segunda-feira, 30 de abril de 2012

Amar a Cristo...

Querido Jesus Cristo, frequentemente a impaciência invade-nos, seja para conTigo, imagine-se o desplante, porque não nos chamas, seja com o próximo porque diverge em opinião de nós ou porque têm tempos de actuação diferentes de nós. Esta nossa impaciência, sobretudo conTigo, é um enorme e condenável acto de soberba em que somos recorrentes.

Querido Bom Pastor, de coração contrito rogamos-Te que nos faças mansos e humildes para assim podermos andar no Teu rebanho cheios de amor e fé.

Jesus Cristo ouvi-nos, Jesus Cristo atendei-nos!

JPR

Imitação de Cristo, 1, 23, 7

Ó louco, que pensas viver muito tempo, quando não tens seguro nem um só dia! Quantos têm sido logrados e, de improviso, arrancados ao corpo! Quantas vezes ouviste contar: morreu este a espada; afogou-se aquele; este outro, caindo do alto, quebrou a cabeça; um morreu comendo, outro expirou jogando. Estes se terminaram pelo fogo, aqueles pelo ferro, uns pela peste, outros pelas mãos dos ladrões, e de todos é o fim a morte, e, depressa, qual sombra, acaba a vida do homem (Sl 143,4).

Que eu não volte a voar pegado à terra

– Meu Senhor Jesus: faz com que sinta, que secunde de tal modo a tua graça, que esvazie o meu coração..., para que o enchas Tu, meu Amigo, meu Irmão, meu Rei, meu Deus, meu Amor! (S. Josemaría Escrivá - Forja, 913)

Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus...

Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!...

– Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! 
(S. Josemaría Escrivá - Forja, 39)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1968

“Neste mês de Maio, que amanhã começa, quereria que cada um de nós começasse a fazer mais um pequeno sacrifício, um tempo mais de estudo, um trabalho mais bem acabado, um sorriso...; um sacrifício que seja um esforço da nossa piedade e uma prova da nossa entrega. Com generosidade, meu filho, deixa-te levar por Ela. Não podemos deixar de querer cada dia mais e mais ao Amor dos amores! E, com Maria, poderemos consegui lo, porque a nossa Mãe viveu docemente uma entrega total”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

"Cristiada" ressalta centralidade da fé e a liberdade religiosa, diz o arcebispo de Los Angeles

O Arcebispo de Los Angeles (Estados Unidos), D. José Gómez, assinalou que o filme Cristada, o mais visto durante a última semana no México, destaca a centralidade da fé, a liberdade religiosa e a família.

Em entrevista concedida ao Grupo ACI, D. Gómez assinalou que os cristeros, que lutaram contra a perseguição religiosa do presidente Plutarco Elías Calles, na década de 1920, "não foram pessoas sofisticadas, eram pessoas normais que entenderam a importância da fé nas suas vidas como um presente de Deus e que quiseram manter esse presente e passá-lo a seguinte geração".

O Prelado assinalou que Cristiada "um grande filme. Realmente fala sobre a coragem das pessoas no México, na década de 1920, para defender sua fé e especialmente a liberdade para praticar sua fé".

"Nossa história é sempre uma boa forma de saber quem somos. Os homens e mulheres que participaram desse movimento são um grande exemplo para nós, e uma grande lição para aprender quão importante é a liberdade religiosa no nosso tempo".

D. Gómez alertou de que existe o risco permanente de pensar que a liberdade religiosa "não é tão importante para nós. Penso que o exemplo dos mártires na guerra cristera, nos ajuda a entender o valor de ter a possibilidade de viver nossa fé em nossa vida pessoal".

"É-nos Importante desfrutar dessa liberdade, ser membros ativos da Igreja no século XXI. Às vezes isso passa despercebido, mas acredito que é importante, e ao menos o filme recorda-nos quão frágil é a liberdade e não nos damos conta de que é um importante valor, o presente da fé".

O Arcebispo de Los Angeles destacou vários valores retratados na Cristiada, entre eles a importância da família, assim como a vontade de participar ativamente num movimento que estava procurando defender a fé e a liberdade.

"Vêem-se diferentes personagens no filme, atuando desde onde estão vivendo. Alguns no ambiente da família, outros no ambiente da Igreja, alguns no ambiente do governo", destacou.

D. Gómez assinalou ao Grupo ACI que é importante para todos descobrir que os integrantes do movimento cristero no México "eram pessoas normais, que estavam chamados a participar da defesa de sua fé e que voluntariamente disseram sim a esse chamamento".

"No nosso tempo é importante para nós pensar que necessitamos a liberdade de dizer pessoalmente sim a Deus, liberdade de criar as nossas famílias com os valores que temos e também fazer uma influência positiva na sociedade com os valores da fé católica".

Ao referir-se ao jovem Beato José Sánchez del Río, também retratado na Cristiada, que foi martirizado pelo exército de Elías Calles, o Arcebispo de Los Angeles assinalou que "é bonito ver numa pessoa jovem essa alegria ao comprometer-se a si mesmo no tema da fé e na liberdade de religião".

"A sua generosidade é impressionante, porque se vê em um pequeno menino dizendo Viva a Cristo Rei! Entendendo quão importante para Ele é ter fé e como era capaz de ver a fé de seus pais, de sua família, das pessoas ao seu redor".

Para D. Gómez, "um filme como este traz à nossa atenção esses valores básicos que são tão essenciais para a vida. O valor da cultura da vida, o da família, a fé, a comunidade e a liberdade para praticar sua fé".

(Fonte: ‘ACI digital’ com adaptação de JPR)

O Evangelho do dia 30 de Abril de 2012

«Em verdade, em verdade vos digo que quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é pastor das ovelhas. A este o porteiro abre e as ovelhas ouvem a sua voz, ele as chama pelo seu nome e as tira para fora. Quando as tirou para fora, vai à frente delas e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Mas não seguem o estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus disse-lhes esta alegoria, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por Mim, será salvo, entrará e sairá e encontrará pastagens. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que elas tenham vida e a tenham abundantemente.

Jo 10, 1-10

domingo, 29 de abril de 2012

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, ambicionamos juntar em união na fé muitos mais filhos Teus à Tua e nossa Igreja, fazer regressar os que saíram sem pôr em causa a firmeza da fé e a doutrina.

Tarefa árdua, como o foi a Tua subida do Calvário para sofreres morte de cruz; a oriente temos irmãos desavindos há quase um milénio, aqui nesta Europa velha e cansada de si mesma, temos irmãos de grande firmeza de fé afastados há quase um quarto de século e muitos outros apoderados pelo relativismo, arma de Satanás, que poem em causa os alicerces do magistério da Igreja questionando mesmo a Tua Ressureição de forma não assumida mas na prática.

Jesus Cristo, Filho de Deus, banha-nos com o Espírito Santo que procede de Ti e do Pai e assim renovarás a face da terra!

JPR

Papa pede aos jovens que ouçam chamamento de Deus e ignorem vozes «superficiais»

Ao meio dia da janela dos seus aposentos antes da recitação da antífona mariana do tempo pascal Regina Coeli o Papa convidou os fiéis e os jovens a escutar a chamada do Senhor ao sacerdócio sem medo.


“Rezemos – disse - para que todos os jovens estejam atentos à voz de Deus que interiormente fala ao seu coração e os chama a separar-se de tudo e a servi-lo . A este objectivo é dedicada a jornada mundial de oração pelas vocações. Efectivamente o Senhor chama sempre, mas tantas vezes não o ouvimos. Somos distraídos por muitas coisas, por outras vozes mais superficiais e depois temos medo de ouvir a voz do Senhor, porque pensamos que nos possa tirar a liberdade. Na realidade cada um de nós é fruto do amor, certamente o amor dos pais, mas mais profundamente o amor de Deus.


Nas saudações que dirigiu aos presentes na Praça de São Pedro, Bento XVI recordou a beatificação, neste domingo, de Giuseppe Toniolo, professor universitário que viveu entre os séculos XIX e XX, distinguindo-se na aplicação dos ensinamentos da Doutrina Social da Igreja.


A mensagem do beato José Toniolo é de grande actualidade, especialmente neste tempo: indica a via do primado da pessoa humana e da solidariedade. Afirmou o Papa em ligação televisiva da Praça de S. Pedro com a Basílica de S. Paulo, em Roma onde foi elevado às honras dos altares o inspirador da Universidade Católica Italiana. Do beato Toniolo o Papa recordou a convicção de que acima dos bens legítimos e interesses das varias nações e Estados existe uma nota inseparável que os coordena todos á unidade, quer dizer o dever da solidariedade humana.


Também hoje, em França, foi beatificado o padre Pierre-Adrien Toulorge, do século XVIII, que o Papa apresentou como “luminoso ‘mártir da verdade’”.


Rádio Vaticano

Para o sacerdote a celebração da Missa é uma missão

Neste domingo, jornada mundial de oração pelas vocações, Bento XVI conferiu a ordenação sacerdotal a nove diáconos provenientes dos seminários diocesanos de Roma. Oito, entre os quais um ex juiz e advogado do estado e um piloto de avião iniciarão o seu ministério na diocese de Roma. Juntamente com eles foi ordenado para a diocese de Bui Chu o vietnamita José Vu Van Hieu que efectuou em Roma a sua formação.


O sacerdote, como o bom pastor que dá a vidas pelas ovelhas é chamado a conduzir os fiéis que lhe são confiados para a vida verdadeira, a vida em abundância; a eficácia da sua acção não se mede apenas no plano psicológico e social, mas a partir da fecundidade vital da presença de Deus ao nível humano e profundo. E quando o peso da cruz se torna mais pesado, ficai a saber que aquela é a hora mais preciosa para vós e para as pessoas que vos foram confiadas. Foi com estas palavras que o Papa se dirigiu ao nove neo-sacerdotes na homilia da missa.


Comentando os trechos das leituras proclamadas Bento XVI sublinhou que Jesus viveu a experiencia de ser rejeitado pelos chefes do seu povo e reabilitado por Deus, posto a fundamento de um novo templo de um novo povo. O sacerdote – disse – é de facto aquele que é inserido de uma maneira singular no mistério do Sacrifício de Cristo, com uma união pessoal a Ele, para prolongar a sua missão salvífica. O presbítero é chamado a viver em si mesmo aquilo que Jesus experimentou em primeira pessoa, isto é, dar-se plenamente à pregação e à cura do homem de todos os males do corpo e do espírito e depois, no fim reassumir tudo no gesto supremo de dar a vida para os homens, gesto que encontra a sua expressão sacramental na Eucaristia.


Esta dimensão eucarística – sacrificial - acrescentou o Papa – é inseparável daquela pastoral e constitui o seu núcleo de verdade e de força salvífica, da qual depende a eficácia de toda a actividade. Naturalmente – explicou - não falamos da eficácia apenas no plano psicológico ou social, mas da fecundidade vital da presença de Deus ao nível humano profundo.


Rádio Vaticano

Imitação de Cristo, 1, 23, 6

Olha, meu caro irmão, de quantos perigos te poderias livrar e de quantos terrores fugir, se sempre andasses temeroso e desconfiado da morte. Procura agora de tal modo viver, que na hora da morte te possas antes alegrar que temer. Aprende agora a desprezar tudo, para então poderes voar livremente a Cristo. Castiga agora teu corpo pela penitência, para que possas então ter legítima confiança.

Tu... soberba? – De quê? (Caminho, 600)

Quando o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como pela arreata, venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a inveja, a injustiça. O soberbo procura inutilmente arrancar Deus – que é misericordioso com todas as criaturas – do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de crueldade.

Temos de pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior dos pecados e o mais ridículo. Se consegue atormentar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparências, enche-se de vazio, envaidece-se como o sapo da fábula, que inchava o papo, cheio de presunção, até que rebentou. A soberba é desagradável, mesmo humanamente, porque o que se considera superior a todos e a tudo está continuamente a contemplar-se a si mesmo e a desprezar os outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua fatuidade. (Amigos de Deus, 100)


São Josemaría Escrivá

Mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações convida a descobrir «beleza» do sacerdócio e da vida consagrada

Bento XVI recomenda à Igreja inteira, em particular aos bispos e aos padres, mas também aos catequistas e a quem quer que se ocupe de educação dos jovens que preste uma atenção particular aos sinais do nascimento de vocações ao sacerdócio e à vida religiosa. É importante – explica – que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus. Na sua mensagem intitulada as vocações, dom do amor de Deus Bento XVI manifesta o desejo de que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Segundo Bento XVI, é tarefa da pastoral vocacional “oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso” de cada crente, ajudando a redescobrir “a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada”. “Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis”, assinala. A mensagem papal destaca também a importância do “amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas” como “o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança”. “A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental também do seu horizonte afetivo”, prossegue. O Papa fala numa “verdade profunda” da existência humana, sublinhando que todas as pessoas são “fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno”. “O amor a Deus, do qual os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas –, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos [castidade, pobreza e obediência] ”, refere ainda. Nesta sua mensagem Bento XVI sintetiza os fundamentos teológicos da vocação ao sacerdócio e á vida religiosa: na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. Cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» Na parte final da mensagem, Bento XVI pede aos bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos os que estão “empenhados no campo da educação das novas gerações” que promovam “uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração”. Rádio Vaticano

Liberdade e predestinação

O factor liberdade entra na dinâmica de cada existência, e esse factor opõe-se à predestinação absoluta. Na concepção cristã de Deus, não existe uma fixação rígida para a vida. Porque esse Deus é tão grande e tão dono de tudo, e é por natureza tão amante da liberdade, que pode introduzir a autodeterminação na vida do ser humano. Embora sempre mantenha nas suas mãos a vida dessa pessoa, e a abarque e sustente, a liberdade não é pura ficção. Chega tão longe que o ser humano pode arruinar até o projeto divino.

(Cardeal Joseph Ratzinger – ‘La fe, de tejas abajo’)

S. Josemaría sobre a Festa de Santa Catarina de Sena

Festa de Santa Catarina de Sena. “Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a querer carinhosamente o Papa, “il dolce Cristo in terra”, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

sábado, 28 de abril de 2012

Amar a Cristo...

Senhor, ofereceste-nos a Tua Santíssima e Imaculada Mãe a caminho do Calvário, desculpa-nos as constantes perguntas, mas como Te poderemos agradecer por tamanha bondade?

Ela, como excelsa Mãe intercede sempre por nós mesmo quando não somos merecedores pelas faltas cometidas, milhões e milhões de filhos Teus abrigam-se no seu regaço e nós que Lhe temos muita devoção frequentemente Te esquecemos e viramos-Lhe as costas nas épocas de bonança em que cheios de soberba pensamos ser autónomos.

Perdoa-nos tamanha ingratidão e lapsos de amor para conTigo e com Ela, faz-nos burricos humildes e constantes na fé e no amor!

JPR

Caridade e justiça são um serviço espiritual

Na audiência geral de quarta-feira, Bento XVI chamou a atenção para o sentido cristão do amor ao próximo


Não há limites ao compromisso para ir ao encontro das necessidades do próximo; mas é imprescindível que ele se realize à luz do Espírito Santo, para que não se perca em mero activismo. Por conseguinte, duas realidades, o anúncio da Palavra de Deus e o dever da caridade, que "devem existir na Igreja, onde ambas têm "o seu lugar" e a sua "relação necessária".


O Papa citou a narração de são Lucas nos Actos dos Apóstolos para falar da acção da Igreja ao lado das "pessoas sozinhas e necessitadas de assistência e ajuda". Na catequese durante a audiência geral de quarta-feira 25 de Abril, na praça de São Pedro, Bento XVI repropôs "a exigência primária de anunciar a Palavra de Deus segundo o mandato do Senhor". Mas ressaltou a exigência de pôr no mesmo nível "o dever da caridade e da justiça, ou seja, o dever de assistir as viúvas e os pobres, de providenciar com amor às situações de necessidade nas quais se possam encontrar os irmãos e as irmãs", porque a Igreja "não deve só anunciar a Palavra, mas também realizar a Palavra".


Quantos são chamados a tornar concreta esta dúplice expressão da única missão da Igreja "não podem ser apenas organizadores que sabem fazer" mas devem ser "homens cheios de Espírito Santo e de sabedoria", porque a obra que realizam, mesmo se é "sobretudo prática" é contudo de modo especial "uma função espiritual".


A actividade a favor do próximo "não pode ser condenada - recordou o Pontífice - mas deve realçar-se que ela há de estar imbuída interiormente do espírito da contemplação". Isto ajuda a "aprender a verdadeira caridade, o verdadeiro serviço ao próximo", que "certamente precisa das coisas necessárias" mas sobretudo "do afecto do nosso coração, da luz de Deus". 


(© L'Osservatore Romano - 28 de Abril de 2012)

Imitação de Cristo, 1, 23, 5

Não confies em parentes e amigos, nem proteles para mais tarde o negócio de tua salvação, porque mais depressa do que pensas te esquecerão os homens. Melhor é providenciar agora e fazer algo de bem, do que esperar pelo socorro dos outros. Se não cuidas de ti no presente, quem cuidará de ti no futuro? Mui precioso é o tempo presente: agora são os dias de salvação, agora é o tempo favorável (2Cor 6,2). Mas, ai! Que melhor não aproveitas o meio pelo qual podes merecer viver eternamente! Tempo virá de desejares, um dia, uma hora sequer, para a tua emenda, e não sei se a alcançarás.

Pede a verdadeira humildade

A humildade nasce como fruto do conhecimento de Deus e do conhecimento de si próprio. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 184) 


Essas depressões por veres ou por outros descobrirem os teus defeitos, não têm fundamento...
Pede a verdadeira humildade. (S. Josemaría Escrivá - Sulco, 262)



Fujamos dessa falsa humildade que se chama comodismo. (S. Josemaría Escrivá - Sulco, 265)

– Senhor, peço-te um presente: Amor..., um Amor que me deixe limpo. E mais outro presente: conhecimento próprio, para me encher de humildade. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 185)

São santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 186)



Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!, canta a Igreja. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 187)



A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (S. Josemaría Escrivá - Forja, 189)

O Evangelho de Domingo dia 29 de Abril de 2012

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas. O mercenário, o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge - e o lobo arrebata e dispersa as ovelhas -, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as Minhas ovelhas e as Minhas ovelhas conhecem-Me. Como o Pai Me conhece, assim Eu conheço o Pai; e dou a Minha vida pelas Minhas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste redil; importa que Eu as traga; elas ouvirão a Minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. Se o Pai Me ama, é porque dou a Minha vida para outra vez a assumir. Ninguém Ma tira, mas Eu a dou por Mim mesmo e tenho poder de a dar e tenho poder de a retomar. Este é o mandamento que recebi de Meu Pai».


Jo 10, 11-18

Santuário de Fátima oferece semana de descanso para pais de pessoas com deficiência, prontificando-se a cuidar dos filhos




Inscrições abertas até 30 de junho

A iniciativa solidária, promovida pelo Santuário de Fátima, repetir-se-á este ano pela sétima vez consecutiva. Durante uma semana os pais de pessoas com deficiência podem dedicar-se a outras áreas da sua vida, deixando os seus filhos entregues aos cuidados do Santuário de Fátima. A atividade visa proporcionar um momento de quebra de rotina e de descanso aos pais que cuidam dos seus filhos com deficiência em suas casas ao longo de todo o ano (a iniciativa não é destinada a pessoas que frequentam instituições).

Nesta ação a cargo do Santuário de Fátima, a instituição conta com a colaboração de um grupo de voluntários, coordenados pelo Movimento da Mensagem de Fátima. As principais atividades realizam-se no Centro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto, instituição dos Silenciosos Operários da Cruz, localizada Estrada de Torres Novas, na localidade de Montelo, na freguesia de Fátima.

À semelhança dos anos anteriores, ainda que a maioria dos pais opte por confiar o seu filho aos cuidados do Santuário de Fátima e regresse a sua casa, aceita-se que aqueles pais que o desejem acompanhem os seus filhos neste período em Fátima.

As inscrições para participação estão abertas e têm como prazo limite o dia 30 de Junho. Até essa data, cada família interessada deve preencher e enviar um questionário-proposta de inscrição ao Movimento da Mensagem de Fátima.

Este ano, e devido ao grande número de famílias que se inscreveu para participar em 2011, a iniciativa foi alargada em uma semana, para 4 semanas.

De 1 a 7 de Agosto poderão ser inscritas pessoas com deficiência entre os 7 e os 20 anos de idade. Nas semanas de 9 a 15 de agosto, 18 a 24 de agosto e 27 de agosto a 2 de setembro podem participar pessoas com deficiência com mais de 21 anos. Cada pessoa inscrita só poderá participar numa das semanas.

Outras informações: Movimento da Mensagem de Fátima: telf/fax 249 539 679 ou mmf@fatima.pt.

FICHA DE INSCRIÇÃO 


Boletim Informativo 38/2012, de 27 de abril, 18:00

O êxito como valor supremo

Narciso era um belo rapaz. A sua mãe, desejando saber se viveria muitos anos, consultou o cego Teresias. «Terá uma longa vida» respondeu o adivinho, «sempre que não olhe demasiado para si mesmo». Ninguém entendeu naquele momento as palavras do sábio. A enigmática resposta caiu no mais completo dos esquecimentos.

Passou o tempo. Narciso cresceu e não correspondia a nenhum dos amores que lhe eram oferecidos. Permanecia insensível ao carinho e ao afecto. Até que um dia de muito calor, o jovem parou diante de uma fonte para se refrescar. Ao inclinar-se para beber, reparou na sua imagem reflectida nas águas. Apaixonou-se loucamente por si mesmo. E ali ficou, dias e dias, indiferente ao mundo que o circundava, numa atitude de total isolamento. Deixou-se consumir pela fome, pela sede e pela solidão, até cair sem vida sobre a erva.

Este mito é muito conhecido. A sua mensagem é clara. O ser humano não está criado para encontrar a felicidade em si mesmo, no seu egoísmo, no seu individualismo. Isso seria narcisismo, amor excessivo e doentio a si próprio, especialmente no aspecto físico.

No entanto, se observarmos bem, a cultura actual é exactamente isto que promove. Fomenta, de muitos modos, o individualismo, que é um verdadeiro cancro da sociedade. Sentir-se bem, sentir-se realizado, triunfar na vida, alcançar o êxito acima de tudo. Até na própria educação dos mais jovens, este é muitas vezes o “valor supremo” transmitido.

Quantas pessoas hoje em dia estão obcecadas pelo êxito. Êxito a qualquer preço. Êxito como o único fim desta vida e sem o qual tudo o resto perde o seu sentido. Nascidos para triunfar. E triunfar já. Aproveitar o puro presente, estimulando o próprio ego, a vida livre de qualquer compromisso, a satisfação imediata dos desejos.

Viver centrados em si mesmos, como Narciso. Isso dá origem à inveja. A diálogos intermináveis com pessoas ausentes, antecipando perguntas e preparando respostas. Um super desenvolvido mundo interior cheio de suspeitas, rancores e um desejo de subir e triunfar a qualquer preço. É o “carpe diem” de Horácio. Aproveita o dia presente. A vida é curta, por isso devemos aproveitá-la enquanto pudermos.

É o estreito mundo do egoísmo, totalmente diferente da grandeza e da paz de centrar a própria existência nos outros e esquecer-nos de nós próprios. Esse é o verdadeiro caminho da felicidade, mas é um caminho que exige esforço. Exige não pensar só no momento presente, porque a vida tem um sentido. E esse sentido é transcendente, não está neste mundo, não está no cemitério. Por isso, como disse um filósofo, qualquer êxito nesta vida é sempre prematuro. E se o vemos como um fim, actuamos como Narciso, deixamo-nos deslumbrar por ele e o convertemos num fracasso.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Humildade

– Senhor, peço-te um presente: Amor..., um Amor que me deixe limpo. E mais outro presente: conhecimento próprio, para me encher de humildade. (Forja, 185)

São santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança. (Forja, 186)

Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!, canta a Igreja. (Forja, 187)

A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)

São Josemaría Escrivá

Testemunhos - Graças ao Papa e a ‘Caminho’

Christian Wilkie trabalha como enfermeiro numa prisão de alta segurança. Vive desde sempre numa região da antiga RDA, no leste da Alemanha. É cooperador do Opus Dei. Até ao dia 19 de Abril de 2005, nunca tinha tido contacto com a Igreja Católica


Até ao dia 19 de Abril de 2005, nunca tinha tido contacto com a Igreja católica. Nesse dia completava os 28 anos, quando às três da tarde um meu tio me telefonou para me felicitar. Depois disse-me que um alemão tinha sido eleito como novo Papa e que o poderia ver na televisão nesse momento. E assim se despediu o meu tio.


Por mera curiosidades liguei a televisão. Nesse momento o novo Papa ’alemão’ disse: “Amados Irmãos e Irmãs: depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes. E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações. Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente. O Senhor ajudar-nos-á. Maria, sua Mãe Santíssima, está connosco. Obrigado!” Estas palavras não me saíram da cabeça durante os dias que se seguiram. Provocaram em mim um impulso interior que me levou a pensar nos meses seguintes sobre o tema da fé e da Igreja.
Pela primeira vez na vida interessei-me pela Igreja Católica e informei-me sobre ela. Comprei um Catecismo da Igreja Católica e dei-me conta de como fiquei surpreendido com as respostas que fui encontrando para as minhas perguntas acerca da fé. Eram também respostas mais complexas que ninguém na Igreja protestante nem no Judaísmo ou noutros grupos me tinha dado,


Um dia estava a procurar na Internet um livro sobre a Igreja Católica. Numa página web descobri um livro que atraiu a minha atenção e que estava classificado como um clássico da espiritualidade: era um livro que tinha como título ‘Caminho’, escrito por um tal Josemaría Escrivá. Não sei porquê, mas pedi o livro. Uns dias depois chegou pelo correio, e imediatamente o folheei. Ao ler a Introdução fiquei com a impressão que tinha sido escrito só para mim: cada palavra, cada frase chegou à minha alma, e desde esse momento soube que o meu Pai do Céu tinha previsto um lugar para mim dentro da sua Igreja, da Igreja Católica.


Nos meses seguintes, pus-me em contacto com a paróquia da terra onde vivo, ensinaram-me o catecismo e decidi ir à Missa sempre que tivesse possibilidade, tendo em conta a minha profissão. No dia 8 de Novembro de 2007 recebi o Crisma. Durante todo este tempo tive a companhia de São Josemaría Escrivá através dos seus livros, que ia comprando a pouco e pouco. Através dos seus livros fui compreendendo algumas coisas da natureza e das actividades do Opus Dei. Na Internet informei-me sobre o Opus Dei e suas iniciativas. Mais tarde, tive conhecimento de que havia meios de formação numa cidade próxima e para ali me dirigi.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

«As palavras que vos disse são espírito e são vida»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilias sobre o evangelho de Mateus n° 82; PG 58, 743


«Tomai e comei, disse Jesus, isto é o Meu corpo entregue por vós» (cf 1Co 11,24). Porque é que os discípulos não ficaram perturbados quando ouviram estas palavras? Foi porque Cristo lhes havia já dito muitas coisas sobre este assunto (Jo 6). [...] Tenhamos, nós também, plena confiança em Deus. Não apresentemos objecções, mesmo quando o que Ele diz parece contrário aos nossos raciocínios e ao que vemos. Que a Sua palavra seja dona da nossa razão e mesmo da nossa vista. Assumamos esta atitude perante os mistérios sagrados: não vejamos neles apenas o que é apreendido pelos nossos sentidos, mas tenhamos sobretudo em conta as palavras do Senhor. A Sua palavra nunca nos pode enganar, ao passo que os nossos sentidos nos enganam facilmente; Ela nunca erra, mas eles erram frequentemente. Quando o Verbo diz: «Isto é o Meu corpo», confiemos n'Ele, acreditemos e contemplemo-Lo com os olhos do espírito. [...]


Quantas pessoas dizem hoje em dia: «Gostaria de ver Cristo em pessoa, o Seu rosto, as Suas vestes, as Suas sandálias». Pois bem, na Eucaristia, é Ele que tu vês, que tocas, que recebes! Desejavas ver as Suas vestes; e é Ele que Se dá a ti, não apenas para O veres, mas para O tocares, O receberes, O acolheres no teu coração. Que ninguém se aproxime, pois, com indiferença ou frouxidão, mas que todos venham a Ele animados de um amor ardente.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Abril de 2012

Muitos dos Seus discípulos ouvindo isto, disseram: «Dura é esta linguagem! Quem a pode ouvir?». Jesus, conhecendo em Si mesmo que os Seus discípulos murmuravam por isto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos? Que será quando virdes subir o Filho do Homem para onde estava antes? É o Espírito que vivifica; a carne para nada aproveita. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas há alguns de vós que não crêem». Com efeito Jesus sabia desde o princípio quais eram os que não acreditavam, e quem havia de O entregar. Depois acrescentou: «Por isso Eu vos disse que ninguém pode vir a Mim se não lhe for concedido por Meu Pai». Desde então muitos dos Seus discípulos retiraram-se e já não andavam com Ele. Por isso Jesus disse aos doze: «Também vós quereis retirar-vos?». Simão Pedro respondeu-Lhe: «Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna. E nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».

Jo 6, 60-69

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Amar a Cristo...

Dar testemunho de Ti, divulgar-Te é algo que humildemente procuramos fazer, embora conscientes que nunca o fazemos suficientemente, que nos deixamos sucumbir pela doença e pelo cansaço, que tanto desejaríamos sublimar para melhor Te servir.

Sim, meu Deus e meu Senhor, ajuda-nos a mesmo em dificuldade servir-Te para nos redimirmos de todos e muitos pecados de uma vida inteira.

JPR

Imitação de Cristo, 1, 23, 4

Quão feliz e prudente é aquele que procura ser em vida como deseja que o ache a morte. Pois o que dará grande confiança de morte abençoada é o perfeito desprezo do mundo, o desejo ardente do progresso na virtude, o amor à disciplina, o rigor na penitência, a prontidão na obediência, a renúncia de si mesmo e a paciência em sofrer, por amor de Cristo, qualquer adversidade. Mui fácil é praticar o bem enquanto estás são; mas, quando enfermo, não sei o que poderás. Poucos melhoram com a enfermidade; raro também se santificam os que andam em muitas peregrinações.

Onde há humildade há sabedoria

"Quia respexit humilitatem ancillae suae" – porque olhou para a baixeza da sua escrava... Cada vez me persuado mais de que a humildade autêntica é a base sobrenatural de todas as virtudes. Fala com Nossa Senhora, para que Ela nos ensine a caminhar por esta senda. (S. Josemaría Escrivá - Sulco, 289)

Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus. Onde há humildade há sabedoria, explica o livro dos Provérbios. A humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade. E ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus. Esta é a nossa grandeza.

Que bem o compreendia Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de existir sobre a terra! Maria glorifica o poder do Senhor, que depôs do trono os poderosos e elevou os humildes. E canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina:porque olhou para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

Maria manifesta-se santamente transformada, no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E, por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. A humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas da sua Mãe sempre Imaculada. (S. Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 96)

'Holanda, destino perigoso' por Aura Miguel

Atenção: se tem mais de 60 anos e for passear até à Holanda; se aí tiver um grave problema de saúde e for para ao hospital, pode ficar sujeito à eutanásia.

Com a liberalização desta prática, há médicos que a propõem a pacientes crónicos com diabetes, com esclerose múltipla, SIDA ou cancro. Há mesmo cidadãos que, em autodefesa, transportam consigo um cartão contra a eutanásia chamado “passaporte para a vida” ou “não-me-matem”. 

Com os idosos, o risco ainda é mais flagrante. É que, para além da falta de confiança nos médicos, a família também pode ser uma ameaça: um recente estudo da Universidade de Göttingen revela que, em sete mil casos de eutanásia praticada na Holanda, 41% foram a pedido dos familiares. Muitos deles justificaram-se incapazes de lidar com a situação… 

Resultado: os idosos evitam os hospitais holandeses e muitos refugiam-se em lares do outro lado da fronteira. É que na Alemanha sentem-se protegidos, porque ali a memória das práticas nazis ainda está viva. Pelo menos, por enquanto.

Aura Miguel in RR online

Gémeos que nasceram de mãe com morte cerebral motivam corrente de oração

Nicholas e Alexander Bolden são uns gémeos frágeis que lutam pela sobrevivência num hospital do Michigan desde o passado dia 5 de abril, quando os médicos conseguiram a proeza do seu nascimento cinco semanas depois de que mãe fora declarada com morte cerebral.

Christine Bolden –mãe de uma menina de 11 anos e um menino de 3 anos– tinha 20 semanas de gestação (cinco meses de gravidez) quando no dia 1 de março dois aneurismas lhe causaram um dano irreversível. Os médicos, com o apoio da família, optaram por mantê-la com vida conectada a um respirador até que seus filhos estivessem preparados para nascer.


"Pedimos aos médicos que fizessem o possível para salvar os bebés, pelo menos a eles, já que já tínhamos perdido a Christine", recorda Danyell Bolden, tia de Christine, e assegura que rezaram muitíssimo pelos bebés.

Os bebés nasceram às 25 semanas de gestação pesando 900 gramas, estão estáveis, mas ainda muito frágeis no Hospital Infantil Helen DeVos.

"Sentimo-nos muito tristes pela perda de Christine, entretanto, ao ter a seus bebés, é como se Deus nos tivesse permitido conservar uma pequena parte dela. Aqui há muitas orações", adicionou Danyell.

"Sabíamos que uma vez que os bebés nascessem seria o final de Christine. Era difícil saber que os bebés nasceriam e ela não voltaria. Deus poderia ter levado a ela e aos bebés. Mas deixou-os e isso é um milagre", acrescentou.

O advogado Bruce Rossman, porta-voz da família Bolden, explicou que quando Christine teve os aneurismas, "os bebés eram muito prematuros: tinham somente 20 semanas; os médicos explicaram que se os tiravam, morreriam. Necessitava-se que tivessem pelo menos 24 semanas para lhes dar alguma oportunidade de sobreviver".

O doutor Cosmas Vandeven, especialista em gravidez de alto risco no hospital da Universidade de Michigan, explicou que o caso Bolden apresenta um cenário excepcional.

O 70 por cento dos bebés que nasce às 25 semanas sobrevive, mas enfrenta altas possibilidades de contrair doenças. "Esperamos que consigam, mas são muito pequenos para dar um prognóstico positivo", acrescentou.

A notícia do nascimento dos gémeos ocupou páginas em diversos meios do mundo e centenas de usuários de Internet se comprometeram espontaneamente a rezar pela saúde dos bebés e por consolar a família Bolden.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

CONHECER BENTO XVI – Em busca de uma ética universal

Face aos riscos do relativismo, uma das preocupações primordiais de Bento XVI é que a lei natural seja encarada sob um novo ponto de vista. Trata-se de estabelecer uma ética universal, tão necessária num mundo globalizado. Para responder a esta inquietação, a Comissão Teológica Internacional publicou um documento, síntese de cinco anos de reflexão sobre o tema.


Com data de 12 de Junho de 2009, a Comissão Teológica Internacional, organismo consultivo da Congregação para a Doutrina da Fé, publicou um documento sobre a lei natural, com o título "Em busca de uma ética universal: uma nova visão sobre a lei natural". O documento consta de 116 parágrafos, distribuídos por cinco capítulos, precedidos de uma introdução de 11 parágrafos, e terminando com uma breve conclusão de 4 parágrafos.


Os parágrafos iniciais pretendem ser uma contribuição para os desafios éticos da globalização, o principal dos quais consiste, precisamente, em reconhecer a existência de valores éticos universais que possam servir-nos de guia para a resolução de problemas comuns. Neste contexto, o documento refere-se a problemas como o equilíbrio ecológico, a protecção do ambiente, a ameaça do terrorismo, o crime organizado, as novas formas de opressão e violência, os rápidos desenvolvimentos da biotecnologia, etc.


Face ao relativismo que caracteriza alguns sectores da cultura contemporânea, o documento quer chamar a atenção para a universalidade de certos valores éticos; uma das principais manifestações desta atitude é precisamente a admiração que determinados valores despertam em nós e que constitui, por si mesma, um estímulo para a reflexão ética.


Uma linguagem ética comum
É justamente o reconhecimento desses valores que nos leva a procurar uma linguagem ética comum para todos os homens, tarefa que é referida no último parágrafo como "necessária e urgente" (n. 116). De facto, o documento acentua que a percepção dessa necessidade, que interpela também os cristãos, é inseparável de uma certa experiência de conversão, pela qual nos vemos instados a superar a indiferença e as barreiras que, de um modo ou de outro, costumamos levantar face aos que nos são estranhos (n. 4).


A percepção de que era necessário encontrar uma linguagem ética comum conduziu, no decurso do século passado, a diversas iniciativas. O documento destaca três: a Declaração Universal dos Direitos do Homem, publicada logo após a II Guerra Mundial, a proposta de uma ética mundial com base nos consensos entre religiões, e as éticas dialógicas e de consenso.


Sem deixar de reconhecer os elementos positivos presentes nessas iniciativas, o documento salienta as suas insuficiências: quer seja a tendência para interpretar os direitos do homem separando-os da sua dimensão ética racional, quer seja a tendência para apresentar a ética mundial sobre bases puramente indutivas, por si mesmas incapazes de proporcionar aos valores um fundamento absoluto, quer seja, finalmente, a tendência para esvaziar a ética de conteúdos, reduzindo-a à submissão a meros procedimentos formais (nn. 5-8).


Face a estas abordagens, o documento convida todos aqueles que se interrogam sobre os fundamentos últimos da ética e da ordem jurídica e política a reconsiderarem uma exposição renovada da doutrina da lei natural (n. 10).


Convergência das tradições


O primeiro capítulo, que tem por título "Convergências", apresenta-se como um itinerário histórico, destinado a mostrar os pontos comuns que, tanto nas diferentes tradições sapienciais e religiosas, como na reflexão filosófica, avalizam o pensamento de uma lei natural.


No respeitante às sabedorias e às religiões não cristãs (referem-se o hinduísmo, o budismo, o taoismo, as tradições africanas e o islão), o documento salienta que, para lá das limitações que se podem detectar em muitos casos, o cristianismo vê nelas um reflexo da sabedoria divina que actua no coração dos homens.


No caso do pensamento grego, salienta o texto clássico da Antígona de Sófocles, o pensamento de Platão e Aristóteles sobre o direito natural, assim como a elaboração estóica da lei natural. Noutra ordem de ideias, mostra também como a Sagrada Escritura ecoa este património ético universal nos livros sapienciais, na formulação positiva que Cristo faz da "regra de ouro", ou na pregação de São Paulo.


A síntese clássica


Os escritos dos Padres da Igreja constituem uma nova confirmação deste património ético, pois eles falam com frequência de uma lei natural, ainda que a projectem num horizonte metafísico e pessoal distinto do estóico. Esta doutrina patrística, juntamente com a tradição do ius gentium, passaria para a reflexão medieval, período em que a doutrina da lei natural atinge a sua formulação clássica, especialmente na obra de São Tomás de Aquino.


O documento resume em quatro pontos aquilo que nos leva a considerar a exposição tomista da lei natural uma formulação clássica da mesma:


• a) representa uma síntese alcançada a partir das reflexões anteriores sobre a lei natural, pagãs ou cristãs;
• b) tenta situar a lei natural num quadro metafísico e teológico mais geral, apresentando-a como participação da criatura racional na lei eterna, graças à qual a criatura entra de modo consciente e livre nos desígnios da Providência, de tal modo que a mesma lei natural não é um sistema fechado e completo de normas morais, mas uma fonte de inspiração constante;
• c) considera a ordem ética e política como uma ordem racional, obra da inteligência humana, e que define um espaço de autonomia que permite distingui-la da ordem própria da revelação religiosa, sem dela a separar;
• d) finalmente, aos olhos dos teólogos e juristas escolásticos, a lei natural representava um ponto de referência e um critério à luz do qual se podia avaliar a legitimidade das leis positivas e dos costumes particulares (n. 27).


O descrédito provocado pelas formulações modernas


Com as formulações modernas, contudo, perdem-se elementos decisivos dessa síntese clássica. Como factores geradores do empobrecimento e da distorção da doutrina clássica da lei natural, o documento salienta principalmente dois: por um lado, o voluntarismo, que introduz a tese da potência absoluta de Deus, segundo a qual Deus pode agir independentemente da sua sabedoria e da sua bondade, o que constitui uma relativização de todas as estruturas inteligíveis existentes e, no caso do homem, se traduz numa concepção da liberdade como pura capacidade de escolher entre opções contrárias.


Por outro lado, o racionalismo, que leva a prescindir da referência a Deus como fundamento último da lei natural, esperando encontrar unicamente nas essências criadas a base dessa lei. Este racionalismo, que conduz a uma apresentação da lei natural "como se Deus não existisse", apoiando-se no facto de as diferenças religiosas terem sido historicamente motivo de conflito, constitui uma das forças secularizantes da modernidade (nn. 29-31).


Ora, as teorias da lei natural inspiradas neste duplo princípio caracterizam-se em geral por quatro traços: a) crença essencialista numa natureza humana imutável e a-histórica; b) abstracção da situação concreta da pessoa humana na história da salvação, concretamente do modo como o pecado e a graça afectam o conhecimento e a prática da lei natural; c) a ideia de que se podem deduzir os preceitos da lei natural a partir da definição da essência humana; d) apresentação da lei natural como código de preceitos que regula a totalidade do comportamento (n. 33).


Na medida em que os desenvolvimentos das ciências empíricas e da consciência histórica dos séculos XIX e XX puseram em causa estas quatro características, compreende-se facilmente o descrédito em que caiu a ideia de lei natural entre muitas pessoas (n. 33).


Razões para a Igreja invocar a lei natural


Contudo, sempre que o Magistério da Igreja se refere à lei natural, é à versão clássica da mesma que se refere. Assim fizeram Leão XIII, em 1888 (Libertas praestantissimum), para identificar a fonte da autoridade civil e fixar os respectivos limites, para proteger a propriedade privada ou defender o salário mínimo; João XXIII para fundamentar os direitos e deveres do homem (Pacem in terris, 1963); Pio XI (Casti connubii, 1930) e Paulo VI (Humanae vitae, 1968) em questões de moral conjugal. Por outro lado, o Catecismo da Igreja Católica (1992) salienta que a lei natural é comum a crentes e não crentes: na medida em que a Revelação assume as exigências da lei natural, a Igreja, mediante o seu Magistério, torna-se seu garante e intérprete. Também João Paulo II na encíclica Veritatis splendor (1993) atribui à lei natural uma posição determinante na exposição da moral cristã (n. 34).


Actualmente, a Igreja invoca a lei natural sobretudo em quatro contextos:


• 1. face a uma cultura que opera frequentemente com um conceito reduzido de racionalidade e abandona a vida moral ao relativismo, a invocação da lei natural vem lembrar a racionalidade da ética, fornecendo assim uma base para o diálogo intercultural e inter-religioso;
• 2. face ao individualismo relativista, que faz do indivíduo e dos seus interesses a fonte do valor, e da sociedade o resultado de um contrato, o recurso a uma lei natural recorda o carácter não convencional, mas antes natural e objectivo, das normas fundamentais que regulam a vida social e política;
• 3. face ao laicismo agressivo que quer excluir os crentes do debate político, invoca-se a lei natural para defender causas que não são confessionais mas simplesmente humanas: direitos face à opressão, a justiça nas relações internacionais, a vida e a família, a liberdade de religião e de educação...
• 4. face ao abuso de poder e ao totalitarismo, implícito também no positivismo jurídico, a Igreja recorda que as leis civis contrárias à lei natural não obrigam em consciência (n. 35).


A percepção dos valores morais


Os dois capítulos seguintes são complementares e constituem a parte analítica do documento. O capítulo 2, com o título "A percepção dos valores morais", apresenta a experiência moral - deve-se fazer o bem - como uma experiência na qual o bem "se impõe ao sujeito" com toda a força de uma lei que exprime uma exigência ao próprio espírito (n. 43).


Com esta bagagem conceptual, constata-se, por um lado, a universalidade da lei natural, e o modo com essa universalidade é compatível com a sua historicidade; e explicita-se o papel das disposições morais no reconhecimento e na actuação segundo a lei natural, mostrando ao mesmo tempo a continuidade existente entre lei natural e virtude (nn. 55-59).


O capítulo 3, intitulado "Os fundamentos da lei natural", debruça-se sobre a reflexão filosófica e teológica que pretende esclarecer os fundamentos epistemológicos e metafísicos da experiência moral, exposta no capítulo anterior. No plano da fundamentação última, destacam-se as noções de criação e participação (nn. 62-63), a partir das quais se compreende a relevância moral das noções de natureza e pessoa.


O recurso à natureza e à pessoa


O documento insiste na necessidade de uma compreensão cabal, metafísica, do conceito de natureza, a fim de evitar as interpretações erradas de que a lei natural foi objecto no decurso dos séculos XIX e XX, tanto nos contextos filosóficos - o documento refere-se à chamada "lei de Hume" e à "falácia naturalista" denunciada por Moore - como teológicos, campos em que os apelos à natureza e à pessoa foram, com frequência, indevidamente contrapostos (nn. 64-68).


O esclarecimento destes aspectos deveria levar-nos a reconhecer que "o conceito de lei natural pressupõe a ideia de que a natureza é, para o homem, portadora de uma mensagem ética, e constitui uma norma moral implícita, que a razão humana actualiza" (n. 69). Contudo, para percebermos que tal não pressupõe qualquer "fisicismo", impõe-se uma reflexão de ordem metafísica, que tenha em consideração a analogia do ser, assim como uma filosofia da natureza que tenha em consideração a profundidade inteligível do mundo sensível. Com base nessa reflexão poder-se-iam estabelecer igualmente os princípios de uma "ecologia integral" (n. 82).


Acepensa