quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A mensagem de Maria

A mensagem que recebemos aqui aos pés de Maria Imaculada é uma mensagem de confiança para cada pessoa deste Cidade e do mundo inteiro. Uma mensagem de esperança que não é feito de palavras, mas da sua própria historia; ela, uma mulher da nossa estirpe , que eu á luz o Filho de Deus e partilhou toda a sua existência com Ele! E hoje nos diz: este é também o teu destino, o vosso, o destino de todos: ser santos como o nosso Pai, ser imaculados como o nosso Irmão Jesus Cristo, ser filhos amados, todos adoptados para formar uma grande família, sem fronteiras de nacionalidade, de cor, de língua, porque um só é Deus, Pai de cada homem.

(Bento XVI durante o acto de veneração à Imaculada Conceição na Praça de Espanha em Roma a 8 de Dezembro de 2010)

A Imaculada Conceição e Portugal



Em termos históricos a ligação entre Portugal e a Imaculada Conceição teve dois momentos marcantes: o primeiro em 1385, quando o Santo Condestável derrotou os castelhanos e consagrou a igreja de Vila Viçosa a Maria. O segundo, já no século XVII, durante a restauração da Independência, quando D. João IV coroou Nossa Senhora da Conceição como Rainha e Padroeira de Portugal (em 1649).


(Fonte: Rádio Renascença)

Novena da Imaculada Conceição com textos de São Josemaría Escrivá - 8 de Dezembro

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“Canta diante de Maria Imaculada”

Deus Omnipotente, Todo-Poderoso, Sapientíssimo tinha que escolher a sua Mãe. – Tu, que terias feito, se tivesses tido de escolhê-la? Penso que tu e eu teríamos escolhido a que temos, enchendo-a de todas as graças. Isso fez Deus. Portanto, depois da Santíssima Trindade, está Maria. Os teólogos estabelecem um raciocínio lógico desse cúmulo de graças, desse não poder estar sujeita a satanás: convinha, Deus podia fazê-lo, logo fê-lo. É a grande prova. A prova mais clara de que Deus rodeou a sua Mãe de todos os privilégios, desde o primeiro instante. E assim é: formosa e pura e limpa, em alma e corpo! (Forja, 482)

És toda formosa e não há mancha em ti. – És horto cerrado, minha irmã, Esposa, horto cerrado, fonte selada. – Veni: coronaberis. – Vem: serás coroada (Cant. IV, 7, 12 e 8).

Se tu e eu tivéssemos tido poder, tê-la-íamos feito também Rainha e Senhora de toda a criação.

Um grande sinal apareceu no céu uma mulher com uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. – O vestido de sol. – A lua a seus pés (Apoc. XII, 1). Maria, Virgem sem mancha, reparou a queda de Eva; e esmagou, com o seu pé imaculado, a cabeça do dragão infernal. Filha de Deus, Mãe de Deus, Esposa de Deus.

O Pai, o Filho e o Espírito Santo coroaram-na como Imperatriz que é do Universo.

E rendem-lhe preito de vassalagem os Anjos..., e os patriarcas e os profetas e os Apóstolos..., e os mártires e os confessores e as virgens e todos os santos..., e todos os pecadores e tu e eu. (Santo Rosário, 5º mistério glorioso)

São Josemaría Escrivá

Bento XVI - Invocar Maria "neste momento tão difícil para a Itália, para a Europa e para várias partes do mundo. Que ela ajude a ver que há luz para além do nevoeiro que parece envolver a realidade"

Seguindo a tradição, a meio da tarde deste dia 8, solenidade da Imaculada Conceição de Maria, com um esplêndido tempo outonal, o Santo Padre deslocou-se à Praça de Espanha, no centro de Roma, para presidir a um breve momento de oração junto da imagem de Nossa Senhora da Conceição, depondo aos seus pés uma coroa de flores, que um bombeiro colocou logo depois no braço da Virgem, na estátua colocada no alto da coluna ali existente.


Tendo deixado o Vaticano, de automóvel, às quatro menos um quarto, ao longo do trajeto Bento XVI deteve-se por uns momentos junto da igreja da Santíssima Trindade, onde foi saudado pelos representantes da associação dos Comerciantes da zona. Já na Praça de Espanha, o Santo Padre presidiu a uma breve celebração da Palavra, com a proclamação de uma passagem do Livro do Apocalipse, que evoca Maria como um sinal grandioso aparecido no céu: uma mulher vestida de sol, com a lua sob os seus pés e, na cabeça, uma coroa de doze estrelas.


Na homilia, o Papa explicou que “esta imagem representa ao mesmo tempo Nossa Senhora e a Igreja”. Antes de mais, a “mulher” do Apocalipse é a própria Maria.


“Vestida de sol” quer dizer, vestida de Deus, toda envolvida da luz de Deus, vivendo em Deus. Ela é, de facto, a cheia de graça. A lua que tem sob os seus pés (observou ainda Bento XVI), é símbolo da morte e da mortalidade. Maria está plenamente associada à vitória de Jesus Cristo, seu Filho, sobre o pecado e sobre a morte, livre de toda e qualquer sombra de morte, totalmente cumulada de vida. Finalmente, a coroa de doze estrelas, que representam as doze tribos de Israel: significa que a Virgem Maria está no centro do Povo de Deus, de toda a comunhão dos santos.


“Para além de representar Nossa Senhora, este sinal (da mulher do Apocalipse) personifica a Igreja, a comunidade cristã de todos os tempos. Ela está grávida, no sentido de que traz no seu seio Cristo, e deve-o dar à luz para o mundo: essas as dores de parto da Igreja peregrina na terra,, devendo, no meio das consolações de Deus e das perseguições do mundo, levar Jesus aos homens”.


Aludindo ainda ao outro sinal do texto do Apocalipse de São João – um “enorme dragão vermelho” que tenta, em vão, devorar “o filho, masculino, destinado a governar todas as nações”. Jesus venceu já, definitivamente os seus ataques. Só a mulher – a Igreja – continua, no deserto do mundo, a sofrer os ataques do dragão, embora sustentada sempre pela luz e pela força de Deus.


“Através de todas as provações com que se confronta no decurso dos tempos e nas diversas partes do mundo, a Igreja sofre perseguição, mas resulta vencedora. É precisamente deste modo que a Comunidade cristã é a presença, a garantia do amor de Deus contra todas as ideologias do ódio e do egoísmo.”


“A única insídia que a Igreja pode e deve recear – advertiu o Papa - é o pecado dos seus membros”. Enquanto Maria é Imaculada, livre de toda a mancha do pecado, a Igreja é santa, mas ao mesmo tempo está marcada pelos nossos pecados. Por isso é que o Povo de Deus se dirige à sua Mãe celeste , pedindo-lhe ajuda, pedindo-lhe que acompanhe o caminho da fé, para que encoraje o empenho de vida cristã, para que sustente a esperança”.


“Disso temos necessidade, sobretudo neste momento tão difícil para a Itália, para a Europa, para as várias partes do mundo. Que Maria nos ajude a ver que há uma luz para além das espessas cortinas de neblina que parecem envolver a realidade”.


Já ao meio-dia, como todos os domingos e dias santos, o Papa tinha recitado, da janela dos seus aposentos sobre a Praça de São Pedro, o Angelus, antecedido da costumada alocução, dedicada naturalmente ao mistério da conceição imaculada de Maria.


Recordando que foi Pio IX a declarar, em 1854, que por particular graça e privilégio de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo Salvador do género humano, Maria foi imune de toda a mancha do pecado original; o Papa fez notar que esta verdade de fé está contida na saudação do arcanjo Gabriel a Maria: “Alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo”. A expressão cheia de graça – explicou - indica a maravilhosa obra do amor de Deus, que, mediante o seu Filho incarnado, nos quis dar de novo a vida e a liberdade, perdidas com o pecado. (…) É por isso que desde o final do século II, tanto no Oriente como no Ocidente, a Igreja invoca e celebra a Virgem que, com o seu sim, aproximou o Céu da terra. Também a nós é doada a “plenitude de graça” que devemos fazer resplandecer na nossa vida, porque – como escreve São Paulo - “o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo abençoou-nos com toda a bênção espiritual e escolheu-nos antes da criação do mundo para sermos santos e imaculados predestinando-nos a sermos, para Ele, filhos adotivos”.


Esta filiação, recebemo-la nós no dia do Batismo – recordou Bento XVI, citando a propósito Hildegarda de Bingen: “A Igreja é portanto a virgem mãe de todos os cristãos. Na força secreta do Espírito Santo, concebe-os e dá-os à luz, oferecendo-os a Deus, de modo que sejamos também chamados filhos de Deus”.


Nas saudações a diversos grupos de fiéis presentes hoje na Praça de São Pedro, Bento XVI reservou uma palavra especial aos membros da Ação Católica Italiana, que neste dia da Imaculada Conceição renovam a sua adesão a esta associação. “A Ação Católica é uma escola de santidade e de evangelização: os melhores votos para o seu empenho formativo e apostólico”.


Rádio Vaticano

Sabia que…

A festa da Imaculada Conceição, comemorada a 8 de Dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX na sua Bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia, bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. 

Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.

(Fonte: Rádio Renascença)

Fazer resplandecer na vida a "plenitude de graça" que também a nós é dada: Bento XVI, ao Angelus

Seguindo a tradição, a meio da tarde deste dia da Imaculada Conceição, o Santo Padre desloca-se à Praça de Espanha, em Roma, para presidir a um momento de oração junto da imagem de Nossa Senhora da Conceição, aí depondo uma coroa de flores. Já ao meio-dia, como todos os domingos e dias santos, o Papa recitou, da janela dos seus aposentos sobre a Praça de São Pedro, o Angelus, antecedido da costumada alocução, dedicada naturalmente ao mistério da conceição imaculada de Maria.


Recordando que foi Pio IX a declarar, em 1854, que por particular graça e privilégio de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo Salvador do género humano, Maria foi imune de toda a mancha do pecado original; o Papa fez notar que esta verdade de fé está contida na saudação do arcanjo Gabriel a Maria: “Alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo”. A expressão cheia de graça – explicou - indica a maravilhosa obra do amor de Deus, que, mediante o seu Filho incarnado, nos quis dar de novo a vida e a liberdade, perdidas com o pecado. (…) É por isso que desde o final do século II, tanto no Oriente como no Ocidente, a Igreja invoca e celebra a Virgem que, com o seu sim, aproximou o Céu da terra. Também a nós é doada a “plenitude de graça” que devemos fazer resplandecer na nossa vida, porque – como escreve São Paulo - “o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo abençoou-nos com toda a bênção espiritual e escolheu-nos antes da criação do mundo para sermos santos e imaculados predestinando-nos a sermos, para Ele, filhos adotivos”.


Esta filiação, recebemo-la nós no dia do Batismo – recordou Bento XVI, citando a propósito Hildegarda de Bingen: “A Igreja é portanto a virgem mãe de todos os cristãos. Na força secreta do Espírito Santo, concebe-os e dá-os à luz, oferecendo-os a Deus, de modo que sejamos também chamados filhos de Deus”.


Nas saudações a diversos grupos de fiéis presentes hoje na Praça de São Pedro, Bento XVI reservou uma palavra especial aos membros da Ação Católica Italiana, que neste dia da Imaculada Conceição renovam a sua adesão a esta associação. “A Ação Católica é uma escola de santidade e de evangelização: os melhores votos para o seu empenho formativo e apostólico”.


Rádio Vaticano

Querida e Imaculada Mãe ...



… leva-me a Jesus para que ficando criança me possa sentar ao Seu colo (cfr. Mt 19, 13-14) e gozar das Suas divinas consolações.

JPR

A Festa da Imaculada

«O nosso coração de filhos enche-se de alegria especialmente nesta solenidade, porque vemos reflectidas na Virgem Santíssima a grandeza e a humildade com que o Seu Filho desceu à Terra. Grandeza de Maria, a Puríssima, a Toda Santa, a criatura mais excelsa. Tão grande é a sua dignidade, que o povo cristão a aclama dizendo: mais que tu, só Deus! E humildade suprema é a da Virgem de Nazaré, pois tendo sido escolhida desde a eternidade para ser a Mãe de Deus, se considera e se chama a si mesma a escrava do Senhor.»

(D. Javier Echevarría in carta apostólica de Dezembro de 2011)

"Desmundanizar" a Igreja

“Não se trata de encontrar uma nova táctica para relançar a Igreja. Trata-se, isso sim, de depor tudo aquilo que seja apenas táctica, procurando a plena sinceridade, que não descura nem reprime nada da verdade do nosso hoje, mas realiza a fé plenamente no hoje vivendo-a precisa e totalmente na sobriedade do hoje, levando-a à sua plena identidade, tirando dela aquilo que só na aparência é fé, quando na verdade não passa de convenções e hábitos nossos.”


(Bento XVI em 25-IX-2011)

Em que consiste substancialmente a mensagem cristã? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

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O matrimónio é uma vocação sobrenatural

Para o cristão o matrimónio não é uma simples instituição social e menos ainda um remédio para as fraquezas humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural. Sacramento grande em Cristo e na Igreja, como diz S. Paulo, é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, contrato que um homem e uma mulher fazem para sempre, pois, quer queiramos quer não, o matrimónio instituído por Jesus Cristo é indissolúvel, sinal sagrado que santifica, acção de Jesus, que invade a alma dos que se casam e os convida a segui-Lo, transformando toda a vida matrimonial num caminhar divino pela Terra.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 23)

'Casamento' - Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Era embaixador em São Petersburgo. Certo dia, teve necessidade de fazer uma viagem urgente. Ela, ao contrário do habitual, não o pôde acompanhar. Ficou inquieta. Sabia que tinham casado para permanecerem um ao lado do outro. O dia do compromisso, já longínquo, continuava a ter uma grandíssima influência na sua vida. Recordava as palavras como se as tivesse pronunciado na véspera: «Recebo-te por meu esposo e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida».

Era lógico que nas entrelinhas do solene compromisso estava a “promessa” de viajar com ele, sobretudo se essa viagem fosse mais demorada. Afinal, para ela, o casamento era exactamente isso: a maior e mais definitiva viagem que tinha decidido realizar com ele até ao fim da sua vida.

Ficou inquieta ao pensar na intensa vida social do marido. Arrependeu-se de não o ter acompanhado. Resolveu escrever-lhe. Era o único modo que tinha de fazer-se presente estando ausente. «Temo que o convívio com princesas e embaixatrizes te faça esquecer-te de mim, que sou uma mulher simples e sem títulos, excepto o maravilhoso de ser só tua». Ele não tardou em responder-lhe: «Esqueces, minha amada, que casei contigo não só porque te amava, mas porque tinha e tenho o propósito firme de te amar sempre, cada dia mais, aconteça o que acontecer». Esta resposta é atribuída a Otto von Bismarck (1815 – 1898), estadista prussiano e unificador da Alemanha.

Bismarck não tinha casado somente porque a amava, mas com o compromisso de amá-la cada dia mais, em todas as circunstâncias, até ao fim. “Casar com a promessa de amar até ao fim” é uma expressão comprometedora. Manifesta um amor genuíno, um amor que possui o desejo de ser eterno. Só esse amor é verdadeiro. Só esse amor pode gerar um casamento forte diante das dificuldades.

Casar-se é exactamente isso. É estar disposto a prometer a alguém: “Tu, só tu, para sempre, aconteça o que acontecer”. Somente este tipo de casamentos é que a Igreja admite. Se alguém quer uma união a prazo, solúvel, à experiência, deve procurá-la noutro sítio. Casar-se na Igreja é casar-se como Deus quer. O casamento é uma ideia Sua. Só funciona de verdade se for vivido de acordo com a Sua Lei. Por isso, os noivos manifestam o seu desejo de se casarem na Igreja, porque desejam comprometer-se diante de Deus. São conscientes da fragilidade do seu amor e do perigo sempre presente do egoísmo e do orgulho. Pedem a Deus que os ajude a serem fiéis ao seu compromisso.

Casar-se na Igreja deveria ser sempre uma opção de fé, e não somente a procura de um lugar mais romântico e solene que a conservatória do registo civil. Casar-se na Igreja significa casar-se como cristãos. Significa reconhecer que a Igreja é parte essencial da nossa vida. Significa reconhecer que “a Igreja é nossa Mãe e uma Mãe deve ser amada” (João Paulo II).

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

A minha querida mulher

Desculpem-me se hoje vos falo de alguém a quem me encontro profundamente ligado e que para a maioria de vós será apenas mais uma história de um casamento feliz.


Hoje festejamos o aniversário do nosso casamento perante Deus Nosso Senhor e permito-me acrescentar que debaixo do manto da Imaculada Conceição. Ao longo da nossa vida conjugal ela sempre foi o pilar de toda a família, sem a ajuda de Deus, da Sua Santíssima Mãe e da minha mulher tanta coisa boa que nos aconteceu ao longo de mais de 40 anos de união não teria acontecido.


Costumo dizer que ‘é uma santa’, o que ela não gosta nada que seja dito, mas se perguntarem aos netos, aos filhos, à sua Mãe, irmãos, tias e primos, todos sem excepção estarão de acordo comigo, pois a sua permanente disponibilidade para ajudar próximo sem nada esperar em troca é verdadeiramente impressionante, que me seja perdoado antecipar o juízo do Senhor, mas estou absolutamente convicto que já lhe reservou um lugar em Jerusalém Celeste.


Defeitos, tê-los-á certamente, mas neste momento não me ocorre nenhum, pelo que certamente são irrelevantes em relação às qualidades.


Obrigado meu Deus pela maravilhosa companheira que ofereceste a este grande pecador, porque a Tua dávida de amor com tanto amor que ela me tem só pode ser fruto da Tua infinita misericórdia. Peço por intercessão da Imaculada Conceição que continues a nos proteger, bem como a toda a nossa família.


João Paulo Reis (texto escrito e publicado nesta mesma data em 2010, mas ao qual graças a Deus nem uma vírgula tenho a alterar, salvo um especial e carinhoso agradecimento ao Pe. ASL. Bem-haja!)

Imaculada Conceição – excertos de textos de S. Josemaría Escrivá

No dia 8 de Dezembro celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria. Em 1854 o Papa Pio IX proclamou o dogma da Imaculada Conceição: Deus preservou a Virgem Maria imune de toda a mancha de pecado original no primeiro instante da concepção.

Apresentamos, por ocasião dessa grande festa, textos de São Josemaría sobre Nossa Senhora.

João, o discípulo amado de Jesus, recebe Maria e introdu-la em sua casa, na sua vida. Os autores espirituais viram nestas palavras do Santo Evangelho um convite dirigido a todos os cristãos para que Maria entre também nas suas vidas.

Cristo que passa, 140

Como gostam os homens de que Ihes recordem o seu parentesco com personagens da literatura, da política, do exército, da Igreja!. .- Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-Lhe:

Ave, Maria, Filha de Deus Pai; Ave, Maria, Mãe de Deus Filho; Ave, Maria, Esposa de Deus Espírito Santo... Mais do que tu, só Deus!

Caminho, 496

Quando te vires com o coração seco, sem saber o que hás-de dizer, recorre com confiança a Nossa Senhora. Diz-Lhe: "Minha Mãe Imaculada, intercede por mim!".

Se a invocares com fé, Ela far-te-á saborear - no meio dessa secura - a proximidade de Deus.

Sulco, 695

Um grande sinal apareceu no céu uma mulher com uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. - O vestido de sol. - A lua a seus pés (Apoc. XII, 1). Maria, Virgem sem mancha, reparou a queda de Eva; e esmagou, com o seu pé imaculado, a cabeça do dragão infernal. Filha de Deus, Mãe de Deus, Esposa de Deus.O Pai, o Filho e o Espírito Santo coroaram-na como Imperatriz que é do Universo.E rendem-lhe preito de vassalagem os Anjos..., e os patriarcas e os profetas e os Apóstolos..., e os mártires e os confessores e as virgens e todos os santos..., e todos os pecadores e tu e eu.

Santo Rosário, 15

Nestes dias, vendo como tantos cristãos exprimem dos mais diversos modos o seu carinho à Virgem Santa Maria, também vós certamente vos sentis mais dentro da Igreja, mais irmãos de todos esses vossos irmãos.É uma espécie de reunião de família, como quando os irmãos que a vida separou voltam a encontrar-se junto da Mãe, por ocasião de alguma festa. Ainda que alguma vez tenham discutido uns com os outros e se tenham tratado mal, naquele dia não; naquele dia sentem-se unidos, reencontram-se unidos, reencontram-se todos no afecto comum.

Cristo que passa, 139

"Virgem Imaculada, bem sei que sou um pobre miserável, que não faço senão aumentar todos os dias o número dos meus pecados...". Disseste-me noutro dia que falavas assim com a nossa Mãe.E aconselhei-te, convicto, a rezar o Terço: bendita monotonia a das Ave-Marias que purifica a monotonia dos teus pecados!

Sulco, 475

Virgem Imaculada, Mãe!, não me abandones: olha como se enche de lágrimas o meu pobre coração. Não quero ofender o meu Deus!Já sei, e penso que nunca o esquecerei, que não valho nada: quanto me pesa a minha insignificância, a minha solidão! Mas... não estou sozinho: tu, Doce Senhora, e o meu Pai Deus não me deixais.Ante a rebelião da minha carne e ante as razões diabólicas contra a minha Fé, amo a Jesus e creio: Amo e Creio.

Forja, 215

Comoveu-me a súplica vibrante que saiu dos teus lábios: "Meu Deus, só desejo ser agradável aos teus olhos, tudo o resto não me importa. Mãe Imaculada, faz com que me mova exclusivamente o Amor".

Forja, 1028

À IMACULADA CONCEIÇÃO por Joaquim Mexia Alves


Ò Senhora minha,
ò minha Mãe,
aqui estou feito menino,
dá-me a tua mão
e ensina-me o caminho.

Entrego-te tudo que sou,
nada quero,
como Tu não querias,
ensina-me tão só a amar
Aquele que por nós se entregou.

Ensina-me ò Mãe
a viver,
as tristezas e alegrias,
encontrando em todas razão,
para prosseguir o caminho,
que me dita o coração.

Nada sou nem quero ser,
ensina-me a humildade,
o silêncio e a verdade,
a graça do sim,
da entrega da minha vida,
moldada à Sua vontade.

Mãe formosa,
Mãe tão Santa,
Mãe Imaculada,
e fonte de beleza tanta,
que não cesso de admirar,
a hora tão mais ditosa,
em que no mais puro amor,
nos deste do teu puro ventre,
a verdade mais preciosa,
o Filho de Deus vivo,
Jesus Cristo, o Salvador.


Marinha Grande, 8 de Dezembro de 2010
Festa da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria


Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/12/imaculada-conceicao.html

S. Josemaría Escrivá sobre a Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria



Festa da Imaculada Conceição. “Como gostam os homens de que lhes recordem o seu parentesco com personalidades da literatura, da política, do exército, da Igreja!... – Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-Lhe:
Ave, Maria, Filha de Deus Pai; Ave, Maria, Mãe de Deus Filho; Ave, Maria, esposa de Deus Espírito Santo… Mais do que tu, só Deus!”


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O olhar de Maria

O olhar de Maria é o olhar de Deus sobre cada um de nós. Ela olha-nos com o mesmo amor do Pai e abençoa-nos. Comporta - se como nosso advogado.

Mesmo se todos falassem mal de nós, ela, a Mãe diria bem, porque o seu coração imaculado está sintonizado com a misericórdia de Deus. É assim que ela vê a Cidade: não como um aglomerado anónimo, mas como uma constelação onde Deus conhece a todos pessoalmente por nome, um a um, e nos chama a resplandecer da sua luz.

(Bento XVI durante o acto de veneração à Imaculada Conceição na Praça de Espanha em Roma n a 8 de Dezembro de 2010)

Nossa Senhora, Nossa Mãe

«Toda a bondade, toda a formosura, toda a majestade, toda a beleza, toda a graça adornam a nossa Mãe. - Não te enamora ter uma Mãe assim?»

(S. Josemaría Escrivá - Forja, 491)

Maria Mãe de Jesus Cristo Nosso Senhor, Imaculada

Tertuliano diz com uma concisão pertinente, já no seu tempo, que é impossível que um ser humano tenha dois pais, por isso a mãe [de Jesus] tem que ser virgem. Esta virgindade cristologicamente motivada tem o seu sentido crucial não numa integridade exclusivamente física e hostil ao sexo, integridade que em si própria tivesse importância religiosa, mas sim a na maternidade de Maria; para poder ser mãe do Filho de Deus messiânico, que não pode ter outro pai senão Deus, ela tem que ser envolvida pelo Espírito Santo e dizer o já referido “sim” abrangendo toda a sua pessoa, corpo e alma»

(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria

O pecado original é uma realidade misteriosa e pouco evidente para nós enquanto comporta um prolongamento da culpa dos progenitores até todos nós. Neste dia, nós o consideramos na sua conspícua excepção ou melhor no singular privilégio concedido a Maria, que foi dele preservada desde o primeiro instante da sua concepção, da sua existência humana. O valor doutrinal desta festividade é manifesto na prece da celebração litúrgica, que sublinha o privilégio concedido à futura Mãe de Deus; "Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem preparaste ao teu Filho uma morada digna dele...", e a própria natureza deste privilégio, enquanto não subtrai Maria à Redenção universal efectuada por Cristo: "Tu que a preservaste de toda a mancha na previsão da morte do teu Filho..."


Antes que Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus em 1854, definisse solenemente o dogma da Imaculada Conceição, não obstante as hesitações de alguns teólogos, que podiam apelar para o próprio São Tomás de Aquino, tinha-se chegado a um desenvolvimento não só da devoção popular para com a Imaculada mas também nas intervenções dos papas a favor desta celebração. Antes que o calendário romano incluísse a festa em 1476, esta já havia aparecido no Oriente no século sétimo, e contemporaneamente na Itália meridional dominada pelos bizantinos.


Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e finalmente em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória, a toda a cristandade. Mas desde a origem do cristianismo Maria foi venerada pelos fiéis como a TODA SANTA. No primeiro esboço da festa litúrgica da Conceição, anterior ao século sétimo, nota-se, se não a profissão explícita da isenção da culpa original, pelo menos uma persuasão teologicamente equivalente. "Potuit, decuit, ergo fecit", havia argumentado um brilhante teólogo medieval: "Deus podia fazê-lo, convinha que o fizesse, portanto o fez." Do infinito amor de Cristo para com a Mãe, que a pré-redimiu e a cumulou do Espírito Santo desde o primeiro instante da sua existência, derivou este singular privilégio, que a Igreja hoje celebra para nos fazer meditar sobre a beleza de toda alma santificada pela graça redentora de Cristo.


Quatro anos após a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, a Virgem apareceu a Santa Bernadette Soubirous. Para a menina que, timidamente, perguntava: "Senhora, quer ter a bondade de me dizer o seu nome?", Maria respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição."


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Salve, ó cheia de graça»

Que dizer? Que elogio se há-de fazer à Virgem gloriosa e santa? Ela ultrapassa todos os seres, à excepção apenas de Deus; por natureza, é mais bela que os querubins, os serafins e todo o exército dos anjos. Nem as línguas do céu nem as da terra, nem as línguas dos anjos bastam para louvá-la. Virgem bendita, pomba pura, esposa celeste [...], templo e trono da divindade! Cristo, sol esplendoroso do céu e da terra, pertence-te. Tu és a nuvem luminosa que fez descer Cristo, Ele o brilho resplandecente que ilumina o mundo.

Rejubila, ó cheia de graça, porta do céu; é de ti que fala o autor do Cântico dos Cânticos [...] quando exclama: «És horto cerrado, minha irmã, minha esposa, horto cerrado, fonte selada» (4, 12). [...] Santa Mãe de Deus, ovelha imaculada, tu trouxeste ao mundo o Cordeiro, Cristo, o Verbo encarnado em ti. [...] Que maravilha espantosa nos céus: uma mulher vestida de sol (Ap 12, 1), trazendo nos braços a luz! [...] Que maravilha espantosa nos céus: o Senhor dos anjos que Se torna filho da Virgem. Os anjos acusavam Eva; agora, cumulam Maria de glória, porque Ela levantou Eva da queda e abriu as portas do céu a Adão, outrora expulso do Paraíso. [...]

Imensa é a graça concedida a esta Virgem santa. É por isso que Gabriel a cumprimenta dizendo-lhe: «Rejubila, cheia de graça», resplandecente como o céu. «Rejubila, cheia de graça», Virgem ornada de virtudes sem número. [...] «Rejubila, cheia de graça», tu que sacias os sedentos com as doçuras da fonte eterna. Rejubila, Santa Mãe Imaculada, tu que geraste Cristo, que te precede. Rejubila, púrpura real, tu que revestiste o Rei do céu e da terra. Rejubila, livro selado, tu que deste a ler ao mundo o Verbo, o Filho do Pai.


Santo Epifânio de Salamina (? - 403), bispo 
Homilia n°5; PG 43, 491.494.502

«Cheia de graça»

Ó Maria, Senhora Nossa, o Senhor fez de ti Sua mãe singular, constituindo-te assim mestra e soberana do universo. Foi para isso que Ele te formou, pelo Seu Espírito operante, desde o primeiro instante da tua concepção no seio de tua mãe. Nossa Senhora, é essa a nossa alegria hoje. E perguntamos-te, mui doce Maria, rainha prudente e nobre: é possível colocar-te ao mesmo nível ou até a um nível inferior ao das outras criaturas?


O apóstolo da verdade pura afirma com certeza que todos os homens pecaram em Adão (Rm 5,12). [...] Mas, tomando em consideração a qualidade eminente da graça divina em ti, observo que tens uma posição inestimável; à excepção de teu Filho, estás acima de tudo o que foi criado. E concluo que, na tua concepção, não podes ter ficado ligada à mesma lei da natureza a que estão ligados os outros seres humanos. Pela graça eminente que te foi concedida, tu ficaste completamente fora do alcance de todo o pecado. Graça singular e acção divina impenetrável à inteligência humana!


Só o pecado poderia afastar os homens da paz de Deus. Para eliminar esse pecado, para trazer o ser humano de novo à paz de Deus, o Filho de Deus quis fazer-Se homem, mas de um modo tal que nada n'Ele existisse nem participasse daquilo que separa o homem de Deus. Para tal, convinha que Sua mãe fosse pura de todo o pecado. Se não, como poderia a nossa carne unir-se tão intimamente à pureza suprema e como poderia o homem assumir uma tão grande união com Deus, que tudo o que é de Deus pertencesse ao homem e tudo o que é do homem pertencesse a Deus?


Eadmero (c. 1060–c. 1128), monge inglês
A concepção de Santa Maria


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 8 de Dezembro de 2011

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível». Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.


Lc 1, 26-38