quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Correcção fraterna é caridade

«Face aos erros e faltas do próximo, em vez de dedicar-se a murmurar, ao falatório — como sucede com frequência —,não há maior prova de verdadeira caridade do que exercitar a correção fraterna com espírito de humildade e muita delicadeza.»

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Deis, na homilia do dia 18.02.2012 na ordenação diaconal de fiéis da Prelatura)

‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

3. Acidentes: tudo o que corre mal – uma explosão industrial, um desastre de viação, um tiroteio numa escola – tem potencial de notícia.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)
«Deus trabalha; continua a trabalhar na e sobre a história dos homens. Em Cristo, entra como Pessoa no trabalho cansativo da história. “Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho”. O mesmo Deus é o Criador do mundo, e a criação ainda não está terminada. Deus trabalha. Assim o trabalho dos homens deveria aparecer como uma expressão particular da sua semelhança com Deus e, deste modo, o homem tem a faculdade e pode participar no agir de Deus na criação do mundo.»

(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)

Responde São Josemaría - Por que critérios mede o senhor o êxito ou não do Opus Dei?

Quando um empreendimento é sobrenatural, pouco importam o êxito ou o fracasso como vulgarmente se consideram. Já dizia S. Paulo aos cristãos de Corinto que, na vida espiritual, o que interessa não é o juízo dos outros, nem o nosso próprio juízo, mas o juízo de Deus.

É certo que a Obra está hoje estendida a todo o mundo: pertencem a ela homens e mulheres de cerca de setenta nacionalidades. Ao pensar neste facto, eu mesmo me surpreendo. Não lhe encontro explicação humana, mas sim a vontade de Deus, pois o Espírito sopra onde quer, e serve-se de quem quer para realizar a santificação dos homens. Tudo isso é para mim ocasião de acção de graças, de humildade e de súplica a Deus para saber sempre servi-lo.

Pergunta-me também qual o critério com que meço e ajuízo as coisas. A resposta é muito simples: santidade, frutos de santidade.

O apostolado mais importante do Opus Dei é aquele que cada um dos seus membros realiza através do testemunho da sua vida e com a sua palavra, no convívio diário com os amigos e companheiros de profissão. Quem poderá medir a eficácia sobrenatural deste apostolado silencioso e humilde? É incalculável a ajuda que representa o exemplo de um amigo leal e sincero, ou a influência de uma boa mãe no seio da família.

Mas talvez a sua pergunta se refira aos apostolados da Obra como tal, supondo que, neste caso, se poderão medir os resultados sob um ponto de vista humano, técnico: se uma escola de formação de operários consegue promover socialmente os homens que a frequentam; se uma Universidade dá aos seus estudantes uma formação profissional e cultural adequadas. Se admitirmos que é esse o sentido da sua pergunta, dir-lhe-ei que o resultado se pode explicar em parte por se tratar de tarefas realizadas por pessoas que exercem esse trabalho como uma actividade profissional específica, para a qual se preparam como todo aquele que deseja executar um trabalho sério. Quer isto dizer, entre outras coisas, que essas obras não se lançam segundo esquemas preconcebidos: caso por caso, estudam-se as necessidades particulares da sociedade em que se vão inserir, para se adaptarem às exigências reais.

Repito-lhe que ao Opus Dei não interessa primordialmente a eficácia humana. O êxito ou o fracasso real desses trabalhos depende de que, estando humanamente bem feitos, sirvam ou não sirvam para que aqueles que os realizam, e também os que deles beneficiam, amem a Deus, se sintam irmãos de todos os outros homens e manifestem estes sentimentos num serviço desinteressado à humanidade.
Temas actuais do cristianismo, 31

(Fonte: site ‘São Josemaría Escrivá’ AQUI)

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, ajuda-me a durante a Quaresma ter-Te todavia mais presente e a lembrar-me de Ti oferecendo um tempo de oração mental mais longo e quando não possível jaculatórias de louvando-Te e contrição pelos meus pecados.

Obrigado meu Deus e meu Senhor por me ouvires sempre, mesmo quando injustamente me parece que assim não é!


JPR

Humildade e não ceder às opiniões do mundo, foi o pedido do Papa aos párocos de Roma

Na grande aula das audiências do Vaticano decorreu na manhã desta quinta feira o tradicional encontro do Papa com os párocos de Roma, no inicio da Quaresma. Bento XVI apresentou uma lectio divina centrada no capitulo IV da Carta de São Paulo aos Efésios.

O grande sofrimento na Europa, no Ocidente para a Igreja – disse o Papa – é a falta de vocações. Mas o Senhor chama sempre. É preciso ouvir esta chamada. Sublinhou depois que os padres devem ser humildes, mansos e magnânimos. Em particular, afirmou, quando sou humilde tenho também a liberdade de estar em contraste com o pensamento dominante. Esta humildade – acrescentou – dá-me a capacidade da verdade. E é por isso que na Igreja precisamos de saber aceitar também mansões pequenas mas grandes aos olhos de Deus.

Um grande problema para a Igreja atual, prosseguiu, é o analfabetismo religioso. Devemos reapropriar-nos do conteúdo da fé, foi a sua exortação. Não como pacote de dogmas. Devemos fazer tudo, disse aos párocos de Roma, para nos renovarmos e fazer de maneira que Cristo seja conhecido

Bento XVI deteve-se também sobre aqueles que se definem fiéis adultos, porque emancipados do Magistério da Igreja. Na realidade, advertiu, o resultado não é uma fé adulta, mas uma dependência da opinião do mundo. A verdadeira emancipação – salientou – é libertar-se desta ditadura das opiniões e acreditar no Filho de Deus.

Só assim, concluiu, somos capazes de responder aos desafios do nosso tempo.

Durante o encontro o Papa entregou aos párocos responsáveis pelas várias prefeituras da diocese de Roma o texto intitulado Escolhido por Deus para os homens, publicado pelas Paulinas com uma apresentação do cardeal vigário Agostinho Vallini.

Trata-se, disse o purpurado, de uma regra de vida, fruto do Ano Sacerdotal. Um traçado espiritual, um guia ideal oferecido a todos os padres romanos para que cresçam na alegria da vocação comum e na unidade do sacerdócio.

Rádio Vaticano

Imitação de Cristo, 1, 10, 1

Evita, quanto puderes, o bulício dos homens, porque muito nos perturbam os negócios mundanos ainda quando tratados com reta intenção; pois bem depressa somos manchados e cativos da vaidade. Quisera eu ter calado muitas vezes e não ter conversado com os homens. Por que razão, porém, nos atraem falas e conversas, se raras vezes voltamos ao silêncio sem dano da consciência? Gostamos tanto de falar, porque pretendemos, com essas conversações, ser consolados uns pelos outros e desejamos aliviar o coração fatigado por preocupações diversas. E ordinariamente sentimos prazer em falar e pensar, ora nas coisas que muito amamos e desejamos, ora nas que nos contrariam.

É tempo de esperança, e eu vivo desse tesouro

"É tempo de esperança, e eu vivo desse tesouro. Não é uma frase, Padre; é uma realidade", dizes-me. Então... o mundo inteiro, todos os valores humanos que te atraem com uma força enorme (amizade, arte, ciência, filosofia, teologia, desporto, natureza, cultura, almas...), tudo isso, deposita-o na esperança – na esperança de Cristo. (Sulco, 293)

Onde quer que nos encontremos, esta é a exortação do Senhor: vigiai! Em face deste apelo de Deus, alimentemos nas nossas consciências os desejos esperançosos de santidade, com obras. Dá-me, meu filho, o teu coração, sugere-nos o senhor ao ouvido. Deixa-te de construir castelos com a fantasia, decide-te a abrir a tua alma a Deus, pois exclusivamente no Senhor acharás o fundamento real para a tua esperança e para fazer o bem aos outros. Quando não lutamos connosco mesmos, quando não rechaçamos terminantemente os inimigos que estão dentro da cidadela interior – o orgulho, a inveja, a concupiscência da carne e dos olhos, a auto-suficiência, a tresloucada avidez da libertinagem – quando não existe essa peleja interior, os mais nobres ideais definham como a flor do feno; ao romper o sol ardente, a erva seca, a flor cai e acaba a sua vistosa formosura. Depois, pela menor fenda brotarão o desalento e a tristeza, como plantas daninhas e invasoras.

Jesus não se conforma com um assentimento titubeante. Pretende, tem direito a que caminhemos com inteireza, sem concessões às dificuldades. Exige passos firmes concretos; pois, de ordinário, os propósitos gerais servem para pouco. Os propósitos pouco delineados parecem-me entusiasmos falazes que intentam calar as chamadas divinas percebidas pelo coração; fogos-fátuos, que não queimam nem dão calor e que desaparecem com a mesma fugacidade com que surgiram.

Por isso, convencer-me-ei de que as tuas intenções de alcançar a meta são sinceras, se te vir caminhar com determinação. Faz o bem, revendo as tuas atitudes habituais quanto à ocupação de cada instante; pratica a justiça, precisamente nos ambientes que frequentas, ainda que a fadiga te vença; fomenta a felicidade dos que te rodeiam, servindo os outros com alegria no lugar do teu trabalho, com esforço para o acabar com a maior perfeição possível, com a tua compreensão, com o teu sorriso, com a tua atitude cristã. E tudo por Deus, com o pensamento na sua glória, com o olhar no alto, anelando a Pátria definitiva, pois só esse fim vale a pena. (Amigos de Deus, 211)

São Josemaría Escrivá

O pai é indispensável para que o filho cresça como sujeito (agradecimento 'É o Carteiro!)


A sociedade actual esvaziou o valor da função do pai, não o tem em conta, menosprezou a sua autoridade, as mulheres prescindem deles de forma manifesta, o que leva os filhos perderem-lhes absolutamente o respeito. 

Nestas circunstâncias, quando o pai deixa de ser relevante para a mãe, o filho percebe e é ele que toma o seu lugar confirmando a extinção da função paterna.

A desvalorização da paternidade começa a mostrar actualmente os seus efeitos secundários no correcto desenvolvimento dos filhos. A relação mãe-filho, digam o que disserem, é mesmo muito diferente da relação paterno-filial.

A função paterna é indispensável para que o filho assuma a sua individualidade, identidade e autonomia psíquica, necessárias para crescer como sujeito.

O pai, se se ausenta, física ou psiquicamente, deixa por cumprir o seu papel de “separador" que é aquilo que, precisamente, permite ao filho diferenciar-se da mãe.
(Fonte: AQUI)

Salmos

«Assim como a boca saboreia os alimentos, assim também o coração os Salmos»

(Sermão sobre o Cântico dos Cânticos, VII, 5 – São Bernardo)


Salmo 1 OS DOIS CAMINHOS (Pr 4,10-19; Jr 17,5-8)

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR
e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada
à beira da água corrente:
dá fruto na estação própria
e a sua folhagem não murcha;
em tudo o que faz é bem sucedido.Mas os ímpios não são assim!
São como a palha que o vento leva.
Por isso, os ímpios não resistirão no julgamento,
nem os pecadores, na assembleia dos justos.

O SENHOR conhece o caminho dos justos,
mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.

Oração

«Orar não é só contar a Deus tudo o que nos preocupa. Orar é também calar e saber escutar o que Deus nos quer dizer.»

(Beato João Paulo II)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1975

No aeroporto da Guatemala.
Momentos antes de tomar o avião, dá a bênção a centenas de pessoas que tinham ido despedir-se dele. Muitos não o tinham podido ver, porque estivera doente durante esses dias. “Custou-me muito não ter podido estar convosco. Paciência! Primeiro estava triste; mas agora estou alegre: Ofereci tudo ao Senhor pelo trabalho na América Central”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Nós perante os outros

«Tratemos pois, irmãos, não só de viver bem, mas de portar-nos bem diante dos outros. Procuremos que não tenha que repreender-nos nada a nossa consciência, e, além disso, tendo em conta a nossa fragilidade, pondo todo o cuidado que possamos, evitemos que possa pensar mal irmão menos formado»

(Sermo 47, 14 – Santo Agostinho)

O caminho que conduz Cristo à Sua Glória

Santo Anastácio de Antioquia, monge e depois patriarca de Antioquia, 549-570 e 593-599 
Homilia 4 sobre a Paixão; PG 89, 1347 

«Eis que subimos a Jerusalém. O Filho do Homem será entregue nas mãos dos pagãos, dos sumos-sacerdotes e dos escribas para ser flagelado, humilhado e crucificado» (cf Mt 20,18). Ao dizer isto aos Seus discípulos, Cristo anunciava o que estava de acordo com a predições dos profetas, pois eles tinham previsto a Sua morte, e que esta teria lugar em Jerusalém. [...] Compreendemos porque é que o Verbo de Deus que, de outra forma não sofreria, teve de suportar a Paixão; porque o homem não podia ter sido salvo de outra forma. Só Ele o sabia, assim como aqueles a quem Ele o revelara. De facto, Ele sabia tudo o que vem do Pai, porque o «Espírito penetra até às profundezas dos mistérios divinos» (1Cor 2, 10).

«Era necessário que Cristo sofresse» (Lc 24, 26): era completamente impossível que a Paixão não tivesse acontecido, como Ele próprio afirmou quando chamou «lentos a acreditar» e «sem inteligência» àqueles que não sabiam que Cristo tinha de sofrer assim para entrar na Sua Glória (Lc 24, 25). De facto, Ele veio para salvar o Seu povo, renunciando à «glória que tinha junto do Pai antes do início do mundo» (Jo 17, 5). Esta salvação era a perfeição que devia concretizar-se pela Paixão, e que será atribuída ao autor da nossa vida, segundo o ensinamento de São Paulo: «Ele foi o autor da nossa vida ao atingir a perfeição através dos Seus sofrimentos» (Heb 2, 10).

Vemos como a glória de Filho Único, da qual tinha sido afastado durante algum tempo em nosso favor, Lhe foi devolvida pela cruz na carne que Ele tinha adoptado. São João afirma-o de facto no seu Evangelho, quando explica que foi sobre esta água que o Salvador disse que «brotaria como um rio do coração do crente. Ora, ao dizer isto, Ele falava do Espírito Santo que haviam de receber aqueles que acreditassem n’Ele. De facto, o Espírito Santo não tinha ainda sido dado, porque Jesus não tinha entrado ainda na Sua glória» (Jo 7, 38-39). Aquilo a que Ele chama a Sua glória é a Sua morte na cruz. Esta é a razão pela qual o Senhor, quando rezava antes de padecer na cruz, pedia ao Pai para Lhe dar esta «glória que Ele tinha junto d’Ele antes do início do mundo».

Tome a sua cruz, dia após dia

Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa
Diário da alma, 1930, retiro em Rusciuk


O amor da cruz do meu Senhor atrai-me cada vez mais nestes dias. Ó Jesus bendito, que isto não seja um fogo inútil, que se apague com a primeira chuva, mas um incêndio que arda sempre sem nunca se consumir. Nestes dias encontrei outra bela oração, que corresponde perfeitamente à minha situação actual [...]: Ó Jesus, meu amor crucificado, adoro-Te em todas as Tuas penas. [...] Abraço de todo o coração, por Teu amor, todas as cruzes de corpo e de espírito que me sobrevierem. E faço profissão de pôr toda a minha glória, o meu tesouro e a minha alegria na Tua cruz, ou seja, nas humilhações e nos sofrimentos, dizendo com São Paulo: 'Quanto a mim, não me glorie, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo' (Gal 6, 14). Não quero para mim outro paraíso neste mundo que não seja a cruz do meu Senhor Jesus Cristo. [...] Tudo me convence de que o Senhor me quer todo para Si, pelo caminho real da cruz. Por este caminho, e não por outro, desejo avançar. [...]


Uma nota característica deste retiro espiritual tem sido uma grande paz e alegria interior, que me encoraja a oferecer-me ao Senhor, em ordem a qualquer sacrifício que Ele queira pedir-me. Desejo que esta tranquilidade e esta alegria penetrem cada vez mais, por dentro e por fora, toda a minha pessoa e toda a minha vida. [...] Terei muito cuidado na guarda deste gozo interior e exterior. [...] Para mim, deve ser um convite perene a imagem de São Francisco de Sales que, entre outras, gosto de repetir: eu sou como um passarinho que canta num bosque de espinhos. Assim, pois, poucas confidências sobre o que possa fazer-me sofrer. Muita discrição e indulgência no meu juízo acerca das pessoas e das situações; inclinação para orar especialmente por quem for para mim motivo de sofrimento; e, em tudo, grande bondade e paciência sem limites, lembrando-me de que qualquer outro sentimento [...] não está de acordo com o espírito do Evangelho nem da perfeição evangélica. Prefiro ser considerado um pobre homem, desde que, a qualquer preço, faça triunfar a caridade. Deixar-me-ei esmagar, mas quero ser paciente e bom até ao heroísmo.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 23 de Fevereiro de 2012

acrescentando: «É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, que seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, que seja morto e ressuscite ao terceiro dia. 23 Depois, dirigindo-Se a todos disse: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias, e siga-Me.24 Porque quem quiser salvar a sua vida, a perderá; e quem perder a sua vida por causa de Mim, salvá-la-á.25 Que aproveita ao homem ganhar todo o mundo, se se perde a si mesmo ou se faz dano a si?


Lc 9, 22-25