quinta-feira, 28 de junho de 2012

Amar a Cristo...

Querido Jesus, como bem sabes andávamos nos últimos dias apáticos e porque não dizê-lo frágeis e com dúvidas, hoje, como sempre tens feito ao longo da nossa vida, deste-nos a grande alegria de saber que o Santo Padre havia declarado, esse excepcional filho Teu, Álvaro del Portillo, Venerável, primeiro e relevante passo para a Tua Igreja o eleger aos altares.

Este júbilo, que nos concedeste o privilégio de anunciar a alguns amigos que o partilham connosco, veio acordar-nos da letargia e avivar em nós o fervor da fé e do amor pela Tua Obra.

Louvor e glória a Vós Senhor Jesus, através daqueles que Te serviram heroicamente!

JPR

Excertos da homilia pronunciada por D. Javier Echevarría na Basílica de Santo Eugenio (Roma), no dia 26 de Junho de 2012, dia de S. Josemaria Escrivá

O convite ao trabalho, em quanto complemento à obra da criação, é a vocação originária de cada mulher e de cada homem.

Com razão, pois, S. Josemaria podia afirmar que qualquer trabalho honrado é “um meio necessário que Deus nos confia aqui na terra, dilatando nossos dias e fazendo-nos participantes de seu poder criador, para que ganhemos o sustento e simultaneamente recolhamos frutos para a vida eterna (Jo 4, 36) [1]

Deste modo nos convidava a descobrir de novo a Deus, tanto nos trabalhos importantes como nas ocupações quotidianas, que podem converter-se em sólido fundamento da santidade pessoal. (...)

Os cristãos, ao contrário, enquanto filhos de Deus, sabem que têm um futuro luminoso. “Não porque conheçam os pormenores daquilo que os espera – prossegue o Santo Padre -, mas sabem que sua vida, no conjunto, não acaba no vazio. Somente quando o futuro é certo como realidade positiva, é que se torna vivível também o presente” [2].

Meditemos com frequência esta realidade: sou filho de Deus, sou filha de Deus; e, ante esse dom, é lógico que tratemos de dar importância sobrenatural a tudo o que fazemos. S. Josemaria costumava repetir, que o sobrenatural, quando se refere aos homens, resulta plenamente humano. Se correspondermos à graça, estaremos em condições de nos mantermos em diálogo com Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, em qualquer circunstância e actividade.

Esta grande maravilha de nossa fé deveria encher-nos de alegria, irmãs e irmãos queridíssimos, para enfrentar com confiança em Deus e serenidade as dificuldades que se apresentam na nossa existência (...)

Dentro de poucos meses, em Outubro, começará o Ano da Fé, convocado pelo Papa. Como é que nos estamos a preparar? Fazemos actos explícitos desta virtude antes de receber o sacramento da Confissão ou da Comunhão? Na oração, dirigimo-nos a Deus com fé, frente às variadas obrigações, próprias de uma vida cheia de ocupações profissionais? Tratamos de aproximar do Senhor as pessoas que amamos, os amigos, os companheiros de estudo ou de trabalho? Não esqueçamos – porque é verdade – que Deus deseja servir-se de cada uma, de cada um de nós, para que os demais O conheçam, O tratem e O amem.

Vejam que a fé abre todas as portas, de par em par, e mostra horizontes que pareciam fechados. Este é o ensinamento da passagem evangélica. Obedecendo ao mandato do Senhor, Pedro e seus companheiros lançaram as redes (...).

Que grande lição de fé e de obediência a Deus! Jesus Cristo convida-nos também a santificarmo-nos em todas as circunstâncias correntes da vida e a lançar as redes do apostolado no mar do mundo.

[1] S. Josemaria, Amigos de Deus, n. 57.
[2] Bento XVI, Carta enc. Spe salvi, 30-11-1007, n. 2.


(Fonte: site do Opus Dei – Portugal AQUI)

Imitação de Cristo, 2, 10, 1 - Do agradecimento pela graça de Deus

Para que buscas repouso se nascestes para o trabalho? Dispõe-te mais à paciência que à consolação, mais para levar a cruz que para ter alegria. Quem dentre os mundanos não aceitaria de bom gosto a consolação e a alegria espiritual, se a pudesse ter sempre ao seu dispor? As consolações espirituais excedem todas as delícias do mundo e todos os deleites da carne. Pois todas as delícias do mundo ou são vãs ou torpes, e só as do espírito são suaves e honestas, nascidas que são das virtudes e infundidas por Deus nas almas puras. Mas ninguém pode lograr estas divinas consolações à medida de seu desejo, porque não cessa por muito tempo a guerra da tentação.

Aprendei a fazer o bem

Quando estiveres com uma pessoa, tens de ver nela uma alma: uma alma que é preciso ajudar, que é preciso compreender, com quem é preciso conviver e que é preciso salvar. (Forja, 573)

Agrada-me citar umas palavras que o Espírito Santo nos comunica pela boca do profeta Isaías: discite benefacere, aprendei a fazer o bem. (...)

A caridade para com o próximo é uma manifestação do amor a Deus. Por isso, ao esforçarmo-nos por melhorar nesta virtude, não podemos fixar nenhum limite. Com o Senhor, a única medida é amar sem medida, pois, por um lado jamais chegaremos a agradecer suficientemente o que Ele tem feito por nós e, por outro, assim se revela o mesmo amor de Deus às suas criaturas: com excesso, sem cálculo, sem fronteiras.

A misericórdia não se limita a uma simples atitude de compaixão; a misericórdia identifica-se com a superabundância da caridade que, ao mesmo tempo, traz consigo a superabundância da justiça. Misericórdia significa manter o coração em carne viva, humana e divinamente repassado por um amor rijo, sacrificado e generoso. (Amigos de Deus, 232)


S. Josemaría Escrivá

Santo Irineu, bispo, mártir, †200

Santo Irineu foi bispo de Lião. Nasceu provavelmente em Esmirna, na Ásia Menor, por volta de 130-135. Viveu em uma época dilacerada por heresias que colocavam em risco a unidade da Igreja na fé. Discípulo de São Policarpo - que havia conhecido pessoalmente o apóstolo São João e outras testemunhas oculares de Jesus, Santo Irineu foi, sem dúvida, o escritor cristão mais importante do século II. Foi o primeiro a procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar até nossos dias. Santo Irineu, cujo nome significa "paz", lutou para a preservação da paz e da unidade da Igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Escreveu ao papa Vítor, aconselhando-o mui respeitosamente a evitar toda e qualquer precipitação no que dissesse respeito às comunidades cristãs da Ásia.

A Florino, seu amigo de infância que se tornou agnóstico, escreveu: Não te ensinaram estas doutrinas, Florino, os presbíteros que nos precederam, os que tinham sido discípulos dos apóstolos. Eu te lembro, criança como eu, na Ásia inferior, junto a Policarpo ... Recordo as coisas de então melhor que as recentes, talvez, porque aquilo que aprendemos em crianças parece que nos vai acompanhando e firmando em nós segundo passam os anos. Poderia assinalar o lugar onde se sentava Policarpo para ensinar ... seu modo de vida, os traços de sua fisionomia e as palavras que dirigia à multidão. Poderia reproduzir o que nos contava de seu trato com João e os demais que tinham visto o Senhor; e como repetia suas mesmas palavras ... Eu ouvia tudo isto com toda a alma e não o anotava por escrito porque me ficava gravado no coração e continuo pensando-o e repensando-o, pela Graça de Deus, cada dia.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Para entrar no Reino dos céus [...], é preciso fazer a vontade de Meu Pai»

São Bento (480-547), monge

O que há de mais doce para nós, meus irmãos, do que a voz do Senhor a convidar-nos ? Eis que, na sua doçura, o Senhor nos indica o caminho da vida. [...] Se quisermos habitar na morada do Seu Reino, façamos boas acções, se não nunca o conseguiremos. Como o profeta, interroguemos o Senhor nestes termos: «Quem, Senhor, poderá ser hóspede do Vosso tabernáculo, quem poderá habitar na Vossa montanha santa?» (Sl 14, 1) A esta questão, meus irmãos, ouçamos o Senhor responder e mostrar-nos o caminho para esta morada: «O que leva uma vida sem mancha e pratica a rectidão, e diz a verdade no seu interior, o que não calunia com a sua língua e não faz mal ao seu próximo» (vv. 2-3). [...]

No temor do Senhor, estes homens não se vangloriam da sua boa conduta; eles consideram que o que há de bom neles não pode ser seu mérito, mas vem do Senhor [...]: «Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai glória» (Sl 113b, 1). Assim dizia o Apóstolo S. Paulo: «É pela graça de Deus que eu sou o que sou» (1Cor 15, 10). [...] E o Senhor diz no Evangelho: «Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha».

Dito isto, o Senhor espera de nós que, em cada dia, respondamos com actos aos Seus santos conselhos. Porque os dias desta vida são-nos dados como prazo para corrigirmos o que há de mal em nós; o Apóstolo diz: «Não sabes que Deus só é paciente para que tu mudes de vida?» (Rom 2, 4) E o Senhor diz na Sua ternura: «Não quero a morte do pecador, mas que se converta e que viva» (Ez 18, 23).

O homem prudente edificou a sua casa sobre a rocha

Vida de São Francisco de Assis, conhecida como «Colectânea de Perúgia» (c. 1311), § 102 

Desde o momento da sua conversão que o bem-aventurado Francisco, sábio como era, quis, com a ajuda do Senhor, estabelecer solidamente a sua casa, isto é, a sua Ordem dos Frades Menores, sobre rocha sólida, ou seja, sobre a altíssima humildade e a suprema pobreza do Filho de Deus.

Sobre uma profunda humildade porque, desde o princípio, mal os irmãos começaram a crescer em número, recomendou-lhes que permanecessem nos hospícios para tratarem dos leprosos. Então, quando os postulantes se apresentavam, quer fossem nobres, quer plebeus, eram avisados de que deviam ficar a cuidar dos leprosos e a viver nas suas enfermarias.

Sobre uma imensa pobreza porque na sua Regra se diz, com efeito, que os irmãos devem habitar nas suas casas «como estrangeiros ou peregrinos, a nada aspirando neste mundo» a não ser à santa pobreza, graças à qual o Senhor os alimentará nesta vida com a virtude e o alimento corporal, o que lhes valerá o céu como herança na outra.

Também para si próprio Francisco escolheu o alicerce duma perfeita humildade e duma completa pobreza, e embora tenha sido uma grande figura da Igreja de Deus, por escolha própria quis ser dos últimos, não só na Igreja, como também entre os seus irmãos.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Junho de 2012

«Nem todo o que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no Reino dos Céus, mas só o que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus. Muitos Me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não profetizámos nós em Teu nome, e em Teu nome expulsámos os demónios, e em Teu nome fizemos muitos milagres?”. E então Eu lhes direi bem alto: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade”. «Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre rocha. Todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua ruína». Quando Jesus acabou estes discursos, estavam as multidões admiradas com a Sua doutrina, porque os ensinava como quem tinha autoridade, e não como os seus escribas.


Mt 7, 21-29