segunda-feira, 2 de abril de 2012
Pode um padre recusar a comunhão na boca a um fiel? (agradecimento 'É o Carteiro!')
O fiel tem sempre direito a escolher
se deseja receber a sagrada Comunhão na boca
[92.]
Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca [178] ou se, o que vai comungar, quer receber na mão
o Sacramento.
Nos
lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia.
Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma
imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas.
Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão. [179]
Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma
imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas.
Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão. [179]
Amar a Cristo...
Senhor Jesus, celebramos hoje a partida para a Casa do Pai do Teu eleito filho Karol que durante 26 anos foi a Tua sólida pedra na terra, com ele aprendemos a boa doutrina, o carinho inexcedível, a alegria contagiante, a firmeza na Fé, a aceitação do sofrimento físico por absoluto amor a Ti, ao Pai e ao Divino Espírito Santo.
Chamaste João Paulo II para junto de Ti e dezassete dias depois ofereceste-nos o Teu filho Joseph que, sendo diferente, tão bem nos tem guiado e incansavelmente Te tem divulgado ao mundo.
Querido Jesus, a nossa gratidão jamais será suficiente, rogamos-Te que no-lo recordes hoje e sempre para que com total entrega possamos aumentar o nosso amor por Ti à semelhança destes Teus dois filhos predilectos, Karol e Joseph.
Grandes e admiráveis são as vossas obras Senhor!
JPR
Imitação de Cristo, 1, 19, 5
À volta das festas principais devemos renovar os nossos bons exercícios e com mais fervor implorar a intercessão dos santos. De uma para outra festividade devemos preparar-nos, como se então houvéssemos de sair deste mundo e chegar à festividade eterna. Por isso, devemos aparelhar-nos diligentemente, nos tempos de devoção, com vida mais piedosa e observância mais fiel de todas as regras, como se houvéssemos de receber em breve o galardão do nosso trabalho.
Tens de ser fermento
Dentro da grande multidão humana – interessam-nos todas as almas – tens de ser fermento, para que, com a ajuda da graça divina e com a tua correspondência, actues em todos os lugares do mundo como a levedura que dá qualidade, que dá sabor, que dá volume, com o fim de que depois o pão de Cristo possa alimentar outras almas. (São Josemaría Escrivá - Forja, 973)
Uma grande multidão acompanhara Jesus. Nosso Senhor ergue os olhos e pergunta a Filipe:Onde compraremos pão para dar de comer a toda esta gente?. Fazendo um cálculo rápido, Filipe responde: Duzentos dinheiros de pão não bastam para cada um receber um pequeno bocado. Como não dispõem de tanto dinheiro, lançam mão de uma solução caseira. Diz-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente.
Nós queremos seguir o Senhor e desejamos difundir a sua Palavra. Humanamente falando, é lógico que também perguntemos a nós mesmos: mas que somos nós para tanta gente? Em comparação com o número de habitantes da Terra, ainda que nos contemos por milhões, somos poucos. Por isso, temos de considerar-nos como uma pequena levedura, preparada e disposta a fazer o bem à humanidade inteira, recordando as palavras do Apóstolo: Um pouco de levedura fermenta toda a massa, transforma-a. Precisamos, portanto, de aprender a ser esse fermento, essa levedura, para modificar e transformar as multidões.
Se meditarmos com sentido espiritual no texto de S. Paulo, compreenderemos que temos de trabalhar em serviço de todas as almas. O contrário seria egoísmo. Se olharmos para a nossa vida com humildade, veremos claramente que o Senhor nos concedeu talentos e qualidades, além da graça da fé. Nenhum de nós é um ser repetido. O Nosso Pai criou-nos um a um, repartindo entre os seus filhos diverso número de bens. Pois temos de pôr esses talentos, essas qualidades, ao serviço de todos; temos de utilizar esses dons de Deus como instrumentos para ajudar os homens a descobrirem Cristo. (São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 256–258)
O UNIV, a beleza e Roma
"A força
da beleza" é o tema escolhido para suscitar o debate entre os
universitários de todo o mundo que assistirão, em Roma, de 31 de março a 8 de
abril, ao Forum UNIV 2012
Dovstoievski
disse: “A humanidade pode viver sem a ciência, pode viver sem pão, mas nunca
poderia viver sem a beleza, porque já não haveria motivo para estar no
mundo”.
A procura da beleza é uma das motivações mais fortes para a transformação do mundo. Por isso, foi escolhida como tema principal para a próxima edição do UNIV Forum, que terá lugar em Roma de 31 de março a 8 de abril próximos.
A procura da beleza é uma das motivações mais fortes para a transformação do mundo. Por isso, foi escolhida como tema principal para a próxima edição do UNIV Forum, que terá lugar em Roma de 31 de março a 8 de abril próximos.
"Numa
cultura como a atual – refere-se no site do UNIV –
que dá preferência aos sentimentos sobre os argumentos, a beleza parece ocupar
um posto especial".
"Torna-se necessário aprender a descobrir a beleza, algo que é possível em todos os campos do fazer e do saber: desde a moda até à ciência mais abstrata, como demonstram numerosos exemplos contemporâneos".
UNIVERSITÁRIOS EM ROMA
O Forum UNIV 2012 quer contribuir para a reflexão acerca da beleza, do seu poder transformador e inspirador (na arte, na ciência, na vida dos povos), da sua força de atração (na comunicação), da possibilidade de aprender a descobrir a beleza e a distinguir a autêntica beleza da que é apenas aparente.
"Torna-se necessário aprender a descobrir a beleza, algo que é possível em todos os campos do fazer e do saber: desde a moda até à ciência mais abstrata, como demonstram numerosos exemplos contemporâneos".
UNIVERSITÁRIOS EM ROMA
O Forum UNIV 2012 quer contribuir para a reflexão acerca da beleza, do seu poder transformador e inspirador (na arte, na ciência, na vida dos povos), da sua força de atração (na comunicação), da possibilidade de aprender a descobrir a beleza e a distinguir a autêntica beleza da que é apenas aparente.
Entre os palestrantes que apresentarão algumas propostas aos participantes destacam-se:
Ennio Morricone (Roma, 1928),
um dos mais conhecidos compositores, autor de bandas sonoras de filmes como O
bom, o feio e o mau, A Missão ou Cinema Paraíso.
Etsuro Sotoo (Fukuoka, 1953), desenhador e construtor da fachada da Sagrada Família e convertido ao catolicismo: "Queria ser fiel ao espírito de Gaudí, penetrar na sua essência. Depois dei-me conta de que, mesmo com toda a minha boa vontade, só podia chegar até certo ponto. Então apercebi-me de que não devia olhar para Gaudí, mas olhar para onde ele olhava".
Scott Hahn (Estados Unidos, 1957), escritor e teólogo convertido, que abordará como se pode chegar a conhecer a verdade através do poder de atração da beleza.
Jeffrey Langan, professor no Holy Cross College de Notre Dame, que abrirá o debate sobre o livro "O pequeno é formoso", que previamente tinha aconselhado que os participantes lessem.
Foi S. Josemaría Escrivá quem, em 1968, propôs que universitários de todo o mundo pudessem encontrar-se em Roma para debater algum tema na Cidade Eterna e conhecer e ouvir o Papa.
Pode-se encontrar mais informação e uma newsletter quinzenal em www.univforum.org
Etsuro Sotoo (Fukuoka, 1953), desenhador e construtor da fachada da Sagrada Família e convertido ao catolicismo: "Queria ser fiel ao espírito de Gaudí, penetrar na sua essência. Depois dei-me conta de que, mesmo com toda a minha boa vontade, só podia chegar até certo ponto. Então apercebi-me de que não devia olhar para Gaudí, mas olhar para onde ele olhava".
Scott Hahn (Estados Unidos, 1957), escritor e teólogo convertido, que abordará como se pode chegar a conhecer a verdade através do poder de atração da beleza.
Jeffrey Langan, professor no Holy Cross College de Notre Dame, que abrirá o debate sobre o livro "O pequeno é formoso", que previamente tinha aconselhado que os participantes lessem.
Foi S. Josemaría Escrivá quem, em 1968, propôs que universitários de todo o mundo pudessem encontrar-se em Roma para debater algum tema na Cidade Eterna e conhecer e ouvir o Papa.
Pode-se encontrar mais informação e uma newsletter quinzenal em www.univforum.org
Tradições de Páscoa no Alentejo
No Alentejo, a tradição de Páscoa está muito ligada à Segunda-feira de Páscoa, na qual, de uma maneira geral, os alentejanos vão para o campo desfrutar da beleza primaveril que nos inunda de cores e cheiros, abrindo o apetite para a gastronomia tradicional neste dia: o borrego e o folar.
Na Arquidiocese de Évora, em algumas localidades, essa tradição de ir para o campo ganhou contornos de Romaria, com um programa organizado em que o sagrado e o profano convivem, sendo momentos de devoção religiosa e de saudável convívio entre familiares e amigos.
Junto à fronteira, há décadas que, no fim-de-semana da Páscoa, a vila de Campo Maior fica praticamente deserta porque a maioria da população, incluindo famílias inteiras, se mudam literalmente para as margens do rio Xévora, junto do Santuário de Nossa Senhora da Enxara, a poucos quilómetros da aldeia de Ouguela e de Alburquerque.
Apesar das celebrações religiosas acontecerem apenas no Domingo de Páscoa, com a celebração de uma Eucaristia, e na segunda-feira de Páscoa, com a tradicional Procissão com a imagem de Nossa Senhora da Enxara, os campomaiorenses vão para ali acampar dias antes. Este ano não será excepção, sendo que os terrenos para os acampamentos já estão marcados há muito tempo para aquelas bandas.
No dia mais importante da Festa, Segunda-feira de Páscoa, feriado municipal, realiza-se, pelas 15h30, uma Missa seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Enxara, terminando as festas, como é tradicional com o sorteio de uma bezerra, um borrego, um Leitão e um Presunto.
Mais a oeste da Arquidiocese, decorre a Romaria em honra de Nossa Senhora do Carmo, que acontece na Serra de São Miguel, concelho de Sousel. Trata-se de uma romaria secular que se realiza anualmente, na segunda-feira de Páscoa. Segundo a imprensa local, as gentes da vila de Sousel, numa azáfama, preparam de véspera o cabrito assado, o ensopado de borrego, as “costas” e o pão que são feitos no forno de lenha. Na Segunda-feira de Páscoa invadem a Serra de S. Miguel, em busca de uma sobra das oliveiras que a povoam, para estenderem as suas toalhas e fazerem o piquenique. Durante a Páscoa, a imagem de Nossa Senhora do Carmo é levada para a Capela, no alto daquela Serra. E na próxima Segunda-feira, cumprindo a tradição, está marcada a Missa seguida de Procissão, para o meio-dia. Finalizadas as cerimónias religiosas, acontece o almoço e depois, o tradicional rebola. Para outros, depois do almoço vem a “sesta”, enquanto esperam pelo início da tourada, marcada para as 17h.
A Sul na Arquidiocese, nomeadamente, por Mourão, na Segunda-feira de Páscoa realizar-se-á a Romaria de S. Pedro dos Olivais. O dia começará pelas 10h com o cortejo, em volta do Jardim Municipal. Às 11h30, Missa Solene campal, na ermida de S. Pedro, seguida de Procissão em volta da ermida. Após a confraternização, pelas 15h, iniciar-se-á o Arraial, com o leilão das fogaças ofertadas.
Pelo Alentejo fora existem ainda outras festas e romarias tradicionais com maior ou menor organização, que marcam a segunda-feira de Páscoa e os dias seguintes, como acontece no concelho de Alandroal, onde na segunda-feira de Pascoela, oitavo dia depois da Páscoa, acontece a Romaria da Senhora da Boa Nova, para a qual muitos ainda guardam o borrego e o foral para degustarem por esses dias.
No vizinho concelho de Borba também se assinala a segunda-feira de Páscoa, com a Festa de Santa Bárbara, e na segunda-feira a seguir, com a Feira da Pascoela.
Em Redondo, a tradição na segunda-feira de Páscoa continua também a cumprir-se com a romaria à Ermida de Nossa Senhora da Piedade. Ao meio dia haverá Eucaristia, seguindo-se uma tarde de convívio.
Na cidade de Elvas a tradição de ir comer o borrego para o campo é também cumprida, sendo que neste caso, na segunda-feira de Páscoa, os elvenses rumam para a Ajuda, nas margens do Rio Guadiana, onde comem o borrego assado.
Pedro Miguel Conceição - jornalista de “a defesa”
(Fonte: site Agência Ecclesia)
NOTA de JPR: no Baixo Alentejo, Diocese de Beja, as tradições são idênticas sendo que o almoço no campo tradicionalmente é um Ensopado de Borrego com ervilhas e batatas novas.
Uma Feliz e Santa Páscoa!
Na Arquidiocese de Évora, em algumas localidades, essa tradição de ir para o campo ganhou contornos de Romaria, com um programa organizado em que o sagrado e o profano convivem, sendo momentos de devoção religiosa e de saudável convívio entre familiares e amigos.
Junto à fronteira, há décadas que, no fim-de-semana da Páscoa, a vila de Campo Maior fica praticamente deserta porque a maioria da população, incluindo famílias inteiras, se mudam literalmente para as margens do rio Xévora, junto do Santuário de Nossa Senhora da Enxara, a poucos quilómetros da aldeia de Ouguela e de Alburquerque.
Apesar das celebrações religiosas acontecerem apenas no Domingo de Páscoa, com a celebração de uma Eucaristia, e na segunda-feira de Páscoa, com a tradicional Procissão com a imagem de Nossa Senhora da Enxara, os campomaiorenses vão para ali acampar dias antes. Este ano não será excepção, sendo que os terrenos para os acampamentos já estão marcados há muito tempo para aquelas bandas.
No dia mais importante da Festa, Segunda-feira de Páscoa, feriado municipal, realiza-se, pelas 15h30, uma Missa seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Enxara, terminando as festas, como é tradicional com o sorteio de uma bezerra, um borrego, um Leitão e um Presunto.
Mais a oeste da Arquidiocese, decorre a Romaria em honra de Nossa Senhora do Carmo, que acontece na Serra de São Miguel, concelho de Sousel. Trata-se de uma romaria secular que se realiza anualmente, na segunda-feira de Páscoa. Segundo a imprensa local, as gentes da vila de Sousel, numa azáfama, preparam de véspera o cabrito assado, o ensopado de borrego, as “costas” e o pão que são feitos no forno de lenha. Na Segunda-feira de Páscoa invadem a Serra de S. Miguel, em busca de uma sobra das oliveiras que a povoam, para estenderem as suas toalhas e fazerem o piquenique. Durante a Páscoa, a imagem de Nossa Senhora do Carmo é levada para a Capela, no alto daquela Serra. E na próxima Segunda-feira, cumprindo a tradição, está marcada a Missa seguida de Procissão, para o meio-dia. Finalizadas as cerimónias religiosas, acontece o almoço e depois, o tradicional rebola. Para outros, depois do almoço vem a “sesta”, enquanto esperam pelo início da tourada, marcada para as 17h.
A Sul na Arquidiocese, nomeadamente, por Mourão, na Segunda-feira de Páscoa realizar-se-á a Romaria de S. Pedro dos Olivais. O dia começará pelas 10h com o cortejo, em volta do Jardim Municipal. Às 11h30, Missa Solene campal, na ermida de S. Pedro, seguida de Procissão em volta da ermida. Após a confraternização, pelas 15h, iniciar-se-á o Arraial, com o leilão das fogaças ofertadas.
Pelo Alentejo fora existem ainda outras festas e romarias tradicionais com maior ou menor organização, que marcam a segunda-feira de Páscoa e os dias seguintes, como acontece no concelho de Alandroal, onde na segunda-feira de Pascoela, oitavo dia depois da Páscoa, acontece a Romaria da Senhora da Boa Nova, para a qual muitos ainda guardam o borrego e o foral para degustarem por esses dias.
No vizinho concelho de Borba também se assinala a segunda-feira de Páscoa, com a Festa de Santa Bárbara, e na segunda-feira a seguir, com a Feira da Pascoela.
Em Redondo, a tradição na segunda-feira de Páscoa continua também a cumprir-se com a romaria à Ermida de Nossa Senhora da Piedade. Ao meio dia haverá Eucaristia, seguindo-se uma tarde de convívio.
Na cidade de Elvas a tradição de ir comer o borrego para o campo é também cumprida, sendo que neste caso, na segunda-feira de Páscoa, os elvenses rumam para a Ajuda, nas margens do Rio Guadiana, onde comem o borrego assado.
Pedro Miguel Conceição - jornalista de “a defesa”
(Fonte: site Agência Ecclesia)
NOTA de JPR: no Baixo Alentejo, Diocese de Beja, as tradições são idênticas sendo que o almoço no campo tradicionalmente é um Ensopado de Borrego com ervilhas e batatas novas.
Uma Feliz e Santa Páscoa!
O Amor e o culto
«Amor ao próximo e culto são antecipações daquilo que, neste mundo, permanece esperança. Mas, justamente por esta razão é que o amor ao próximo e o culto constituem alento de esperança, conducente a algo superior que há-de vir – à verdadeira salvação e à verdadeira saciedade -, a visão da face de Deus».
(“A Caminho de Jesus Cristo” – Joseph Ratzinger)
«Cristo Total» (Christus totus)
«Redemptor noster unam se personam cum sanctam Ecelesiam, quam assumpsit, exhibuit – O nosso Redentor apresentou-Se a Si próprio como uma única pessoa unida à santa Igreja, que Ele assumiu»
(Moralia in Job, Praefatio 6, 4 – São Gregorio Magno)
«Caput et membra, quasi una persona mystica – Cabeça e membros são, por assim dizer, uma só e mesma pessoa mística»
(Summa theologiae 3, q. 48, a. 2, ad 1 – São Tomás de Aquino)
(Moralia in Job, Praefatio 6, 4 – São Gregorio Magno)
«Caput et membra, quasi una persona mystica – Cabeça e membros são, por assim dizer, uma só e mesma pessoa mística»
(Summa theologiae 3, q. 48, a. 2, ad 1 – São Tomás de Aquino)
A casa encheu-se com a fragrância do perfume
Foto corresponde à mesma data em 2009 |
Homilia de 02/04/2007 por ocasião do 2º aniversário do desaparecimento de João Paulo II
A narração evangélica confere um clima pascal intenso para a nossa meditação: a ceia de Betânia é prelúdio para a morte de Jesus, no sinal da unção que Maria fez em homenagem ao Mestre e que Ele aceitou em previsão da Sua sepultura (cf. Jo 12, 7). Mas é também anúncio da ressurreição, mediante a própria presença do redivivo Lázaro, testemunho eloquente do poder de Cristo sobre a morte. Além da plenitude do significado pascal, a narração da ceia de Betânia tem em si uma ressonância pungente, repleta de afecto e devoção; um misto de alegria e de sofrimento [...].
Para nós, reunidos em oração na recordação do meu venerado Predecessor, o gesto da unção de Maria de Betânia é rico de ecos e de sugestões espirituais. Evoca o testemunho luminoso que João Paulo II ofereceu de um amor a Cristo sem reservas e sem se poupar. O «perfume» do seu amor «encheu toda a casa» (cf. Jo 12, 3), isto é, toda a Igreja. Sem dúvida, quem beneficiou dele fomos nós que lhe estivemos próximos, e por isto agradecemos a Deus, mas dele puderam gozar também todos os que o conheceram de longe, porque o amor do Papa Wojtyla por Cristo superabundou, poderíamos dizer, em todas as regiões do mundo, porque era muito forte e intenso. A estima, o respeito e o afecto que crentes e não-crentes lhe manifestaram por ocasião da sua morte não é porventura um testemunho eloquente? [...] O intenso e frutuoso ministério pastoral, e ainda mais o calvário da agonia e a morte serena do nosso amado Papa, fizeram conhecer aos homens do nosso tempo que Jesus Cristo era verdadeiramente o seu «tudo». [...]
«E a casa encheu-se com o cheiro do perfume» (Jo 12, 3). Voltemos a esta anotação, tão sugestiva do evangelista João. O perfume da fé, da esperança e da caridade do Papa encheu a sua casa, encheu a Praça de São Pedro, encheu a Igreja e propagou-se no mundo inteiro. O que aconteceu depois da sua morte foi, para quem crê, efeito daquele «perfume» que alcançou todos, próximos e distantes, e os atraiu para um homem que Deus tinha progressivamente conformado com o Seu Cristo. [...] Que o «Totus tuus» do amado Pontífice nos estimule a segui-lo pelo caminho da doação de nós próprios a Cristo por intercessão de Maria.
«A casa encheu-se com a fragrância do perfume»
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário do Cântico dos Cânticos, II, 9
A esposa do Cântico dos Cânticos diz: «o meu nardo dá o seu perfume» (1,12) [...]; mas podemos ler também «o Seu perfume». [...] A esposa aproximou-se do Esposo, ungiu-O com os seus unguentos e, surpreendentemente, foi como se o nardo não tivesse dado perfume enquanto estava nas mãos da esposa, mas o desse ao entrar em contacto com o corpo do Esposo — de sorte que, segundo parece, não foi tanto Ele que recebeu o perfume do nardo mas foi antes o nardo que o recebeu, como se viesse d'Ele. [...]
Apresentamos aqui a esposa Igreja, na pessoa de Maria: diz-se que ela trazia uma libra de nardo de alto preço e que ungiu os pés de Jesus, enxugando-os depois com os cabelos e que, de certo modo, também ela recebeu, através dos cabelos, um perfume impregnado da qualidade e do poder do corpo de Jesus. [...] Ela impregnou a cabeça com um perfume requintado que vinha mais de Cristo que do nardo e disse [com a esposa]: «O meu nardo, derramado no corpo de Cristo, deu-me em troca o Seu aroma». [...]
«A casa encheu-se com a fragrância do perfume.» Isso indica, seguramente, que a fragrância da doutrina que vem de Cristo e o agradável perfume do Espírito Santo encheram toda a casa deste mundo, ou a casa de toda a Igreja. Ou, pelo menos, encheram toda a casa através desta alma que recebeu a fragrância de Cristo, tendo-Lhe oferecido inicialmente o dom da sua fé como nardo puro, e recebendo, em retribuição, a graça do Espírito Santo e o agradável perfume da doutrina espiritual [...], para que também ela pudesse dizer: «Somos para Deus o bom odor de Cristo» (2Co 2,15). Ora, porque esse nardo foi cheio de fé e dum amor de grande valor, Jesus presta-lhe esta homenagem: «Praticou em Mim uma boa acção!» (Mc 14,6).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Comentário do Cântico dos Cânticos, II, 9
A esposa do Cântico dos Cânticos diz: «o meu nardo dá o seu perfume» (1,12) [...]; mas podemos ler também «o Seu perfume». [...] A esposa aproximou-se do Esposo, ungiu-O com os seus unguentos e, surpreendentemente, foi como se o nardo não tivesse dado perfume enquanto estava nas mãos da esposa, mas o desse ao entrar em contacto com o corpo do Esposo — de sorte que, segundo parece, não foi tanto Ele que recebeu o perfume do nardo mas foi antes o nardo que o recebeu, como se viesse d'Ele. [...]
Apresentamos aqui a esposa Igreja, na pessoa de Maria: diz-se que ela trazia uma libra de nardo de alto preço e que ungiu os pés de Jesus, enxugando-os depois com os cabelos e que, de certo modo, também ela recebeu, através dos cabelos, um perfume impregnado da qualidade e do poder do corpo de Jesus. [...] Ela impregnou a cabeça com um perfume requintado que vinha mais de Cristo que do nardo e disse [com a esposa]: «O meu nardo, derramado no corpo de Cristo, deu-me em troca o Seu aroma». [...]
«A casa encheu-se com a fragrância do perfume.» Isso indica, seguramente, que a fragrância da doutrina que vem de Cristo e o agradável perfume do Espírito Santo encheram toda a casa deste mundo, ou a casa de toda a Igreja. Ou, pelo menos, encheram toda a casa através desta alma que recebeu a fragrância de Cristo, tendo-Lhe oferecido inicialmente o dom da sua fé como nardo puro, e recebendo, em retribuição, a graça do Espírito Santo e o agradável perfume da doutrina espiritual [...], para que também ela pudesse dizer: «Somos para Deus o bom odor de Cristo» (2Co 2,15). Ora, porque esse nardo foi cheio de fé e dum amor de grande valor, Jesus presta-lhe esta homenagem: «Praticou em Mim uma boa acção!» (Mc 14,6).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 2 de Abril de 2012
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde se encontrava Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado. Ofereceram-Lhe lá uma ceia. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Ele. Então, Maria tomou uma libra de perfume feito de nardo puro de grande preço, ungiu os pés de Jesus e Os enxugou com os seus cabelos; e a casa encheu-se com o cheiro do perfume. Judas Iscariotes, um dos Seus discípulos, aquele que O havia de entregar, disse: «Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários para se dar aos pobres?». Disse isto, não porque se importasse com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, roubava o que nela se deitava. Mas Jesus respondeu: «Deixa-a; ela reservou este perfume para o dia da Minha sepultura; porque pobres sempre os tereis convosco, mas a Mim nem sempre Me tereis». Uma grande multidão de judeus soube que Jesus estava ali e foi lá, não somente por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, a quem Ele tinha ressuscitado dos mortos. Os príncipes dos sacerdotes deliberaram então matar também Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus.
Jo 12, 1-11
Jo 12, 1-11