(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
«A Palavra de Deus introduz-nos nós mesmos no colóquio com Deus. O Deus que fala na Bíblia ensina-nos como podemos falar com Ele. Especialmente no Livro dos Salmos, dá-nos as palavras com as quais podemos dirigir-nos a Ele, levar a nossa vida, com os seus altos e baixos, para o colóquio diante d'Ele, transformando assim a mesma vida num movimento para Ele.»
(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)
(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)
Responde São Josemaría - O Opus Dei não tem uma orientação económica ou política?
Cada um dos seus membros tem plena liberdade para pensar e actuar nessas matérias como melhor lhe parecer. Em tudo aquilo que é temporal, os sócios da Obra são libérrimos: cabem no Opus Dei pessoas de todas as tendências políticas, culturais, sociais e económicas que a consciência cristã possa admitir.
Eu nunca falo de política. A minha missão como sacerdote é exclusivamente espiritual. Além disso, mesmo que alguma vez exprimisse uma opinião em assuntos temporais, os sócios da Obra não teriam nenhuma obrigação de a seguir.
Temas actuais do cristianismo, 48
Amar a Cristo...
Fotografia do album recebido. Deo gratias! |
Senhor Jesus, ofereceste-me uma prenda muito boa, uma ferramenta que me ajudará muito na composição do blogue. Os serviços de fotografia da Santa Sé enviaram-me um mail com acesso gratuito a uma enorme base de dados.
Senhor, não que que queira ser como Zacarias, mas eu pecador serei credor de tanta bondade?
Dou-Vos graças de coração emocionado e cheio de alegria. Louvado sejais para todo o sempre!
JPR
Refletir sobre a missão universal da Igreja e manter a unidade
“A criação dos novos cardeais é ocasião para refletir sobre a missão universal da Igreja na história dos homens: nas vicissitudes humanas, muitas vezes tão confusas e contrastantes, a Igreja está sempre viva e presente, levando Cristo, luz e esperança para toda a humanidade.
Permanecer unidos à Igreja e à mensagem de salvação que esta difunde, significa ancorar-se à Verdade, reforçar o sentido dos verdadeiros valores, ficar serenos perante todos os acontecimentos. Exorto-vos, portanto, a permanecerdes sempre unidos aos vossos pastores, como também aos novos cardeais, para estardes em comunhão com a Igreja”.
(Bento XVI dirigindo-se em 20.02.2012 aos familiares e amigos dos novos cardeais no Consistório da véspera)
LADAINHA DOS BEATOS FRANCISCO E JACINTA
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós.
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.
Virgem dos Pastorinhos, rogai por nós.
Beato Francisco Marto, rogai por nós.
Beata Jacinta Marto, rogai por nós.
Crianças chamadas por Jesus Cristo, rogai por nós.
Crianças chamadas a contemplar a Deus no Céu, rogai por nós.
Pequeninos a quem o Pai revela os mistérios do Reino, rogai por nós.
Pequeninos privilegiados do Pai, rogai por nós.
Louvor perfeito das maravilhas de Deus, rogai por nós.
Imagens do abandono filial, como crianças ao colo da mãe, rogai por nós.
Vítimas de reparação em benefício do Corpo de Cristo, rogai por nós.
Confidentes do Anjo da Paz, rogai por nós.
Custódios, como o Anjo da Pátria, rogai por nós.
Adoradores com o Anjo da Eucaristia, rogai por nós.
Videntes da Mulher revestida com o Sol, rogai por nós.
Videntes da Luz que é Deus, rogai por nós.
Filhos prediletos da Virgem Mãe, rogai por nós.
Ouvidos atentos à solicitude materna da Virgem Maria, rogai por nós.
Advogados da Mensagem da Senhora mais brilhante que o Sol, rogai por nós.
Arautos da palavra da Mãe de Deus, rogai por nós.
Profetas do triunfo do Coração Imaculado de Maria, rogai por nós.
Cumpridores dos desígnios do Altíssimo, rogai por nós.
Fiéis depositários da Mensagem, rogai por nós.
Emissários da Senhora do Rosário, rogai por nós.
Missionários dos pedidos de Maria, rogai por nós.
Portadores dos apelos do Céu, rogai por nós.
Zeladores do Vigário de Cristo, rogai por nós.
Confessores da vida heroica na verdade, rogai por nós.
Consoladores de Jesus Cristo, rogai por nós.
Exemplos da caridade cristã, rogai por nós.
Servos dos doentes e dos pobres, rogai por nós.
Reparadores das ofensas dos pecadores, rogai por nós.
Amigos dos homens junto do trono da Virgem Maria, rogai por nós.
Lírios de candura a exalar santidade, rogai por nós. Pérolas brilhantes a resplandecer beatitude, rogai por nós.
Serafins de amor aos pés do Senhor, rogai por nós.
Oblações a Deus para suportar os sofrimentos em acto de reparação, rogai por nós.
Exemplo admirável na partilha com os pobres, rogai por nós.
Exemplo incansável no sacrifício pela conversão dos pecadores, rogai por nós.
Exemplo de fortaleza nos tempos da adversidade, rogai por nós.
Enamorados de Deus em Jesus, rogai por nós.
Pastorinhos que nos guiais ao Cordeiro, rogai por nós.
Discípulos da escola de Maria, rogai por nós.
Interpeladores da humanidade, rogai por nós.
Frutos da árvore da santidade, rogai por nós.
Dom para a Igreja Universal, rogai por nós.
Sinal divino para o Povo de Deus, rogai por nós.
Testemunhas da graça divina, rogai por nós.
Estímulo à vivência do batismo, rogai por nós.
Experiência da presença amorosa de Deus, rogai por nós.
Eloquentes na intimidade de Deus, rogai por nós.
Intercessores, junto de Deus, pelos pecadores, rogai por nós.
Construtores da Civilização do Amor e da Paz, rogai por nós.
Lâmpadas a alumiar a humanidade, rogai por nós.
Luzes amigas a iluminar as multidões, rogai por nós.
Luzeiros a refulgir no caminho da humanidade, rogai por nós.
Chamas ardentes nas horas sombrias e inquietas, rogai por nós.
Candeias que Deus acendeu, rogai por nós.
Cristo, ouvi-nos. Cristo, ouvi-nos.
Cristo, atendei-nos. Cristo, atendei-nos.
Oração conclusiva
Deus de infinita bondade,
que amais a inocência e exaltais os humildes,
concedei, pela intercessão da Imaculada Mãe do vosso Filho,
que, à imitação dos bem-aventurados Francisco e Jacinta,
Vos sirvamos na simplicidade de coração
para podermos entrar no reino dos Céus.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.
(Fonte: Santuário de Fátima AQUI)
Imitação de Cristo, 1, 9, 1
Grande coisa é viver na obediência, sob a direção de um superior, e não dispor da própria vontade. Muito mais seguro é obedecer que mandar. Muitos obedecem mais por necessidade que por amor: por isso sofrem e facilmente murmuram. Esses não alcançarão a liberdade de espírito, enquanto não se sujeitarem de todo o coração, por amor de Deus. Anda por onde quiseres: não acharás descanso senão na humilde sujeição e obediência ao superior. A imaginação dos lugares e mudanças a muitos tem iludido.
Recorramos ao bom pastor
Tu, pensas, tens muita personalidade: os teus estudos (os teus trabalhos de investigação, as tuas publicações), a tua posição social (os teus apelidos), as tuas actividades políticas (os cargos que ocupas), o teu património..., a tua idade – já não és nenhuma criança!... Precisamente por tudo isso, necessitas, mais do que outros, de um Director para a tua alma. (Caminho, 63)
A santidade da esposa de Cristo sempre se provou – e continua a provar-se actualmente – pela abundância de bons pastores. Mas a fé cristã, que nos ensina a ser simples, não nos leva a ser ingénuos. Há mercenários que se calam e há mercenários que pregam uma doutrina que não é de Cristo. Por isso, se porventura o Senhor permite que fiquemos às escuras, inclusivamente em coisas de pormenor, se sentimos falta de firmeza na fé, recorramos ao bom pastor, àquele que – dando a vida pelos outros – quer ser, na palavra e na conduta, uma alma movida pelo amor – àquele que talvez seja também um pecador, mas que confia sempre no perdão e na misericórdia de Cristo.
Se a vossa consciência vos reprova por alguma falta – embora não vos pareça uma falta grave – se tendes uma dúvida a esse respeito, recorrei ao sacramento da Penitência. Ide ao sacerdote que vos atende, ao que sabe exigir de vós firmeza na fé, delicadeza de alma, verdadeira fortaleza cristã. Na Igreja existe a mais completa liberdade para nos confessarmos com qualquer sacerdote que possua as necessárias licenças eclesiásticas; mas um cristão de vida limpa recorrerá – com liberdade! – àquele que reconhece como bom pastor, que o pode ajudar a erguer a vista para voltar a ver no céu a estrela do Senhor. (Cristo que passa, 34)
A santidade da esposa de Cristo sempre se provou – e continua a provar-se actualmente – pela abundância de bons pastores. Mas a fé cristã, que nos ensina a ser simples, não nos leva a ser ingénuos. Há mercenários que se calam e há mercenários que pregam uma doutrina que não é de Cristo. Por isso, se porventura o Senhor permite que fiquemos às escuras, inclusivamente em coisas de pormenor, se sentimos falta de firmeza na fé, recorramos ao bom pastor, àquele que – dando a vida pelos outros – quer ser, na palavra e na conduta, uma alma movida pelo amor – àquele que talvez seja também um pecador, mas que confia sempre no perdão e na misericórdia de Cristo.
Se a vossa consciência vos reprova por alguma falta – embora não vos pareça uma falta grave – se tendes uma dúvida a esse respeito, recorrei ao sacramento da Penitência. Ide ao sacerdote que vos atende, ao que sabe exigir de vós firmeza na fé, delicadeza de alma, verdadeira fortaleza cristã. Na Igreja existe a mais completa liberdade para nos confessarmos com qualquer sacerdote que possua as necessárias licenças eclesiásticas; mas um cristão de vida limpa recorrerá – com liberdade! – àquele que reconhece como bom pastor, que o pode ajudar a erguer a vista para voltar a ver no céu a estrela do Senhor. (Cristo que passa, 34)
São Josemaría Escrivá
O Governo deve ouvir o cardeal: mãe há só uma
O novo cardeal português foi ao fundo da questão europeia: a relação da mãe com a família e o trabalho. Para alguns será muito fácil colocar as etiquetas de conservador ou mesmo de reaccionário a D. Manuel Monteiro de Castro por, na entrevista que concedeu ao JN, ter dito sem papas na língua o seguinte: "O trabalho da mulher a tempo completo creio que não é útil ao país. Trabalhar em casa, sim, mas que tenham de trabalhar pela manhã até à noite creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar, como vai ter tempo para formar?". E, no entanto, vejamos...
Ainda não há no mundo sítio com melhores condições de vida que o nosso velho continente: o modelo social europeu permanece imbatível. Mas está claramente ameaçado. E se um optimista como eu pode sempre acreditar que haveremos de superar a ameaça resultante da crise financeira, outra tanta dose de fé não chegará para eliminar a ameaça demográfica.
Ou seja: mesmo que a Europa resolva os seus problemas de competição no quadro do comércio mundial e o faça salvaguardando os salários pela redistribuição da riqueza, vai ser preciso que, para além das religiões, das ideologias e das práticas sociais, o cidadão renuncie ao conforto da responsabilidade mínima. A sua própria por natureza e a da eventual alma gémea com quem decida partilhar a aventura da vida comunitária.
Com a taxa de natalidade em queda vertiginosa em Portugal e na Europa não podemos esperar que o nosso modelo social sobreviva. Perceber que esta é a questão essencial, muito mais importante que as circunstâncias da crise, é o passo indispensável para termos uma atitude diferente em relação ao núcleo da nossa organização social: a família.
Salvar este nosso modelo de vida, com todas as heterodoxias que ele permite, significará sempre revalorizar a natalidade. E a primeira consequência desta revalorização será a de dar condições para que os pais que assim o pretendam possam ter mais filhos.
Em ponto é tão mais sério e tão mais decisivo para as gerações que as sérias dívidas soberanas, e seria imperdoável que falhássemos. Porque só depende de nós e do que possamos pensar para além do puro prazer de ter um único filho. Ou nenhum.
Acontece que do plano da cidadania para o da prática social, por mais cardeais que nos alertem, terão de ser os políticos a garantir-nos a sobrevivência do nosso modelo social europeu.
No que me toca, atrevo-me a dar-lhes um conselho: antes de pensarem em novas leis laborais, perguntem às mães que não podem fugir a despejar os filhos de seis meses em infantários.
Manuel Tavares in JN online - Opinião AQUI
Brincar à criticazinha
A crise em Portugal cria graves problemas de pobreza logo na altura em que a Segurança Social, espartilhada na emergência financeira, está menos capaz de lhes acudir. Muitos dão o Estado-providência como falido. Isso não é verdade. O sector público terá sempre um lugar indispensável no apoio social. O que faliu foi o seu totalitarismo assistencial.
Há décadas que, por opções ideológicas e populismo eleitoral, os poderes públicos nacionalizam as esmolas. Metem-se entre pobres e benfeitores, tributando os segundos para ter o mérito de ajudar os primeiros. A fúria regulatória de uma burocracia crescente persegue qualquer obra de solidariedade, enquanto cria alternativas estatais para as estrangular. Foi este suposto Estado-providência que se mostrou insustentável. Agora os poderes públicos têm de encontrar o seu lugar subsidiário numa sociedade equilibrada.
A inelutável necessidade de contar com a sociedade e Igreja no apoio aos necessitados exige também que se reveja a antiga campanha cultural que preparou o assalto público à assistência social. Há décadas que várias forças se dedicam à tarefa de denegrir as multisseculares instituições de caridade cristã, atacando em nome dos pobres aqueles que mais se esforçam para os ajudar. Alguns casos ficaram famosos.
O professor José Barata Moura, reputado académico e antigo reitor da Universidade de Lisboa, é autor de algumas das melhores canções infantis e de intervenção da língua portuguesa. O seu primeiro disco, Caridadezinha (Orfeu, 1973), incluía um dos temas mais famosos e poderosos nesta questão: Vamos brincar à caridadezinha. Nele o cantor ridiculariza a "festa, canasta e boa comidinha" onde, com "os desportistas da caridade", se "rouba muito mas dá prenda, e ao peito terá uma comenda".
Há mais exemplos. O genial Quino (Joaquín Salvador Lavado), criador argentino de Mafalda, a contestatária, numa das suas hilariantes e lúcidas tiras pôs Susaninha a dizer à amiga: "Também fico com a alma ferida quando vejo os pobrezinhos, acredita! Mas quando formos senhoras faremos uma associação de caridade. E organizaremos chás e banquetes com perú, lagosta, leitão... para arranjarmos fundos para comprarmos farinha, massa, pão e essas coisas que comem os pobres" (Quino, 1973, 13 anos com a Mafalda, Publicações Dom Quixote, 1983, p.128).
A crítica social é compreensível. É sempre fácil ridicularizar os opulentos e todos ficamos chocados pelo contraste entre luxo e miséria. Mas se pensarmos um pouco vemos como esta censura é nociva e contraproducente. Afinal, se há muita coisa a reprovar nos endinheirados, uma das poucas em que os devemos louvar é precisamente quando ajudam os necessitados. Esta ferroada atinge os pomposos quando fazem o bem.
Tais repreensões não são feitas do ponto de vista dos desgraçados, os quais, independentemente da motivação da ajuda, ganham muito com ela. Se queremos ajudar os pobres, é bom não desdenhar o dinheiro de quem o tem. Eles ficariam muito prejudicados com a promessa final da canção: "não vamos brincar à caridadezinha."
Além disso, o mesmo contraste estético que motiva a crítica ressurge claramente nas alternativas. Havia "chás e banquetes" na URSS e já recebi folhetos de congressos sobre a pobreza em hotéis de luxo. Pior, o sucesso destas críticas acabou por ir para lá do pretendido. Não só "estragaram" a palavra caridade, como se costuma hoje ouvir a cada passo, preferindo-se expressões anódinas e vazias, como solidariedade ou assistência, mas tiveram efeito claramente redutor nos esforços de apoio social. É comum ainda hoje, 40 anos depois, ouvir a crítica de "caridadezinha" cada vez que alguém cria uma iniciativa de auxílio. A gargalhada destrói sempre mais do que quer.
Claro que a justificação do remoque era mais profunda. Preconizava-se uma revolução social, que garantisse a todos os cidadãos o direito a certo rendimento, seguro pelo Estado. É isso que falha sucessiva e fragorosamente desde 1973, confirmando a maior força social da humanidade, a caridade cristã.
João César das Neves in DN online
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932
Desde os inícios do Opus Dei, São Josemaría põe em marcha umas reuniões de sacerdotes, a que chamava “conferências das segundas-feiras”. A primeira realiza-se nesta data, em 1932.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Quando alguns membros da Igreja a descredibilizam anunciando números absurdos
Realmente a Matemática sempre foi o ponto fraco de muita gente e talvez por isso os jornalistas antes de divulgarem números que lhes são anunciados nem lhes ocorra simples cálculos ou os portugueses na sua maioria deixam-se convencer pela deturpação das estatísticas feitas pelos políticos, deixemos a política de parte e tomemos dois exemplos ligados à Igreja:
1º - numa reunião ocorrida em 2009 sobre Turismo Religioso em Portugal foram anunciados 7 milhões de visitantes estrangeiros anuais, consideremos que 75% tenham chegado de autocarro com uma capacidade de 50 lugares e os restantes 25% de avião com 150 lugares; teríamos então 105.000 autocarros o que daria uma média de 287,7 por dia e 11.666,7 aviões o que representaria o equivalente a 32 voos por dia, creio que os números falam por si;
2º - Kiko Argüello, dirigente do Movimento Neocatecumenal em entrevista ao Santuário de Fátima publicada no site do mesmo por altura da saudosa visita de Bento XVI ao nosso país em 2010, anunciou que o Movimento traria entre 25.000 a 50.000 fiéis a Fátima, desde logo a amplitude dos números dá que pensar, mas utilizemos a mesma base que usámos para o primeiro ponto e 37.500, valor médio entre os anunciados, e teríamos 562,5 autocarros e 62,5 aviões, sem mais comentários…
«O mundo vive da mentira; e há vinte séculos que a Verdade veio aos homens.
É preciso dizer a verdade! E os filhos de Deus têm de fazê-lo. Quando os homens se habituarem a proclamá-la e a ouvi-la, haverá mais compreensão nesta nossa terra.»
(São Josemaría Escrivá – Forja, 130)
Vivamos pois na verdade, não inflacionemos, ainda que convencidos que o fazemos por amor a Jesus Cristo e à Sua Igreja, deixemos que Ele que é a Verdade vença sem que haja quem O descredibilize, a maior parte das vezes mais vale ficarmos calados ou em alternativa publicar os números com uma forte e sólida base de dados como as publicadas pelo Departamento Central de Estatística da Igreja no Annuarium Statisticum Ecclesiae ou as estatísticas publicadas pelo Santuário de Fátima com ainda há dias ocorreu em relação a 2011.
JPR
1º - numa reunião ocorrida em 2009 sobre Turismo Religioso em Portugal foram anunciados 7 milhões de visitantes estrangeiros anuais, consideremos que 75% tenham chegado de autocarro com uma capacidade de 50 lugares e os restantes 25% de avião com 150 lugares; teríamos então 105.000 autocarros o que daria uma média de 287,7 por dia e 11.666,7 aviões o que representaria o equivalente a 32 voos por dia, creio que os números falam por si;
2º - Kiko Argüello, dirigente do Movimento Neocatecumenal em entrevista ao Santuário de Fátima publicada no site do mesmo por altura da saudosa visita de Bento XVI ao nosso país em 2010, anunciou que o Movimento traria entre 25.000 a 50.000 fiéis a Fátima, desde logo a amplitude dos números dá que pensar, mas utilizemos a mesma base que usámos para o primeiro ponto e 37.500, valor médio entre os anunciados, e teríamos 562,5 autocarros e 62,5 aviões, sem mais comentários…
«O mundo vive da mentira; e há vinte séculos que a Verdade veio aos homens.
É preciso dizer a verdade! E os filhos de Deus têm de fazê-lo. Quando os homens se habituarem a proclamá-la e a ouvi-la, haverá mais compreensão nesta nossa terra.»
(São Josemaría Escrivá – Forja, 130)
Vivamos pois na verdade, não inflacionemos, ainda que convencidos que o fazemos por amor a Jesus Cristo e à Sua Igreja, deixemos que Ele que é a Verdade vença sem que haja quem O descredibilize, a maior parte das vezes mais vale ficarmos calados ou em alternativa publicar os números com uma forte e sólida base de dados como as publicadas pelo Departamento Central de Estatística da Igreja no Annuarium Statisticum Ecclesiae ou as estatísticas publicadas pelo Santuário de Fátima com ainda há dias ocorreu em relação a 2011.
JPR
A Igreja é Santa
«… é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo»
(Sollemnis Professio fidei, 19 - Paulo VI)
(Sollemnis Professio fidei, 19 - Paulo VI)
A Igreja
“a Igreja não existe para si mesma, não é o ponto de chegada, mas deve apontar para além de si, para o alto, acima de nós”
(…)
“a própria Igreja é como que uma janela, o lugar onde Deus Se faz próximo, vem ao encontro do nosso mundo”
(…)
“A Igreja é o lugar onde Deus «chega» a nós e donde nós «partimos» para Ele; a este mundo que tende a fechar-se em si próprio, a Igreja tem a missão de o abrir para além de si mesmo e levar-lhe a luz que vem do Alto e sem a qual se tornaria inabitável.”
(Bento XVI na homilia da Santa Missa do dia 19.02.2012)
Comparecer de pé perante o Filho do homem
Ó meu Deus..., depois do exílio da terra, espero juntar-me a vós na Pátria. Mas não quero acumular méritos para o Céu, quero trabalhar só pelo vosso Amor, tendo como único objectivo dar-vos prazer, consolar o vosso Sagrado Coração e salvar almas que vos amarão eternamente.No fim desta vida, comparecerei perante vós de mãos vazias, porque eu não peço, Senhor, que tenhas em conta as minhas obras. Todas as nossas justiças têm imperfeições a vossos olhos. Eu quero pois revestir-me da vossa justiça e receber do vosso amor a posse eterna de vós próprio. Não quero de modo algum outro trono e outra coroa senão vós, ó meu Bem-Amado!A vossos olhos o tempo não é nada, um só dia é como mil anos, vós podeis pois num instante preparar-me para comparecer perante vós.
[Acto de oferenda ao Amor misericordioso - Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja]
[Acto de oferenda ao Amor misericordioso - Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja]
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934
“Afasta de ti esses pensamentos inúteis que, pelo menos, te fazem perder tempo”, anota hoje. Virá a ser o ponto n. 13 de Caminho.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Beato Francisco Marto e Beata Jacinta Marto, videntes de Fátima
Francisco Marto
Francisco, nascido numa povoação chamada Aljustrel, pertencente à paróquia de Fátima, em Portugal, no dia 11 de Junho de 1908, era filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus Marto, modestos agricultores e bons cristãos; no dia 20 do mesmo mês, recebido o baptismo, tornou-se membro do povo da nova aliança.
De carácter dócil e condescendente, recebeu com fruto a boa educação que os pais lhe deram. Em casa, começou a conhecer e a amar a Deus, a rezar, a participar nas sagradas funções paroquiais, a ajudar o próximo necessitado, a ser sincero, justo, obediente e diligente. Viveu em paz com todos, quer adultos quer da mesma idade. Não se irritava quando o contrariavam e nos jogos não encontrava dificuldades em se adequar à vontade dos outros. Era sensível à beleza da natureza, que contemplava com sensibilidade e admiração; deleitava-se com a solidão dos montes e ficava extasiado perante o nascer e pôr do sol. Chamava ao sol «candeia de Nosso Senhor» e enchia-se de alegria ao aparecerem as estrelas que designava «candeias dos Anjos». Era de tal inocência que dizia que ao chegar ao céu havia de colocar azeite na candeia da Virgem Maria.
Logo que pôde, quando atingiu a idade de cerca de seis anos, foi-lhe confiada a guarda do rebanho, que diariamente pastoreava; segundo o costume, saía de manhã cedo com a sacola levando o alimento e a flauta, com a qual se divertia, e tornava a casa ao pôr do sol. Muitas vezes era acompanhado pela irmãzinha Jacinta e ambos se reuniam com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que guardava também as suas ovelhas. Estas crianças declararam ter visto três vezes um anjo no ano de 1916. Este acontecimento inesperado e imprevisto constitui para Francisco o início duma experiência espiritual mais generosa, mais eficaz e mais intensa de dia para dia. De repente começou a tornar-se mais piedoso e taciturno; recitava frequentemente a oração ensinada pelo anjo; estava disposto a oferecer sacrifícios pela salvação dos que não acreditam, não esperam e não amam.
Do dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, algumas vezes, juntamente com a Jacinta e a Lúcia, foi-lhe concedido o privilégio de ver a Virgem Maria na Cova da Iria. A partir daí, inflamado cada vez mais no amor a Deus e às almas, tinha uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com o pedido da Virgem Maria. Se extraordinária foi a medida da benignidade divina para com ele, extraordinária foi também a maneira como ele quis corresponder à graça divina na alegria, no fervor, e na constância. Não se limitou apenas a ser como que um mensageiro do anúncio, da penitência e da oração, mas, mais do que isso, com todas as suas forças, conformou a sua vida com a mensagem que ele anunciou mais com a bondade das obras do que com palavras.
Costumava dizer: «Que belo é Deus, que belo! mas está triste por causa dos pecados dos homens. Eu quero consolá-lo, quero sofrer por seu amor».
Manteve este propósito até ao fim. Durante as aparições suportou com espírito inalterável e com admirável fortaleza as más interpretações, as injúrias, as perseguições e mesmo alguns dias de prisão. Resistiu respeitosa e fortemente à autoridade local que tudo tentou para conhecer o «segredo» revelado pela Virgem Santíssima às três crianças, infundindo coragem simultaneamente à irmã e à prima. Todas as vezes que o ameaçavam com a morte respondia: «se nos matarem não importa: vamos para o céu».
Já antes das aparições rezava, porém depois, movido por um espírito de fé mais vivo e amadurecido, tomou consciência de ser chamado e de se entregar zelosa e constantemente ao dever de rezar segundo as intenções da Virgem Maria. Procurava o silêncio e a solidão para mergulhar totalmente na contemplação e no diálogo com Deus.
Participava na missa dos dias festivos e quando podia também nos feriais. Nutriu uma especial devoção à Eucaristia e passava muito tempo na igreja, adorando o Sacramento do altar a que chama «Jesus escondido». Recitava diariamente os quinze mistérios do Rosário e muitas vezes mais, a fim de satisfazer o desejo da Virgem; para isso gostava de juntar orações e jaculatórias, que tinha aprendido no catecismo e que o Anjo, a Virgem Santíssima e piedosos sacerdotes lhe tinham ensinado. Rezava para consolar a Deus, para honrar a Mãe do Senhor, que muito amava, para ser útil às almas que expiam as penas no fogo do purgatório, para auxiliar o Sumo Pontífice no seu importante múnus de pastor universal; rezava pelas necessidades do mundo transtornado pelo pecado; rezava pela Igreja e pela salvação eterna das almas. Rezava sozinho, com os familiares, com os peregrinos, manifestando um profundo recolhimento interior e uma confiança segura na bondade divina.
Como tivesse sabido da Virgem Maria que a sua vida iria ser breve, passava os dias na ardente expectativa de entrar no céu. E de facto tal expectativa não foi longa. Com efeito, apesar de ser robusto e de gozar de boa saúde, em Outubro do ano de 1918 foi atingido pela grave epidemia bronco-pulmonar chamada «espanhola». Do leito em que caiu não chegou a levantar-se; pelo contrário, no ano de 1919, o seu estado de saúde agravou-se. Sofreu, com íntima alegria, a sua enfermidade e as suas enormes dores, em oblação a Deus. À Lúcia que lhe perguntava se sofria, respondeu: «Bastante, mas não me importa. Sofro para consolar Nosso Senhor e em breve irei para o céu». No dia 2 de Abril, recebeu santamente o sacramento da Penitência e no dia seguinte foi finalmente alimentado com o Corpo de Cristo, como Santo Viático. Ao despedir-se dos presentes prometeu rezar por eles no céu.
Entrou piedosamente na vida eterna, que veementemente desejara, no dia 4 de Abril de 1919. Foi sepultado no cemitério de Fátima, mas depois as suas relíquias foram transladadas para o Santuário, que entretanto fora construído onde a Virgem aparecera.
Jacinta Marto
Jacinta, a sétima filha do casal Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus dos Santos, nasceu no lugar de Aljustrel, paróquia de Fátima, no dia 11 de Março de 1910. No dia 19 do mesmo mês recebeu a graça do Baptismo.
Os seus pais, que eram humildes agricultores e piedosos cristãos, deram-lhe uma sã educação moral e religiosa. Desde tenra idade mostrou o gosto pela oração, a preocupação pelas verdades da fé, prudência na escolha das amizades e um sereno espírito de obediência. De índole vivaz, expansiva e alegre, gostava de brincar e bailar; cativava a simpatia dos outros, se bem que tivesse certa inclinação a dominar e a não ser contrariada tanto que facilmente amuava e era ciosa do que lhe pertencia. Todavia, depois mudou completamente e tornou-se um modelo esplêndido de humildade, de mortificação e de generosidade.
Logo que pôde, começou a trabalhar; em particular foi encarregada de acompanhar o irmão Francisco, um pouco mais velho do que ela, no pastoreio do rebanho. Ambos gostavam de se juntar com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que era também pastora de ovelhas. Deste modo as três crianças, unidas por uma grande amizade, passavam o dia inteiro nesta actividade, que, apesar de custosa, eles executavam diligentemente e com prazer, porque lhes deixava tempo para brincar e para rezar e lhes permitia usufruir das belezas da natureza.
O que inesperadamente lhes mudou a vida, deu-se no ano de 1916: eles disseram ter visto três vezes um anjo que os exortava a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados e para obter a conversão dos pecadores. A partir deste momento; a pequena Jacinta aproveitava todas as ocasiões para fazer o que o anjo lhe pedira.
Desde o dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, juntamente com Francisco e Lúcia, teve o privilégio de ver várias vezes a Virgem Maria no lugar chamado Cova da Iria, perto de Fátima. Cheia de alegria e gratidão pelo dom recebido, quis imediatamente responder com todas as forças à exortação da Virgem Maria que lhes pedia orações e sacrifícios em reparação dos pecados que ofendem a Deus e o Imaculado Coração de Maria e pela conversão dos pecadores.
Ao mesmo tempo dócil à acção da graça, separou-se das coisas terrenas, a fim de se voltar para as coisas celestes e voluntariamente consagrou a sua vida para entrar um dia no paraíso. Estava constantemente mergulhada na contemplação de Deus, em colóquio íntimo com Ele. Procurava o silêncio e a solidão e de noite levantava-se da cama para rezar e livremente expressar o seu amor ao Senhor. Em pouco tempo, a sua vida interior se notabilizou por uma grande fé e por uma enorme caridade.
A propósito disto dizia: «Gosto tanto de Nosso Senhor! Por vezes julgo ter um fogo no peito, mas que não me queima». Gostava muito de contemplar Cristo Crucificado e comovia-se até às lágrimas ao ouvir a narração da Paixão. Então afirmava já não querer cometer pecados para não fazer sofrer Jesus. Alimentou uma ardente devoção à Eucaristia, que visitava frequentemente e durante longo tempo na igreja paroquial, escondendo-se no púlpito, onde ninguém a pudesse ver e distrair.
Desejava alimentar-se do Corpo de Cristo mas isso não lhe foi permitido por causa da idade. Encontrava contudo consolação na comunhão espiritual. De igual modo honrou a Virgem Maria, com um amor terno, filial e alegre e constantemente correspondeu às suas palavras e desejos; muitas vezes honrava-a com a recitação do rosário e com piedosas jaculatórias.
O seu desejo de sofrer tornou-se mais notório durante a longa e grave doença que a atingiu a partir de Outubro do ano de 1918. Contaminada pela epidemia bronco-pulmonar, a que chamavam «espanhola», o seu estado de saúde agravou-se a pouco e pouco, de tal forma que teve de suportar a ideia de ter de ser operada. Sabendo que lhe restava pouco tempo de vida, multiplicou os sacrifícios, as penitências e as privações de forma a cooperar até ao máximo das suas possibilidades na obra da Redenção. Porém, o que lhe custou mais foi o ter de deixar a família a fim de ser tratada num hospital. Prevendo morrer sozinha, isto é, longe dos seus queridos familiares, disse: «Ó meu Jesus, agora podes converter muitos pecadores, porque este sacrifício é muito grande!».
No dia 20 de Fevereiro do ano de 1920 pediu os Sacramentos. Apenas recebeu o Sacramento da Penitência: consciente de estar próxima da morte, pediu o Sagrado Viático, mas o sacerdote, não obstante as suas insistências, adiou-o para o dia seguinte.
Naquele mesmo dia à noite, longe dos pais e dos conhecidos, morreu no hospital de Lisboa, onde desde há algum tempo se encontrava internada. Alcançara finalmente a meta dos seus desejos: a vida eterna.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Francisco, nascido numa povoação chamada Aljustrel, pertencente à paróquia de Fátima, em Portugal, no dia 11 de Junho de 1908, era filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus Marto, modestos agricultores e bons cristãos; no dia 20 do mesmo mês, recebido o baptismo, tornou-se membro do povo da nova aliança.
De carácter dócil e condescendente, recebeu com fruto a boa educação que os pais lhe deram. Em casa, começou a conhecer e a amar a Deus, a rezar, a participar nas sagradas funções paroquiais, a ajudar o próximo necessitado, a ser sincero, justo, obediente e diligente. Viveu em paz com todos, quer adultos quer da mesma idade. Não se irritava quando o contrariavam e nos jogos não encontrava dificuldades em se adequar à vontade dos outros. Era sensível à beleza da natureza, que contemplava com sensibilidade e admiração; deleitava-se com a solidão dos montes e ficava extasiado perante o nascer e pôr do sol. Chamava ao sol «candeia de Nosso Senhor» e enchia-se de alegria ao aparecerem as estrelas que designava «candeias dos Anjos». Era de tal inocência que dizia que ao chegar ao céu havia de colocar azeite na candeia da Virgem Maria.
Logo que pôde, quando atingiu a idade de cerca de seis anos, foi-lhe confiada a guarda do rebanho, que diariamente pastoreava; segundo o costume, saía de manhã cedo com a sacola levando o alimento e a flauta, com a qual se divertia, e tornava a casa ao pôr do sol. Muitas vezes era acompanhado pela irmãzinha Jacinta e ambos se reuniam com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que guardava também as suas ovelhas. Estas crianças declararam ter visto três vezes um anjo no ano de 1916. Este acontecimento inesperado e imprevisto constitui para Francisco o início duma experiência espiritual mais generosa, mais eficaz e mais intensa de dia para dia. De repente começou a tornar-se mais piedoso e taciturno; recitava frequentemente a oração ensinada pelo anjo; estava disposto a oferecer sacrifícios pela salvação dos que não acreditam, não esperam e não amam.
Do dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, algumas vezes, juntamente com a Jacinta e a Lúcia, foi-lhe concedido o privilégio de ver a Virgem Maria na Cova da Iria. A partir daí, inflamado cada vez mais no amor a Deus e às almas, tinha uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com o pedido da Virgem Maria. Se extraordinária foi a medida da benignidade divina para com ele, extraordinária foi também a maneira como ele quis corresponder à graça divina na alegria, no fervor, e na constância. Não se limitou apenas a ser como que um mensageiro do anúncio, da penitência e da oração, mas, mais do que isso, com todas as suas forças, conformou a sua vida com a mensagem que ele anunciou mais com a bondade das obras do que com palavras.
Costumava dizer: «Que belo é Deus, que belo! mas está triste por causa dos pecados dos homens. Eu quero consolá-lo, quero sofrer por seu amor».
Manteve este propósito até ao fim. Durante as aparições suportou com espírito inalterável e com admirável fortaleza as más interpretações, as injúrias, as perseguições e mesmo alguns dias de prisão. Resistiu respeitosa e fortemente à autoridade local que tudo tentou para conhecer o «segredo» revelado pela Virgem Santíssima às três crianças, infundindo coragem simultaneamente à irmã e à prima. Todas as vezes que o ameaçavam com a morte respondia: «se nos matarem não importa: vamos para o céu».
Já antes das aparições rezava, porém depois, movido por um espírito de fé mais vivo e amadurecido, tomou consciência de ser chamado e de se entregar zelosa e constantemente ao dever de rezar segundo as intenções da Virgem Maria. Procurava o silêncio e a solidão para mergulhar totalmente na contemplação e no diálogo com Deus.
Participava na missa dos dias festivos e quando podia também nos feriais. Nutriu uma especial devoção à Eucaristia e passava muito tempo na igreja, adorando o Sacramento do altar a que chama «Jesus escondido». Recitava diariamente os quinze mistérios do Rosário e muitas vezes mais, a fim de satisfazer o desejo da Virgem; para isso gostava de juntar orações e jaculatórias, que tinha aprendido no catecismo e que o Anjo, a Virgem Santíssima e piedosos sacerdotes lhe tinham ensinado. Rezava para consolar a Deus, para honrar a Mãe do Senhor, que muito amava, para ser útil às almas que expiam as penas no fogo do purgatório, para auxiliar o Sumo Pontífice no seu importante múnus de pastor universal; rezava pelas necessidades do mundo transtornado pelo pecado; rezava pela Igreja e pela salvação eterna das almas. Rezava sozinho, com os familiares, com os peregrinos, manifestando um profundo recolhimento interior e uma confiança segura na bondade divina.
Como tivesse sabido da Virgem Maria que a sua vida iria ser breve, passava os dias na ardente expectativa de entrar no céu. E de facto tal expectativa não foi longa. Com efeito, apesar de ser robusto e de gozar de boa saúde, em Outubro do ano de 1918 foi atingido pela grave epidemia bronco-pulmonar chamada «espanhola». Do leito em que caiu não chegou a levantar-se; pelo contrário, no ano de 1919, o seu estado de saúde agravou-se. Sofreu, com íntima alegria, a sua enfermidade e as suas enormes dores, em oblação a Deus. À Lúcia que lhe perguntava se sofria, respondeu: «Bastante, mas não me importa. Sofro para consolar Nosso Senhor e em breve irei para o céu». No dia 2 de Abril, recebeu santamente o sacramento da Penitência e no dia seguinte foi finalmente alimentado com o Corpo de Cristo, como Santo Viático. Ao despedir-se dos presentes prometeu rezar por eles no céu.
Entrou piedosamente na vida eterna, que veementemente desejara, no dia 4 de Abril de 1919. Foi sepultado no cemitério de Fátima, mas depois as suas relíquias foram transladadas para o Santuário, que entretanto fora construído onde a Virgem aparecera.
Jacinta Marto
Jacinta, a sétima filha do casal Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus dos Santos, nasceu no lugar de Aljustrel, paróquia de Fátima, no dia 11 de Março de 1910. No dia 19 do mesmo mês recebeu a graça do Baptismo.
Os seus pais, que eram humildes agricultores e piedosos cristãos, deram-lhe uma sã educação moral e religiosa. Desde tenra idade mostrou o gosto pela oração, a preocupação pelas verdades da fé, prudência na escolha das amizades e um sereno espírito de obediência. De índole vivaz, expansiva e alegre, gostava de brincar e bailar; cativava a simpatia dos outros, se bem que tivesse certa inclinação a dominar e a não ser contrariada tanto que facilmente amuava e era ciosa do que lhe pertencia. Todavia, depois mudou completamente e tornou-se um modelo esplêndido de humildade, de mortificação e de generosidade.
Logo que pôde, começou a trabalhar; em particular foi encarregada de acompanhar o irmão Francisco, um pouco mais velho do que ela, no pastoreio do rebanho. Ambos gostavam de se juntar com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que era também pastora de ovelhas. Deste modo as três crianças, unidas por uma grande amizade, passavam o dia inteiro nesta actividade, que, apesar de custosa, eles executavam diligentemente e com prazer, porque lhes deixava tempo para brincar e para rezar e lhes permitia usufruir das belezas da natureza.
O que inesperadamente lhes mudou a vida, deu-se no ano de 1916: eles disseram ter visto três vezes um anjo que os exortava a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados e para obter a conversão dos pecadores. A partir deste momento; a pequena Jacinta aproveitava todas as ocasiões para fazer o que o anjo lhe pedira.
Desde o dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, juntamente com Francisco e Lúcia, teve o privilégio de ver várias vezes a Virgem Maria no lugar chamado Cova da Iria, perto de Fátima. Cheia de alegria e gratidão pelo dom recebido, quis imediatamente responder com todas as forças à exortação da Virgem Maria que lhes pedia orações e sacrifícios em reparação dos pecados que ofendem a Deus e o Imaculado Coração de Maria e pela conversão dos pecadores.
Ao mesmo tempo dócil à acção da graça, separou-se das coisas terrenas, a fim de se voltar para as coisas celestes e voluntariamente consagrou a sua vida para entrar um dia no paraíso. Estava constantemente mergulhada na contemplação de Deus, em colóquio íntimo com Ele. Procurava o silêncio e a solidão e de noite levantava-se da cama para rezar e livremente expressar o seu amor ao Senhor. Em pouco tempo, a sua vida interior se notabilizou por uma grande fé e por uma enorme caridade.
A propósito disto dizia: «Gosto tanto de Nosso Senhor! Por vezes julgo ter um fogo no peito, mas que não me queima». Gostava muito de contemplar Cristo Crucificado e comovia-se até às lágrimas ao ouvir a narração da Paixão. Então afirmava já não querer cometer pecados para não fazer sofrer Jesus. Alimentou uma ardente devoção à Eucaristia, que visitava frequentemente e durante longo tempo na igreja paroquial, escondendo-se no púlpito, onde ninguém a pudesse ver e distrair.
Desejava alimentar-se do Corpo de Cristo mas isso não lhe foi permitido por causa da idade. Encontrava contudo consolação na comunhão espiritual. De igual modo honrou a Virgem Maria, com um amor terno, filial e alegre e constantemente correspondeu às suas palavras e desejos; muitas vezes honrava-a com a recitação do rosário e com piedosas jaculatórias.
O seu desejo de sofrer tornou-se mais notório durante a longa e grave doença que a atingiu a partir de Outubro do ano de 1918. Contaminada pela epidemia bronco-pulmonar, a que chamavam «espanhola», o seu estado de saúde agravou-se a pouco e pouco, de tal forma que teve de suportar a ideia de ter de ser operada. Sabendo que lhe restava pouco tempo de vida, multiplicou os sacrifícios, as penitências e as privações de forma a cooperar até ao máximo das suas possibilidades na obra da Redenção. Porém, o que lhe custou mais foi o ter de deixar a família a fim de ser tratada num hospital. Prevendo morrer sozinha, isto é, longe dos seus queridos familiares, disse: «Ó meu Jesus, agora podes converter muitos pecadores, porque este sacrifício é muito grande!».
No dia 20 de Fevereiro do ano de 1920 pediu os Sacramentos. Apenas recebeu o Sacramento da Penitência: consciente de estar próxima da morte, pediu o Sagrado Viático, mas o sacerdote, não obstante as suas insistências, adiou-o para o dia seguinte.
Naquele mesmo dia à noite, longe dos pais e dos conhecidos, morreu no hospital de Lisboa, onde desde há algum tempo se encontrava internada. Alcançara finalmente a meta dos seus desejos: a vida eterna.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Tudo é possível a quem crê»
Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Méditations sur l'Évangile au sujet des principales vertus
«Se tiverdes fé como um grão de mostarda [...], nada vos será impossível» (Mt 17, 20). Podemos tudo através da oração: se não recebemos o que pedimos é porque não tivemos fé, ou porque rezámos pouco, ou porque seria prejudicial para nós que o nosso pedido fosse atendido, ou então porque Deus nos dá qualquer coisa melhor do que aquela que Lhe pedimos. Mas nunca deixamos de receber o que pedimos por a coisa ser demasiado difícil de obter: «Nada nos é impossível».
Não hesitemos em pedir a Deus mesmo as coisas mais difíceis, tais como a conversão de grandes pecadores, de povos inteiros. Peçamos-lho, por difícil que seja, com a fé de que Deus nos ama apaixonadamente e que, quanto maior é um dom, mais aquele que ama apaixonadamente gosta de o fazer; mas peçamos com fé, com insistência, constância, com amor, com boa vontade. E tenhamos a certeza de que, se pedirmos assim e com suficiente constância, seremos atendidos, receberemos a graça pedida ou uma melhor. Peçamos, pois, audaciosamente, a Nosso Senhor as coisas mais impossíveis de obter, quando são para Sua glória, e estejamos certos de que o Seu coração no-las concederá, por muito que pareçam humanamente impossíveis: porque dar o que é impossível a quem O ama é doce ao Seu coração. E quanto nos ama Ele!
Méditations sur l'Évangile au sujet des principales vertus
«Se tiverdes fé como um grão de mostarda [...], nada vos será impossível» (Mt 17, 20). Podemos tudo através da oração: se não recebemos o que pedimos é porque não tivemos fé, ou porque rezámos pouco, ou porque seria prejudicial para nós que o nosso pedido fosse atendido, ou então porque Deus nos dá qualquer coisa melhor do que aquela que Lhe pedimos. Mas nunca deixamos de receber o que pedimos por a coisa ser demasiado difícil de obter: «Nada nos é impossível».
Não hesitemos em pedir a Deus mesmo as coisas mais difíceis, tais como a conversão de grandes pecadores, de povos inteiros. Peçamos-lho, por difícil que seja, com a fé de que Deus nos ama apaixonadamente e que, quanto maior é um dom, mais aquele que ama apaixonadamente gosta de o fazer; mas peçamos com fé, com insistência, constância, com amor, com boa vontade. E tenhamos a certeza de que, se pedirmos assim e com suficiente constância, seremos atendidos, receberemos a graça pedida ou uma melhor. Peçamos, pois, audaciosamente, a Nosso Senhor as coisas mais impossíveis de obter, quando são para Sua glória, e estejamos certos de que o Seu coração no-las concederá, por muito que pareçam humanamente impossíveis: porque dar o que é impossível a quem O ama é doce ao Seu coração. E quanto nos ama Ele!
O Evangelho do dia 20 de Fevereiro de 2012
Chegando junto dos discípulos, viu uma grande multidão em volta, e os escribas a discutirem com eles. E logo toda aquela multidão supreendida por ver Jesus, correu para O saudar. Perguntou-lhes: «Que estais a discutir entre vós?». Um de entre a multidão respondeu-Lhe: «Mestre, eu trouxe-Te meu filho que está possesso de um espírito mudo, que, onde quer que se apodere dele, o lança por terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica rígido. Pedi aos Teus discípulos que o expulsassem e não puderam». Jesus respondeu-lhes: «Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-Mo cá». Trouxeram-Lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência e, caído por terra, revolvia-se espumando. Jesus perguntou ao pai dele: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». Ele respondeu: «Desde a infância. O demónio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém Tu, se podes alguma coisa, ajuda-nos, tem compaixão de nós». Jesus disse-lhe: «Se podes...! Tudo é possivel a quem crê». Imediatamente o pai do menino exclamou: «Eu creio! Auxilia a minha falta de fé». Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe: «Espírito mudo e surdo, Eu te mando, sai desse menino e não voltes a entrar nele!». Então, dando gritos e agitando-se com violência, saiu dele, e o menino ficou como morto, tanto que muitos diziam: «Está morto». Porém, Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele pôs-se em pé. Depois de ter entrado em casa, Seus discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque o não pudemos nós expulsar?». Respondeu-lhes: «Esta casta de demónios não se pode expulsar senão mediante a oração».
Mc 9, 14-29
Mc 9, 14-29