… tempo de preparação imediata para a Páscoa e este convite teria que ressoar com mais urgência nos nossos corações. Conscientes de que não somos melhores do que os outros, mas simples instrumentos do Senhor, sugiro-vos que, nas próximas semanas, vejais se no vosso âmbito familiar ou profissional há alguém que necessite especialmente de se aproximar de Deus.»
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
«… começa a Quaresma…
‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)
1. Situações de conflito: um jornalista é um contador de histórias, e qualquer história que se preze apresenta um conflito. Por exemplo, se a abordagem do leitor for discordante da abordagem de um concorrente seu, tem mais hipóteses de a sua história ser notícia do que se as duas abordagens forem concordantes.
«Para rezar apoiados na Palavra de Deus não basta o simples pronunciar, requer-se a música. Dois cânticos da liturgia cristã derivam de textos bíblicos que os põem nos lábios dos Anjos: o Glória, que é cantado pelos Anjos no nascimento de Jesus, e o Sanctus, que, segundo Isaías 6, é a aclamação dos Serafins que estão mesmo juntos de Deus.»
(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)
(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)
Responde São Josemaría - Pode pensar-se que o Opus Dei tem relação com as actividades ou cargos que alguns dos seus membros têm em empresas ou grupos de certa importância?
De maneira nenhuma. O Opus Dei não intervém para nada em política; é absolutamente alheio a qualquer tendência, grupo, ou regime político, económico, cultural ou ideológico. Os seus fins - repito - são exclusivamente espirituais e apostólicos. Apenas exige dos seus membros que vivam como cristãos, que se esforcem por ajustar as suas vidas ao ideal evangélico. Não se intromete, portanto, de nenhuma maneira nas questões temporais. Se alguém não entender isto, talvez seja porque não entende a liberdade pessoal, ou por não ser capaz de distinguir entre os fins exclusivamente espirituais para que os membros da Obra se associam, e o campo vastíssimo das actividades humanas - a economia, a política, a cultura, a arte, a filosofia, etc. - nas quais as pessoas do Opus Dei gozam de plena liberdade e trabalham sob a sua própria responsabilidade. Desde os primeiros contactos com a Obra, todos os sócios conhecem bem a realidade da sua liberdade individual, de modo que, se em qualquer momento algum deles pretendesse fazer pressão sobre os outros impondo as suas opiniões pessoais em matéria política, ou se servisse deles para interesses meramente humanos, os outros rebelar-se-iam e expulsá-lo-iam imediatamente. O respeito da liberdade dos seus sócios é condição essencial para a própria existência do Opus Dei. Sem isso, a Obra não teria ninguém. Mais ainda: se alguma vez se desse - não sucedeu, não sucede e, com a ajuda de Deus, nunca sucederá - uma intromissão do Opus Dei na política ou em algum outro campo das actividades humanas, o inimigo número um da Obra seria eu próprio.
Temas actuais do cristianismo, 28
Amar a Cristo...
Jesus que Te poderei verbalizar nesta prece ? Ajuda-me por favor, pois a inspiração está em câmara lenta, mas se Te disser que Te amo, sei que o faço com convicção e amor, mas parece-me pouco, pois para Ti tudo e eu hoje estou avaro.
Imitação de Cristo, 1, 9, 2
Verdade é que cada um gosta de seguir seu próprio parecer e mais se inclina àqueles que participam da sua opinião. Entretanto, se Deus está conosco, cumpre-nos, às vezes, renunciar ao nosso parecer por amor da paz. Quem é tão sábio que possa saber tudo completamente? Não confies, pois, demasiadamente em teu próprio juízo; mas atende também, de boa mente, ao dos demais. Se o teu parecer for bom e o deixares, por amor de Deus, para seguires o de outrem, muito lucrarás com isso.
Amamos apaixonadamente este mundo
O mundo espera-nos. Sim! Amamos apaixonadamente este mundo, porque Deus assim no-lo ensinou: "sic Deus dilexit mundum...", Deus amou assim o mundo; e porque é o lugar do nosso campo de batalha – uma formosíssima guerra de caridade – para que todos alcancemos a paz que Cristo veio instaurar. (Sulco, 290)
Tenho ensinado constantemente com palavras da Sagrada Escritura: o mundo não é mau porque saiu das mãos de Deus, porque é uma criatura Sua, porque Iavé olhou para ele e viu que era bom [Cfr. Gen. 1, 7 e ss.]. Nós, os homens, é que o tornamos mau e feio, com os nossos pecados e as nossas infidelidades. Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.
Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir.
Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que vinham ter comigo por volta de 1930 que tinham que saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los assim da tentação, tão frequente então como agora, de viver uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas. (Temas Actuais do Cristianismo, 114)
São Josemaría Escrivá
Cristo apela continuamente à conversão
“o apelo de Cristo à conversão continua a fazer-se ouvir na vida dos cristãos. …….é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que «contém pecadores no seu seio» e que é, «ao mesmo tempo, santa e necessitada de purificação, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e de renovação»
(Bento XVI na homilia de quarta feira de cinzas de 2011)
Verdade, liberdade, caridade
A luz que Jesus irradia é o esplendor da verdade. Qualquer outra verdade é apenas um fragmento da Verdade que Ele é e que volta para Ele. Jesus é a Estrela Polar da liberdade humana: sem Ele, ela perde a orientação, porque sem o conhecimento da verdade a liberdade perverte-se, isola-se e ruduz-se a estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade reencontra-se, reconhece a sua vocação para o bem e exprime-se em acções e comportamentos caridosos.
(Discurso à assembleia plenária da Congregação para a Doutrina da Fé em 10/II/2006 – Bento XVI)
(Discurso à assembleia plenária da Congregação para a Doutrina da Fé em 10/II/2006 – Bento XVI)
'O camponês e o burro' pelo Pe. Rodrigo Lynce da Faria
Era uma vez um camponês que tinha um burro. Um dia o animal caiu acidentalmente num poço e não conseguia sair de lá. O camponês tentou várias vezes libertar o burro, mas não era possível. Pediu ajuda a uns amigos, mas mesmo assim não conseguiram nada. Ao fim de vários dias desistiu. O poço estava seco, o burro estava velho e a única solução era enterrá-lo lá.
Pegou numa pá e começou a deitar terra no poço. O burro ficou desesperado ao aperceber-se do que estava a acontecer. Começou a zurrar cheio de amargura. Fazia dó ao camponês, mas ele não via outra solução. Até que num momento determinado deixou de ouvir o animal. Aproximou-se com temor da boca do poço para contemplar o cemitério. Com espanto viu algo insólito. Cada vez que o burro recebia a terra em cima, sacudia-a com decisão e pisava sobre ela. Com esta operação, na qual estava profundamente concentrado, já tinha subido mais de um metro dentro do poço. O camponês sorriu. Continuou a deitar terra e em pouco tempo o burro estava cá fora.
Todos nós temos dificuldades na vida. A diferença está no modo como reagimos diante delas. Existem pessoas que passam a existência a queixar-se, deixando-se soterrar pelas contrariedades. São pessimistas por natureza. Olham com ironia para aqueles que parecem felizes. Pensam que são ingénuos, doidos, que ainda não descobriram que esta vida não tem nenhum sentido. Não respeitam nada. Para eles não há nada que seja sagrado. Tudo se pode banalizar, ridicularizar, porque nada tem sentido. E se tem, não pensam dedicar nem cinco minutos a pensar nele. Talvez tivessem que mudar de vida, de atitude. Isso exige esforço e dá trabalho. Nada vale a pena, porque a alma é pequena.
Um cristão sabe que isso não é verdade. Sabe que foi criado por Deus por amor e que está chamado a viver com Ele para sempre na eternidade. Sabe que a sua vida tem um sentido e que as dificuldades que lhe surgem também. Tem uma profunda confiança em Deus e não duvida que, como diz São Paulo, “tudo é para bem” (Rom 8, 28). Esta certeza fá-lo encarar as contrariedades como aquilo que são: uma oportunidade para crescer. Crescer no amor a Deus e crescer no amor ao próximo. Por isso, quando as dificuldades aparecem, sacode-as de cima com oração, esforço e optimismo. Também com a serenidade de quem sabe que a felicidade em plenitude não pode ser alcançada nesta vida. Está reservada para a futura.
E depois pisa essas dificuldades e assim robustece a sua fé e aproxima-se mais da vida que não terá fim. Diante das contradições não perde a paz, porque sabe que tudo procede do amor. Tudo está ordenado à salvação do homem, e Deus, que é Amor, não permite nada que não seja com essa finalidade.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Pegou numa pá e começou a deitar terra no poço. O burro ficou desesperado ao aperceber-se do que estava a acontecer. Começou a zurrar cheio de amargura. Fazia dó ao camponês, mas ele não via outra solução. Até que num momento determinado deixou de ouvir o animal. Aproximou-se com temor da boca do poço para contemplar o cemitério. Com espanto viu algo insólito. Cada vez que o burro recebia a terra em cima, sacudia-a com decisão e pisava sobre ela. Com esta operação, na qual estava profundamente concentrado, já tinha subido mais de um metro dentro do poço. O camponês sorriu. Continuou a deitar terra e em pouco tempo o burro estava cá fora.
Todos nós temos dificuldades na vida. A diferença está no modo como reagimos diante delas. Existem pessoas que passam a existência a queixar-se, deixando-se soterrar pelas contrariedades. São pessimistas por natureza. Olham com ironia para aqueles que parecem felizes. Pensam que são ingénuos, doidos, que ainda não descobriram que esta vida não tem nenhum sentido. Não respeitam nada. Para eles não há nada que seja sagrado. Tudo se pode banalizar, ridicularizar, porque nada tem sentido. E se tem, não pensam dedicar nem cinco minutos a pensar nele. Talvez tivessem que mudar de vida, de atitude. Isso exige esforço e dá trabalho. Nada vale a pena, porque a alma é pequena.
Um cristão sabe que isso não é verdade. Sabe que foi criado por Deus por amor e que está chamado a viver com Ele para sempre na eternidade. Sabe que a sua vida tem um sentido e que as dificuldades que lhe surgem também. Tem uma profunda confiança em Deus e não duvida que, como diz São Paulo, “tudo é para bem” (Rom 8, 28). Esta certeza fá-lo encarar as contrariedades como aquilo que são: uma oportunidade para crescer. Crescer no amor a Deus e crescer no amor ao próximo. Por isso, quando as dificuldades aparecem, sacode-as de cima com oração, esforço e optimismo. Também com a serenidade de quem sabe que a felicidade em plenitude não pode ser alcançada nesta vida. Está reservada para a futura.
E depois pisa essas dificuldades e assim robustece a sua fé e aproxima-se mais da vida que não terá fim. Diante das contradições não perde a paz, porque sabe que tudo procede do amor. Tudo está ordenado à salvação do homem, e Deus, que é Amor, não permite nada que não seja com essa finalidade.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938
Durante uma viagem, pára em Saragoça e entra na Basílica da Virgem do Pilar. Mais tarde, recordando os anos passados no seminário dessa cidade, dirá: “Embora materialmente me encontre longe dali, nunca esquecerei nem a Basílica do Pilar nem a Mãe de Deus do Pilar. Continuo a ter intimidade com ela com amor filial. Com a mesma fé com que a invocava naqueles tempos, por volta dos anos vinte, quando Nosso Senhor me fazia pressentir o que esperava de mim: com essa mesma fé a invoco agora”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Somos todos chamados a ter Alma Sacerdotal
«De todos os regenerados em Cristo, o sinal da cruz faz reis, a unção do Espírito Santo consagra sacerdotes, para que, independentemente do serviço particular do nosso ministério, todos os cristãos espirituais no uso da razão se reconheçam membros desta estirpe real e participantes da função sacerdotal. De facto, que há de tão real para uma alma como governar o seu corpo na submissão a Deus? E que há de tão sacerdotal como oferecer ao Senhor uma consciência pura, imolando no altar do seu coração as vítimas sem mancha da piedade?»
(Sermão 4, 1 - São Leão Magno)
«Quem receber um destes meninos em Meu nome é a Mim que recebe»
Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Der Gott Jesu Christi (O Deus de Jesus Cristo)
É preciso lembrarmo-nos de que o título de nobreza teológica mais importante de Jesus é «Filho». Em que medida esta designação estava já linguisticamente prefigurada pela maneira como o próprio Jesus Se apresentou? [...] Não restam dúvidas de que ela é a tentativa de resumir, numa palavra, a impressão geral causada pela Sua vida; a orientação da Sua vida, a Sua raiz e o Seu ponto culminante tinham por nome «Abba» — Paizinho. Ele sabia que nunca estava só; e, até ao Seu último grito na cruz, esteve inteiramente virado para o Outro, para Aquele a Quem chamava Pai. Foi isto que tornou possível que por fim o Seu verdadeiro título de nobreza não fosse, nem «Rei», nem «Senhor», nem outros atributos de poder, mas uma palavra que também poderíamos traduzir por «Filho».
Podemos, portanto, dizer que, se a infância ocupa um lugar tão predominante na pregação de Jesus, é porque tem estreita ligação com o Seu mistério mais pessoal, a Sua filiação. A Sua mais alta dignidade, que nos leva à Sua divindade, não é, em última análise, um poder que Ele próprio possua; consiste no facto de estar voltado para o Outro — para Deus Pai. [...]
O homem quer tornar-se Deus (Cf Gn 3,5) e é nisso que se deve tornar. Mas sempre que, como no diálogo eterno com a serpente do Paraíso, tenta lá chegar livrando-se da tutela de Deus e da Sua criação, não se apoiando senão em si próprio, sempre que, numa palavra, se torna adulto, totalmente emancipado, e rejeita completamente a infância como estado de vida, desemboca no nada, porque se opõe à sua própria verdade, que é a dependência. Só conservando o que nele há de mais essencial à infância e à existência como filho, vivida antes de mais por Jesus, é que entra com o Filho na divindade.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Der Gott Jesu Christi (O Deus de Jesus Cristo)
É preciso lembrarmo-nos de que o título de nobreza teológica mais importante de Jesus é «Filho». Em que medida esta designação estava já linguisticamente prefigurada pela maneira como o próprio Jesus Se apresentou? [...] Não restam dúvidas de que ela é a tentativa de resumir, numa palavra, a impressão geral causada pela Sua vida; a orientação da Sua vida, a Sua raiz e o Seu ponto culminante tinham por nome «Abba» — Paizinho. Ele sabia que nunca estava só; e, até ao Seu último grito na cruz, esteve inteiramente virado para o Outro, para Aquele a Quem chamava Pai. Foi isto que tornou possível que por fim o Seu verdadeiro título de nobreza não fosse, nem «Rei», nem «Senhor», nem outros atributos de poder, mas uma palavra que também poderíamos traduzir por «Filho».
Podemos, portanto, dizer que, se a infância ocupa um lugar tão predominante na pregação de Jesus, é porque tem estreita ligação com o Seu mistério mais pessoal, a Sua filiação. A Sua mais alta dignidade, que nos leva à Sua divindade, não é, em última análise, um poder que Ele próprio possua; consiste no facto de estar voltado para o Outro — para Deus Pai. [...]
O homem quer tornar-se Deus (Cf Gn 3,5) e é nisso que se deve tornar. Mas sempre que, como no diálogo eterno com a serpente do Paraíso, tenta lá chegar livrando-se da tutela de Deus e da Sua criação, não se apoiando senão em si próprio, sempre que, numa palavra, se torna adulto, totalmente emancipado, e rejeita completamente a infância como estado de vida, desemboca no nada, porque se opõe à sua própria verdade, que é a dependência. Só conservando o que nele há de mais essencial à infância e à existência como filho, vivida antes de mais por Jesus, é que entra com o Filho na divindade.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 21 de Fevereiro de 2012
Tendo partido dali, atravessaram a Galileia; e Jesus não queria que se soubesse. Ia instruindo os Seus discípulos e dizia-lhes: «O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens e Lhe darão a morte, mas ressuscitará ao terceiro dia depois da Sua morte». Mas eles não compreendiam estas palavras e temiam interrogá-l'O. Nisto chegaram a Cafarnaum. Quando estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «De que discutíeis pelo caminho?». Eles, porém, calaram-se, porque no caminho tinham discutido entre si qual deles era o maior. Então, sentando-Se, chamou os doze e disse-lhes: «Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos». Em seguida, tomando uma criança, pô-la no meio deles e, depois de a abraçar, disse-lhes: «Todo aquele que receber uma destas crianças em Meu nome, a Mim recebe, e todo aquele que Me receber a Mim, não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».
Mc 9, 30-37
Mc 9, 30-37