Ele alimenta e passa fome por ti; dá e está necessitado. Quando dá, queres receber; quando está necessitado, não queres dar. Cristo está necessitado quando o está um pobre. Quem está disposto dar a todos os Seus a vida eterna, dignou-Se receber de maneira temporal em qualquer pobre.
(Sermo 38,8 – Santo Agostinho)
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
“Só uma sociedade que respeite e defenda incondicionalmente a dignidade de cada pessoa, se pode considerar uma sociedade humana” - Bento XVI ao novo Embaixador da Alemanha
Só uma sociedade que respeite e defenda incondicionalmente a dignidade de cada pessoa se pode considerar uma sociedade humana: recordou Bento XVI, ao receber, nesta segunda-feira, as Cartas Credenciais do novo Embaixador da República Federal da Alemanha junto da Santa Sé.
Evocando a recente visita à sua pátria, o Santo Padre pôs em destaque “as relações de bom entendimento desde há muito existentes” entre a República Federal alemã e a Santa Sé. De entre os “muitos bons resultados” daí provenientes, o Papa reconheceu as “ótimas possibilidades de ação” de que dispõe a Igreja no país, para “anunciar livremente o Evangelho” e “ajudar pessoas em dificuldade, através de numerosas instituições sociais e caritativas”. Exprimindo o seu “reconhecimento”, ao governo federal e às autarquias locais, pelo apoio fornecido, Bento XVI mencionou expressamente “o apoio à escola católica e às instituições no campo caritativo, cuja atividade, em última análise, beneficia todos os cidadãos”.
Observando certa tendência a encarar a vida e influência do cristianismo como um elemento cultural da sociedade, Bento XVI fez notar que a Igreja não se reconhece como uma mera “comunidade cultural”. Tendo “a consciência de conhecer – através da fé – a verdade sobre o homem e de ser, portanto, obrigada a empenhar-se a favor daqueles valores que são válidos para o homem como tal, independentemente das diversas culturas”, o Papa fez questão de distinguir “a especificidade da fé” em relação às “verdades da razão”, às quais a fé dirige o olhar e que “são acessíveis ao homem enquanto homem, independentemente da própria fé”.
O Santo Padre congratulou-se com o facto de “uma parte fundamental dos valores humanos gerais” se terem tornado, no após guerra, “direito positivo” , tanto na Constituição alemã de 1949, como na Declaração dos Direitos do Homem”. De facto, “após os horrores da ditadura, os homens reconheceram a validade geral daqueles valores que se fundam na verdade antropológica e fizeram deles um valor adquirido”.
Contudo – advertiu o Papa – hoje em dia “são novamente postos em discussão alguns valores fundamentais da existência humana, valores que defendem a dignidade do homem como tal”. Aqui, a Igreja reconhece “o dever de, para além do âmbito da fé, defender… aquela verdade e aqueles valores nos quais está em risco a dignidade do homem”.
“Só uma sociedade que respeite e defenda incondicionalmente a dignidade de cada pessoa, desde a concepção até à morte natural, se pode considerar uma sociedade humana”.
Se decidisse selecionar os membros mais carecidos de tutela, excluindo (certas) pessoas do ser – pessoa, a sociedade comportar-se-ia de modo profundamente inumano, não credível perante aquela igualdade da dignidade de todas as pessoas em cada fase da vida que é evidente para qualquer pessoa de boa vontade.
Finalmente, Bento XVI chamou a atenção para o risco de discriminação das mulheres. “Uma relação que não tenha em conta o facto de que cada homem e cada mulher têm a mesma dignidade constitui uma grave falta em relação à humanidade”. Há pois que pôr energicamente cobro à prostituição, assim como à difusão de material de conteúdo erótico e pornográfico, mesmo através de internet.
Rádio Vaticano
Evocando a recente visita à sua pátria, o Santo Padre pôs em destaque “as relações de bom entendimento desde há muito existentes” entre a República Federal alemã e a Santa Sé. De entre os “muitos bons resultados” daí provenientes, o Papa reconheceu as “ótimas possibilidades de ação” de que dispõe a Igreja no país, para “anunciar livremente o Evangelho” e “ajudar pessoas em dificuldade, através de numerosas instituições sociais e caritativas”. Exprimindo o seu “reconhecimento”, ao governo federal e às autarquias locais, pelo apoio fornecido, Bento XVI mencionou expressamente “o apoio à escola católica e às instituições no campo caritativo, cuja atividade, em última análise, beneficia todos os cidadãos”.
Observando certa tendência a encarar a vida e influência do cristianismo como um elemento cultural da sociedade, Bento XVI fez notar que a Igreja não se reconhece como uma mera “comunidade cultural”. Tendo “a consciência de conhecer – através da fé – a verdade sobre o homem e de ser, portanto, obrigada a empenhar-se a favor daqueles valores que são válidos para o homem como tal, independentemente das diversas culturas”, o Papa fez questão de distinguir “a especificidade da fé” em relação às “verdades da razão”, às quais a fé dirige o olhar e que “são acessíveis ao homem enquanto homem, independentemente da própria fé”.
O Santo Padre congratulou-se com o facto de “uma parte fundamental dos valores humanos gerais” se terem tornado, no após guerra, “direito positivo” , tanto na Constituição alemã de 1949, como na Declaração dos Direitos do Homem”. De facto, “após os horrores da ditadura, os homens reconheceram a validade geral daqueles valores que se fundam na verdade antropológica e fizeram deles um valor adquirido”.
Contudo – advertiu o Papa – hoje em dia “são novamente postos em discussão alguns valores fundamentais da existência humana, valores que defendem a dignidade do homem como tal”. Aqui, a Igreja reconhece “o dever de, para além do âmbito da fé, defender… aquela verdade e aqueles valores nos quais está em risco a dignidade do homem”.
“Só uma sociedade que respeite e defenda incondicionalmente a dignidade de cada pessoa, desde a concepção até à morte natural, se pode considerar uma sociedade humana”.
Se decidisse selecionar os membros mais carecidos de tutela, excluindo (certas) pessoas do ser – pessoa, a sociedade comportar-se-ia de modo profundamente inumano, não credível perante aquela igualdade da dignidade de todas as pessoas em cada fase da vida que é evidente para qualquer pessoa de boa vontade.
Finalmente, Bento XVI chamou a atenção para o risco de discriminação das mulheres. “Uma relação que não tenha em conta o facto de que cada homem e cada mulher têm a mesma dignidade constitui uma grave falta em relação à humanidade”. Há pois que pôr energicamente cobro à prostituição, assim como à difusão de material de conteúdo erótico e pornográfico, mesmo através de internet.
Rádio Vaticano
O sacerdócio...
«Cristo é a fonte de todo o sacerdócio: pois o sacerdócio da [antiga] lei era figura d’Ele, ao passo que sacerdote da nova lei age na pessoa d’Ele».
«… e por isso Cristo é verdadeiro sacerdote, sendo os outros seus ministros».
(S. Tomás de Aquino)
«… e por isso Cristo é verdadeiro sacerdote, sendo os outros seus ministros».
(S. Tomás de Aquino)
"Portadores de Deus em todos os ambientes"
Quando tiveres o Senhor no teu peito e saboreares os delírios do seu Amor, promete-lhe que te esforçarás por mudar o rumo da tua vida em tudo o que for necessário, para o levar à multidão que o não conhece, que anda vazia de ideias; que, infelizmente, caminha animalizada. (Forja, 939)
Para que este nosso mundo vá por um caminho cristão – o único que vale a pena –, temos de viver uma amizade leal com os homens, baseada numa prévia amizade leal com Deus. (Forja, 943)
Com frequência, sinto vontade de gritar ao ouvido de tantas e de tantos que, no escritório e no comércio, no jornal e na tribuna, na escola, na oficina e nas minas e no campo, amparados pela vida interior e pela Comunhão dos Santos, têm de ser portadores de Deus em todos os ambientes, segundo o ensinamento do Apóstolo: "glorificai a Deus com a vossa vida e levai-o sempre convosco". (Forja, 945)
Os que temos a verdade de Cristo no coração, temos de meter esta verdade no coração, na cabeça e na vida dos outros. O contrário seria comodismo, táctica falsa.
Pensa de novo: Cristo pediu-te licença, a ti, para se meter na tua alma? Deixou-te a liberdade de o seguir, mas procurou-te Ele, porque quis. (Forja, 946)
Com obras de serviço, podemos preparar a Nosso Senhor um triunfo maior que o da sua entrada em Jerusalém... Porque não se repetirão as cenas de Judas, nem a do Jardim das Oliveiras, nem aquela noite cerrada... Conseguiremos que o mundo arda nas chamas do fogo que veio trazer à terra!... E a luz da verdade – o nosso Jesus – iluminará as inteligências num dia sem fim. (Forja, 947)
São Josemaría Escrivá
Os limites da política
O Governo não é dono disto. Apenas administra temporariamente a coisa pública em prol do bem comum. Em tempos de aperto toma naturalmente poderes de excepção. Mas mesmo na emergência deve ter consciência daquilo que não lhe compete. Não basta ter permissão e vantagem. É preciso bom senso para saber que há coisas que ultrapassam a conjuntura. Como os feriados.
O anterior Governo, aquele que levou o País à beira da ruína, achou-se com direito a mudar coisas básicas da sociedade, simplesmente por ter maioria ocasional. Enquanto tratava mal daquilo que lhe competia, atrevia-se a mexer no que tinha o dever de respeitar. Porque a definição de casamento e os limites da vida não podem estar ao sabor de coligações de momento.
O modelo original de núpcias da Lei n.º 9/2010 de 31 de Maio deve-se a um conjunto de deputados que achou que uma simples votação, sem referendo, quase sem consulta e discussão, pode alterar um dado básico da civilização. No caso do aborto (Lei 16/ /2007 de 17 de Abril) ao menos houve referendo, mas seguido de fraude. Porque a pergunta a sufrágio era sobre a despenalização, mas o Governo sentiu-se com poder para estabelecer a liberalização e subsidiação do aborto. Para perceber a diferença, era como se a descriminalização do consumo de drogas aprovada há 11 anos (Lei n.º 30/2000 de 29 Novembro) implicasse a distribuição de heroína barata pelo Estado. Espantoso que esta supina desonestidade política não só tenha vingado, mas seja a única coisa intocável pelos cortes na Saúde do actual Governo.
Os extremos a que chegou o Executivo Sócrates são difíceis de igualar, porque ainda seria preciso referir a promoção do divórcio (Lei n.º 61/2008 de 31 de Outubro), manipulação de embriões (Lei 32/06, de 26 de Julho), etc. Mas o actual Governo, no meio das medidas duras da troika, já exorbita das suas funções quando se pensa com direito a mexer nos feriados.
As celebrações comunitárias que temos, com raízes culturais profundas, não são exageradas nem exigem reforma. Aliás o Governo não apresenta nenhuma razão específica para as alterações que pretende. Vai mudar os feriados, não por causa de problemas dos feriados, mas simplesmente para as pessoas trabalharem mais. Ora se a questão é laboral, lide-se com ela em termos laborais. Mexa-se no horário de trabalho ou cortem-se dias de férias, mas não se toque naquilo que recebemos em herança e que temos de deixar aos que nos sucederem. Será que também vamos cortar o hino para acelerar as cerimónias ou vender o Algarve para pagar dívida?
A culpa do exagero é nossa. Este tempo, que perdeu o sentido da ética, tradição e dignidade, atribui à lei e política responsabilidades que não lhes cabem, em substituição da honra e moral em que deixou de acreditar. Quando pedimos ao Estado que nos resolva todos os problemas ou, pior, se acusamos os políticos de tudo o que corre mal, não nos podemos admirar que eles tomem liberdades com coisas que não lhes competem.
As gerações futuras vão rir desta triste época em que as leis se medem em dúzias por semana e julgam regular tudo, da violência familiar às brincadeiras de crianças e qualidade do ar. A atitude de ingenuidade e arrogância que subjaz a esta inflação legislativa e paternalismo regulatório fará as delícias dos nossos sucessores, que entretanto terão aprendido as terríveis consequências deste dirigismo desabrido. Que, aliás, mostra evidentemente a sua ineficácia, porque apesar de todos os programas, estratégias e aparato político, continua a haver fogos florestais, acidentes rodoviários, crises económicas.
No meio da confusão é difícil aos ministros conhecer os seus limites. Não interessa se têm poder para o fazer. Evidentemente que no Governo há legitimidade legal e constitucional para alterar o que pretende. O que lhe falta é outra legitimidade mais profunda. Trata-se simplesmente de uma coisa que não lhe compete, porque aí falamos, não de legislatura, mas de séculos. Como no caso do casamento e da vida, a lei só vale no respeito da civilização.
João César das Neves in DN online
Estarmos permanentemente disponíveis para o apostolado
Tu e eu, cada cristão consciente da grandeza da sua vocação, não pode ficar indiferente perante a sorte dessas multidões que não conhecem Deus ou O põem entre parêntesis. Diante desta realidade, não cabem pessimismos. Havemos de suplicar ao Senhor que nos encha da Sua solicitude e que sejamos conscientes de que, com a oração e a mortificação, chegamos ao último recanto do planeta. Será que amamos toda a humanidade? Como reagimos às notícias de países mais distantes?
(…)
O pensamento da Comunhão dos santos, tão vivo nas próximas semanas, levar-nos-á a pedir à terceira Pessoa da Santíssima Trindade que aumente em cada um o desejo de aproximar d’Ele muitas almas.
(…)
«Eu vim trazer o fogo à Terra e que quero senão que arda?... Aqui estou, Senhor, porque me chamaste» (S. Josemaría Escrivá – Carta 9-I-1959 n. 9)
(…)
Pode haver pessoas afastadas de Deus ou da prática religiosa, que não admitam uma conversa de conteúdo sobrenatural ou simplesmente espiritual. Mas o testemunho de uma recta actuação – na vida pessoal, familiar, profissional, social – não passa nunca despercebido.
(…)
E a caridade mostra-se em actos concretos de serviço aos outros, de atenção, de interesse pelas suas coisas, a começar pelos mais próximos.
(…)
«E tu e eu, filhos de Deus, dedicados a servir os outros no mundo, por amor do Senhor, quando olhamos para as pessoas, temos de pensar nas suas almas, temos de nos dizer: aqui está uma alma que é preciso ajudar, uma alma a compreender, uma alma com quem havemos de conviver, uma alma a salvar» (S. Josemaría Escrivá – Notas de uma meditação 25-II-1963)
(…)
Pensemos que, apesar do clima de desleixo e de relativismo, há no coração de todos uma fome de eternidade que só Deus pode satisfazer. Este facto pode constituir um firme ponto de apoio para renovar diariamente a vibração apostólica, sabendo que o Senhor se quer servir dos cristãos, de ti e de mim, como instrumentos para levar aos outros o Céu.
Excertos da Carta Apostólica de D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Deis, do mês de Novembro de 2011
Sacerdote, jornalista e doutor em Teologia pela Universidade de Navarra denuncia o perigos da religião universal proposta pela ONU
Monsenhor Juan Claudio Sanahuja, denunciou como a ONU e outras entidades buscam estrategicamente influenciar os países com políticas anti-vida e a proposta de uma religião universal no congresso pro-vida da Human Life International em São Paulo.
Segundo o sacerdote que também é membro da Pontifícia Academia para a Vida, existe uma nova guerra fria – existe um projeto de poder global - evidente em documentos da Organização das Nações Unidas (ONU) e em declarações e ações de chefes de Estado em todo o mundo.
“Hoje, fala-se do politicamente correto, um pensamento único comum às pessoas de muitas nações. Esse projeto é um conjunto de medidas para implementar um conjunto de regras de como pensar, do que falar e fazer”, advertiu o sacerdote.
Falando concretamente sobre o papel da ONU para influenciar com políticas anti-vida as constituições das nações no mundo inteiro, Mons. Sanahuja explicou em diálogo com a ACI Digital, que “a ONU tem há muito tempo um projeto de poder global”.
“Em grande parte esta onda da cultura da morte vem motorizada pelos desejos dos países do norte de ter grandes reservas de matérias primas e minerais nos territórios países do sul que alimente os opulentos padrões de consumo dos países do norte. (...) Na raiz está isto: o desejo egoísta de domínio , simplesmente, para ter nos países do sul um enorme armazém... que cubra os padrões de consumo dos países do norte.
“Por isso o interesse da ONU de controlar a população mundial, impor a anti-concepção, impor o aborto, impor reformas até mesmo nos códigos éticos das religiões”, afirmou.
Seguindo o diálogo com a nossa agência, Mons. Sanahuja falou que a religião universal, “também pode ser conhecida como novo código ético universal” e que esta vem infiltrando-se nas demais religiões.
“Este código vem marcado pelo desejo dos organismos internacionais da ONU, por exemplo, também de alguns países centrais de mudar as convicções religiosas dos povos, para que seu plano de anti-concepção, de aborto, que eles mesmos chamam de reengenharia social, seja aceito pelos países menos desenvolvidos”, sublinhou.
Este código ético segundo o Monsenhor “impõe valores relativos”. “Como dizia João Paulo II: o relativismo converte-se em um totalitarismo, o relativismo unido à democracia se converte em um totalitarismo visível ou encoberto”.
“Pretende-se substituir as verdades imutáveis da lei natural, da religião cristã, ou das que eles chamam de religiões “abraâmicas”, por valores relativos de modo que tudo o que for afirmado como um valor imutável, como por exemplo o valor de toda vida humana, na condição que for, ou que o matrimónio só ocorre na união entre homem e mulher, tudo o que for afirmado assim, para eles é totalitarismo e altera a paz social”.
“Portanto isso dá pé a esta nova ordem mundial, para perseguir (se considera necessário) a Igreja e a todos os que tenham convicções imutáveis”, acrescentou.
Em seguida, o sacerdote explicou que a nova religião universal é “este novo código ético que querem impor-nos através da reinterpretação dos direitos humanos” e citou, por exemplo, a ideologia de género, como uma das novas manifestações deste código que organismos internacionais querem impor.
Como ícone desta religião universal o sacerdote citou a carta da terra, um documento “nasceu da sociedade civil mundial, envolveu em sua elaboração a mais de cem mil pessoas de 46 países, e já foi assumida em 2003 pela UNESCO ‘como instrumento educativo e uma referência ética para o desenvolvimento sustentável’. Participaram ativamente em sua concepção Mikhail Gorbachev, Maurice Strong e Steven Rockfeller, entre outros.
O autor brasileiro e um dos maiores impulsores da teologia marxista da libertação, Leonardo Boff, defendeu a carta da terra em certa ocasião na Assembleia das Nações Unidas afirmando que “a Terra é a Mãe Universal; a Terra mesma está viva (...). Antigamente era a Mãe Fecunda, para isso surgiu a Carta da Terra, que já foi reconhecida pela UNESCO como instrumento educativo. A Carta da Terra apresenta pautas para salvá-la, olhando para com ela com compreensão, e amor".
"O necessário é a espiritualidade, e não os credos e as doutrinas", afirmou também Boff.
Diante disto o sacerdote denunciou que a estratégia da ONU e dos organismos que a promovem é que esta “nova religião universal, sem dogmas”; se infiltre nas demais religiões.
Diante deste amplo panorama, Mons. Juan Claudio Sanahuja destacou que é preciso resgatar “a família humana fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, a defesa da vida humana desde sua concepção até o seu fim natural e os direitos dos pais à educação dos filhos”.
Segundo o sacerdote que também é membro da Pontifícia Academia para a Vida, existe uma nova guerra fria – existe um projeto de poder global - evidente em documentos da Organização das Nações Unidas (ONU) e em declarações e ações de chefes de Estado em todo o mundo.
“Hoje, fala-se do politicamente correto, um pensamento único comum às pessoas de muitas nações. Esse projeto é um conjunto de medidas para implementar um conjunto de regras de como pensar, do que falar e fazer”, advertiu o sacerdote.
Falando concretamente sobre o papel da ONU para influenciar com políticas anti-vida as constituições das nações no mundo inteiro, Mons. Sanahuja explicou em diálogo com a ACI Digital, que “a ONU tem há muito tempo um projeto de poder global”.
“Em grande parte esta onda da cultura da morte vem motorizada pelos desejos dos países do norte de ter grandes reservas de matérias primas e minerais nos territórios países do sul que alimente os opulentos padrões de consumo dos países do norte. (...) Na raiz está isto: o desejo egoísta de domínio , simplesmente, para ter nos países do sul um enorme armazém... que cubra os padrões de consumo dos países do norte.
“Por isso o interesse da ONU de controlar a população mundial, impor a anti-concepção, impor o aborto, impor reformas até mesmo nos códigos éticos das religiões”, afirmou.
Seguindo o diálogo com a nossa agência, Mons. Sanahuja falou que a religião universal, “também pode ser conhecida como novo código ético universal” e que esta vem infiltrando-se nas demais religiões.
“Este código vem marcado pelo desejo dos organismos internacionais da ONU, por exemplo, também de alguns países centrais de mudar as convicções religiosas dos povos, para que seu plano de anti-concepção, de aborto, que eles mesmos chamam de reengenharia social, seja aceito pelos países menos desenvolvidos”, sublinhou.
Este código ético segundo o Monsenhor “impõe valores relativos”. “Como dizia João Paulo II: o relativismo converte-se em um totalitarismo, o relativismo unido à democracia se converte em um totalitarismo visível ou encoberto”.
“Pretende-se substituir as verdades imutáveis da lei natural, da religião cristã, ou das que eles chamam de religiões “abraâmicas”, por valores relativos de modo que tudo o que for afirmado como um valor imutável, como por exemplo o valor de toda vida humana, na condição que for, ou que o matrimónio só ocorre na união entre homem e mulher, tudo o que for afirmado assim, para eles é totalitarismo e altera a paz social”.
“Portanto isso dá pé a esta nova ordem mundial, para perseguir (se considera necessário) a Igreja e a todos os que tenham convicções imutáveis”, acrescentou.
Em seguida, o sacerdote explicou que a nova religião universal é “este novo código ético que querem impor-nos através da reinterpretação dos direitos humanos” e citou, por exemplo, a ideologia de género, como uma das novas manifestações deste código que organismos internacionais querem impor.
Como ícone desta religião universal o sacerdote citou a carta da terra, um documento “nasceu da sociedade civil mundial, envolveu em sua elaboração a mais de cem mil pessoas de 46 países, e já foi assumida em 2003 pela UNESCO ‘como instrumento educativo e uma referência ética para o desenvolvimento sustentável’. Participaram ativamente em sua concepção Mikhail Gorbachev, Maurice Strong e Steven Rockfeller, entre outros.
O autor brasileiro e um dos maiores impulsores da teologia marxista da libertação, Leonardo Boff, defendeu a carta da terra em certa ocasião na Assembleia das Nações Unidas afirmando que “a Terra é a Mãe Universal; a Terra mesma está viva (...). Antigamente era a Mãe Fecunda, para isso surgiu a Carta da Terra, que já foi reconhecida pela UNESCO como instrumento educativo. A Carta da Terra apresenta pautas para salvá-la, olhando para com ela com compreensão, e amor".
"O necessário é a espiritualidade, e não os credos e as doutrinas", afirmou também Boff.
Diante disto o sacerdote denunciou que a estratégia da ONU e dos organismos que a promovem é que esta “nova religião universal, sem dogmas”; se infiltre nas demais religiões.
Diante deste amplo panorama, Mons. Juan Claudio Sanahuja destacou que é preciso resgatar “a família humana fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, a defesa da vida humana desde sua concepção até o seu fim natural e os direitos dos pais à educação dos filhos”.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição de JPR)
A Fé
«(…) a fé não é, em primeiro lugar, matéria de experimentação intelectual, mas o fundamento sólido – ‘hypostasis, a garantia’, afirma a carta aos Hebreus (11,1) – sobre o qual podemos viver e morrer. Ora, do mesmo modo que a ciência não é prejudicada pelas certezas adquiridas – bem pelo contrário, as certezas adquiridas é que constituem a condição do seu progresso -, assim também as certezas dadas pela fé nos abrem horizontes sempre novos, ao passo que a reflexão experimental em contínuo torvelinho sobre ela mesma acaba por ser fastidiosa».
(“A Caminho de Jesus Cristo” – Joseph Ratzinger)
(“A Caminho de Jesus Cristo” – Joseph Ratzinger)
Crise da modernidade
(…) quando Deus desaparece, o Homem não ganha grandeza; antes perde a dignidade divina, perde o esplendor de Deus no seu rosto. No final, torna-se apenas o produto de uma evolução cega e, com tal, pode ser usado e abusado. É precisamente isto que a experiência javascript:void(0)desta nossa época confirma. Só quando Deus é grande o Homem pode ser também grande.
(Homília Missa por ocasião da solenidade da Assunção de Nossa Senhora – 15/VIII/2005 – Bento XVI)
(Homília Missa por ocasião da solenidade da Assunção de Nossa Senhora – 15/VIII/2005 – Bento XVI)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1972
Em Pozoalbero (Espanha), com um grupo de sacerdotes. Numa ocasião tinha escrito: “Mentem – ou estão enganados – os que afirmam que nós, os sacerdotes, estamos sozinhos: estamos mais acompanhados que ninguém, porque contamos com a contínua companhia de Nosso Senhor, com quem temos de conviver ininterruptamente”.
Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)
§1840. As virtudes teologais dispõem os cristãos para viverem em relação com a Santíssima Trindade. Têm, Deus por origem, motivo e objecto – Deus conhecido pela fé, esperado e amado por Si mesmo.
«Perdoa-lhe»
«Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7). Diz-se que a misericórdia de Deus ultrapassa todas as Suas obras; e é por isso que um homem misericordioso é um homem verdadeiramente divino, porque a misericórdia nasce da caridade e da bondade. Por esta razão é que os verdadeiros amigos de Deus são muito misericordiosos e acolhem os pecadores e os que sofrem, contrariamente aos que não têm esta caridade. E, como a misericórdia nasce da caridade, devemos tê-la uns para com os outros [...]; se não a exercemos, no dia do juízo, Nosso Senhor pedir-nos-á uma justificação especial [...]
Esta misericórdia não consiste somente em dar, mas exerce-se também em relação a todos os sofrimentos que podem abater-se sobre o próximo. Aquele que vê isso sem testemunhar aos seus irmãos uma verdadeira caridade e uma autêntica compaixão por todos os seus sofrimentos, e não fecha os olhos às suas faltas, com um sentimento de misericórdia, esse homem tem razão para temer que Deus lhe recuse a Sua misericórdia, porque «conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados» (Mt 7,2).
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 71, para o dia de Todos os Santos
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Esta misericórdia não consiste somente em dar, mas exerce-se também em relação a todos os sofrimentos que podem abater-se sobre o próximo. Aquele que vê isso sem testemunhar aos seus irmãos uma verdadeira caridade e uma autêntica compaixão por todos os seus sofrimentos, e não fecha os olhos às suas faltas, com um sentimento de misericórdia, esse homem tem razão para temer que Deus lhe recuse a Sua misericórdia, porque «conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados» (Mt 7,2).
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 71, para o dia de Todos os Santos
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 7 de Novembro de 2011
Assim falou Jesus; depois, levantando os olhos ao céu, disse: «Pai, chegou a hora: Glorifica o Teu Filho, para que Teu Filho Te glorifique a Ti e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, dê a vida eterna a todos os que lhe deste. Ora a vida eterna é esta: Que Te conheçam a Ti como o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a Quem enviaste. Glorifiquei-Te sobre a terra; acabei a obra que Me deste a fazer. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha em Ti antes que houvesse mundo. «Manifestei o Teu nome aos homens que Me deste do meio do mundo. Eram Teus e Tu Mos deste; e guardaram a Tua palavra.
Lc 17, 1-6
Lc 17, 1-6