quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
O verdadeiro crente
«Um crente que se deixa formar e conduzir na fé da Igreja deveria ser, com todas as suas fraquezas e todas as suas dificuldades, uma janela para a luz de Deus vivo, e se verdadeiramente o crê também o é de facto. Contra as forças que sufocam a verdade, contra este muro de preconceitos que em nós bloqueia o olhar para Deus, o crente deveria ser uma força antagonista.»
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
Vésperas do Papa com os universitários de Roma, na Basílica de S. Pedro:”aprender a construir a historia juntamente com Deus”
Na tarde desta quinta-feira, na Basílica de São Pedro, teve lugar o tradicional encontro da comunidade universitária de Roma com o Santo Padre. A celebração deste ano foi dedicada ao tema “Eu procuro o teu rosto, Senhor. A questão de Deus hoje”.
Na homilia , Bento XVI salientou que não precisamos de um Deus genérico, indefinido, mas do Deus vivo e verdadeiro, que abra o horizonte do futuro do homem a uma perspectiva de firme e segura esperança, uma esperança rica de eternidade e que permita enfrentar com coragem o presente em todos os seus aspectos.
O Papa constatou que ao longo da historia foram muitas as vezes que os homens tentaram construir o mundo sozinhos, sem ou contra Deus. O resultado está marcado pelo drama de ideologias que no fim se mostraram contra o homem e a sua dignidade profunda. A constância paciente na construção da historia, tanto a nível pessoal como comunitário - salientou depois Bento XVI – não se identifica com a tradicional virtude da prudência, de que certamente precisamos, mas é algo maior e mais complexo.
"Ser constantes e pacientes significa aprender a construir a historia juntamente com Deus, porque somente edificando sobre Ele e com Ele a construção tem bons fundamentos, e não é instrumentalizada para fins ideológicos, mas verdadeiramente digna do homem".
Para a ocasião, chegou de Espanha o ícone da Sedes Sapientiae, que acompanhou a 26ª Jornada Mundial da Juventude de Madrid
No final da oração de vésperas na Basílica de S. Pedro uma delegação universitária espanhola entregou o ícone à delegação da Universidade La Sapienza de Roma, dando início à Peregrinatio Mariae nas capelanias universitárias da capital italiana. A Peregrinação conclui – se com o Simpósio Internacional dos docentes universitários programado para 21, 22 e 23 de junho de 2012.
Rádio Vaticano
Na homilia , Bento XVI salientou que não precisamos de um Deus genérico, indefinido, mas do Deus vivo e verdadeiro, que abra o horizonte do futuro do homem a uma perspectiva de firme e segura esperança, uma esperança rica de eternidade e que permita enfrentar com coragem o presente em todos os seus aspectos.
O Papa constatou que ao longo da historia foram muitas as vezes que os homens tentaram construir o mundo sozinhos, sem ou contra Deus. O resultado está marcado pelo drama de ideologias que no fim se mostraram contra o homem e a sua dignidade profunda. A constância paciente na construção da historia, tanto a nível pessoal como comunitário - salientou depois Bento XVI – não se identifica com a tradicional virtude da prudência, de que certamente precisamos, mas é algo maior e mais complexo.
"Ser constantes e pacientes significa aprender a construir a historia juntamente com Deus, porque somente edificando sobre Ele e com Ele a construção tem bons fundamentos, e não é instrumentalizada para fins ideológicos, mas verdadeiramente digna do homem".
Para a ocasião, chegou de Espanha o ícone da Sedes Sapientiae, que acompanhou a 26ª Jornada Mundial da Juventude de Madrid
No final da oração de vésperas na Basílica de S. Pedro uma delegação universitária espanhola entregou o ícone à delegação da Universidade La Sapienza de Roma, dando início à Peregrinatio Mariae nas capelanias universitárias da capital italiana. A Peregrinação conclui – se com o Simpósio Internacional dos docentes universitários programado para 21, 22 e 23 de junho de 2012.
Rádio Vaticano
Que afinidades políticas tinha Jesus? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra
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“Para obedecer, é preciso humildade”
Quando tiveres de mandar, não humilhes: procede com delicadeza; respeita a inteligência e a vontade de quem obedece. (Forja, 727)
Muitas vezes fala-nos através doutros homens e pode acontecer que, à vista dos defeitos dessas pessoas ou pensando que não estão bem informadas ou que talvez não tenham entendido todos os dados do problema, surja uma espécie de convite a não obedecermos.
Tudo isso pode ter um significado divino, porque Deus não nos impõe uma obediência cega, mas uma obediência inteligente, e temos de sentir a responsabilidade de ajudar os outros com a luz do nosso entendimento. Mas sejamos sinceros connosco próprios: examinemos em cada caso se o que nos move é o amor à verdade ou o egoísmo e o apego ao nosso próprio juízo. Quando as nossas ideias nos separam dos outros, quando nos levam a quebrar a comunhão, a unidade com os nossos irmãos, é sinal certo que não estamos a actuar segundo o espírito de Deus.
Não o esqueçamos: para obedecer, repito, é preciso humildade. Vejamos de novo o exemplo de Cristo. Jesus obedece, e obedece a José e a Maria. Deus veio à Terra para obedecer, e para obedecer às criaturas. São duas criaturas perfeitíssimas – Santa Maria, Nossa Mãe; mais do que Ela só Deus; e aquele varão castíssimo, José. Mas criaturas. E Jesus, que é Deus, obedecia-lhes! Temos de amar a Deus, para amar assim a sua vontade, e ter desejos de responder aos chamamentos que nos dirige através das obrigações da nossa vida corrente: nos deveres de estado, na profissão, no trabalho, na família, no convívio social, no nosso próprio sofrimento e no sofrimento dos outros homens, na amizade, no empenho de realizar o que é bom e justo... (Cristo que passa, 17)
Todos somos responsáveis de todos: Papa a onze novos Embaixadores, entre os quais da Guiné-Bissau e de Moçambique
Todos somos responsáveis de todos: sublinhou Bento XVI, dirigindo-se, nesta quinta-feira, a onze novos Embaixadores junto da Santa Sé, recebidos em conjunto para a apresentação das Cartas Credenciais. Trata-se de representantes diplomáticos que não residem estavelmente em Roma. No caso de hoje, os Embaixadores em questão provêm de diversos continentes: África (Burkina-Faso, Burundi, Guiné-Bissau e Moçambique), Ásia (Kirghizstan, Paquistão, Sri Lanka e Tailândia), Europa (Andorra e Suíça) e, finalmente, Trindade e Tobago (pequeno estado insular junto à costa da Venezuela, América do Sul).
Nas considerações desenvolvidas no discurso aos novos Embaixadores, o Papa começou por chamar a atenção para a crescente tomada de consciência da “unidade da família humana”, facto por vezes advertido como um peso, em razão da maior responsabilidade que comporta para cada um, e também pela cada vez maior complexidade dos problemas a enfrentar e resolver.
“Todos somos responsáveis de todos” – considerou o Papa, que sublinhou a importância de ter um conceito positivo da solidariedade, como “alavanca concreta do desenvolvimento integral que permite à humanidade caminhar para a sua realização. Aliás, observou, é um sinal positivo da cultura atual a exigência, que cada vez mais se impõe à consciência dos nossos contemporâneos, de uma solidariedade entre as diversas gerações”. E é precisamente a educação dos jovens a via privilegiada para alargar e consolidar o campo da solidariedade. Neste sentido, Bento XVI encorajou todos – começando pelos governos – a darem provas de criatividade, para encontrar e investir os meios que permitam fornecer à juventude as bases éticas fundamentais, que permitam combater males sociais como o desemprego, a droga, a criminalidade e o desrespeito da pessoa
O pluralismo cultural e religioso (considerou o Papa) “não se opõe à busca comum do que é verdadeiro, bom e belo. Aliás a razão humana tem condições para reconhecer os bens universais de que todos os homens têm necessidade, nomeadamente a paz e a harmonia social e religiosa, ligados, “não só a um quadro legislativo justo e apropriado, mas também à qualidade moral de cada cidadão” e isso porque – como diz o Compêndio da Doutrina Social da Igreja – “a solidariedade apresenta-se sob dois aspetos complementares: o do princípio social e o de virtude moral”.
“A solidariedade desempenha plenamente o seu papel de virtude social quando se pode apoiar ao mesmo tempo em estruturas de subsidiariedade e na determinação firme e perseverante de cada pessoa em atuar a favor do bem comum, consciente de uma responsabilidade comum”.
Como dizíamos, de entre os onze novos Embaixadores junto da Santa Sé, dois representam países de expressão oficial portuguesa: Guiné-Bissau, com a Embaixadora Hília Garez Gomes Lima Barber, e Moçambique, com o Embaixador Amadeu Paulo Samuel da Conceição.
A primeira, de 67 anos, é casada e tem dois filhos. Formada em Letras, desenvolveu diversas atividades em Bissau como conselheira da presidência da República e no ministério dos Negócios Estrangeiros de Bissau e foi Embaixadora em Israel. Atualmente é Embaixadora da Guiné-Bissau em Paris, onde reside.
Por sua vez o novo embaixador moçambicano tem 51 anos. Casado, pai de dois filhos. Formado em Relações Internacionais, entrou na carreira diplomática em 1978, tendo sido nomeadamente Embaixador na Itália (com Grécia), no Brasil (com Argentina e Chile) e em Cuba. Atualmente é Embaixador em Berlim, onde reside.
Rádio Vaticano
Nas considerações desenvolvidas no discurso aos novos Embaixadores, o Papa começou por chamar a atenção para a crescente tomada de consciência da “unidade da família humana”, facto por vezes advertido como um peso, em razão da maior responsabilidade que comporta para cada um, e também pela cada vez maior complexidade dos problemas a enfrentar e resolver.
“Todos somos responsáveis de todos” – considerou o Papa, que sublinhou a importância de ter um conceito positivo da solidariedade, como “alavanca concreta do desenvolvimento integral que permite à humanidade caminhar para a sua realização. Aliás, observou, é um sinal positivo da cultura atual a exigência, que cada vez mais se impõe à consciência dos nossos contemporâneos, de uma solidariedade entre as diversas gerações”. E é precisamente a educação dos jovens a via privilegiada para alargar e consolidar o campo da solidariedade. Neste sentido, Bento XVI encorajou todos – começando pelos governos – a darem provas de criatividade, para encontrar e investir os meios que permitam fornecer à juventude as bases éticas fundamentais, que permitam combater males sociais como o desemprego, a droga, a criminalidade e o desrespeito da pessoa
O pluralismo cultural e religioso (considerou o Papa) “não se opõe à busca comum do que é verdadeiro, bom e belo. Aliás a razão humana tem condições para reconhecer os bens universais de que todos os homens têm necessidade, nomeadamente a paz e a harmonia social e religiosa, ligados, “não só a um quadro legislativo justo e apropriado, mas também à qualidade moral de cada cidadão” e isso porque – como diz o Compêndio da Doutrina Social da Igreja – “a solidariedade apresenta-se sob dois aspetos complementares: o do princípio social e o de virtude moral”.
“A solidariedade desempenha plenamente o seu papel de virtude social quando se pode apoiar ao mesmo tempo em estruturas de subsidiariedade e na determinação firme e perseverante de cada pessoa em atuar a favor do bem comum, consciente de uma responsabilidade comum”.
Como dizíamos, de entre os onze novos Embaixadores junto da Santa Sé, dois representam países de expressão oficial portuguesa: Guiné-Bissau, com a Embaixadora Hília Garez Gomes Lima Barber, e Moçambique, com o Embaixador Amadeu Paulo Samuel da Conceição.
A primeira, de 67 anos, é casada e tem dois filhos. Formada em Letras, desenvolveu diversas atividades em Bissau como conselheira da presidência da República e no ministério dos Negócios Estrangeiros de Bissau e foi Embaixadora em Israel. Atualmente é Embaixadora da Guiné-Bissau em Paris, onde reside.
Por sua vez o novo embaixador moçambicano tem 51 anos. Casado, pai de dois filhos. Formado em Relações Internacionais, entrou na carreira diplomática em 1978, tendo sido nomeadamente Embaixador na Itália (com Grécia), no Brasil (com Argentina e Chile) e em Cuba. Atualmente é Embaixador em Berlim, onde reside.
Rádio Vaticano
Mensagem de Natal do Reitor do Santuário de Fátima
O Natal é Deus que Se oferece à humanidade,
que Se oferece a nós e nos revela o Seu amor.
Porque a lógica do amor é aproximar-se,
no Menino do presépio Deus faz-Se próximo: Deus-connosco.
Diante do Menino Jesus sentimos ressoar de novo
a pergunta de Nossa Senhora aos Pastorinhos:
“Quereis oferecer-vos a Deus?”
Ela fez da sua vida uma permanente oferta a Deus
que tornou possível o milagre do Natal.
“Quereis oferecer-vos a Deus?”
Os Pastorinhos responderam “sim, queremos”.
E como Maria fizeram das suas vidas oferta a Deus.
Celebrar o Natal é, com eles e como eles,
responder afirmativamente à pergunta da Virgem-Mãe.
Esse é o santo e feliz Natal que, de coração, desejamos
a todos os peregrinos, amigos e benfeitores do Santuário de Fátima.
P. Carlos Cabecinhas
Dezembro 2011
que Se oferece a nós e nos revela o Seu amor.
Porque a lógica do amor é aproximar-se,
no Menino do presépio Deus faz-Se próximo: Deus-connosco.
Diante do Menino Jesus sentimos ressoar de novo
a pergunta de Nossa Senhora aos Pastorinhos:
“Quereis oferecer-vos a Deus?”
Ela fez da sua vida uma permanente oferta a Deus
que tornou possível o milagre do Natal.
“Quereis oferecer-vos a Deus?”
Os Pastorinhos responderam “sim, queremos”.
E como Maria fizeram das suas vidas oferta a Deus.
Celebrar o Natal é, com eles e como eles,
responder afirmativamente à pergunta da Virgem-Mãe.
Esse é o santo e feliz Natal que, de coração, desejamos
a todos os peregrinos, amigos e benfeitores do Santuário de Fátima.
P. Carlos Cabecinhas
Dezembro 2011
«Mãe! - Chama-a bem alto...
... - Ela, a tua Mãe Santa Maria, escuta-te, vê-te em perigo talvez, e oferece-te, com a graça do seu Filho, o consolo do seu regaço, a ternura das suas carícias. E encontrar-te-ás reconfortado para a nova luta.»
(São Josemaría - Caminho, 516)
(São Josemaría - Caminho, 516)
A importância da maternidade em geral e a de Maria enquanto Mãe de Jesus
«: … o ser humano em devir (de novo ao contrário do animal) depende tão profundamente do seu “estar-com” outros seres humanos que só através desse próximo, normalmente a mãe, desperta para a sua auto-consciência. No sorriso desvela-se-lhe o facto de haver um mundo em que ele é recebido, em que é bem-vindo, e, nesta experiência primordial, pela primeira vez, toma consciência de si próprio. Este acontecimento fundamente de toda a existência humana, cujo alcance só no nosso tempo passou a ser apreciado como merece, acompanha as restantes funções do crescimento e da educação: a alimentação e o cuidado da criança, a sua introdução no mundo e respectiva tradição histórica. Muito antes da aprendizagem da fala se desenvolve um diálogo sem palavras entre mãe e filho na base do “estar-com-os-outros” (Mitsein) constitutivo para cada ser humano consciente.
Isto diz, pois, que também Jesus deve principalmente a sua mãe a sua autoconsciência humana, se não quisermos admitir que, como criança prodígio sobrenatural, ele não devesse essa consciência a ninguém. Mas isso seria pôr em causa a sua humanidade verdadeira»
(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
Desculpem-me o atrevimento, mas releiam o trecho de Mons. Von Balthasar e reparem como as palavras aparentemente mais simples, são de uma profundidade que nos convidam à reflexão mais aprofundada e daí a um maior amor, neste caso à nossa Mãe a Virgem Santíssima e chegando através dela a Jesus Cristo Nosso Senhor.
JPR
Isto diz, pois, que também Jesus deve principalmente a sua mãe a sua autoconsciência humana, se não quisermos admitir que, como criança prodígio sobrenatural, ele não devesse essa consciência a ninguém. Mas isso seria pôr em causa a sua humanidade verdadeira»
(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
Desculpem-me o atrevimento, mas releiam o trecho de Mons. Von Balthasar e reparem como as palavras aparentemente mais simples, são de uma profundidade que nos convidam à reflexão mais aprofundada e daí a um maior amor, neste caso à nossa Mãe a Virgem Santíssima e chegando através dela a Jesus Cristo Nosso Senhor.
JPR
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931
No meio da rua, num dia de muito sol, sofre uma tentativa de agressão que conta no dia seguinte: “Oitava da Imaculada Conceição, 1931: Na tarde de ontem, às três horas, quando me dirigia para o colégio de Santa Isabel para confessar as meninas, na Atocha no passeio de São Carlos, quase na esquina da rua de Santa Inês, três homens jovens, de mais de trinta anos, cruzaram-se comigo. Quando já estavam perto de mim um deles adiantou-se gritando: “vou-lhe bater!”, e ergueu o braço com tal ímpeto que eu considerei recebida a pancada. Mas, antes de pôr em prática os seus propósitos de agressão, um dos outros dois disse-lhe imperiosamente: “Não, não lhe batas”. E em seguida, em tom jocoso, inclinando-se para mim, acrescentou: “Burrinho, burrinho!”. Atribuiu o ataque a uma acção diabólica e a defesa ao seu Anjo da Guarda.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
«ELE NÃO ERA A LUZ, MAS VINHA PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ» - Meditação de Joaquim Mexia Alves
«Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.»
Jo 1, 8
Ao ler este versículo do Evangelho deste passado Domingo, confrontei-me com o pensamento de que tantas vezes não o tenho presente na minha vida, e em tantos momentos, tocado pelo orgulho e pela vaidade, quase me julgo a “luz”.
Tantas coisas leio, tantas coisas estudo, tantas coisas digo e escrevo, (por vezes apreciadas por outros), que me esqueço da minha inutilidade e me julgo mais do que aquilo que sou, ou sou digno sequer de ser.
E poderia eu alguma vez ser testemunha do amor, se o amor não me tivesse sido dado e escolhido primeiro?
E poderia eu alguma vez falar das coisas de Deus, se não fosse Ele a colocar as palavras em mim?
E poderia eu alguma vez testemunhar as maravilhas que Ele fez e faz na minha vida, se Ele não me concedesse essa graça?
Como tem agora ainda mais sentido a oração que o Espírito Santo colocou um dia no meu coração e eu rezo todos os dias:
«Mãe, ensina-me a ser nada, para que Cristo seja tudo em mim.»
Mas será que esta oração não se tornou rotina em mim, e apenas a rezo sem nela meditar, e sobretudo sem a viver verdadeiramente?
Que neste Tempo do Advento em que o Senhor me quis chamar a atenção para este versículo da Bíblia, eu saiba reduzir-me ao nada que sou, e perceber verdadeiramente que se alguma coisa faço ou testemunho, não sou eu que o consigo por mim próprio, mas sim Ele que está em mim e de mim se serve, e que eu só tenho que Lhe dar graças por isso.
Tudo e sempre para a glória de Deus!
Marinha Grande, 12 de Dezembro de 2011
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/12/ele-nao-era-luz-mas-vinha-para-dar.html
Jo 1, 8
Ao ler este versículo do Evangelho deste passado Domingo, confrontei-me com o pensamento de que tantas vezes não o tenho presente na minha vida, e em tantos momentos, tocado pelo orgulho e pela vaidade, quase me julgo a “luz”.
Tantas coisas leio, tantas coisas estudo, tantas coisas digo e escrevo, (por vezes apreciadas por outros), que me esqueço da minha inutilidade e me julgo mais do que aquilo que sou, ou sou digno sequer de ser.
E poderia eu alguma vez ser testemunha do amor, se o amor não me tivesse sido dado e escolhido primeiro?
E poderia eu alguma vez falar das coisas de Deus, se não fosse Ele a colocar as palavras em mim?
E poderia eu alguma vez testemunhar as maravilhas que Ele fez e faz na minha vida, se Ele não me concedesse essa graça?
Como tem agora ainda mais sentido a oração que o Espírito Santo colocou um dia no meu coração e eu rezo todos os dias:
«Mãe, ensina-me a ser nada, para que Cristo seja tudo em mim.»
Mas será que esta oração não se tornou rotina em mim, e apenas a rezo sem nela meditar, e sobretudo sem a viver verdadeiramente?
Que neste Tempo do Advento em que o Senhor me quis chamar a atenção para este versículo da Bíblia, eu saiba reduzir-me ao nada que sou, e perceber verdadeiramente que se alguma coisa faço ou testemunho, não sou eu que o consigo por mim próprio, mas sim Ele que está em mim e de mim se serve, e que eu só tenho que Lhe dar graças por isso.
Tudo e sempre para a glória de Deus!
Marinha Grande, 12 de Dezembro de 2011
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/12/ele-nao-era-luz-mas-vinha-para-dar.html
Desertos espirituais
«Existem muitas espécies de deserto. Há o deserto da pobreza, o deserto da fome e o da sede, os do abandono, da solidão, do amor destruído. Existe o deserto da obscuridade de Deus, do esvaziamento das almas que perderam a consciência da dignidade e do caminho do Homem. Os desertos exteriores vão alastrando no mundo porque os desertos interiores se tornaram tão vastos».
(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)
(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)
«Que fostes ver ao deserto?»
É preciso passar pelo deserto e aí permanecer para receber a graça de Deus; é lá que nos esvaziamos, que extraímos de nós tudo o que não é de Deus e que esvaziamos completamente esta pequena casa da nossa alma para deixar todo o espaço apenas para Deus. Os judeus passaram pelo deserto, Moisés viveu lá antes de receber a sua missão, São Paulo e São João Crisóstomo prepararam-se no deserto. [...] É um tempo de graça, é um período pelo qual toda a alma que quer produzir frutos tem necessariamente de passar. Ela precisa deste silêncio, deste recolhimento, deste esquecimento de todo o criado, no meio dos quais Deus estabelece o Seu reino e forma nela o espírito interior: a vida íntima com Deus, a conversa da alma com Deus na fé, na esperança e na caridade. Mais tarde, a alma produzirá frutos exactamente na medida em que o homem interior se tiver formado nela (Ef 3, 16). [...]
Não se dá o que se não tem e é na solidão, nesta vida apenas e só com Deus, neste recolhimento profundo da alma que esquece tudo para viver exclusivamente em união com Deus, que Deus Se dá inteiramente àquele que se dá assim a Ele. Dai-vos inteiramente somente a Ele [...] e Ele Se dará inteiramente a vós. [...] Vede São Paulo, São Bento, São Patrício, São Gregório Magno e tantos outros, quão longos tempos de recolhimento e de silêncio! Subi mais acima: olhai para São João Baptista, olhai para Nosso Senhor. Nosso Senhor não tinha necessidade disso, mas quis dar-nos o exemplo.
Não se dá o que se não tem e é na solidão, nesta vida apenas e só com Deus, neste recolhimento profundo da alma que esquece tudo para viver exclusivamente em união com Deus, que Deus Se dá inteiramente àquele que se dá assim a Ele. Dai-vos inteiramente somente a Ele [...] e Ele Se dará inteiramente a vós. [...] Vede São Paulo, São Bento, São Patrício, São Gregório Magno e tantos outros, quão longos tempos de recolhimento e de silêncio! Subi mais acima: olhai para São João Baptista, olhai para Nosso Senhor. Nosso Senhor não tinha necessidade disso, mas quis dar-nos o exemplo.
Carta ao Padre Jerónimo de 19 de Maio 1898
«Mas o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele»
«De entre os homens, nenhum é maior do que João». Se todos os santos, esses homens justos, fortes e sábios, pudessem reunir-se e habitar num só homem, não chegariam a igualar João Baptista [...], e por isso se diz que em muito ele ultrapassa os homens e que pertence à categoria dos anjos (Mc 1,2 grego; Ml 3,1 hebr).
«Mas o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.» Com o que disse acerca da grandeza de João, Nosso Senhor quis anunciar-nos a abundante misericórdia de Deus e a Sua generosidade para com os Seus eleitos. Por mais célebre e grandioso que seja João, sê-lo-á menos do que o mais pequeno do Reino, como diz o apóstolo Paulo: «Pois o nosso conhecimento é imperfeito [...] mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá» (1Co 13,9-10). João é grande, e disse por intuição: «Eis o Cordeiro de Deus » (Jo 1,29); mas essa grandiosidade, comparada com a glória que será revelada àqueles que dela forem considerados dignos, é como um mero antegosto. Por outras palavras, todas as coisas grandes e admiráveis da terra, comparadas com as beatitudes do alto, surgem-nos na sua pequenez e na sua vacuidade [...].
João foi considerado digno dos grandes dons deste mundo: a profecia, o sacerdócio (cf. Lc 1,5) e a justiça [...]. João é maior do que Moisés e os profetas, mas a antiga Lei precisa do Novo Testamento, pois aquele que é maior do que os profetas disse ao Senhor: «Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por Ti» (Mt 3,14). João é igualmente grande porque a sua concepção foi anunciada por um anjo, porque o seu nascimento esteve envolto em milagres, porque anunciou Aquele que dá a vida, porque baptizou para a remissão dos pecados. [...] Moisés conduziu o povo até ao Jordão e a Lei conduziu o género humano até ao baptismo de João. Mas «se de entre os homens, nenhum é maior do que João», o precursor do Senhor, quão maiores serão aqueles a quem nosso Senhor lavou os pés e em quem insuflou o Seu Espírito (Jo 13,4; 20,22)!
Santo Efraim (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja
Comentário ao Diatessaron, 9, 7-13; SC 121
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Mas o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.» Com o que disse acerca da grandeza de João, Nosso Senhor quis anunciar-nos a abundante misericórdia de Deus e a Sua generosidade para com os Seus eleitos. Por mais célebre e grandioso que seja João, sê-lo-á menos do que o mais pequeno do Reino, como diz o apóstolo Paulo: «Pois o nosso conhecimento é imperfeito [...] mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá» (1Co 13,9-10). João é grande, e disse por intuição: «Eis o Cordeiro de Deus » (Jo 1,29); mas essa grandiosidade, comparada com a glória que será revelada àqueles que dela forem considerados dignos, é como um mero antegosto. Por outras palavras, todas as coisas grandes e admiráveis da terra, comparadas com as beatitudes do alto, surgem-nos na sua pequenez e na sua vacuidade [...].
João foi considerado digno dos grandes dons deste mundo: a profecia, o sacerdócio (cf. Lc 1,5) e a justiça [...]. João é maior do que Moisés e os profetas, mas a antiga Lei precisa do Novo Testamento, pois aquele que é maior do que os profetas disse ao Senhor: «Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por Ti» (Mt 3,14). João é igualmente grande porque a sua concepção foi anunciada por um anjo, porque o seu nascimento esteve envolto em milagres, porque anunciou Aquele que dá a vida, porque baptizou para a remissão dos pecados. [...] Moisés conduziu o povo até ao Jordão e a Lei conduziu o género humano até ao baptismo de João. Mas «se de entre os homens, nenhum é maior do que João», o precursor do Senhor, quão maiores serão aqueles a quem nosso Senhor lavou os pés e em quem insuflou o Seu Espírito (Jo 13,4; 20,22)!
Santo Efraim (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja
Comentário ao Diatessaron, 9, 7-13; SC 121
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 15 de Dezembro de 2011
Tendo partido os mensageiros de João, começou Jesus a dizer à multidão acerca de João: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Mas os que vestem roupas preciosas e vivem entre delícias estão nos palácios dos reis. Que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo Eu, e mais ainda que profeta. Este é aquele de quem está escrito: “Eis que Eu envio o Meu mensageiro à Tua frente, o qual preparará o Teu caminho diante de Ti”. Porque Eu vos digo: Entre os nascidos de mulher não há maior profeta que João Baptista; porém, o que é menor no reino de Deus é maior do que ele». Todo o povo que O ouviu, mesmo os publicanos, deram glória a Deus, recebendo o baptismo de João. Os fariseus, porém, e os doutores da lei frustraram o desígnio de Deus a respeito deles, não se fazendo baptizar por ele.
Lc 7, 24-30
Lc 7, 24-30