Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8).
(Bento XVI in Mensagem para a Quaresma de 2012)
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Amar a Cristo...
Saibamos, mesmo quando muito preocupados, ter confiança Nele, porque no final cumprir-se-á a Sua Vontade e esta mesmo que nos pareça má é certamente muito boa, parafraseando S. Thomas More numa das suas cartas da prisão a Meg (Margareth) sua filha. Tenhamos nós vontade sincera de tê-Lo connosco e amá-Lo que nunca seremos abandonados.
JPR
JPR
Imitação de Cristo, 1,5,2
Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente (Sl 116,2). De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoa. A nossa curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente. Se queres tirar proveito, lê com humildade, simplicidade e fé, sem cuidar jamais do renome de letrado. Pergunta de boa vontade e ouve calado as palavras dos santos; nem te desagradem as sentenças dos velhos, porque eles não falam sem razão.
Vamos receber o Senhor
Pensaste nalguma ocasião como te prepararias para receber Nosso Senhor, se só se pudesse comungar uma vez na vida? – Agradeçamos a Deus a facilidade que temos para nos aproximarmos dele, mas... temos de agradecê-lo preparando-nos muito bem para o receber. (Forja, 828)
Jesus é o Caminho, o Medianeiro. N'Ele, tudo! Fora d'Ele nada! Em Cristo e ensinados por Ele, atrevemo-nos a chamar Pai Nosso ao Todo-Poderoso, a Ele, que fez o Céu e a Terra e que é esse Pai tão afectuoso que espera que voltemos para Ele continuamente, cada um de nós como novo e constante filho pródigo.
Ecce Agnus Dei... Domine, non sum dignus... Vamos receber o Senhor. Quando na Terra se recebem pessoas muito importantes, há luzes, música, trajes de gala. Para albergar Cristo na nossa alma, como devemos preparar-nos? Já teremos por acaso pensado como nos comportaríamos se sóse pudesse comungar uma vez na vida?
Quando eu era criança, não estava ainda divulgada a prática da comunhão frequente. Recordo-me de como se preparavam as pessoas para comungar. Cuidavam com esmero a boa preparação da alma e até do corpo. Punham a melhor roupa, a cabeça bem penteada, o corpo fisicamente limpo e talvez mesmo um pouco de perfume... Eram delicadezas próprias de quem estava apaixonado, de almas finas e rectas, que sabem pagar o Amor com amor.
Com Cristo na alma, termina a Santa Missa. A bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo acompanha-nos durante toda a jornada, na nossa tarefa simples e normal de santificar todas as actividades nobres do homem. (Cristo que passa, 91)
São Josemaría Escrivá
‘PORTUGAL COM ALZHEIMER’ de Gonçalo Portocarrero de Almada
Os feriados são essenciais para a identidade nacional
Muitos maridos sabem como é pesada a factura pelo esquecimento do aniversário da mulher. O Cardeal Sean O’Malley, Arcebispo de Boston, contava, a este propósito, que uma senhora, muito ofendida pelo facto do cônjuge se ter esquecido do dia dos seus anos, exigiu, como reparação, uma prenda que a levasse dos zero aos cem em três segundos. Mas, em vez do esperado bólide, o desajeitado esposo ofereceu-lhe uma balança…
Talvez os homens subestimem os aniversários, mas as mulheres geralmente não pensam assim e num tal esquecimento lêem desconsideração pela aniversariante, ou pelo casamento. Ora casal que não festeja os anos e a data do casamento está, provavelmente, em crise.
As nações, como as pessoas, também nascem, crescem, definham e morrem. A memória dos povos é a sua história e, como não é possível recordar todas as datas memoráveis, comemoram-se ao menos algumas efemérides mais significativas. Os feriados nacionais não nasceram, portanto, para favorecerem o ócio, mas por imperativo da consciência colectiva, como uma necessidade de afirmação nacional e espiritual. A preservação da língua, o respeito pelos símbolos nacionais e o culto dos heróis e dos santos não são questões decorativas, nem meros instrumentos de propaganda ideológica, mas meios indispensáveis para a coesão e sobrevivência da nação e para a preservação da sua memória colectiva.
Se em todos os momentos é oportuna a lembrança da história pátria, essa evocação é mais urgente numa crise. Portugal, para além da dificílima situação económico-financeira, também padece as investidas da globalização, que ameaça a nossa idiossincrasia, e sofre a pressão da vizinha Espanha, onde há quem gostasse de ver a nossa nação reduzida a mais uma região do seu problemático Estado plurinacional. Razões de sobra para que, sem hostilizar a Europa nem os outros povos ibéricos, se afirme, pela positiva, a independência e soberania nacional, nomeadamente festejando o seu dia, isto é, o 1º de Dezembro.
A antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, quando se viu a braços com a ameaça germânica, apelou ao nacionalismo dos seus cidadãos, promovendo a figura de um seu herói nacional, por sinal um santo cristão. Data de então, com efeito, o magistral «Aleksandr Nevski», de Serguei Eisenstein. A figura emblemática do patriótico guerreiro foi, no contexto da crise mundial, uma alavanca que motivou os cidadãos soviéticos para a defesa da independência. As autoridades políticas, não obstante o seu feroz anticlericalismo e o seu internacionalismo proletário, não tiveram pejo em recorrer a um bem-aventurado príncipe, herói da Rússia dos czares, para assim unirem a nação na luta pela sua ameaçada soberania.
Dói ver os feriados nacionais reduzidos a mero assunto económico. Tal como seria lamentável a família que, à conta da crise, desistisse de celebrar aniversários. A razão exige o contrário: precisamente por que há crise, mais necessário é unir a família nessas datas e que o país celebre, com moderação, as principais efemérides da sua história.
Talvez se pudessem vender, em hasta pública, o mosteiro dos Jerónimos e a torre dos clérigos: não faltaria quem quisesse adquirir essas jóias nacionais, para embelezamento dos seus ranchos no Novo Mundo. É verdade que, como diz o provérbio, mais vale perder os anéis do que os dedos, mas estes anéis são os dedos da nossa história, são as mãos que a fizeram e a exaltaram em cantos heróicos.
Sem a sua alma – a nossa língua e a nossa história – Portugal fica reduzido ao deficit, ao lixo das agências de «rating», a apenas mais um povo ibérico, à cauda da Europa. Sem os seus feriados nacionais, civis e religiosos, o nosso país será como um velho desmemoriado que, por ter perdido a consciência, perdeu também a sua identidade, a sua alma.
Gonçalo Portocarrero de Almada
"O amor de Deus, mais forte do que o mal contagioso e terrível"
O amor de Deus é mais forte do que o mal, mesmo do mais contagioso e horrível: afirmou Bento XVI antes da recitação das Ave Marias do meio dia com os milhares de pessoas congregadas neste domingo na Praça de S. Pedro.
Comentando o trecho evangélico da cura do leproso tocado por Jesus superando a proibição legal de se aproximar a este tipo de doentes que eram considerados impuros, o Papa explicou que naquele gesto está concentrada inteiramente a história da salvação, está incarnada a vontade de Deus de nos curar, de nos purificar do mal que nos desfigura e que arruína as nossas relações.
Segundo Bento XVI naquele contacto entre a mão de Jesus e o leproso é abatida toda e qualquer barreira entre Deus e a impureza humana, entre o sagrado e o seu oposto. Não certamente para negar o mal e a sua força negativa, Jesus – explicou o Papa – tomou sobre si mesmo as nossas enfermidades, fez-se leproso para que nós fossemos purificados.
O Papa convidou a dirigir-se em oração à Virgem Maria que neste dia 11 celebramos fazendo memória das suas aparições em Lourdes. A Santa Bernardette – recordou Bento XVI – Nossa Senhora entregou uma mensagem sempre actual: o convite à oração e à penitência. Através de Sua Mãe é sempre Jesus que vem ao nosso encontro para nos libertar de todas as doenças do corpo e da alma.
Deixemo-nos tocar e purificar por Ele, e usemos misericórdia para com os nossos irmãos, foi o convite final do Papa.
Depois da recitação do Angelus o Papa dirigiu um premente apelo a pôr termo á violência e ao derramamento de sangue na Síria onde se verifica um conflito cada vez mais preocupante e com consequências dramáticas.
“Convido todos, antes de mais as autoridades politicas na Síria - disse – a privilegiar o caminho do diálogo, da reconciliação e do empenho pela paz. É urgente responder ás legitimas aspirações dos vários componentes da Nação, assim como aos auspícios da comunidade internacional preocupada com o bem comum da inteira sociedade e da região.
Precedentemente o Papa afirmara que segue com muita preocupação os dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria que nos últimos tempos causaram numerosas vitimas. E acrescentara que recorda na oração as vítimas entre as quais se encontram algumas crianças, os feridos e todos aqueles que sofrem as consequências cada vez mais preocupantes do conflito.
Rádio Vaticano
Comentando o trecho evangélico da cura do leproso tocado por Jesus superando a proibição legal de se aproximar a este tipo de doentes que eram considerados impuros, o Papa explicou que naquele gesto está concentrada inteiramente a história da salvação, está incarnada a vontade de Deus de nos curar, de nos purificar do mal que nos desfigura e que arruína as nossas relações.
Segundo Bento XVI naquele contacto entre a mão de Jesus e o leproso é abatida toda e qualquer barreira entre Deus e a impureza humana, entre o sagrado e o seu oposto. Não certamente para negar o mal e a sua força negativa, Jesus – explicou o Papa – tomou sobre si mesmo as nossas enfermidades, fez-se leproso para que nós fossemos purificados.
O Papa convidou a dirigir-se em oração à Virgem Maria que neste dia 11 celebramos fazendo memória das suas aparições em Lourdes. A Santa Bernardette – recordou Bento XVI – Nossa Senhora entregou uma mensagem sempre actual: o convite à oração e à penitência. Através de Sua Mãe é sempre Jesus que vem ao nosso encontro para nos libertar de todas as doenças do corpo e da alma.
Deixemo-nos tocar e purificar por Ele, e usemos misericórdia para com os nossos irmãos, foi o convite final do Papa.
Depois da recitação do Angelus o Papa dirigiu um premente apelo a pôr termo á violência e ao derramamento de sangue na Síria onde se verifica um conflito cada vez mais preocupante e com consequências dramáticas.
“Convido todos, antes de mais as autoridades politicas na Síria - disse – a privilegiar o caminho do diálogo, da reconciliação e do empenho pela paz. É urgente responder ás legitimas aspirações dos vários componentes da Nação, assim como aos auspícios da comunidade internacional preocupada com o bem comum da inteira sociedade e da região.
Precedentemente o Papa afirmara que segue com muita preocupação os dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria que nos últimos tempos causaram numerosas vitimas. E acrescentara que recorda na oração as vítimas entre as quais se encontram algumas crianças, os feridos e todos aqueles que sofrem as consequências cada vez mais preocupantes do conflito.
Rádio Vaticano
Bom Domingo do Senhor!
Sejamos também nós como o leproso de que nos fala o Evangelho de hoje (Mc 1, 40-45) ajoelhemo-nos diante do Sacrário e entreguemo-nos totalmente nas mãos do Senhor e Ele certamente não nos deixará de atender.
O bom exemplo do Senhor, de Maria e dos Santos
«A verdadeira caridade cristã, participação da que transbordava do coração do Verbo incarnado, está embebida no sacrifício. Não procura a afirmação pessoal mas o bem dos outros. E configura-se como uma tarefa que nunca devemos considerar concluída: precisamos de aprender a amar, fixando-nos no exemplo de Nosso Senhor, da Santíssima Virgem e dos santos que mais amaram a Deus e ao próximo.»
O pecado e o pecador
“Nunca, nos nossos juízos, devemos confundir o pecado que é inaceitável, e o pecador, cujo estado de consciência nós não podemos julgar, e que, em todo o caso, é sempre susceptível de conversão e de perdão”.
(Bento XVI na homilia proferida em Lourdes no dia 13.09.2008)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1939
Encontra-se em Vitória, Espanha. Fala com o Bispo dessa cidade sobre a publicação próxima de Caminho. D. Xavier Lauzurica oferece-se para escrever o Prólogo: “A ti, querido leitor, são dirigidas essas linhas penetrantes, esses pensamentos lacónicos; medita cada uma das palavras e impregna-te do seu sentido. Nessas palavras paira o espírito de Deus. Por detrás de cada uma das suas sentenças há um santo que vê as tuas intenções e aguarda as tuas decisões”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
«Compadecido deste homem, Jesus estendeu a mão e tocou-o»
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Carta às suas colaboradoras de 10/04/1974
Os pobres têm sede de água, mas também de paz, de verdade e de justiça. Os pobres estão nus e têm necessidade de roupas, mas também de dignidade humana e de compaixão para com os pecadores. Os pobres estão sem abrigo e têm necessidade de um abrigo feito de tijolos, mas também de um coração alegre, compassivo e cheio de amor. Eles estão doentes e têm necessidade de cuidados médicos, mas também de uma mão amiga e de um sorriso acolhedor.
Os excluídos, os que são rejeitados, os que não são amados, os prisioneiros, os alcoólicos, os moribundos, os que estão sós e abandonados, os marginalizados, os intocáveis e os leprosos [...], os que estão na dúvida e confusos, os que não foram tocados pela luz de Cristo, os que têm fome da palavra e da paz de Deus, as almas tristes e angustiadas [...], os que são um fardo para a sociedade, os que perderam toda a esperança e a fé na vida, os que esqueceram como se sorri e os que já não sabem o que é receber um pouco de calor humano, um gesto de amor e de amizade – todos eles se voltam para nós para serem reconfortados. Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo.
Carta às suas colaboradoras de 10/04/1974
Os pobres têm sede de água, mas também de paz, de verdade e de justiça. Os pobres estão nus e têm necessidade de roupas, mas também de dignidade humana e de compaixão para com os pecadores. Os pobres estão sem abrigo e têm necessidade de um abrigo feito de tijolos, mas também de um coração alegre, compassivo e cheio de amor. Eles estão doentes e têm necessidade de cuidados médicos, mas também de uma mão amiga e de um sorriso acolhedor.
Os excluídos, os que são rejeitados, os que não são amados, os prisioneiros, os alcoólicos, os moribundos, os que estão sós e abandonados, os marginalizados, os intocáveis e os leprosos [...], os que estão na dúvida e confusos, os que não foram tocados pela luz de Cristo, os que têm fome da palavra e da paz de Deus, as almas tristes e angustiadas [...], os que são um fardo para a sociedade, os que perderam toda a esperança e a fé na vida, os que esqueceram como se sorri e os que já não sabem o que é receber um pouco de calor humano, um gesto de amor e de amizade – todos eles se voltam para nós para serem reconfortados. Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo.