Amar a Cristo ...

Querido Jesus, amanhã iniciamos um mês todo ele muito especial para a Tua Igreja, começamos logo por recordar a Tua filha Teresa de Lisieux e o seu amor por Ti, mas o mais marcante contemporaneamente, será o início do Ano da Fé convocado pelo nosso extraordinário Papa Bento XVI.

Agradecemos-Te por nos ofereceres todas estas ocasiões, e muitas outras existem no decorrer de outubro, de Te louvar, avivar a nossa fé e pedimos-Te, que nos ajudes a cheios do Teu Espírito, a nos esquecermos de nós próprios e tudo fazer para honra e glória do Teu nome, do Pai e do Espírito Santo que sois um só Deus na Santíssima Trindade.

Glória a Vós pelos séculos dos séculos!

JPR

Assim como na Igreja Católica existem coisas que não são católicas, fora da Igreja Católica também pode haver algo católico

“Quando alguém de fora da comunidade faz o bem em nome de Cristo, com honestidade e respeito, os membros da Igreja não devem sentir ciúmes, mas ao contrário, devem se alegrar”. Foi o que disse o Papa na habitual alocução antes de rezar a oração mariana do Angelus. 

Bento XVI acrescentou que “dentro da própria Igreja, também pode acontecer, por vezes, que seja difícil valorizar e apreciar as coisas boas realizadas por outras realidades eclesiais”. E exortou a louvar a ‘criatividade’ com que Deus atua na Igreja e no mundo.

A reflexão do Pontífice no encontro com os fiéis deste domingo - último antes do regresso ao Vaticano na segunda-feira – inspirou-se num trecho do Evangelho de Marcos em que os discípulos protestavam com Jesus porque um homem, que não era um de seus seguidores, expulsara demónios em nome de Jesus. 

O apóstolo João, jovem e zeloso – explicou Bento XVI – queria impedir-lhe, mas Jesus não o permitiu, e ensinou a seus discípulos que Deus também pode atuar coisas boas ou prodigiosas fora do seu ambiente, e que se pode colaborar com a causa do Reino de várias maneiras, inclusive oferecendo um copo de água a um missionário”. 

O Papa prosseguiu: “Assim como na Igreja Católica existem coisas que não são católicas, fora da Igreja Católica também pode haver algo católico”. 

Por isso – comentou – os membros da Igreja não devem sentir ciúmes, mas alegrar-se se alguém de fora da comunidade faz o bem em nome de Cristo, desde que o faça com intenção honesta e com respeito. Sendo assim – concluiu – devemos ser sempre capazes de nos apreciar e nos estimar reciprocamente”. 

Noutra passagem da sua reflexão, Bento XVI recordou o ataque do apóstolo Tiago aos ricos desonestos, e disse que o Evangelho alerta para a “inútil busca de bens materiais”, e pediu que estes sejam usados sempre na perspectiva da solidariedade e do bem comum, agindo com equidade e moralidade em todos os níveis. 

Depois do discurso, o Papa rezou a oração mariana, cumprimentou os grupos de fiéis em algumas línguas e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de JPR

Vídeo em espanhol

Imitação de Cristo, 3, 17, 1&2 - Que todo o nosso cuidado devemos entregar a Deus

Jesus: Filho, deixa-me fazer contigo o que quero; eu sei o que te convém. Tu pensas como homem, e julgas em muitas coisas consoante te persuade o afeto humano.

A alma: Senhor, verdade é o que dizeis. Maior é vossa solicitude por mim, que todo o cuidado que eu comigo possa ter. Está em grande perigo de cair quem não entrega a vós todos os seus cuidados. Fazei de mim, Senhor, tudo o que quiserdes, contanto que permaneça em vós, reta e firme, a minha vontade. Pois não pode deixar de ser bom tudo o que fizerdes de mim. Se quereis que esteja nas trevas, bendito sejais; e se quereis que esteja na luz, sede também bendito. Se quereis que esteja consolado, sede bendito, e se quereis que esteja tribulado, sede igualmente para sempre bendito. 

Ajuda-os sem que o notem

O pensamento da morte ajudar-te-á a cultivar a virtude da caridade, porque talvez esse instante concreto de convivência seja o último em que estás com este ou com aquele... Eles, ou tu, ou eu, podemos faltar em qualquer momento. (Sulco, 895)

Dir-me-ás talvez: e porque havia eu de me esforçar? Não sou eu quem te responde, mas S. Paulo: o amor de Cristo urge-nos. Todo o espaço de uma existência é pouco para alargar as fronteiras da tua caridade. Desde os primeiríssimos começos do Opus Dei, manifestei o meu grande empenho em repetir sem cessar, para as almas generosas que se decidam a traduzi-lo em obras, aquele grito de Cristo: nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Conhecer-nos-ão precisamente por isso, porque a caridade é o ponto de arranque de qualquer actividade de um cristão. (…)

Queria fazer-vos notar que, após vinte séculos, ainda aparece com toda a pujança de novidade o Mandato do Mestre, que é uma espécie de carta de apresentação do verdadeiro filho de Deus. Ao longo da minha vida sacerdotal, tenho pregado com muitíssima frequência que, desgraçadamente para muitos, continua a ser novo, porque nunca ou quase nunca se esforçaram por praticá-lo. É triste, mas é assim. E não há dúvida nenhuma de que a afirmação do Messias ressalta de modo terminante: nisto vos conhecerão, que vos amais uns aos outros! Por isso, sinto a necessidade de recordar constantemente essas palavras do Senhor. S. Paulo acrescenta: levai os fardos uns dos outros e, desta maneira, cumprireis a lei de Cristo. Momentos perdidos, talvez com a falsa desculpa de que te sobra tempo... Se há tantos irmãos, amigos teus, sobrecarregados de trabalho! Com delicadeza, com cortesia, com um sorriso nos lábios, ajuda-os, de tal maneira que se torne quase impossível que o notem; e que nem se possam mostrar agradecidos, porque a discreta finura da tua caridade fez com que ela passasse inadvertida. (Amigos de Deus, 43–44)

São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

Façamos como o Senhor nos ensina no Evangelho de hoje (Mc 9,38-43.45.47-48) e não critiquemos aqueles que embora não sendo católicos e apenas cristãos O proclamam com palavras justas e praticam a caridade em seu nome.

Senhor Jesus transforma-nos em protagonistas do propósito da unidade de todos os cristãos, começando desde logo da de todos os católicos separados por antagonismos de quem parece não haver lido o Teu Evangelho.

Carta Pastoral de D. Javier Echevarría por ocasião do ‘Ano da Fé’ publicada em Roma a 29 de Setembro de 2012

O Prelado do Opus Dei escreveu uma extensa carta por motivo do Ano da Fé. Salienta a necessidade de uma nova evangelização, bem como a exigência de conhecer e professar a própria fé, unindo-se a Cristo pela oração.

Aceda ao documento em PDF e castelhano AQUI

Nota ‘Spe Deus’: assim que a tradução em português esteja disponível publicá-la-emos usando a plataforma ‘Scrib’. Obrigado e votos de um Bom Domingo do Senhor!

Silêncio e Palavra: caminho de evangelização

A extraordinária abundância de estímulos da sociedade da comunicação traz em primeiro plano um valor que à primeira vista pareceria até mesmo em antítese com ela. É o silencio, de facto o tema no centro do próximo dia mundial das comunicações sociais, Silêncio e Palavra: caminho de evangelização.


No pensamento do Papa Bento XVI o silencio não é apresentado simplesmente como uma forma de contraposição a uma sociedade caracterizada pelo fluxo constante e incessante da comunicação, mas como um elemento necessário de integração. De facto o silencio precisamente porque favorece a dimensão do discernimento e do aprofundamento pode ser visto como um primeiro grau de acolhimento da palavra. Portanto nenhum dualismo, mas a complementaridade de duas funções que no seu justo equilíbrio enriquecem o valor da comunicação e a tornam um elemento irrenunciável ao serviço da nova evangelização. Emerge portanto com uma certa evidencia o desejo do Santo Padre de sintonizar o tema do próximo dia mundial com a celebração do Sínodo dos Bispos que terá como tema precisamente a Nova Evangelização para a transmissão da Fé cristã.


Rádio Vaticano

S. Jerónimo, presbítero, cardeal, Doutor da Igreja, séc. IV

Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu-se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Escreve: “Tenho uma verdadeira monomania de pedir orações: a religiosas e sacerdotes, a leigos piedosos, aos meus doentes, a todos peço a esmola de uma oração, pelas minhas intenções, que são, naturalmente, a Obra de Deus e vocações para ela”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Divine Redeemer (Charles Gounod) - Jessye Norman



Ah! Turn me not away,
Receive me tho' unworthy;
Hear Thou my cry,
Behold, Lord, my distress!
Answer me from thy throne
Haste Thee, Lord to mine aid,
Thy pity shew in my deep anguish!
Let not the sword of vengeance smite me,
Though righteous thine anger,
O Lord! Shield me in danger, O regard me!
On Thee, Lord, alone will I call.
O Divine Redeemer!
I pray Thee, grant me pardon,
and remember not, remember not my sins!
Forgive me, O Divine Redeemer!
Night gathers round my soul;
Fearful, I cry to Thee;
Come to mine aid, O Lord!
Haste Thee, Lord, haste to help me!
Hear my cry! Save me Lord in Thy mercy;
Come and save me O Lord
Save, in the day of retribution,
From Death shield Thou me, O my God!
O Divine Redeemer, have mercy!
Help me, my Saviour!

sábado, 29 de setembro de 2012

Amar a Cristo ...

Bom e Divino Mestre Jesus, hoje desejamos manifestar-Te a nossa infinita gratidão por todas as graças que nos concedeste e concedes, desde o nosso nascimento para Ti através da graça do Batismo a todas aquelas que nos permitem amar-Te, amar o próximo e praticar o bem.

Concede-nos, rogamos-Te, a graça suplementar de dar bom uso a todas com que nos agraciaste para através delas sermos bons filhos de Deus e assim estarmos na Sua graça.

Que a Tua graça esteja sempre connosco e que nós a saibamos agradecer, louvar e usar para maior glória Tua!

JPR

"Se não estou, Deus nela me ponha: se estou, Deus nela me guarde"» (Santa Joana d’Arc interrogada sobre se estaria na graça de Deus - Dito: Procès de condannation’)

Mulheres, Igreja, mundo – “A sabedoria infundida”

Até 1970 os doutores da Igreja eram homens. Eram todos homens aqueles que recebiam o título excepcional e solene por terem dado uma contribuição fundamental à cultura e à doutrina católica. Paulo VI foi o primeiro Pontífice que conferiu este título a duas mulheres, Teresa de Ávila e Catarina de Sena, atribuindo-lhes um papel de relevo na tradição, na cultura e na história da Igreja, reconhecendo nas santas "a sabedoria infundida, ou seja, a assimilação lúcida, profunda e extasiante das verdades divinas e dos mistérios da fé, contidos nos Livros Sagrados do Antigo e do Novo Testamento". A elas seguiu-se Teresa de Lisieux. No dia 7 de Outubro Bento XVI atribuirá o mesmo título a Hildegarda de Bingen.

Decidimos dedicar a estas sábias o suplemento de Setembro para sublinhar quanto foi importante a contribuição cultural e intelectual das mulheres na história da tradição cristã e para tentar pôr fim a um dos numerosos clichés sobre a relação mulher-Igreja. Em particular, aquele segundo o qual as religiosas desempenham exclusivamente um papel de serviço, de abnegação, estão vinculadas concretamente aos cuidados do corpo, da organização da vida quotidiana, ao trabalho manual e humilde mas sob outros aspectos, a nível cultural e doutrinal, dão ou deram muito pouco. Obviamente, não é verdade.

A história de numerosas mulheres, de muitas santas e religiosas demonstram-no. Souberam doar amor e intelecto, estimular a renovação e a doutrina, inventar modalidades e expressões da fé, construir e não só conservar a tradição.

Na pesquisa deste número Lucetta Scaraffia explica como a Igreja foi salva nos momentos difíceis, ajudada na reconstrução e na renovação cultural, precisamente por mulheres sábias e ouvidas. Mulheres que também hoje, em tempos e com modos diversos continuam no seu trabalho intelectual paciente e de pesquisa como Hanna-Barbara Gerl-Falkovitz, filósofa e teóloga entrevistada por Cristiana Dobner. A santa do mês é Edith Stein, filósofa de origem judaica que morreu em Auschwitz, narrada por Mariapia Veladiano.

RITANNA ARMENI

(© L'Osservatore Romano - 29 de Setembro de 2012)

Bento XVI escolhe Redes Sociais para tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais

Conselho Pontifício das Comunicações Sociais considera evangelização no ambiente digital «um dos mais significativos desafios nos dias de hoje»

As Redes Sociais são o tema escolhido por Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, segundo informação disponibilizada hoje pela Sala de imprensa da Santa Sé.

«Redes Sociais: portais de Verdade e de Fé, novos espaços de evangelização» é o nome da mensagem que Bento XVI vai escrever para o próximo dia 12 de maio, domingo que antecede a Solenidade de Pentecostes e data em que, por recomendação dos bispos, se celebra as comunicações sociais.

“Já não se trata de utilizar a internet como um «meio» de evangelização, mas de evangelizar considerando que a vida do homem de hoje se exprime também no ambiente digital”, refere o Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, reconhecendo a evangelização no ambiente digital “como um dos mais significativos desafios nos dias de hoje”.

A mensagem vai refletir, no contexto do Ano da Fé, sobre se a tecnologia pode “ajudar as pessoas a encontrar Cristo pela fé”, numa altura em que as relações humanas passam pelo ambiente digital, e também pela necessidade de “apresentar o Evangelho” como resposta a uma contínua pergunta “humana de sentido e de fé” que “emerge da rede e nela mesma se faz estrada”.

O Conselho Pontifício indica que o desenvolvimento e a “grande popularidade das redes sociais” permitiram a acentuação de um “estilo dialógico e interativo na comunicação e na relação”.

A mensagem vai ser publicada no dia 24 de janeiro, Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos Jornalistas.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais foi estabelecido pelo II Concílio do Vaticano através do decreto «Inter Mirifica», de 1963.

LS

Agência Ecclesia

Imitação de Cristo, 3, 16, 2 - Que só em Deus se há de buscar a verdadeira consolação

Ainda que possuísses todos os bens criados, não poderias ser feliz e estar contente, porque só em Deus, criador de tudo, consiste tua bem-aventurança e felicidade; não qual a entendem e louvam os amadores do mundo, mas como a esperam os bons servos de Cristo, e às vezes antegozam as pessoas espirituais e limpas de coração, cuja conversação está nos céus (Flp 3,20). Curto e vão é todo consolo humano; bendita e verdadeira a consolação que a verdade nos comunica interiormente. O homem devoto em toda parte traz consigo seu consolador, Jesus, e lhe diz: Assisti-me, Senhor Jesus, em todo lugar e tempo. Seja, pois, esta a minha consolação: o carecer voluntariamente de toda consolação humana. E se me faltar também vosso consolo, seja para mim vossa vontade, que justamente me experimenta, a suprema consolação. Porque não dura sempre a vossa ira, nem nos ameaçareis eternamente (Sl 102,9).

Pede a São Rafael

Ris-te porque te digo que tens "vocação matrimonial"? – Pois é verdade: assim mesmo, vocação. Pede a São Rafael que te conduza castamente ao termo do caminho, como a Tobias. (Caminho, 27)

Dizes-me que tens no teu peito fogo e água, frio e calor, paixõezinhas e Deus...; uma vela acesa a São Miguel, e outra ao Diabo.

Tranquiliza-te; enquanto quiseres lutar, não haverá duas velas acesas no teu peito, mas uma só, a do Arcanjo. (Caminho, 724)

Como te rias, nobremente, quando te aconselhei a pores os teus anos moços sob a protecção de S. Rafael!; para que te leve a um matrimónio santo, como ao jovem Tobias, com uma mulher que seja boa e bonita e rica – disse-te, gracejando.

E depois, que pensativo ficaste quando continuei a aconselhar-te que te pusesses também sob o patrocínio daquele Apóstolo adolescente, João, para o caso de o Senhor te pedir mais! (Caminho, 360)

A Virgem Santa Maria, Mestra da entrega sem limites! Lembras-te? Com um louvor dirigido a Ela, Cristo afirmou: "Quem cumpre a vontade de Meu Pai, esse – essa – é Minha mãe!...".

Pede a esta boa Mãe que na tua alma ganhe força – força de amor e de libertação – a sua resposta de generosidade exemplar: "Ecce ancilla Domini!", eis aqui a escrava do Senhor! (Sulco, 33)

São Josemaría Escrivá

O Evangelho de domingo dia 30 de Setembro de 2012

João disse-lhe: «Mestre, vimos um homem, que não anda connosco, expulsar os demónios em Teu nome e nós lho proibimos porque não nos segue». Jesus, porém, respondeu: «Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um milagre em Meu nome e que possa logo dizer mal de Mim. Porque quem não é contra nós, está connosco. «Quem vos der um copo de água, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. «Quem escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; melhor te é entrar na vida eterna mutilado, do que, tendo as duas mãos, ir para a Geena, para o fogo inextinguível. Se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que, tendo os dois pés, ser lançado na Geena. Se o teu olho é para ti ocasião de pecado, lança-o fora; melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho do que, tendo dois, ser lançado na Geena, “onde o seu verme não morre e o seu fogo não se apaga”.

Mc 9, 38-43.45.47-48

"Encontrarás dragões" no Festival do Rio

O festival de cinema - Festival do Rio -, que decorre no Rio de Janeiro de 27 de setembro a 11 de outubro, integra na sua programação o filme "Encontrarás dragões" que irá ser transmitido em diversas salas.

Estreado na Europa na primavera do ano passado, este filme de Roland Joffé conta entre os seus protagonistas com S. Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. Trata-se de um drama épico, que tem como ambiente a guerra civil espanhola. "Era minha intenção retratar esta personagem de uma forma honesta, tomar a sua fé à letra, como ele a tomava", afirmou o realizador,

Programação de Encontrarás dragões no Festival do Rio 2012

Um filme para aprender a perdoar
Entrevista com Joaquín Navarro-Valls sobre o seu relacionamento com São Josemaria e como se envolveu no filme. 
Navarro-Valls afirma que ‘Encontrarás dragões’ consegue provocar nos espectadores a capacidade de perdoar.

Entrevista com uma porta-voz do Opus Dei sobre o filme "Encontrarás dragões"
"O realizador e os produtores deste filme, diz Marta Manzi do Departamento de Comunicação do Opus Dei em Roma numa entrevista a Zenit, vieram várias vezes buscar assessoramento histórico. Daqui, do gabinete de imprensa, procurámos responder a todas as suas perguntas".

O verdadeiro S. Josemaria Escrivá e a versão do filme
J. Coverdale, numerário do Opus Dei, professor de Direito na Universidade de Seton Hall, trabalhou na sede do Opus Dei em Roma de 1960 a 1968. 
O verdadeiro S. Josemaria Escrivá e a versão do filme.

(Fonte: site de São Josemaría Escrivá AQUI)

‘Caminho’ publicado nesta data em 1939

Hoje, 29 de Setembro de 2012 celebram-se 73 anos da primeira edição de ‘Caminho’, primeiro livro de São Josemaría Escrivá, obra fundamental para entender todo o seu carisma e o Opus Dei, diríamos mesmo obra prima da contemporaneidade espiritual (vídeo em espanhol)



Caminho, fruto do trabalho sacerdotal que São Josemaría Escrivá tinha iniciado em 1925, aparece pela primeira vez em 1934 (em Cuenca, Espanha) com o título de "Consideraciones Espirituales". Na edição seguinte -realizada em Valência em1939 -, o livro, notavelmente ampliado, recebe já o seu título definitivo. Desde então difundiu-se com um ritmo contínuo e progressivo. Actualmente, publicaram-se de Caminho cerca de 4.500.000 exemplares em 43 idiomas. Caminho tem um estilo directo, de diálogo sereno, em que o leitor se encontra frente às exigências divinas num ambiente de confiança e amizade. Quando se publicou em Itália, L'Osservatore Romano comentou: "Mons. Escrivá de Balaguer escreveu mais que uma obra mestra, escreveu inspirando-se directamente no coração, e ao coração chegam directamente, um a um, os parágrafos que formam Caminho ."

Arcanjos

«Eu sou Rafael, um dos sete anjos que apresentam as orações dos justos e têm lugar diante da majestade do Senhor.» (Livro de Tobite 12,15)

Nas Sagradas Escrituras só aparecem denominados os Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, ainda que como se pode verificar na transcrição do Livro de Tobite, parte integrante da Bíblia, sejam referidos sete Arcanjos, creio que o não sabermos o nome de todos não será relevante, basta através da nossa fé acreditarmos e estarmos gratos a Deus Nosso Senhor por nos oferecer esses “escudos protectores”.

Ainda assim e de acordo com o Livro de Enoch, que não faz parte da Bíblia, os arcanjos são Uriel, Raguel, Sariel e Jerahmeel, enquanto que em outras fontes apócrifas encontramos as variantes Izidkiel, Hanael, and Kepharel ao invés dos últimos três.

- O nome do arcanjo São Rafael (Rafael = "Deus curou") não aparece nas Escrituras Hebraicas e no Antigo Testamento figura apenas no Livro de Tobite, onde ele incialmente aparece disfarçado de companheiro de viagem do jovem Tobias, denominando-se "Azarias, filho do grande Ananias". Durante o curso da viagem, por várias vezes ocorre a protecção do anjo, incluindo a passagem no deserto e o enfrentar do demónio que já tinha matado sete maridos de Sara (Tobite 5-11). Depois de voltarem e de curar a cegueira do velho Tobias, Azarias apresenta-se como "o anjo Rafael, um dos sete (espíritos principais) que assistimos diante do Senhor" (Tobite 12:15).

São Gabriel é um dos poucos Arcanjos mencionados pelo nome na Bíblia. Existem quatro aparições suas: no Antigo Testamento em Daniel VIII e IX, e no Novo Testamento anunciando o nascimento de São João Baptista a Zacarias e anunciando à Virgem Maria a vinda de Jesus através da sua concepção virginal.

- O nome de São Miguel aparece nas seguintes passagens da Bíblia:

1. Em Daniel 10: 13 sqq, Porém o príncipe do reino dos Persas resistiu-me durante 21 dias; mas eis que veio em meu socorro Miguel, um dos primeiros príncipes, e eu fiquei lá junto do rei dos Persas. (...) Mas eu te anunciarei o que está expresso na escritura da verdade; e em todas estas coisas ninguém me ajuda senão Miguel, que é vosso príncipe.

2.Em Daniel 12, o anjo falando dos últimos dias do mundo diz: Naquele tempo levantar-se-á o grande príncipe Miguel, que é o protector dos filhos do vosso povo.

3. Em Apocalipse 12:7, E houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém estes não prevaleceram, e o seu lugar não se achou mais no céu. São João fala o grande conflito do final dos tempos, que reflecte a batalha no céu do início dos tempos.

São Miguel aparece ainda em uma Epístola apócrifa de São Judas disputando com o demónio o corpo de Moisés, segundo uma antiga tradição judaica.

JPR

Sancte Michael Archangele, defende nos in praelio…

Sancte Michael Archangele, defende nos in praelio, contra nequitias et insidias diaboli esto praesidium: Imperet illi Deus, supplices deprecamur, tuque, Princeps militiae caelestis, satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute in infernum detrude. Amen.


Papa Leão XIII (1810-1903)


CRISTO «COM TODOS OS SEUS ANJOS»

§331. Cristo é o centro do mundo dos anjos (angélico). Estes pertencem-Lhe: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os [seus] anjos...» (Mt 25, 31). Pertencem-Lhe, porque criados por e para Ele: «em vista d'Ele é que foram criados todos os seres, que há nos céus e na terra, os seres visíveis e os invisíveis, os anjos que são os tronos, senhorias, principados e dominações. Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele» (Cl 1, 16), E são d'Ele mais ainda porque Ele os fez mensageiros do seu plano salvador: «Não são eles todos espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão-de herdar a salvação?» (Heb 1, 14).

§332. Ei-los, desde a criação e ao longo de toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua realização: eles fecham o paraíso terrestre; protegem Lot, salvam Agar e seu filho, detêm a mão de Abraão pelo seu ministério é comunicada a Lei , são eles que conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações assistem os profetas – para não citar senão alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus.

§333. Da Encarnação à Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é rodeada da adoração e serviço dos anjos. Quando Deus «introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: Adorem-n'O todos os anjos de Deus» (Heb 1, 6). O seu cântico de louvor, na altura do nascimento de Cristo, nunca deixou de se ouvir no louvor da Igreja: «Glória a Deus [...]» (Lc 2, 14). Eles protegem a infância de Jesus, servem-n'O no deserto e confortam-n'O na agonia no momento em que por eles poderia ter sido salvo das mãos dos inimigos como outrora Israel. São ainda os anjos que «evangelizam», anunciando a Boa-Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo. E estarão presentes aquando da segunda vinda de Cristo, que anunciam, ao serviço do seu juízo.

OS ANJOS NA VIDA DA IGREJA

§334. Daqui resulta que toda a vida da Igreja beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos.

§335. Na sua liturgia, a Igreja associa-se aos anjos para adorar a Deus três vezes santo; invoca a sua assistência (como na oração "In paradisum deducant te angeli – conduzam-te os anjos ao paraíso" da Liturgia dos Defuntos, ou ainda no «Hino querubínico» da Liturgia bizantina, e festeja de modo mais particular a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael e os Anjos da Guarda).

§336. Desde o seu começo até à morte, a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão. «Cada fiel tem a seu lado um anjo como protector e pastor para o guiar na vida». Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.

(CIC - Catecismo da Igreja Católica)

Os Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael (excertos homilia de Bento XVI em 2007)

Celebramos a festa dos três Arcanjos que a sagrada Escritura menciona pelo seu nome próprio: Miguel, Gabriel e Rafael. Mas, o que é um anjo? A sagrada Escritura e a tradição da Igreja fazem-nos descobrir dois aspectos.
 
Por um lado, o Anjo é uma criatura que está diante de Deus, orientada, com todo o seu ser para Deus. Os três nomes dos Arcanjos terminam com a palavra "El", que significa "Deus". Deus está inscrito nos seus nomes, na sua natureza. A sua verdadeira natureza é a existência em vista d'Ele e para Ele.
 
Explica-se precisamente assim também o segundo aspecto que caracteriza os Anjos: eles são mensageiros de Deus. Trazem Deus aos homens, abrem o céu e assim abrem a terra. Exactamente porque estão junto de Deus, podem estar também muito próximos do homem. De facto, Deus é mais íntimo a cada um de nós de quanto o somos nós próprios.
 
Como um anjo para os outros
Os Anjos falam ao homem do que constitui o seu verdadeiro ser, do que na sua vida com muita frequência está velado e sepultado. Eles chamam-no a reentrar em si mesmo, tocando-o da parte de Deus. Neste sentido também nós, seres humanos, deveríamos tornar-nos sempre de novo anjos uns para os outros anjos que nos afastam dos caminhos errados e nos orientam sempre de novo para Deus.
 
Se a Igreja antiga chama os Bispos "anjos" da sua Igreja, pretende dizer precisamente o seguinte: "os próprios Bispos devem ser homens de Deus, devem viver orientados para Deus. "Multum orat pro populo" "Reza muito pelo povo", diz o Breviário da Igreja a propósito dos santos Bispos. O Bispo deve ser um orante, alguém que intercede pelos homens junto de Deus. Quanto mais o fizer, tanto mais compreende também as pessoas que lhe estão confiadas e pode tornar-se para elas um anjo um mensageiro de Deus, que as ajuda a encontrar a sua verdadeira natureza, a si mesmas, e a viver a ideia que Deus tem delas.
 
São Miguel: dar lugar a Deus no mundo
Tudo isto se torna ainda mais claro se olharmos agora para as figuras dos três Arcanjos cuja festa a Igreja celebra hoje. Antes de tudo está Miguel. Encontramo-lo na Sagrada Escritura sobretudo no Livro de Daniel, na Carta do Apóstolo São Judas Tadeu e no Apocalipse. Deste Arcanjo tornam-se evidentes nestes textos duas funções. Ele defende a causa da unicidade de Deus contra a soberba do dragão, da "serpente antiga", como diz João. É a perene tentativa da serpente de fazer crer aos homens que Deus deve desaparecer, para que eles se possam tornar grandes; que Deus é um obstáculo para a nossa liberdade e que por isso devemos desfazer-nos dele.
 
Mas o dragão não acusa só Deus. O Apocalipse chama-o também "o acusador dos nossos irmãos, que os acusava de dia e de noite diante de Deus" (12, 10). Quem põe Deus de lado, não enobrece o homem, mas priva-o da sua dignidade. Então o homem torna-se um produto defeituoso da evolução. Quem acusa Deus, acusa também o homem. A fé em Deus defende o homem em todas as suas debilidades e insuficiências: o esplendor de Deus resplandece sobre cada indivíduo.
 
É tarefa do Bispo, como homem de Deus, fazer espaço para Deus no mundo contra as negações e defender assim a grandeza do homem. E o que se poderia dizer e pensar de maior sobre o homem a não ser que o próprio Deus se fez homem? A outra função de Miguel, segundo a Escritura, é a de protector do Povo de Deus (cf. Dn 10, 21; 12, 1). Queridos amigos, sede verdadeiramente "anjos da guarda" das Igrejas que vos serão confiadas! Ajudai o povo de Deus, que deveis preceder na sua peregrinação, a encontrar a alegria na fé e a aprender o discernimento dos espíritos: a acolher o bem e a recusar o mal, a permanecer e tornar-se sempre mais, em virtude da esperança da fé, pessoas que amam em comunhão com Deus-Amor.
 
São Gabriel: Deus que chama
Encontramos o Arcanjo Gabriel sobretudo na preciosa narração do anúncio a Maria da encarnação de Deus, como nos refere São Lucas (1, 26-38). Gabriel é o mensageiro da encarnação de Deus. Ele bate à porta de Maria e, através dela, o próprio Deus pede a Maria o seu "sim" para a proposta de se tornar a Mãe do Redentor: dar a sua carne humana ao Verbo eterno de Deus, ao Filho de Deus.


Repetidas vezes o Senhor bate às portas do coração humano. No Apocalipse diz ao "anjo" da Igreja de Laodiceia e, através dele, aos homens de todos os tempos: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele" (3, 20). O Senhor está à porta à porta do mundo e à porta de cada um dos corações. Ele bate para que o deixemos entrar: a encarnação de Deus, o seu fazer-se carne deve continuar até ao fim dos tempos.
 
Todos devem estar reunidos em Cristo num só corpo: dizem-nos isto os grandes hinos sobre Cristo na Carta aos Efésios e na Carta aos Colossenses. Cristo bate.

Também hoje Ele tem necessidade de pessoas que, por assim dizer, lhe põem à disposição a própria carne, que lhe doam a matéria do mundo e da sua vida, servindo assim para a unificação entre Deus e o mundo, para a reconciliação do universo.
 
Queridos amigos, compete-vos bater à porta dos corações dos homens, em nome de Cristo. Entrando vós mesmos em união com Cristo, podereis também assumir a função de Gabriel: levar a chamada de Cristo aos homens.
 
São Rafael: recobrar a vista
São Rafael é-nos apresentado sobretudo no Livro de Tobias como o Anjo ao qual é confiada a tarefa de curar. Quando Jesus envia os seus discípulos em missão, com a tarefa do anúncio do Evangelho está sempre ligada a de curar. O bom Samaritano, acolhendo e curando a pessoa ferida que jaz à beira da estrada, torna-se silenciosamente uma testemunha do amor de Deus. Este homem ferido, com necessidade de curas, somos todos nós. Anunciar o Evangelho, já em si é curar, porque o homem precisa sobretudo da verdade e do amor.
 
Do Arcanjo Rafael são referidas no Livro de Tobias duas tarefas emblemáticas de cura. Ele cura a comunhão importunada entre homem e mulher. Cura o seu amor. Afasta os demónios que, sempre de novo, rasgam e destroem o seu amor. Purifica a atmosfera entre os dois e confere-lhes a capacidade de se receberem reciprocamente para sempre. Na narração de Tobias esta cura é referida com imagens legendárias.
 
No Novo Testamento, a ordem do matrimónio, estabelecido na criação e ameaçado de muitas formas pelo pecado, é curado pelo facto de que Cristo o acolhe no seu amor redentor. Ele faz do matrimónio um sacramento: o seu amor, que por nós subiu à cruz, é a força restauradora que, em todas as confusões, dá a capacidade da reconciliação, purifica a atmosfera e cura as feridas. Ao sacerdote é confiada a tarefa de guiar os homens sempre de novo ao encontro da força reconciliadora do amor de Cristo. Deve ser o "anjo" curador que os ajuda a ancorar o seu amor no sacramento e a vivê-lo com empenho sempre renovado a partir dele.
 
Em segundo lugar, o Livro de Tobias fala da cura dos olhos cegos. Todos sabemos quanto estamos hoje ameaçados pela cegueira para Deus. Como é grande o perigo de que, perante tudo o que sabemos sobre as coisas materiais e que somos capazes de fazer com elas, nos tornamos cegos para a luz de Deus.
 
Curar esta cegueira mediante a mensagem da fé e o testemunho do amor, é o serviço de Rafael confiado dia após dia ao sacerdote e de modo especial ao Bispo. Assim, somos espontaneamente levados a pensar também no sacramento da Reconciliação, no sacramento da Penitência que, no sentido mais profundo da palavra, é um sacramento de cura. A verdadeira ferida da alma, de facto, o motivo de todas as outras nossas feridas, é o pecado. E só se existe um perdão em virtude do poder de Deus, em virtude do poder do amor de Cristo, podemos ser curados, podemos ser remidos.

"Permanecei no meu amor", diz-nos hoje o Senhor no Evangelho (Jo 15, 9). No momento da Ordenação episcopal Ele di-lo de modo particular a vós, queridos amigos. Permanecei no seu amor! Permanecei naquela amizade com Ele cheia de amor que Ele neste momento vos doa de novo! Então a vossa vida dará fruto um fruto que permanece (Jo 15, 16).
 
Bento XVI


(Fonte: site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/os-arcanjos-miguel2c-gabriel-e-rafael)

São Josemaría Escrivá sobre a Festa dos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael

A Igreja celebra a festa dos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael. Referindo-se aos Anjos, S. Josemaría escreve no ponto 339 de Forja: “Não podemos ter a pretensão de que os Anjos nos obedeçam… Mas temos a absoluta segurança de que os Santos Anjos nos ouvem sempre”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael

São Miguel Arcanjo

Neste dia a Igreja universal celebra a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

"Miguel" que significa: "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.

São Gabriel

"Gabriel" - que significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria.

É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco".

Arcanjo São Rafael

"Rafael"- que quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Bendizei o Senhor todos os Seus anjos, [...] que executais a Sua vontade» (Sl 102,20-21)

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
1º Sermão para a festa de São Miguel

Celebramos hoje a festa dos santos anjos. [...] Mas que podemos dizer destes espíritos angélicos? Eis o que nos diz a fé: acreditamos que eles gozam da presença e da visão de Deus, que possuem uma felicidade sem fim, os bens do Senhor que «nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passaram pelo pensamento do homem» (1Cor 2,9). O que pode um simples mortal dizer sobre este assunto a outros mortais, ele que é incapaz de conceber tais coisas? [...] Se é impossível falar da glória dos santos anjos em Deus, podemos pelo menos falar da graça e do amor que eles manifestam relativamente a nós, pois gozam, não apenas de uma dignidade incomparável, mas também de um espírito de serviço cheio de bondade. [...] Não podendo compreender a sua glória, deixamo-nos prender tanto mais fortemente à misericórdia de que estão cheios estes familiares de Deus, cidadãos do céu e príncipes do paraíso.

O próprio apóstolo Paulo, que contemplou com os seus olhos a corte celestial e que conheceu os seus segredos (2Cor 12,2), atesta que todos os anjos são «espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão-de herdar a salvação» (2Cor 12,2). Não tomeis tal afirmação por inconcebível, pois o Criador, o próprio Rei dos anjos, «não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por todos» (Mc 10,45). Que anjo desdenharia pois tal serviço, onde o precedeu Aquele que os anjos servem no céu com pressa e alegria?

O Evangelho do dia 29 de Setembro de 2012

Jesus viu Natanael, que vinha ter com Ele, e disse dele: «Eis um verdadeiro israelita em quem não há fingimento». Natanael disse-lhe: «Donde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu te vi, quando estavas debaixo da figueira». Natanael respondeu: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel». Jesus respondeu-lhe: «Porque te disse que te vi debaixo da figueira, acreditas?; verás coisas maiores que esta». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem».


Jo 1, 47-51 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Amar a Cristo ...

Ajuda-nos, Bom Jesus, a sermos sempre humildes oferecendo a outra face sempre que estejam envolvidas pessoas ou instituições que muito respeitamos e amamos, quando terceiros nos ofendam prejudicando-as.

Ensinaste-nos a correcção fraterna, mas também nos disseste que infelizmente nem todos a aceitariam, eis porque, amado Jesus, rogamos-Te nos concedas a graça de tudo aceitar com amor ao próximo e sentido de serviço, salvaguardando os valores e as pessoas que são indirectamente atingidas.

Amado Mestre, dominar o orgulho que nos impede de nos esquecermos de nós próprios é geralmente difícil, mas graça a Ti e por amor a Ti humildemente tudo Te oferecemos.

Assim seja!

JPR  

“Um papiro à deriva” - Vaticano contraria tese da «mulher» de Jesus

Texto divulgado por estudiosa norte-americana visto como falsificação sem relevância sobre a figura histórica de Cristo
O jornal do Vaticano apresenta hoje uma análise ao fragmento de papiro que alegadamente remontaria ao século IV, falando numa “mulher” de Jesus, contestando a sua autenticidade e relevância para a apresentação da figura história de Cristo.

“Um papiro à deriva” intitula a edição do diário, em italiano, num texto assinado por Alberto Camplani, especialista no mundo copta e professor da universidade ‘La Sapienza’, de Roma, que foi um dos organizadores do congresso em que a descoberta foi anunciada pela professora Karen King da Universidade de Harvard (Estados Unidos da América).

O fragmento em causa, que foi apresentado como sendo parte de um evangelho apócrifo, inclui a frase em copta ‘E Jesus disse-lhes: «A minha mulher…»’.

“Há razões consistentes para concluir que o papiro seja uma desajeitada contrafação (como tantas outras provenientes do Oriente próxima) que poderia estar destinada à venda, por parte de um privado”, refere o diretor do jornal do Vaticano, Gian Maria Vian.

O jornalista destaca, a este respeito, que o anúncio da descoberta, no último dia 18, “foi preparado sem deixar nada ao acaso”, mas que esta “não tem nada a ver com a vivência histórica do cristianismo antigo e com a figura de Jesus”.

“Tudo somado, é uma falsificação”, conclui Vian, também especialista no estudo dos primeiros séculos das comunidades cristãs.

Alberto Camplani, por sua vez, critica a “deriva mediática” que se gerou após a apresentação do fragmento, sublinhando que o objeto, “ao contrário de tantos outros”, não foi descoberto em escavações, mas foi encontrado no mercado de antiguidades, além de as suas características se distanciarem de outros documentos conhecidos do séc. IV.

“É preciso adotar numerosíssimas precauções, que estabeleçam a sua fiabilidade e não excluam o caráter de contrafação”, acrescenta.

O investigador questiona ainda as “interpretações literais” do texto em causa, defendendo que a expressão devem ser “entendidas em sentido totalmente simbólico”.

OC

Agência Ecclesia