A nova evangelização requer pessoas adultas na fé, pessoas que se encontraram profundamente com Deus, com Cristo, que passou a ser o grande ponto de referência na própria vida. A primeira condição para falar de Deus é sempre o falar com Deus. Estes alguns dos aspetos sublinhados com vigor por Bento XVI, no discurso dirigido nesta quinta ao meio-dia, no Vaticano, aos Bispos Italianos, reunidos na sua assembleia geral da primavera.
O Papa centrou a sua intervenção na missão da Igreja, hoje, no meio das profundas transformação em curso. De certo modo a questão de fundo enfrentada pelo Concílio Vaticano II: “Igreja, que dizes de ti mesma?”. A cinquenta anos da sua abertura, o Vaticano II – observou – “constitui o caminho para individuar as modalidades com que a Igreja pode oferecer uma resposta significativa às grandes transformações sociais e culturais do nosso tempo, com consequências visíveis também na dimensão religiosa”. Mas isso – precisou – “não, está claro, na ótica de uma inaceitável hermenêutica de descontinuidade e de rutura, mas sim de continuidade e de reforma”. Trata-se, sempre, de centrar-se no essencial:
“a nossa situação requer um renovado impulso centrado sobre o que é essencial na fé e na vida cristã. Num tempo em que Deus se tornou para muitos o grande Desconhecido e Jesus (é visto) apenas (como) um grande personagem do passado, não se poderá relançar a ação missionária sem renovar a qualidade da nossa fé e da nossa oração. Não seremos capazes de oferecer respostas adequadas, se não acolhermos de novo o dom da Graça. Não saberemos conquistar os homens para o Evangelho, sem voltarmos - nós próprios, antes de mais – a uma profunda experiência de Deus”.
Grande, fundamental problema do nosso tempo, nomeadamente nos países de antiga tradição cristã, é o facto de Deus ser excluído do horizonte das pessoas”.
“Quando não encontra indiferença, bloco ou recusa, o discurso sobre Deus, acaba por ser relegado para o âmbito subjetivo, reduzido a facto íntimo e privado, marginalizado da consciência pública. Passa por este abandono, por esta falta de abertura ao Transcendente, o coração da crise que fere a Europa, crise espiritual e moral. O homem tem a pretensão de ter uma identidade completa simplesmente em si mesmo”.
A racionalidade científica e a cultura técnica – advertiu o Papa – não só tendem a uniformizar o mundo, mas assumem a pretensão de delinear o perímetro das certezas da razão, tendo como único critério as próprias conquistas. A tradição cristã, que fazia parte do tecido cultural, deixou de ser uma referência unificadora, capaz de abranger toda a existência humana. Neste contexto, “a nossa primeira, verdadeira e única tarefa – sublinhou o Papa, com significativa insistência – continua a ser empenhar a vida naquilo que vale e permanece, o que é efetivamente fiável, necessário, último”.
“Os homens vivem de Deus, Aquele que tantas vezes de modo inconsciente e apenas como que às apalpadelas eles procuram para dar pleno significado à existência. Nós temos a tarefa de O anunciar, de O mostrar, de guiar até ao encontro com Ele. Mas é sempre importante recordarmo-nos que a primeira condição para falar de Deus é falar com Deus, é tornarmo-nos cada vez mais homens de Deus, alimentados por uma intensa vida espiritual de oração e plasmados pela sua Graça.”
“Quereria dizer a cada um: deixemo-nos encontrar e assumir por Deus, para ajudar todas as pessoas com que nos cruzamos a serem atingidas pela Verdade. É deste relação com Ele que nasce a nossa comunhão e se gera a comunidade eclesial, que abraça todos os tempos e lugares para constituir o único Povo de Deus”.
No meio das grandes transformações que vão afetando amplos extratos da humanidade – sublinhou o Papa citando o seu antecessor Paulo VI – a tarefa da Igreja é hoje em dia a de “atingir e como que modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação”. Para tal, recordou o Papa a concluir, em alusão ao tema desta assembleia episcopal, é necessário que haja pessoas adultas “maduras na fé e testemunhas de humanidade”.
“Velai e atuai para que a comunidade cristã saiba formar pessoas adultas na fé porque encontraram Jesus Cristo, que passou a ser a referência fundamental da sua vida. Pessoas que O conhecem porque O amam e amam-no porque O conheceram. Pessoas capazes de oferecer razões sólidas e credíveis de vida”.
Rádio Vaticano
Vídeo em italiano
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Amar a Cristo...
Hoje, querido Jesus, pedimos-Te que nos ajudes a ver sempre a trave no nosso olho antes de apontarmos o argueiro no do próximo. O pensamento é veloz e a língua solta, e difícil de controlar, quantas e quantas vezes nos vimos a formular juízos além de precipitados, com muita falta de amor e caridade.
Ajuda-nos pois, amado Mestre, a ser humildes e sábios de coração!
JPR
Imitação de Cristo, 2, 1, 4 - Da vida interior
Para que olhas em redor de ti, se não é este o lugar de teu repouso? No céu deve ser a tua habitação, e como de passagem hás de olhar todas as coisas da terra. Todas passam, e tu igualmente passas com elas; toma cuidado para não te apegares a elas, a fim de que não te escravizem e percam. Ao Altíssimo eleva sempre teus pensamentos, e a Cristo dirige súplica incessante. Se não sabes contemplar coisas altas e celestiais, descansa na paixão de Cristo e gosta de habitar em suas sacratíssimas chagas. Pois, se te acolheres devotamente às chagas e preciosos estigmas de Jesus, sentirás grande conforto em tuas mágoas, não farás mais caso do desprezo dos homens e facilmente sofrerás as suas detrações.
Bendita monotonia de Ave-Marias!
Eu entendo que cada Ave-Maria, cada saudação a Nossa Senhora, é um novo bater de um coração apaixonado. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 615)
"Virgem Imaculada, bem sei que sou um pobre miserável, que não faço senão aumentar todos os dias o número dos meus pecados...". Disseste-me noutro dia que falavas assim com a nossa Mãe.
E aconselhei-te, convicto, a rezar o Terço: bendita monotonia a das Ave-Marias que purifica a monotonia dos teus pecados! (S. Josemaría Escrivá - Sulco, 475)
O Terço não se pronuncia só com os lábios, mastigando as Ave-Marias umas atrás das outras. Assim cochicham as beatas e os beatos. Para um cristão, a oração vocal há-de enraizar-se no coração, de modo que, durante a recitação do Terço, a mente possa penetrar na contemplação de cada um dos mistérios. (S. Josemaría Escrivá - Sulco, 477)
Deixas sempre o Terço para depois, e acabas por omiti-lo por causa do sono. Se não dispões doutro tempo, reza-o pela rua, e sem que ninguém o note. Além disso, ajudar-te-á a ter presença de Deus. (S. Josemaría Escrivá - Sulco, 478)
“O DIA DA MINHA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO “ de Joaquim Mexia Alves
Estavam os Três reunidos num só, como desde sempre, quando Deus Pai disse:
É hora, ide.
Então, Jesus Cristo e o Espírito Santo, “desceram” da casa do Pai, e entraram em mim.
Olharam, tornaram a olhar, franziram o sobrolho e disseram:
Esta habitação está a precisar de muitas obras, de melhoramentos, de uma boa remodelação, enfim, praticamente uma habitação nova.
Jesus disse para o Espírito Santo:
Abre essas janelas! Esta casa está fechada há muito tempo, está bolorenta, fria e sem luz, nem vida. Sopra o teu vento para afastar todos estes maus cheiros, todas estas teias de aranha e perfuma toda a casa com odores de nova primavera, deixando entrar a Luz.
O Espírito Santo assim fez e depois da casa arejada e iluminada, reparou nas paredes e disse a Jesus:
Olha para estas paredes, cheias de cores pesadas e desenhos feios e monstruosos. Podias pegar no pincel, na tinta mais branca e dar uma pintura geral, para que a casa brilhe com a Luz, vestida de branco.
Jesus assim fez e quando acabou as pinturas a casa brilhava, cheirava bem, tinha novos ares, mas ainda com cortinados e mobílias velhas.
Então o Espírito Santo sugeriu a Jesus:
Porque não chamas a tua Mãe para nos ajudar? Ela deve ter jeito para estas coisas!
Assim, Jesus chamou a Virgem Maria e pediu-lhe:
Mãe, vê o que podes fazer para mudar estes cortinados e esta mobília, porque o mais importante já Nós fizemos.
Maria, nossa Mãe, deitou mãos à obra com o seu amor maternal e em pouco tempo a casa estava habitável, com calor, com luz, esperando a vinda do Pai, para a inspecção final.
Veio então o Pai.
Entrou na casa, visitou-a demoradamente, conferiu que o branco era o mais branco que havia, conferiu que a luz era a mais brilhante, confirmou que os cortinados e a mobília eram novos e de material para durar, e disse pausadamente:
Sempre gostei muito desta casa, mas assim está muito melhor. Quereis morar nela?
Jesus e o Espírito Santo trocaram um sorriso cúmplice e disseram a uma só voz:
Também gostamos muito mais assim! É uma boa habitação para fazer morada, mas antes temos que falar com o dono dela.
Olharam para mim com aqueles olhos de infinito amor e perguntaram:
Estás disposto a manter esta casa sempre limpa, arejada, iluminada e com o branco imaculado?
Estás disposto a enchê-la de paz, amor, tranquilidade e muita alegria?
Estás disposto a não deixar entrar nela ladrões, mentirosos ou ideias que a corrompam?
Estás disposto, isso sim, a ter a porta sempre aberta aos que necessitam de comer, beber, descansar ou que de alguma forma precisem de ti?
Estás disposto a não te servires dela para outros fins, que não seja a nossa habitação?
Estás disposto a que, quando por qualquer motivo, sujares ou estragares alguma coisa, Nos pedires perdão e reparares o mal que fizeste?
Estás disposto a ter um quarto sempre pronto para minha Mãe, quando Eu a convidar para nos visitar?
Estás disposto, enfim, a receber nela os nossos amigos e aqueles que nós escolhermos para tu convidares?
E eu, humildemente, alegremente, dançando e louvando, respondi cantando:
Pois se Tu és o meu Senhor Jesus, que deu a vida por mim, pois se Tu és o meu Senhor Espírito Santo que me consolas e guias, pois se Tu és o meu Pai que me ama e criou em amor, como posso eu dizer que não? Digo sim, setenta vezes sete vezes, sim!
Mas também tenho que Vos pedir, meu Deus e meu Senhor, que me ajudeis sempre, que estejais sempre nesta casa, e que, meu Pai e meu Deus, quando eu falhar e não vos pedir perdão por estar distante, me ajudeis na mesma, chamando-me a atenção para que vos peça perdão e assim seja restabelecida a comunhão que eu tinha quebrado.
Então o Pai, unido ao Filho e ao Espírito Santo, num só Deus, com lágrimas de alegria nos olhos, mandou dar início à festa do regresso deste seu filho que andava perdido, tomou conta da habitação e cantando, dançou para que a alegria fosse completa.
E eu, pequenino, humilde, só louvava dizendo:
Glória, glória ao Senhor nosso Deus, que perdoou, aceitou e fez nascer de novo este seu servo!
Festa da Ascensão – Monte Real, 16 de Março de 1999
Joaquim Mexia Alves
Nota:
Porque neste próximo Domingo se celebra a Solenidade de Pentecostes, lembrei-me deste texto escrito há 13 anos.
O que é a “efusão do Espírito Santo” ou “baptismo no Espírito Santo” no Renovamento Carismático Católico?
A efusão do Espírito Santo (ou baptismo do Espírito) é uma renovação e uma actualização de toda a iniciação cristã, e não só do baptismo. O interessado prepara-se para isso, não somente através de uma boa confissão, mas participando em encontros de catequese, nos quais é conduzido a um contacto vivo e alegre com as principais verdades e realidades da fé: o amor de Deus, o pecado, a salvação, a transformação em Cristo, a vida nova no Espírito Santo, os carismas, os frutos do Espírito Santo. E tudo num clima caracterizado por uma profunda comunhão fraterna.
É através do que precisamente se chama baptismo do Espírito que se faz a experiência do Espírito: da Sua unção na oração, do Seu poder no ministério apostólico, da Sua consolação na prova, da Sua luz nas opções. Mais do que na manifestação dos carismas, é assim que se faz a percepção do Espírito: como Espírito que transforma interiormente, que dá o gosto do louvor a Deus, que faz descobrir uma alegria nova, que abre a mente à compreensão das Escrituras, e que, sobretudo, nos ensina a proclamar Jesus como Senhor. E ainda nos dá a coragem para assumir novas e difíceis tarefas, ao serviço de Deus e do próximo.
Pe. Raniero Cantalamessa, Foi nomeado por João Paulo II Pregador da Casa Pontifícia em 1980 e confirmado no cargo por Bento XVI, em 2005 in: "Documento de Malines I" (Posfácio à trad.portuguesa), ed. Pneuma
Para saber mais, entrar em Pneuma http://www.pneuma-rc.pt/, procurar “Reflexão”, seguidamente “Meditações” e depois “Pentecostes hoje - a efusão do Espírito”. Abrir e ler os artigos contidos nesta página.
É hora, ide.
Então, Jesus Cristo e o Espírito Santo, “desceram” da casa do Pai, e entraram em mim.
Olharam, tornaram a olhar, franziram o sobrolho e disseram:
Esta habitação está a precisar de muitas obras, de melhoramentos, de uma boa remodelação, enfim, praticamente uma habitação nova.
Jesus disse para o Espírito Santo:
Abre essas janelas! Esta casa está fechada há muito tempo, está bolorenta, fria e sem luz, nem vida. Sopra o teu vento para afastar todos estes maus cheiros, todas estas teias de aranha e perfuma toda a casa com odores de nova primavera, deixando entrar a Luz.
O Espírito Santo assim fez e depois da casa arejada e iluminada, reparou nas paredes e disse a Jesus:
Olha para estas paredes, cheias de cores pesadas e desenhos feios e monstruosos. Podias pegar no pincel, na tinta mais branca e dar uma pintura geral, para que a casa brilhe com a Luz, vestida de branco.
Jesus assim fez e quando acabou as pinturas a casa brilhava, cheirava bem, tinha novos ares, mas ainda com cortinados e mobílias velhas.
Então o Espírito Santo sugeriu a Jesus:
Porque não chamas a tua Mãe para nos ajudar? Ela deve ter jeito para estas coisas!
Assim, Jesus chamou a Virgem Maria e pediu-lhe:
Mãe, vê o que podes fazer para mudar estes cortinados e esta mobília, porque o mais importante já Nós fizemos.
Maria, nossa Mãe, deitou mãos à obra com o seu amor maternal e em pouco tempo a casa estava habitável, com calor, com luz, esperando a vinda do Pai, para a inspecção final.
Veio então o Pai.
Entrou na casa, visitou-a demoradamente, conferiu que o branco era o mais branco que havia, conferiu que a luz era a mais brilhante, confirmou que os cortinados e a mobília eram novos e de material para durar, e disse pausadamente:
Sempre gostei muito desta casa, mas assim está muito melhor. Quereis morar nela?
Jesus e o Espírito Santo trocaram um sorriso cúmplice e disseram a uma só voz:
Também gostamos muito mais assim! É uma boa habitação para fazer morada, mas antes temos que falar com o dono dela.
Olharam para mim com aqueles olhos de infinito amor e perguntaram:
Estás disposto a manter esta casa sempre limpa, arejada, iluminada e com o branco imaculado?
Estás disposto a enchê-la de paz, amor, tranquilidade e muita alegria?
Estás disposto a não deixar entrar nela ladrões, mentirosos ou ideias que a corrompam?
Estás disposto, isso sim, a ter a porta sempre aberta aos que necessitam de comer, beber, descansar ou que de alguma forma precisem de ti?
Estás disposto a não te servires dela para outros fins, que não seja a nossa habitação?
Estás disposto a que, quando por qualquer motivo, sujares ou estragares alguma coisa, Nos pedires perdão e reparares o mal que fizeste?
Estás disposto a ter um quarto sempre pronto para minha Mãe, quando Eu a convidar para nos visitar?
Estás disposto, enfim, a receber nela os nossos amigos e aqueles que nós escolhermos para tu convidares?
E eu, humildemente, alegremente, dançando e louvando, respondi cantando:
Pois se Tu és o meu Senhor Jesus, que deu a vida por mim, pois se Tu és o meu Senhor Espírito Santo que me consolas e guias, pois se Tu és o meu Pai que me ama e criou em amor, como posso eu dizer que não? Digo sim, setenta vezes sete vezes, sim!
Mas também tenho que Vos pedir, meu Deus e meu Senhor, que me ajudeis sempre, que estejais sempre nesta casa, e que, meu Pai e meu Deus, quando eu falhar e não vos pedir perdão por estar distante, me ajudeis na mesma, chamando-me a atenção para que vos peça perdão e assim seja restabelecida a comunhão que eu tinha quebrado.
Então o Pai, unido ao Filho e ao Espírito Santo, num só Deus, com lágrimas de alegria nos olhos, mandou dar início à festa do regresso deste seu filho que andava perdido, tomou conta da habitação e cantando, dançou para que a alegria fosse completa.
E eu, pequenino, humilde, só louvava dizendo:
Glória, glória ao Senhor nosso Deus, que perdoou, aceitou e fez nascer de novo este seu servo!
Festa da Ascensão – Monte Real, 16 de Março de 1999
Joaquim Mexia Alves
Nota:
Porque neste próximo Domingo se celebra a Solenidade de Pentecostes, lembrei-me deste texto escrito há 13 anos.
O que é a “efusão do Espírito Santo” ou “baptismo no Espírito Santo” no Renovamento Carismático Católico?
A efusão do Espírito Santo (ou baptismo do Espírito) é uma renovação e uma actualização de toda a iniciação cristã, e não só do baptismo. O interessado prepara-se para isso, não somente através de uma boa confissão, mas participando em encontros de catequese, nos quais é conduzido a um contacto vivo e alegre com as principais verdades e realidades da fé: o amor de Deus, o pecado, a salvação, a transformação em Cristo, a vida nova no Espírito Santo, os carismas, os frutos do Espírito Santo. E tudo num clima caracterizado por uma profunda comunhão fraterna.
É através do que precisamente se chama baptismo do Espírito que se faz a experiência do Espírito: da Sua unção na oração, do Seu poder no ministério apostólico, da Sua consolação na prova, da Sua luz nas opções. Mais do que na manifestação dos carismas, é assim que se faz a percepção do Espírito: como Espírito que transforma interiormente, que dá o gosto do louvor a Deus, que faz descobrir uma alegria nova, que abre a mente à compreensão das Escrituras, e que, sobretudo, nos ensina a proclamar Jesus como Senhor. E ainda nos dá a coragem para assumir novas e difíceis tarefas, ao serviço de Deus e do próximo.
Pe. Raniero Cantalamessa, Foi nomeado por João Paulo II Pregador da Casa Pontifícia em 1980 e confirmado no cargo por Bento XVI, em 2005 in: "Documento de Malines I" (Posfácio à trad.portuguesa), ed. Pneuma
Para saber mais, entrar em Pneuma http://www.pneuma-rc.pt/, procurar “Reflexão”, seguidamente “Meditações” e depois “Pentecostes hoje - a efusão do Espírito”. Abrir e ler os artigos contidos nesta página.
Ensinamentos de Anselm Grün vão contra a doutrina da Igreja
Alejandro Bermúdez Rosell |
No seu podcast em espanhol chamado “Punto de vista” de 23 de maio, Bermúdez criticou que nas suas conferências e livros, alguns deles traduzidos também ao português, Grün tenha reduzido as Sagradas Escrituras a "um manual de terapia psicológica".
"O Pe. Grün, em vez de oferecer uma alternativa à auto-ajuda New Age incorpora-se nela", indicou.
Bermúdez explicou que o problema não são as boas intenções ou a pessoa mesma de Anselm Grün, mas sim o monge que, através de seu ensino, está "empurrando a todos seus leitores por um caminho que apresentado como se fosse doutrina da Igreja quando faz completamente o contrário".
O diretor do grupo ACI assinalou que, em sua interpretação de diversas passagens bíblicas do Antigo e do Novo Testamento, o monge beneditino retira "todo sentido sobrenatural e religioso, pretendendo que estas sejam simplesmente metáforas psicológicas".
O sacerdote jesuíta Gabino Tabossi também criticou a aproximação de Grün a diversas heresias e a teorias psicológicas contrárias ao ensino da Igreja.
Como exemplo, o Pe. Tabossi “assinalou que, numa das suas obras, Grün considera a relação entre o Abraão e Isaac como "despótica e a que tem com Deus neurótica e fictícia".
"Tal interpretação, além de psicologista, é pouco ecuménica: que não saibam nossos irmãos maiores que um católico tratou como doente e desequilibrado ao progenitor do judaísmo!".
O Pe. Tabossi denunciou que o monge beneditino, nos seus textos, "relativiza o catolicismo quando augura que a fidelidade à própria consciência, acima de qualquer religião, é caminho seguro para a salvação".
O jesuíta também destacou que enquanto a Igreja ensina que Jesus sempre foi Deus, "a teologia do Grün ensina ao parecer que Jesus foi se fazendo Deus sobre tudo a partir da iluminação que recebeu no dia de seu batismo".
De acordo ao Pe. Tabossi, a ética do Pe. Grün ensina que "para salvar-se e ser feliz é preciso pecar, ou ao menos, fugir do desejo de erradicação daquilo que nossos preconceitos culturais consideram como condutas ‘anormais’".
"O nosso autor acredita que o pecado original foi uma coisa necessária e louvável assim, depois dele, os primeiros pais puderam ‘conhecer o bem e o mal’, ganhar em consciência, aumentar a própria ciência moral".
Por sua parte, o Arcebispo de La Plata, na Argentina, D. Héctor Aguer, qualificou de "muito pernicioso" o ensinamento de Anselm Grün, por ser um eco da cultura New Age.
D. Aguer indicou que toda a espiritualidade difundida por Grün está apoiada nas teorias da psicanálise de Carl Jung, abundantes em gnosticismo.
Para o Prelado argentino, o trabalho do monge beneditino "uma espécie de transcrição pseudoespiritual da simbologia de Jung. Isto vai acabar mal".
(Fonte:
‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
«Que todos sejam um»
Beato João Paulo II
Encíclica «Ut unum sint», § 22
Quando os cristãos rezam juntos, a meta da unidade fica mais próxima. A longa história dos cristãos, marcada por múltiplas fragmentações, parece recompor-se tendendo para a fonte da sua unidade, que é Jesus Cristo. Ele «é sempre o mesmo ontem, hoje e por toda a eternidade» (Heb 13, 8). Na comunhão de oração, Cristo está realmente presente; reza «em nós», «connosco» e «por nós». É Ele que guia a nossa oração no Espírito Consolador, que prometeu e deu à sua Igreja no Cenáculo de Jerusalém, quando a constituiu na sua unidade original.
No caminho ecuménico para a unidade, a primazia pertence, sem dúvida, à oração comum, à união orante daqueles que se congregam à volta do próprio Cristo. Se os cristãos, apesar das suas divisões, souberem unir-se cada vez mais em oração comum ao redor de Cristo, crescerá a sua consciência de como é reduzido o que os divide em comparação com aquilo que os une. Se se encontrarem sempre mais assiduamente diante de Cristo na oração, os cristãos poderão ganhar coragem para enfrentar toda a dolorosa realidade humana das divisões, e reencontrar-se-ão juntos naquela comunidade da Igreja que Cristo forma incessantemente no Espírito Santo, apesar de todas as debilidades e limitações humanas.
Encíclica «Ut unum sint», § 22
Quando os cristãos rezam juntos, a meta da unidade fica mais próxima. A longa história dos cristãos, marcada por múltiplas fragmentações, parece recompor-se tendendo para a fonte da sua unidade, que é Jesus Cristo. Ele «é sempre o mesmo ontem, hoje e por toda a eternidade» (Heb 13, 8). Na comunhão de oração, Cristo está realmente presente; reza «em nós», «connosco» e «por nós». É Ele que guia a nossa oração no Espírito Consolador, que prometeu e deu à sua Igreja no Cenáculo de Jerusalém, quando a constituiu na sua unidade original.
No caminho ecuménico para a unidade, a primazia pertence, sem dúvida, à oração comum, à união orante daqueles que se congregam à volta do próprio Cristo. Se os cristãos, apesar das suas divisões, souberem unir-se cada vez mais em oração comum ao redor de Cristo, crescerá a sua consciência de como é reduzido o que os divide em comparação com aquilo que os une. Se se encontrarem sempre mais assiduamente diante de Cristo na oração, os cristãos poderão ganhar coragem para enfrentar toda a dolorosa realidade humana das divisões, e reencontrar-se-ão juntos naquela comunidade da Igreja que Cristo forma incessantemente no Espírito Santo, apesar de todas as debilidades e limitações humanas.
«Para que, assim, eles estejam em Nós e o mundo creia»
Bento XVI
Discurso de 30/06/2005 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
[Nas relações entre católicos e ortodoxos] a investigação teológica, que tem de se confrontar com questões complexas e de encontrar soluções não limitadas, é um compromisso sério, do qual não nos podemos eximir. Se é verdade que o Senhor chama vigorosamente os Seus discípulos a construir a unidade na caridade e na verdade; se é verdade que o apelo ecuménico constitui um convite urgente a reconstruir, na reconciliação e na paz, a unidade entre todos os cristãos, gravemente prejudicada; se é verdade que não podemos ignorar o facto de que a divisão torna menos eficaz a sacrossanta causa da pregação do Evangelho a todas as criaturas (cf. Mc 16,15), como nos podemos subtrair à tarefa de examinar com clareza e boa vontade as nossas diferenças, enfrentando-as com a íntima convicção que elas devem ser resolvidas?
A unidade que buscamos não é absorção nem fusão, mas respeito pela plenitude multiforme da Igreja que, em conformidade com a vontade do seu Fundador, Jesus Cristo, deve ser sempre una, santa, católica e apostólica. Este apelo encontrou a plena ressonância na intangível profissão de fé de todos os cristãos, o Símbolo elaborado pelos Padres dos concílios ecuménicos de Niceia e de Constantinopla.
O Concílio Vaticano II reconheceu com lucidez o tesouro que o Oriente possui e do qual o Ocidente «auriu muitas coisas»; [...] exortou a não esquecer os sofrimentos que o Oriente padeceu para conservar a sua fé; [...] encorajou a considerar o Oriente e o Ocidente como elementos que, em conjunto, compõem o rosto esplendoroso do Pantocrátor, cuja mão abençoa toda a Oikoumene. O Concílio foi ainda mais além, afirmando: «Não é, pois, de admirar que alguns aspectos do mistério revelado sejam concebidos de modo mais apto e postos sob melhor luz por uns do que por outros, de maneira que pode dizer-se que essas fórmulas teológicas muito mais se completam do que se opõem» (Unitatis redintegratio, 17).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Discurso de 30/06/2005 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
[Nas relações entre católicos e ortodoxos] a investigação teológica, que tem de se confrontar com questões complexas e de encontrar soluções não limitadas, é um compromisso sério, do qual não nos podemos eximir. Se é verdade que o Senhor chama vigorosamente os Seus discípulos a construir a unidade na caridade e na verdade; se é verdade que o apelo ecuménico constitui um convite urgente a reconstruir, na reconciliação e na paz, a unidade entre todos os cristãos, gravemente prejudicada; se é verdade que não podemos ignorar o facto de que a divisão torna menos eficaz a sacrossanta causa da pregação do Evangelho a todas as criaturas (cf. Mc 16,15), como nos podemos subtrair à tarefa de examinar com clareza e boa vontade as nossas diferenças, enfrentando-as com a íntima convicção que elas devem ser resolvidas?
A unidade que buscamos não é absorção nem fusão, mas respeito pela plenitude multiforme da Igreja que, em conformidade com a vontade do seu Fundador, Jesus Cristo, deve ser sempre una, santa, católica e apostólica. Este apelo encontrou a plena ressonância na intangível profissão de fé de todos os cristãos, o Símbolo elaborado pelos Padres dos concílios ecuménicos de Niceia e de Constantinopla.
O Concílio Vaticano II reconheceu com lucidez o tesouro que o Oriente possui e do qual o Ocidente «auriu muitas coisas»; [...] exortou a não esquecer os sofrimentos que o Oriente padeceu para conservar a sua fé; [...] encorajou a considerar o Oriente e o Ocidente como elementos que, em conjunto, compõem o rosto esplendoroso do Pantocrátor, cuja mão abençoa toda a Oikoumene. O Concílio foi ainda mais além, afirmando: «Não é, pois, de admirar que alguns aspectos do mistério revelado sejam concebidos de modo mais apto e postos sob melhor luz por uns do que por outros, de maneira que pode dizer-se que essas fórmulas teológicas muito mais se completam do que se opõem» (Unitatis redintegratio, 17).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 24 de Maio de 2012
«Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão-de acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós, a fim de que o mundo acredite que Me enviaste. Dei-lhes a glória que Me deste, para que sejam um, como também Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que a sua unidade seja perfeita e para que o mundo conheça que Me enviaste e que os amaste como Me amaste. Pai, quero que, onde Eu estou, estejam também comigo aqueles que Me deste, para que contemplem a Minha glória, a glória que Me deste, porque Me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes conheceram que Me enviaste. Dei-lhes e dar-lhes-ei a conhecer o Teu nome, a fim de que o amor com que Me amaste, esteja neles e Eu neles».
Jo 17, 20-26
Jo 17, 20-26