quinta-feira, 19 de abril de 2012

Amar a Cristo...

Querido Santo Padre, quis Deus Nosso Senhor enviando o Divino Espírito Santo sobre os senhores cardeais reunidos em assembleia, que o Conclave te elegesse para Vigário de Jesus Cristo Nosso Senhor neste dia há sete anos. 
Na verdade é difícil de traduzir em palavras a gratidão ao Senhor e a vós também, por estes extraordinários anos de fiel amor e dedicação total a Jesus Cristo, que tem sido o vosso Magistério. 
Todos os dias rogo ao Senhor, e como eu haverá muitos milhões que o farão também, pela vossa saúde e formulo o pedido para que nos continues a conduzir por mais alguns anos, embora tenha a consciência que o cumprimento de todos os deveres inerentes à tão importante missão, aos quais não te eximes , devam ser em alguns momentos fisicamente difíceis para vós.
Que Deus nosso Senhor vos proteja e ilumine, permitindo assim que continues a nos catequizar e guiar na Sua Palavra!


JPR

O Grande Catequista

O Santo Padre a um ritmo, quase que diário e avassalador, proporciona-nos permanente matéria de leitura e reflexão, revelando uma extraordinária capacidade de catequese que nos cumpre absorver no limite das nossas capacidades, mas sempre certos que na sua génese está a solidez inexpugnável da doutrina católica, ou seja, de Jesus Cristo Nosso Senhor.

Façamos um redobrado esforço por acompanhar Bento XVI, pois o esforço, e ao falar em esforço, refiro-me à disponibilidade intelectual e de tempo para ler e mastigar devidamente os riquíssimos conteúdos que nos são propostos e que são comparáveis ao melhor e mais rico legado que nos foi deixado ao longo dos séculos por Santos e Doutores da Igreja.

É óbvio, que as Sagradas Escrituras são a fonte Divina de toda a nossa Fé, mas o contributo para a sua melhor compreensão e vivência dado por inúmeros Santos e Papas, tem sido ao longo da história de grande relevância. Ora sucede, que quis Deus Nosso Senhor, que o sucessor de Pedro neste início do século XXI fosse um teólogo de excepção, e devemos estar-Lhe gratos por tal e não deixarmos escapar esta extraordinária circunstância.

Gostaria de terminar, agradecendo ao Senhor o extraordinário Papa que nos ofereceu e pedindo-Lhe que o ilumine e proteja para o bem da Sua e nossa Santa Madre Igreja.

JPR

«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho)

Imitação de Cristo, 1, 22, 3

Sim, muito oprimido se sente o homem interior com as necessidades corporais neste mundo. Por isto roga o profeta a Deus, devotamente, que o livre delas, dizendo: Livrai-me, Senhor, das minhas necessidades (Sl 24,17). Mas, ai daqueles que não conhecem a sua miséria, e, outra vez, ai daqueles que amam esta miserável e corruptível vida! Porque há alguns tão apegados a ela - posto que mal arranjem o necessário com o trabalho ou com a esmola - que, se pudessem viver aqui sempre, nada se lhes daria do reino de Deus.

Que bonita é a nossa vocação de cristãos – de filhos de Deus!

Dá muitas graças a Jesus, porque por Ele, com Ele e n'Ele, tu podes chamar-te filho de Deus. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 265) 


Se nos sentimos filhos predilectos do nosso Pai dos Céus – é o que somos! –, como é que não estamos sempre alegres? Pensa bem nisto. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 266)

Que bonita é a nossa vocação de cristãos – de filhos de Deus! –, que nos dá na terra a alegria e a paz que o mundo não pode dar! (S. Josemaría Escrivá - Forja, 269)

Ut in gratiarum semper actione maneamus! Meu Deus, obrigado, obrigado por tudo: pelo que me contraria, pelo que não entendo, pelo que me faz sofrer.

Os golpes são necessários, para arrancar o que sobra do grande bloco de mármore. Assim esculpe Deus nas almas a imagem do Seu Filho. Agradece ao Senhor essas delicadezas! (Via Sacra, Estação VI, n. 4)

Quando os cristãos passam maus bocados, é porque não dão a esta vida todo o seu sentido divino.

Onde a mão sente a picadela dos espinhos, os olhos descobrem um ramo de rosas esplêndidas, cheias de aroma. (S. Josemaría Escrivá - Via Sacra, Estação VI, n. 5)

A graça do Senhor por intercessão de São Josemaría

Querido São Josemaría, nos últimos 6 anos por diversas vezes recorri à tua intercessão pedindo pelo sucesso nos estudos do meu grande amigo Kiko. Hoje fez a última cadeira e terminou o curso de medicina, hoje e sempre, é-me devida esta nota de gratidão ao Senhor e a ti, com uma lágrima de alegria ao canto do olho.

Louvado seja Deus Nosso Senhor pela Sua bondade e pelos Seus Santos!

JPR

Amizade com Cristo

O Senhor dirige-nos estas palavras maravilhosas: Já não vos chamo servos... mas chamei-vos amigos (Jo 15, 15). Quantas vezes não sentimos que somos - e é verdade - apenas servos inúteis! (cfr. Lc 17, 10). E, apesar disso, o Senhor chama-nos amigos, faz-nos seus amigos, dá-nos a sua amizade. O Senhor define a amizade de uma dupla maneira.

[A primeira é que] não existem segredos entre amigos: Cristo diz-nos tudo quanto escuta do Pai; dá-nos toda a sua confiança e, com a confiança, também o conhecimento.

Revela-nos o seu rosto, o seu coração. Mostra-nos a sua ternura por nós, o seu amor apaixonado que vai até à loucura da Cruz. Confia-se a nós, dá-nos o poder de falar com o seu Eu: Isto é o meu Corpo..., Eu te absolvo... Confia-nos o seu Corpo místico, a Igreja. Confia às nossas fracas mentes, às nossas fracas mãos, a sua Verdade - o mistério de Deus Pai, Filho e Espírito Santo; o mistério de Deus que tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito (Jo 3, 16). Fez de nós seus amigos [...].

O segundo elemento com que Jesus define a amizade é a comunhão das vontades. Idem velle - idem nolle [querer o mesmo, não querer o mesmo, isto é, ter os mesmos gostos e repulsas], era também para os romanos a definição da amizade. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando (Jo 15, 14). A amizade com Cristo coincide com aquilo que o terceiro pedido do Pai-Nosso exprime: Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu. Na hora do Getsemani, Jesus transformou a nossa vontade humana rebelde em vontade conforme e unida à vontade divina. Sofreu todo o drama da nossa autonomia - e é exatamente pondo a nossa vontade nas mãos de Deus, que nos dá a verdadeira liberdade: Não se faça como eu quero, mas como Tu queres (Mt 26, 39).

Nessa comunhão das vontades, realiza-se a nossa Redenção: sermos amigos de Jesus, tornarmo-nos amigos de Deus. Quanto mais amamos Jesus, tanto mais o conhecemos, tanto mais cresce a nossa verdadeira liberdade, cresce a alegria de sermos redimidos.
Obrigado, Jesus, pela tua amizade!

(Cardeal Joseph Ratzinger em Homilia da Missa Pro Eligendo Pontífice, Vaticano, 18.04.2005)

Amor ao Romano Pontífice

Obrigado, meu Deus, pelo amor ao Papa que puseste no meu coração.

(São Josemaría Escrivá - Caminho 573)

«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida»

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas 
Exercício espiritual de 19/01/1642


Deus dá-nos as Suas graças segundo as necessidades que temos. Deus é uma fonte à qual todos vão buscar água segundo as suas necessidades. Como uma pessoa que precisa de seis baldes e traz seis; de três, três; um pássaro que não precise mais do que um golo e é isso que toma; ou um peregrino que sacia a sede com uma mão cheia de água. Acontece-nos o mesmo em relação a Deus.


Devemos sentir uma profunda emoção quando nos fidelizamos à leitura de um capítulo do Novo Testamento e produzimos os correspondentes actos: de adoração, adorando a palavra de Deus e a Sua verdade; entrando nos sentimentos com os quais Nosso Senhor os pronunciou e aceitando essas verdades; decidindo praticar essas mesmas verdades. [...] Devemos sobretudo evitar ler por uma questão de estudo, dizendo: «Esta passagem vai servir-me para esta ou aquela prédica», mas ler apenas para nosso desenvolvimento.


Não nos devemos sentir desencorajados se, depois de o ler várias vezes, um mês, dois meses, seis meses, não nos sentimos tocados. Acontece que um dia veremos uma pequena luz, noutro dia uma maior, e uma maior ainda quando tivermos necessidade dela. Uma só palavra é capaz de nos converter; basta uma.

O Evangelho do dia 19 de Abril de 2012

Aquele que vem lá de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra, é da terra, e terrestre é a sua linguagem. Aquele que vem do céu, é superior a todos. Ele testifica o que viu e ouviu, mas ninguém recebe o Seu testemunho. Quem recebe o Seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro. Aquele a Quem Deus enviou fala palavras de Deus, porque Deus não Lhe dá o Espírito por medida. O Pai ama o Filho e pôs todas as coisas na Sua mão. Quem acredita no Filho tem a vida eterna; quem, porém, não acredita no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».

Jo 3, 31-36