O presidente da Conferência Episcopal dos
Estados Unidos, Cardeal Dolan, lamenta posição que alarga o fosso entre Obama e
a Igreja Católica.
“As declarações de hoje do Presidente Obama, em favor da redefinição do
casamento, são profundamente tristes”, afirmou, em comunicado, o presidente da
Conferência Episcopal dos Estados Unidos.
O Cardeal Dolan
realça que a Igreja está preparada para apoiar qualquer medida por parte da
administração que fortaleça a família, mas que não pode manter-se em silêncio
“perante palavras ou gestos que enfraquecem a instituição do casamento, a pedra
angular da nossa sociedade. Os americanos, em particular as crianças, merecem
melhor.”
Obama tomou a sua
posição em favor do reconhecimento do “casamento homossexual” ontem, numa
entrevista televisiva. O presidente chegou ao ponto de sustentar a sua opinião
na sua fé cristã.
Alguns analistas
questionam a oportunidade de Obama em expressar esta posição agora,
considerando que o pode enfraquecer nas próximas eleições, levando mais
cristãos evangélicos, um bloco significativo do eleitorado, a votar em Romney,
o candidato republicano.
Romney já se
afirmou contra esta redefinição de casamento, mas até agora tem tido
dificuldade em arregimentar os conservadores para a sua causa.
O Presidente poderá
ter sido pressionado para afirmar a sua posição depois do seu vice-presidente,
Joe Biden, ter dito que a ideia de “casamentos” entre pessoas do mesmo sexo era
algo com o qual se sentia perfeitamente confortável.
O debate sobre a
redefinição do casamento continua no auge nos Estados Unidos. Mais de 30
Estados já aprovaram emendas constitucionais que consagram que o casamento é apenas
entre um homem e uma mulher, enquanto que seis Estados legislaram a favor do
“casamento homossexual”.
Este é apenas o
mais recente assunto que coloca a Administração de Barack Obama contra a Igreja
Católica, e outras igrejas cristãs, nos Estados Unidos. A mais grave até ao
momento, que continua por resolver, tem a ver com o decreto da presidência que
obrigará instituições católicas, como hospitais e universidades, a fornecer
seguros de saúde aos seus funcionários que incluam serviços contraceptivos.
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