sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
“Fez-se Homem para nos redimir”
Pasma ante a magnanimidade de Deus: fez-se Homem para nos redimir, para que tu e eu – que não valemos nada, reconhece-o! – o tratemos com confiança. (Forja, 30)
Lux fulgebit hodie super nos, quia natus est nobis Dominus – Hoje brilhará sobre nós a luz, porque nos nasceu o Senhor! Eis a grande novidade que comove os cristãos e que, através deles, se dirige à Humanidade inteira. Deus está aqui! Esta verdade deve encher as nossas vidas. Cada Natal deve ser para nós um novo encontro especial com Deus, deixando que a sua luz e a sua graça entrem até ao fundo da nossa alma.
Detemo-nos diante do Menino, de Maria e de José; estamos contemplando o Filho de Deus revestido da nossa carne... Vem-me à lembrança a viagem que fiz a Loreto, em 15 de Agosto de 1951, para visitar a Santa Casa por motivo muito íntimo. Celebrei lá a Santa Missa. Queria dizê-la com recolhimento mas não tinha contado com o fervor da multidão. Não tinha calculado que nesse grande dia de festa muitas pessoas dos arredores viriam a Loreto – com a bendita fé dessa terra e com o amor que têm à Madona. E a sua piedade, considerando as coisas – como diria? – só do ponto de vista das leis rituais da Igreja, levava-as a manifestações não muito correctas.
E assim, enquanto eu beijava o altar, nos momentos prescritos pelas rubricas da Missa, três ou quatro camponeses beijavam-no ao mesmo tempo. Distraía-me mas estava emocionado. E também me atraía a atenção a lembrança de que naquela Santa Casa – que a tradição assegura ser o lugar onde viveram Jesus, Maria e José – na mesa do altar tinham gravado estas palavras: Hic Verbum caro factum est. Aqui, numa casa construída pelas mãos dos homens, num pedaço de terra em que vivemos, habitou Deus! (Cristo que passa, 12)
São Josemaría Escrivá
Santo Natal para todos!
São criminosos e, por isso, cumprem penas pesadas. Só que, desta vez, o seu Natal foi diferente: o Papa foi à prisão visitá-los e aceitou conversar com eles!
Omar aproximou-se do microfone e disse: “Queria perguntar-te um milhão de coisas, mas é difícil porque estou comovido. Por isso, prefiro pedir-te um favor: deixa-nos ficar ligados a ti, com os nossos sofrimentos, como a um cabo eléctrico que nos comunique com Nosso Senhor. Gosto de ti”.
Comovido, o criminoso beija a mão de Bento XVI, que lhe responde: “Também eu gosto de ti e as tuas palavras tocam o meu coração”. Depois, o Papa acrescenta: “Sei que o Senhor se identifica com os prisioneiros. Por isso, vim aqui. Em vós, o Senhor está à minha espera e vocês precisam deste reconhecimento humano. Quantos mais se unirem a vós na oração, mais forte será o 'cabo eléctrico' que nos liga a Nosso Senhor".
A beleza deste gesto do Papa é também um desafio para cada um de nós. É que o rosto de Cristo também se encontra atrás das grades!
Santo Natal para todos!
Comovido, o criminoso beija a mão de Bento XVI, que lhe responde: “Também eu gosto de ti e as tuas palavras tocam o meu coração”. Depois, o Papa acrescenta: “Sei que o Senhor se identifica com os prisioneiros. Por isso, vim aqui. Em vós, o Senhor está à minha espera e vocês precisam deste reconhecimento humano. Quantos mais se unirem a vós na oração, mais forte será o 'cabo eléctrico' que nos liga a Nosso Senhor".
A beleza deste gesto do Papa é também um desafio para cada um de nós. É que o rosto de Cristo também se encontra atrás das grades!
Santo Natal para todos!
Aura Miguel in Rádio Renascença
'Conto de Natal 2010' por Joaquim Mexia Alves (estes contos são intemporais)
Deitada no sofá em posição fetal, aninhava-se, fechando-se sobre si própria, envolvendo-se cada vez mais na sua tristeza, no seu desespero, na incrível solidão que naquele momento vivia.
Dia 24 de Dezembro, véspera de Natal!
Naquela manhã tinha-se levantado decidida a de uma vez por todas confirmar ou não, aquilo que o seu coração há muito lhe dizia, mas ela não queria acreditar.
Feito o teste, a resposta era inequívoca: Estava grávida!
Naquele momento, sozinha na casa de banho, tinham passado pela sua cabeça e pelo seu coração, os mais incríveis pensamentos, os mais inexplicáveis sentimentos!
Dia 24 de Dezembro, véspera de Natal!
Naquela manhã tinha-se levantado decidida a de uma vez por todas confirmar ou não, aquilo que o seu coração há muito lhe dizia, mas ela não queria acreditar.
Feito o teste, a resposta era inequívoca: Estava grávida!
Naquele momento, sozinha na casa de banho, tinham passado pela sua cabeça e pelo seu coração, os mais incríveis pensamentos, os mais inexplicáveis sentimentos!
Unidade / Comunhão
«Fé e vida, verdade e vida, eu e nós não são separáveis, e só no contexto da comunhão de vida no nós dos crentes, no nós da Igreja, a fé desenvolve a sua lógica, a sua forma orgânica.»
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
‘O canto dos Anjos na Noite de Natal’ pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria
«Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade» (Lc 2, 14). É assim que São Lucas nos narra como os Anjos naquela Noite louvaram o Menino Jesus, que acabava de nascer. A Igreja, disse o Papa, ampliou este hino de júbilo sobre a glória de Deus. «Nós vos damos graças pela vossa imensa glória». Nós vos damos graças pela vossa beleza. E pela vossa grandeza. E pela vossa imensa bondade, que nesta Noite se torna especialmente visível para nós.
A manifestação do que é belo torna-nos felizes. Exactamente por isso, diante da beleza — ao contrário de outras coisas — não nos interrogamos pela sua utilidade. «A glória de Deus, da qual provém toda a beleza — continuava Bento XVI — faz explodir em nós o deslumbramento e a alegria». Aquele que contempla a Deus — recém-nascido, indefeso, envolto em panos, deitado numa manjedoura — sente-se feliz. E não sabe muito bem explicar porquê.
São Lucas não nos diz que os Anjos cantaram. Diz-nos, isso sim, que eles louvaram a Deus (cfr. Lc 2, 13). Mas desde sempre os homens souberam que a linguagem dos Anjos é diferente da nossa. Nesta Noite, tal louvor dos espíritos celestes foi um canto no qual brilhou a glória, a bondade e a beleza do nosso Deus. É uma música que nos convida a aderir ao louvor da milícia celeste com o coração fascinado: Deus fez-se homem e veio habitar no meio de nós!
Os cânticos de Natal estão presentes nos quatro cantos da Terra. Porque cantam os homens na Noite de Natal? Porque experimentam uma grande alegria. E também porque não querem guardar essa alegria somente para si. Algo parecido aconteceu com os Anjos. Cantar é uma nova dimensão da fala. É um modo novo de comunicar-se. Uma comunicação que possui características magníficas e inefáveis.
Com o cântico o amor torna-se audível. Com o cântico suportamos com mais facilidade as aflições. Crescemos na esperança no meio das dificuldades. Permanecemos no amor mesmo quando ele é posto à prova. Cantamos — mesmo que seja somente no nosso interior — porque sentimos alegria e queremos comunicá-la. Ninguém canta com o coração amargurado.
Esta Noite convida-nos a cantar com os Anjos. Oxalá se recupere em muitas famílias cristãs o costume de cantar na Noite de Natal! Onde? Primeiro, na Missa do Galo. Depois, lá em casa, ao redor do presépio, antes de abrir os presentes. Não nos esqueçamos — pelo amor de Deus — de Quem é que faz anos nesta Noite!
Um cântico de Natal provém de uma alegria simples e profunda — não do excesso de álcool! E de onde vem essa alegria? A alegria genuína — ao contrário da “alegria mundana” — procede sempre do Amor. E o Amor — com letra maiúscula — é a mensagem principal da Noite de Natal. Somos amados por Deus! Veio à Terra para nos salvar! E também veio à Terra para nos animar a cantar com os Anjos na Noite de Natal.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931
Anota hoje: “Já viste como as crianças agradecem? – Imita-as dizendo, como elas, a Jesus, diante do favorável e diante do adverso: “Que bom que és! Que bom!...”
Esta frase, bem sentida, é caminho de infância que te levará à paz, com peso e medida de risos e de prantos, e sem peso e medida de Amor”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Esta frase, bem sentida, é caminho de infância que te levará à paz, com peso e medida de risos e de prantos, e sem peso e medida de Amor”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Irmãos de Jesus
«No Menino de Belém, a pequenez de Deus feito homem revela-nos a grandeza do homem e a nossa dignidade de filhos de Deus e de irmãos de Jesus»
(Bento XVI - 19.12.2005)
(Bento XVI - 19.12.2005)
Começou a falar, bendizendo a Deus
Pelo seu nascimento, São João
pôs fim ao silêncio de Zacarias:
a partir desse momento, não pôde mais calar-se
aquele que gerou a voz que brada no deserto (Mt 3, 3),
anunciando a vinda de Cristo.
Mas, como a incredulidade
começara por prender a língua do pai,
a manifestação devolveu-lhe a liberdade;
e foi assim anunciada, e depois trazida à luz
a voz do Verbo, o Precursor da Claridade,
que intercede pelas nossas almas.
Neste dia, a Voz do Verbo liberta
a voz paternal, prisioneira da sua falta de fé;
da Igreja manifesta a fecundidade,
fazendo cessar a maternal esterilidade.
À frente da luz avança o candelabro
do Sol da Justiça recebe o reflexo (Mal 3, 20)
o raio que anuncia a Sua vinda
para a restauração universal
e a salvação das nossas almas.
Eis que avança, vindo de um seio estéril,
o mensageiro do Verbo Divino,
que haveria de nascer de um seio virginal
o maior de todos os filhos dos homens (Mt 11, 11),
o profeta que não tem igual;
porque as coisas divinas precisam de um começo maravilhoso,
seja a fecundidade numa idade avançada (Lc 1, 7),
ou a concepção operada sem semente.
Glória a Ti, ó Deus, que fazes maravilhas pela nossa salvação. [...]
Apóstolo universal,
objecto do anúncio de Gabriel (Lc 1, 36),
ramo nascido da estéril e mais bela flor do deserto,
amigo íntimo do Esposo (Jo 3, 29),
profeta digno de aclamação,
pede a Cristo que tenha piedade das nossas almas.
Liturgia bizantina
Lucernário das Grandes Vésperas da festa da Natividade de João Baptista
pôs fim ao silêncio de Zacarias:
a partir desse momento, não pôde mais calar-se
aquele que gerou a voz que brada no deserto (Mt 3, 3),
anunciando a vinda de Cristo.
Mas, como a incredulidade
começara por prender a língua do pai,
a manifestação devolveu-lhe a liberdade;
e foi assim anunciada, e depois trazida à luz
a voz do Verbo, o Precursor da Claridade,
que intercede pelas nossas almas.
Neste dia, a Voz do Verbo liberta
a voz paternal, prisioneira da sua falta de fé;
da Igreja manifesta a fecundidade,
fazendo cessar a maternal esterilidade.
À frente da luz avança o candelabro
do Sol da Justiça recebe o reflexo (Mal 3, 20)
o raio que anuncia a Sua vinda
para a restauração universal
e a salvação das nossas almas.
Eis que avança, vindo de um seio estéril,
o mensageiro do Verbo Divino,
que haveria de nascer de um seio virginal
o maior de todos os filhos dos homens (Mt 11, 11),
o profeta que não tem igual;
porque as coisas divinas precisam de um começo maravilhoso,
seja a fecundidade numa idade avançada (Lc 1, 7),
ou a concepção operada sem semente.
Glória a Ti, ó Deus, que fazes maravilhas pela nossa salvação. [...]
Apóstolo universal,
objecto do anúncio de Gabriel (Lc 1, 36),
ramo nascido da estéril e mais bela flor do deserto,
amigo íntimo do Esposo (Jo 3, 29),
profeta digno de aclamação,
pede a Cristo que tenha piedade das nossas almas.
Liturgia bizantina
Lucernário das Grandes Vésperas da festa da Natividade de João Baptista
«A tua mulher vai dar-te um filho. [...] Será para ti motivo de regozijo e júbilo, e muitos se regozijarão com o seu nascimento» (Lc 1,13-14)
Deus destinara João Baptista para proclamar a alegria dos homens e dos céus. Da sua boca, o mundo ouviu palavras admiráveis, que anunciavam a presença do nosso Redentor, o Cordeiro de Deus (Jo 1,29). Embora seus pais tivessem perdido toda a esperança de ter descendência, o anjo, mensageiro de tão grande mistério, enviou-o para servir de testemunha ao Senhor antes mesmo de nascer (Lc 1,41). [...]
Ele encheu de alegria eterna o seio de sua mãe quando esta o carregava. [...] Com efeito, lemos no Evangelho estas palavras que Isabel dirige a Maria: «Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?» (Lc 1,43-44). [...] Quando, na sua velhice, ela se afligia por não ter dado filhos ao marido, subitamente dá à luz um filho que era também o mensageiro da salvação eterna para todo o mundo. E um mensageiro que, antes de nascer, exerceu o privilégio da sua futura missão, difundindo o seu espírito profético através das palavras de sua mãe.
Depois, pelo poder do nome que o anjo lhe dera antecipadamente, abriu a boca de seu pai, fechada pela incredulidade (Lc 1,13.20). Com efeito, quando Zacarias ficou mudo, não foi para assim permanecer, mas para recuperar divinamente o uso da palavra e confirmar por um sinal vindo do céu que seu filho era um profeta. Ora, o Evangelho diz de João: «Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz a fim de todos crerem por seu intermédio» (Jo 1,7-8). Ele não era de facto a luz, mas todo ele estava na luz, ele que mereceu dar testemunho da verdadeira luz.
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 57, sobre o nascimento de João Baptista, 1; PL 57, 647
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Ele encheu de alegria eterna o seio de sua mãe quando esta o carregava. [...] Com efeito, lemos no Evangelho estas palavras que Isabel dirige a Maria: «Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?» (Lc 1,43-44). [...] Quando, na sua velhice, ela se afligia por não ter dado filhos ao marido, subitamente dá à luz um filho que era também o mensageiro da salvação eterna para todo o mundo. E um mensageiro que, antes de nascer, exerceu o privilégio da sua futura missão, difundindo o seu espírito profético através das palavras de sua mãe.
Depois, pelo poder do nome que o anjo lhe dera antecipadamente, abriu a boca de seu pai, fechada pela incredulidade (Lc 1,13.20). Com efeito, quando Zacarias ficou mudo, não foi para assim permanecer, mas para recuperar divinamente o uso da palavra e confirmar por um sinal vindo do céu que seu filho era um profeta. Ora, o Evangelho diz de João: «Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz a fim de todos crerem por seu intermédio» (Jo 1,7-8). Ele não era de facto a luz, mas todo ele estava na luz, ele que mereceu dar testemunho da verdadeira luz.
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 57, sobre o nascimento de João Baptista, 1; PL 57, 647
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 23 de Dezembro de 2011
Completou-se para Isabel o tempo de dar à luz e deu à luz um filho. Os seus vizinhos e parentes ouviram falar da graça que o Senhor lhe tinha feito e congratulavam-se com ela. Aconteceu que, ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e chamavam-lhe Zacarias, do nome do pai. Interveio, porém, sua mãe e disse: «Não; mas será chamado João». Disseram-lhe: «Ninguém há na tua família que tenha este nome». E perguntavam por acenos ao pai como queria que se chamasse. Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu assim: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados. E logo se abriu a sua boca, soltou-se a lingua e falava bendizendo a Deus. O temor se apoderou de todos os seus vizinhos, e divulgaram-se todas estas maravilhas por todas as montanhas da Judeia. Todos os que as ouviram as ponderavam no seu coração, dizendo: «Quem virá a ser este menino?». Porque a mão do Senhor estava com ele.
Lc 1, 57-66
Lc 1, 57-66