongou-se até ao ano 67. E entre os mártires mais ilustres estavam São Pedro e São Paulo. O primeiro foi crucificado no circo de Nero, actual Basílica de São Pedro. São Paulo foi decapitado junto da estrada que leva a Óstia.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Muitos virão do Oriente e do Ocidente sentar-se à mesa do banquete no Reino do Céu»

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 830-835


A Igreja é católica: a palavra «católica» significa «universal» no sentido de «segundo a totalidade» ou «segundo a integralidade» «A Igreja é católica em duplo sentido: é católica porque nela Cristo está presente. 'Onde está Cristo Jesus, está a Igreja católica'.» (Santo Inácio de Antioquia); nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça (Ef 1,22-23). [...] Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes e sê-lo-á sempre, até o dia da Parusia.


Ela é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do género humano (Mt 28,19). «Todos os homens são chamados a pertencer ao novo Povo de Deus. Por isso este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os tempos, para que se cumpra o desígnio da vontade de Deus, que no início formou uma natureza humana e finalmente decretou congregar os Seus filhos que estavam dispersos». (Vaticano II, LG 13). [...]


Cada igreja particular é católica. [...] Essas Igrejas particulares «são formadas à imagem da Igreja universal; é nelas e a partir delas que existe a Igreja católica una e única» (LG 23). As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma delas: a Igreja de Roma, «que preside à caridade» (Santo Inácio de Antioquia). «Pois com esta Igreja, em razão da sua origem mais excelente, deve necessariamente concordar cada Igreja, isto é, os fiéis de toda a parte» (Santo Ireneu). [...] A rica variedade de disciplinas eclesiásticas, de ritos litúrgicos, de patrimónios teológicos e espirituais próprios das Igrejas locais «mostra mais luminosamente a catolicidade da Igreja indivisa, devido à sua convergência na unidade» (LG 23).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de Junho de 2012

Tendo entrado em Cafarnaum, aproximou-se d'Ele um centurião, e fez-Lhe uma súplica, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre muito». Jesus disse-lhe: «Eu irei e o curarei». Mas o centurião, respondeu: «Senhor, eu não sou digno de que entres na minha casa; diz, porém, uma só palavra, e o meu servo será curado. Pois também eu sou um homem sujeito a outro, mas tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: “Vai”, e ele vai; e a outro: “Vem”, e ele vem; e ao meu servo: “Faz isto”, e ele o faz». Jesus, ouvindo estas palavras, admirou-Se, e disse para os que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não achei fé tão grande em Israel. Digo-vos, pois, que virão muitos do Oriente e do Ocidente, e se sentarão com Abraão, Isaac e Jacob no Reino dos Céus, enquanto que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá pranto e ranger de dentes». Então disse Jesus ao centurião: «Vai, seja feito conforme tu creste». E naquela mesma hora ficou curado o servo. Tendo chegado Jesus a casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre; e tomou-a pela mão, e a febre deixou-a, e ela levantou-se e pôs-se a servi-los. Pela tarde apresentaram-se muitos possessos do demónio, e Ele com a Sua palavra expulsou os espíritos e curou todos os enfermos; cumprindo-se deste modo o que foi anunciado pelo profeta Isaías, quando diz: “Ele mesmo tomou as nossas fraquezas e carregou com as nossas enfermidades”.


Mt 8, 5-17