segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Amar a Cristo...

Senhor porque me esqueço de Ti às vezes, ficando preocupado com ninharias ? Porque será que nem sempre consigo concordar à primeira com nomeações feitas pelo Papa a quem tenho um grande amor ? Só pode ser soberba e consequente falta de humildade, ajuda-me por favor a ser um melhor cristão, “puxa-me as orelhas” e guia-me para o Sacrário para Te pedir perdão.


JPR

Imitação de Cristo, 1,3,4

Toda a perfeição, nesta vida, é mesclada de alguma imperfeição, e todas as nossas luzes são misturadas de sombras. O humilde conhecimento de ti mesmo é caminho mais certo para Deus que as profundas pesquisas da ciência. Não é reprovável a ciência ou qualquer outro conhecimento das coisas, pois é boa em si e ordenada por Deus; sempre, porém, devemos preferir-lhe a boa consciência e a vida virtuosa. Muitos, porém, estudam mais para saber, que para bem viver; por isso erram a miúdo e pouco ou nenhum fruto colhem.

A Santa Missa é acção divina

Não é estranho que muitos cristãos – pausados e até solenes na vida social (não têm pressa), nas suas pouco activas actuações profissionais, na mesa e no descanso (também não têm pressa) – se sintam apressados e apressem o Sacerdote na sua ânsia de encurtar, de abreviar o tempo dedicado ao Santíssimo Sacrifício do Altar? (Caminho, 530)

Toda a Trindade está presente no sacrifício do Altar. Por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, o Filho oferece-Se em oblação redentora. Aprendamos a conhecer e a relacionar-nos com a Santíssima Trindade, Deus Uno e Trino, três pessoas divinas na unidade da sua substância, do seu amor e da sua acção eficaz e santificadora.

Logo a seguir ao lavabo, o sacerdote invoca: Recebei, ó Santíssima Trindade, esta oblação que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, no final da Santa Missa, há outra oração de inflamada reverência ao Deus Uno e Trino: Placeat tibi, Sancta Trinitas, obsequium servitutis meae... agradável Vos, seja, ó Trindade Santíssima, o obséquio da minha vassalagem: fazei que por misericórdia este Sacrifício oferecido por mim, posto que indigno aos olhos da vossa Majestade, Vos seja aceitável, e que para mim e para todos aqueles por quem o ofereci, seja um sacrifício de perdão.

A Santa Missa – insisto – é acção divina, trinitária, não humana. O sacerdote que celebra serve o desígnio divino do Senhor pondo à sua disposição o seu corpo e a sua voz. Não age, porém, em nome próprio, mas in persona et in nomine Christi, na Pessoa de Cristo e em nome de Cristo.

O amor da Trindade pelos homens faz com que, da presença de Cristo na Eucaristia, nasçam para a Igreja e para a humanidade todas as graças. Este é o sacrifício que profetizou Malaquias: desde o nascer do sol até ao poente, o meu nome é grande entre as nações, e em todo o lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura. É o Sacrifício de Cristo, oferecido ao Pai com a cooperação do Espírito Santo, oblação de valor infinito, que eterniza em nós a Redenção, que os sacrifícios da Antiga Lei não conseguiam alcançar. (Cristo que passa, 86)

São Josemaría Escrivá

'O espírito de Abril' por João César das Neves

O acordo de concertação social assinado no dia 18 é um documento decisivo da nossa história recente. Isto só se entende considerando a essência desta crise.
Muitos tomam a recessão mundial como financeira, acusando dela bancos e agências de rating. Têm razão, mas esquecem que países com crescimento sólido, como Irlanda, Bélgica e Reino Unido, não são incomodados apesar de dívidas maiores que a nossa. O fundo do problema é pois económico e social.
O desenvolvimento que o mundo vive desde a revolução industrial tem tido várias fases. Esta é dominada por dois choques principais, a expansão da China e Índia e a revolução informática. Estes avanços criaram um dos momentos mais maravilhosos da humanidade, com enorme progresso e redução espantosa da pobreza mundial. Como não há almoços grátis, este desenvolvimento tem custos, alargando o fosso de rendimentos no Ocidente, de onde sai a recessão e a dívida.
Os mecanismos são evidentes Os trabalhadores chineses concorrem com o trabalho não especializado na Europa e EUA, enquanto a sociedade da informação elimina empregos de escritório e beneficia efusivamente o talento na gestão, arte, finanças, desporto, computação, etc. Isto espreme os salários baixos, reduz os lugares intermédios e premeia alguns ricos. As dificuldades de crescimento vêm da reestruturação económica imposta pelo mercado global, enquanto o endividamento surge de políticas e expedientes para amaciar a vida dos mais atingidos. Foi o incentivo político à aquisição de casa pelos pobres que criou o subprime nos EUA.
A questão decisiva deste tempo é, portanto, social. Portugal é um caso paradigmático. Na "década perdida", além da estagnação ser disfarçada pela dívida externa que agora nos arruína, íamos caindo numa das maiores desigualdades europeias, como mostram estudos recentes. Mas é preciso ver que esses estudos têm dados anteriores à troika, que está cá só há dez meses. O fosso entre ricos e pobres só pode resultar de quinze anos de políticas socialistas, que diziam defender os trabalhadores, combater a pobreza e construir a sociedade justa. Este aparente paradoxo é compreensível ao notar que as tais políticas bem intencionadas acabavam por usar os impostos de todos (sobretudo pobres) para beneficiar certos grupos, próximos do Estado. Os últimos anos reforçaram o processo, pois a crise começou em 2008, com falências e desemprego, mas funcionários e pensionistas estiveram incólumes três anos, até à chegada da troika.
O terrível choque no Ocidente, como em Portugal, impõe difícil ajustamento para recuperar uma sociedade justa e dinâmica, adaptada ao novo mundo global. Isso exige medidas sérias e equilibradas das elites e governos, para eliminar privilégios, combater a corrupção, apoiar os pobres, flexibilizar a economia. Mas exige também da sociedade serenidade e solidariedade, suportando os inevitáveis sacrifícios sem perder o rumo.
Percebe-se perfeitamente a irritação das populações pela austeridade e perda de direitos exigida na flexibilização. Revoltas, greves e subida dos radicalismos, bom como sonhos de revoluções e sociedade ideal, são compreensíveis. Robespierre, Marx e Lenine viveram tempos destes e hoje a Grécia envereda pelo mesmo rumo violento. Mas a reacção brutal trouxe sempre o desastre.
Existem alternativas, como a serena "revolução dos cravos". Comparada com casos paralelos, nacionais e estrangeiros, o 25 de Abril destaca-se pela sensatez. Em particular, na confusão revolucionária de 1974-75 os salários reais subiram 10% acumulados, estrangulando a economia. Em seguida aconteceu algo único na história: um país democrático, com sindicatos livres, teve o patriotismo de suportar uma queda acumulada de 12% nos salários reais de 1976-79, recuperando o equilíbrio.
O choque social destes anos será terrível. O nosso futuro depende de Portugal cair na revolta, como Marx sugeria e a Grécia mostra, ou enfrentar as dificuldades com força e serenidade. O acordo de dia 18 prova que ainda está vivo o espírito de Abril.

João César das Neves in DN online

Sacerdote e astrónomo no Vaticano recorda que a teoria do Big Bang encontra-se em sintonia com história da criação

Ao apresentar no Vaticano a mostra "Historia do outro mundo. O universo dentro e fora de nós", o diretor do Observatório Astronómico do Vaticano, o argentino jesuíta Padre José Gabriel Funes, explicou que a teoria do Big Bang não está em pé de guerra com a fé.

Em entrevista concedida ao grupo 
ACI, o Pe. Funes assinalou que desde o ponto de vista eclesiástico "o Big Bang não está em contradição com a fé".

"Sabemos que Deus é criador, é um pai bom que tem um plano providencial para nós, que nós somos seus filhos, e que tudo o que possamos aprender racionalmente sobre a origem do universo não está em contradição com a mensagem religiosa da 
Bíblia", indicou.

A Teoria do Big Bang, também conhecida como a grande explosão, é a "melhor teoria que temos neste momento da criação do universo", disse.

De forma muito resumida, esta teoria, explica que provavelmente, a criação começou faz 14 milhões de anos com uma explosão colossal na qual foram criados o espaço, o tempo, a energia e a matéria, assim, é como nasceram as galáxias, as estrelas e os planetas, os quais se encontram em contínua expansão.

O Pe. Funes afirmou, que como astrónomo e católico compartilha esta justificação da criação do universo, apesar de que "há algumas perguntas sem resposta".

Além disso, o astrónomo explicou que os católicos "devem ver o cosmos como um dom de Deus", e "admirar a beleza que há no universo".

"Essa beleza que vemos leva de algum modo à beleza do criador. E também graças a que Deus nos dotou que inteligência, de razão, podemos encontrar o logos, essa explicação racional que há no universo que nos permite fazer ciência também. Fala-nos também do logos criador de Deus".

O sacerdote indicou, que embora não haja prova alguma de 
vida inteligente no universo à parte da nossa, "não a podemos descartar", porque estudos de astronomia mostram que existem ao redor de 700 planetas que giram ao redor de outras estrelas.

"Se no futuro, que me parece uma coisa bastante difícil, pudesse estabelecer-se que existe vida, e vida inteligente, não acredito que isto contradiga q mensagem religiosa da criação porque seriam também criaturas de Deus", acrescentou.


O interesse oficial da Igreja pela astronomia remonta ao século XVI e em 1891, o Papa Leão XIII decidiu criar oficialmente o Observatório do Vaticano para mostrar que a Igreja não está contra o desenvolvimento científico, mas sim promove o desenvolvimento da ciência de qualidade.

De salientar, que o Observatório do Vaticano tem sede em Castelgandolfo, enquanto que o telescópio que usado para a investigação, situa-se em Tucson, Estados Unidos.

O Pe. Funes explicou que fará a exposição de 10 de março a 1 de julho em Pisa, por ser a cidade natal de Galileo Galilei – pai da astronomia moderna –, e onde o astrónomo propulsor do Observatório do Vaticano, Cardeal Pietro Maffi, desenvolveu seu ministério.

A exposição consiste em um percurso no tempo através de 
imagens, instrumentos de investigação, assim como minerais reais de Lua e Marte que conduzem o espectador a uma fascinante viagem desde a criação do universo e da matéria, até nosso mundo interior e os átomos que nos conformam.

Bento XVI visitou a sede do Observatório no ano 2009. Naquela ocasião, teve nas suas mãos um dos tesouros do observatório, um meteorito vindo de Marte.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)

«Sinal de amor…

…será o desejo de oferecer a verdade e conduzir à unidade. Sinal de amor será igualmente dedicar-se sem reservas e sem olhar para trás ao anúncio de Jesus Cristo»

(Evangelii nuntiandi, nº 79 – Paulo VI)

Saibamos cumprir aqui na terra o que o Senhor nos ensinou e pediu

«Considerai como Jesus Cristo nos ensina a ser humildes, fazendo-nos ver que a nossa virtude não depende só do nosso trabalho, mas da graça de Deus. Aqui, Ele ordena a todo o fiel que ora a fazê-lo de modo universal, por toda a terra. Porque não diz "seja feita a vossa vontade" em mim ou em vós, mas "em toda a terra": para que dela seja banido o erro e nela reine a verdade, o vício seja destruído e a virtude refloresça, e para que a terra deixe de ser diferente do céu»

(In Matthaeum homilia l9, 5 - São João Crisóstomo)

Fazer a Sua vontade

«Aderindo a Cristo, podemos tornar-nos um só espírito com Ele e assim cumprir a sua vontade; desse modo, ela será feita na terra como no céu»

(De oratione, 26, 3 – Orígenes)


«Podemos ainda, sem trair a verdade, traduzir estas palavras: "seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu" por estoutras: na Igreja como em nosso Senhor Jesus Cristo; na esposa que Lhe foi desposada, como no esposo que cumpriu a vontade do Pai»

(De sermone Domini in monte, 2, 6, 24 - Santo Agostinho)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1960

“Começar é de muitos; acabar, de poucos. Nós que procuramos comportar-nos como filhos de Deus, temos de estar entre os segundos. Não o esqueçais: só as tarefas terminadas com amor, bem acabadas, merecem aquele aplauso do Senhor, que se lê na Sagrada Escritura: “é melhor o fim de uma obra do que o seu princípio” (Ecli VII, 9)”. Com estas palavras começa a homilia “Trabalho de Deus”, que prega nesta data e se recolhe no livro Amigos de Deus.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O pastor deve ser uma árvore com raízes profundas

"o Pastor não deve ser uma cana de um pântano que se inclina conforme o vento que sopra, um servo do espírito do seu tempo"... 

"O ser intrépido, ter a coragem de se opor às correntes do momento, pertence de modo essencial à tarefa do Pastor. Não há-de ser uma cana de pântano, mas sim – segundo a imagem do Salmo 1 – ser como uma árvore que tem raízes profundas, nas quais permanece firme e bem fundamentado”.



“O que não tem nada que ver com a rigidez ou a inflexibilidade. Só onde existe estabilidade existe também crescimento”


(Bento XVI homilia na cerimónia de ordenações episcopais no dia 6.02.2011)

«Quantos O tocavam ficavam curados»

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja 
Sermão 306, passim

Todos os homens querem ser felizes; não há ninguém que não o queira, e com tanta intensidade que o deseja acima de tudo. Melhor ainda: tudo o que querem para além disso querem-no para isso. Os homens perseguem paixões diferentes, um esta, outro aquela; também existem muitas maneiras de ganhar a vida neste mundo: cada um escolhe a sua profissão e exerce-a. Mas quer adoptem este ou aquele género de vida, todos os homens agem nesta vida para serem felizes. [...] O que há então nesta vida capaz de nos fazer felizes, que todos desejam mas que nem todos alcançam? Procuremo-lo. [...]

Se eu perguntar a alguém: «Queres viver?», ninguém se sentiria tentado a responder-me: «Não quero». [...] Do mesmo modo, se eu perguntar: «Queres ser saudável?», ninguém me responderá: «Não quero». A saúde é um bem precioso aos olhos do rico e, para o pobre, ela é muitas vezes o único bem que ele possui. [...] Todos concordam no amor pela vida e pela saúde. Ora quando o homem desfruta da vida e é saudável, poderá contentar-se com isso? [...]

Um homem rico perguntou ao Senhor: «Mestre, que devo fazer para ter a vida eterna?» (Mc 10, 17) Ele temia morrer e era forçado a morrer. [...] Ele sabia que uma vida de dor e de tormentos não é vida, e que se lhe deveria antes dar o nome de morte. [...] Apenas a vida eterna pode ser feliz. A saúde e a vida neste mundo não a garantem, tememos demasiado perdê-las: chamai a isto «temer sempre» e não «viver sempre». [...] Se a nossa vida não é eterna, se não satisfaz eternamente os nossos desejos, não pode ser feliz, nem sequer é vida. [...] Quando entrarmos nessa vida, teremos a certeza de aí ficar para sempre. Teremos a certeza de possuir eternamente a verdadeira vida sem qualquer temor, pois encontrar-nos-emos naquele Reino sobre o qual se diz: «E o Seu reino não terá fim» (Lc 1, 33).

«E quantos O tocavam ficavam curados»

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita e Doutora da Igreja
Caminho de Perfeição, cap. 34, 9-11


Pois se, quando [Jesus] andava neste mundo, só o tocar as Suas vestes sarava os enfermos, como duvidar, se temos fé, de que faça milagres estando assim dentro de nós [na comunhão eucarística], e de que nos dará o que Lhe pedirmos estando Ele em nossa casa (Ap 3,20)? Não costuma Sua Majestade pagar mal a pousada quando Lhe dão boa hospedagem. E, irmãs, se vos dá pena o não O ver com os olhos do corpo, tal não nos convém. [...]


Porque àqueles a quem vê que hão-de tirar proveito da Sua presença, Ele Se descobre e, ainda que O não vejam com os olhos do corpo, tem muitas maneiras de Se mostrar à alma por grandes sentimentos interiores e por diversas vias. Ficai-vos com Ele de boa vontade e não percais tão boa ocasião de a Ele vos dirigirdes, como é a hora depois de ter comungado.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 6 de Fevereiro de 2012

Tendo passado à outra margem, foram à região de Genesaré, e lá atracaram. Tendo desembarcado, logo O conheceram e, percorrendo toda aquela região, começaram a trazer-Lhe todos os doentes em macas, para onde sabiam que Ele estava. Em qualquer lugar a que chegava, nas aldeias, nas cidades ou nas herdades, punham os enfermos no meio das praças, e pediam-Lhe que, ao menos, os deixasse tocar a orla do Seu vestido. E todos os que O tocavam ficavam curados.


Mc 6, 53-56