Que mais queres oh alma! , e que mais buscas fora de ti, pois dentro de ti tens as tuas riquezas, os teus deleites, a tua satisfação, a tua fartura e o teu reino, que é o teu Amado, a quem deseja e busca a tua alma? Regozija-te e alegra-te no teu interior recolhimento com ele, pois o tens tão próximo. Aí o deseja, aí o adora, e não o vás buscar fora de ti, porque te distrairás e cansarás, e não o encontrarás e gozarás mais certo nem mais depressa, nem mais próximo que dentro de ti.
(Cântico espiritual, canção 1 – São João da Cruz)
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Adoração...
O pão é importante, a liberdade é mais importante, mas o mais importante é a adoração não-extraviada.
(Alfred Delp – Jesuíta)
“Depois da morte vos receberá o Amor”
Agora compreendes quanto fizeste sofrer Jesus, e enches-te de dor: como lhe pedes perdão, deveras e choras pelas tuas traições passadas! Não te cabem no peito as ânsias de reparar! Bem. Mas não esqueças que o espírito de penitência está principalmente em cumprir, custe o que custar, o dever de cada instante. (Via Sacra, 9ª Estação, n. 5)
Como será maravilhoso quando o nosso Pai nos disser: servo bom e fiel, porque foste fiel nas coisas pequenas, eu te confiarei as grandes: entra no gozo do teu Senhor!. Esperançados! Esse é o prodígio da alma contemplativa. Vivemos de Fé, de Esperança e de Amor; e a Esperança torna-nos poderosos. Recordais-vos de S. João? Eu vos escrevo, jovens, porque sois valentes e a palavra de Deus permanece em vós e vencestes o maligno. Deus urge-nos, para a juventude eterna da Igreja e de toda a humanidade. Podeis transformar em divino todo o humano, como o rei Midas convertia em ouro tudo o que tocava!
Nunca esqueçais que depois da morte vos receberá o Amor. E no amor de Deus encontrareis, além do mais, todos os amores limpos que tenhais tido na terra. O Senhor dispôs que passemos esta breve jornada da nossa existência, trabalhando e, como o seu Unigénito, fazendo o bem. Entretanto, temos de estar alerta, à escuta daquelas chamadas que Santo Inácio de Antioquia notava na sua alma, ao aproximar-se a hora do martírio: vem para junto do Pai, vem para o teu Pai que te espera ansioso (Amigos de Deus, 221)
São Josemaría Escrivá
‘Uma geração traída’ por Pedro Lomba
O meu pai nasceu no dia 18 de Outubro de 1941. Acaba de fazer 70 anos, mais dez do que Cícero tinha quando escreveu De Senectute. Quando penso na geração dele e na idade dele, ocorre-me que não houve nada no século XX português que eles não tivessem visto. A geração do meu pai passou por tudo na rotina frenética destes 70 anos. Foi uma geração imensamente disponível, batalhadora, dividida, na ditadura e na democracia, na guerra e na paz, e hoje talvez continue a ser isso tudo, só que com mais amargura e desencanto.
Quando o meu pai nasceu em 1941, a Europa tinha mergulhado numa guerra planetária a que um Salazar de manhosa filigrana nos poupou. Por isso, e pela idade, talvez não se tenha dado conta lá na província minhota que, quatro anos depois, a contenda diabólica tinha acabado. Mas lembra-se certamente que na mesma província as famílias aprendiam cedo o racionamento. A Europa estava em guerra, o Minho também estava em guerra. Famílias grandes, gigantescas em comparação com um país onde em cada ano já são mais os mortos do que os nascidos, não tinham como educar os filhos senão à custa de sorte e improvisação.
O meu pai, na medida do possível, teve sorte. No Portugal dos anos 40 e 50 era preciso ter padrinhos mais abonados para estudar. Inteligente, bom aluno, foi o primeiro da sua família a pôr os pés na faculdade, porque o Estado Novo, embora expusesse a maioria ao analfabetismo, nunca fechou as portas do ensino aos mais capazes. Mas esse não era ainda o tempo das licenciaturas ao domingo, do fim do serviço militar e dos direitos humanos. Quando em 1961 Salazar exclamou Para Angola rapidamente e em força, o meu pai tinha 20 anos e foi.
A geração do meu pai foi a geração da guerra de África. Pessoas como o meu pai, provincianos, rurais, nada sabiam da política, não pensavam no Portugal multicontinental do regime. Mas estiveram disponíveis quando foram chamados para as comissões africanas, porque acreditavam em velharias como o dever e a sobrevivência. Fiéis ao passado, podem ter aprovado a Europa por estarem convencidos de que viveríamos melhor, mas nunca se tornaram europeístas parolos e deslumbrados.
Como quase toda a gente, a geração do meu pai fez a transição do campo para a cidade, a primeira geração a ocupar os subúrbios das cidades onde as casas eram comportáveis para quem ganhava a vida no Estado e que, entretanto, se encheram de comboios populosos e de adolescentes cuja única cultura é a que aprendem na televisão do big brother. A geração do meu pai resiste aos telemóveis e olha para a Internet com desconfiança. A geração do meu pai nunca comprou casa porque nunca teve dinheiro para isso, mas pode gabar-se de não ter contraído dívidas mastodônticas para os seus filhos e netos.
A geração do meu pai foi a geração que conheceu a fundo o provérbio chinês: não serás homem enquanto não conheceres a pobreza, o amor e a guerra. Uma geração que ainda encarou os filhos como filhos, não como "amigos", mantendo uma distância emocional que não conseguiu vencer. Uma geração que nunca foi a mais qualificada de sempre, que não fez carreiras em partidos políticos, que não teve "mundo", mas nunca perdeu o sentido das proporções. Uma geração sequestrada pelos grandes debates ideológicos do século. Esta foi a geração sem a qual não teria existido a democracia, uns porque lutaram por ela, outros porque foram a bússola de ordem e conservadorismo sem os quais nenhuma democracia prospera.
Pessoas como o meu pai tiveram "convicções". Tiveram acima de tudo bom senso. Tiveram acima de tudo vergonha. Conservadores nos costumes e crentes de que o Estado deve ajudar os mais desfavorecidos, foram eles os "pais" do serviço nacional de saúde. Hoje, contemplam com estranheza um mundo de patos-bravos e oportunistas sanguessugas. Mereciam mais das instituições que serviram. Mereciam melhor que um país de Armandos Varas e Dias Loureiros. Mereciam melhor do que um país falido.
Quando o meu pai nasceu em 1941, a Europa tinha mergulhado numa guerra planetária a que um Salazar de manhosa filigrana nos poupou. Por isso, e pela idade, talvez não se tenha dado conta lá na província minhota que, quatro anos depois, a contenda diabólica tinha acabado. Mas lembra-se certamente que na mesma província as famílias aprendiam cedo o racionamento. A Europa estava em guerra, o Minho também estava em guerra. Famílias grandes, gigantescas em comparação com um país onde em cada ano já são mais os mortos do que os nascidos, não tinham como educar os filhos senão à custa de sorte e improvisação.
O meu pai, na medida do possível, teve sorte. No Portugal dos anos 40 e 50 era preciso ter padrinhos mais abonados para estudar. Inteligente, bom aluno, foi o primeiro da sua família a pôr os pés na faculdade, porque o Estado Novo, embora expusesse a maioria ao analfabetismo, nunca fechou as portas do ensino aos mais capazes. Mas esse não era ainda o tempo das licenciaturas ao domingo, do fim do serviço militar e dos direitos humanos. Quando em 1961 Salazar exclamou Para Angola rapidamente e em força, o meu pai tinha 20 anos e foi.
A geração do meu pai foi a geração da guerra de África. Pessoas como o meu pai, provincianos, rurais, nada sabiam da política, não pensavam no Portugal multicontinental do regime. Mas estiveram disponíveis quando foram chamados para as comissões africanas, porque acreditavam em velharias como o dever e a sobrevivência. Fiéis ao passado, podem ter aprovado a Europa por estarem convencidos de que viveríamos melhor, mas nunca se tornaram europeístas parolos e deslumbrados.
Como quase toda a gente, a geração do meu pai fez a transição do campo para a cidade, a primeira geração a ocupar os subúrbios das cidades onde as casas eram comportáveis para quem ganhava a vida no Estado e que, entretanto, se encheram de comboios populosos e de adolescentes cuja única cultura é a que aprendem na televisão do big brother. A geração do meu pai resiste aos telemóveis e olha para a Internet com desconfiança. A geração do meu pai nunca comprou casa porque nunca teve dinheiro para isso, mas pode gabar-se de não ter contraído dívidas mastodônticas para os seus filhos e netos.
A geração do meu pai foi a geração que conheceu a fundo o provérbio chinês: não serás homem enquanto não conheceres a pobreza, o amor e a guerra. Uma geração que ainda encarou os filhos como filhos, não como "amigos", mantendo uma distância emocional que não conseguiu vencer. Uma geração que nunca foi a mais qualificada de sempre, que não fez carreiras em partidos políticos, que não teve "mundo", mas nunca perdeu o sentido das proporções. Uma geração sequestrada pelos grandes debates ideológicos do século. Esta foi a geração sem a qual não teria existido a democracia, uns porque lutaram por ela, outros porque foram a bússola de ordem e conservadorismo sem os quais nenhuma democracia prospera.
Pessoas como o meu pai tiveram "convicções". Tiveram acima de tudo bom senso. Tiveram acima de tudo vergonha. Conservadores nos costumes e crentes de que o Estado deve ajudar os mais desfavorecidos, foram eles os "pais" do serviço nacional de saúde. Hoje, contemplam com estranheza um mundo de patos-bravos e oportunistas sanguessugas. Mereciam mais das instituições que serviram. Mereciam melhor que um país de Armandos Varas e Dias Loureiros. Mereciam melhor do que um país falido.
Comparecer de pé perante o Filho do homem
Ó meu Deus..., depois do exílio da terra, espero juntar-me a vós na Pátria. Mas não quero acumular méritos para o Céu, quero trabalhar só pelo vosso Amor, tendo como único objectivo dar-vos prazer, consolar o vosso Sagrado Coração e salvar almas que vos amarão eternamente.No fim desta vida, comparecerei perante vós de mãos vazias, porque eu não peço, Senhor, que tenhas em conta as minhas obras. Todas as nossas justiças têm imperfeições a vossos olhos. Eu quero pois revestir-me da vossa justiça e receber do vosso amor a posse eterna de vós próprio. Não quero de modo algum outro trono e outra coroa senão vós, ó meu Bem-Amado!A vossos olhos o tempo não é nada, um só dia é como mil anos, vós podeis pois num instante preparar-me para comparecer perante vós.
(Acto de oferenda ao Amor misericordioso - Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja)
(Acto de oferenda ao Amor misericordioso - Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja)
«QUEM É O MAIOR NO REINO DO CÉU?» de Joaquim Mexia Alves
«Quem é o maior no reino do Céu?» *
Logo se levantam uns quantos,
dizendo em alta voz:
Serei eu,
sem dúvida,
que não falto a uma celebração,
que estou sempre de mãos postas
a pedir graças do Céu.
Mas logo chegam uns tantos,
que dizem por sua vez:
Serei eu,
sem dúvida,
que estou sempre em oração,
mãos abertas a pedir,
as graças para o coração.
Outros se chegam à frente,
e dizem em voz tremente:
Serei eu,
sem dúvida,
que procuro os que precisam,
e todos os dias lhes dou,
um pouco daquilo que tenho,
e assim terei recompensa.
Ainda outros se impõem,
dizendo por sua vez:
Serei eu,
sem dúvida,
que a cada hora e momento,
bato com a mão no peito,
pedindo perdão a Deus,
por aqueles que O não seguem.
Lá no fundo,
no meio da multidão,
prostrado na sua vergonha,
joelhos e cara no chão,
há um que reza baixinho:
Tem compaixão,
Senhor,
que eu nada sou,
nem quero ser,
mas apenas reconhecer,
que sou fraco e pecador.
Tem compaixão,
Senhor!
Aquele que tudo sabe,
Aquele que tudo pode,
Aquele que tudo vê,
tomou este nos seus braços,
e disse à multidão:
Fazei-vos crianças puras,
limpos para a Verdade.
Não vos glorieis de nada,
pois nada podereis sozinhos.
Sede pequenos,
pequeninos,
do tamanho da humildade.
E quando assim fordes,
como Eu fui,
estando entre vós,
o maior do Reino do Céu,
não será um,
mas todos vós!
*Mt 18, 1
Monte Real, 24 de Outubro de 2011
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/11/quem-e-o-maior-no-reino-do-ceu.html
Logo se levantam uns quantos,
dizendo em alta voz:
Serei eu,
sem dúvida,
que não falto a uma celebração,
que estou sempre de mãos postas
a pedir graças do Céu.
Mas logo chegam uns tantos,
que dizem por sua vez:
Serei eu,
sem dúvida,
que estou sempre em oração,
mãos abertas a pedir,
as graças para o coração.
Outros se chegam à frente,
e dizem em voz tremente:
Serei eu,
sem dúvida,
que procuro os que precisam,
e todos os dias lhes dou,
um pouco daquilo que tenho,
e assim terei recompensa.
Ainda outros se impõem,
dizendo por sua vez:
Serei eu,
sem dúvida,
que a cada hora e momento,
bato com a mão no peito,
pedindo perdão a Deus,
por aqueles que O não seguem.
Lá no fundo,
no meio da multidão,
prostrado na sua vergonha,
joelhos e cara no chão,
há um que reza baixinho:
Tem compaixão,
Senhor,
que eu nada sou,
nem quero ser,
mas apenas reconhecer,
que sou fraco e pecador.
Tem compaixão,
Senhor!
Aquele que tudo sabe,
Aquele que tudo pode,
Aquele que tudo vê,
tomou este nos seus braços,
e disse à multidão:
Fazei-vos crianças puras,
limpos para a Verdade.
Não vos glorieis de nada,
pois nada podereis sozinhos.
Sede pequenos,
pequeninos,
do tamanho da humildade.
E quando assim fordes,
como Eu fui,
estando entre vós,
o maior do Reino do Céu,
não será um,
mas todos vós!
*Mt 18, 1
Monte Real, 24 de Outubro de 2011
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/11/quem-e-o-maior-no-reino-do-ceu.html
A história divina
Não é, primariamente, o encontro de uma verdade, mas acção do próprio Deus que dá forma à história. O seu sentido não é tornar visível ao homem a realidade divina, mas é fazer daquele que recebe a revelação o portador da história divina. Porque aqui, contrariamente à mística, Deus é o que age e é Ele que faz a salvação do homem.
(Fé-Verdade-Tolerância: O Cristianismo e as Grandes Religiões – Joseph Ratzinger)
(Fé-Verdade-Tolerância: O Cristianismo e as Grandes Religiões – Joseph Ratzinger)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932
“Por que não te entregas a Deus de uma vez..., de verdade..., agora?!”, escreve.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/3-11-5)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/3-11-5)
Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)
§1836. A justiça consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.
«Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte»
A conduta de Jesus Cristo durante a Sua vida mortal mostra-nos a grandeza da Sua misericórdia pelos pecadores. Vemos que todos vêm ter com Ele para Lhe fazer companhia; e Ele, longe de os repelir ou de Se afastar deles, pelo contrário, serve-Se de todos os meios para Se encontrar com eles, a fim de os atrair a Seu Pai. Vai buscá-los através dos remorsos de consciência; renova-os pela Sua graça e conquista-os com os Seus modos amorosos. Trata-os com tanta bondade, que chega a tomar a Sua defesa contra os escribas e os fariseus que os querem recriminar e que parecem não querer suportá-los ao pé de Jesus Cristo.
E vai ainda mais longe: de tal forma quer justificar a Sua conduta que, em atenção a eles, conta uma parábola que lhes mostra, da melhor maneira possível, a grandeza do Seu amor pelos pecadores, dizendo-lhes: «Um bom pastor que tinha cem ovelhas, tendo perdido uma, deixou todas as outras para correr atrás da que se tinha perdido e, tendo-a encontrado, pô-la aos ombros, a poupar à dureza do caminho. Depois, tendo-a levado para o redil, convidou os Seus amigos a regozijarem-se com ele por ter encontrado a ovelha que julgava ter perdido». Acrescenta ainda a parábola duma mulher que tinha dez dracmas e, tendo perdido uma, acendeu a sua lamparina para procurar em todos os recantos da casa e, tendo-a encontrado, convidou todas as amigas para se regozijarem com ela. «É assim, disse-lhes Ele, que todo o céu se alegra pelo regresso dum pecador que se converte e faz penitência. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores; não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes» (Lc 5,31-32).
Vemos que Jesus Cristo aplica a Si próprio essas vivas imagens da grandeza da Sua misericórdia para com os pecadores. Que felicidade para nós saber que a misericórdia de Deus é infinita. Que enorme desejo devemos sentir nascer em nós, de nos lançarmos aos pés de um Deus que nos receberá com tanta alegria!
São João Maria Vianney (1786-1859), presbítero, cura de Ars
Sermão para o 3º Domingo de Pentecostes, 1º sobre a misericórdia
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
E vai ainda mais longe: de tal forma quer justificar a Sua conduta que, em atenção a eles, conta uma parábola que lhes mostra, da melhor maneira possível, a grandeza do Seu amor pelos pecadores, dizendo-lhes: «Um bom pastor que tinha cem ovelhas, tendo perdido uma, deixou todas as outras para correr atrás da que se tinha perdido e, tendo-a encontrado, pô-la aos ombros, a poupar à dureza do caminho. Depois, tendo-a levado para o redil, convidou os Seus amigos a regozijarem-se com ele por ter encontrado a ovelha que julgava ter perdido». Acrescenta ainda a parábola duma mulher que tinha dez dracmas e, tendo perdido uma, acendeu a sua lamparina para procurar em todos os recantos da casa e, tendo-a encontrado, convidou todas as amigas para se regozijarem com ela. «É assim, disse-lhes Ele, que todo o céu se alegra pelo regresso dum pecador que se converte e faz penitência. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores; não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes» (Lc 5,31-32).
Vemos que Jesus Cristo aplica a Si próprio essas vivas imagens da grandeza da Sua misericórdia para com os pecadores. Que felicidade para nós saber que a misericórdia de Deus é infinita. Que enorme desejo devemos sentir nascer em nós, de nos lançarmos aos pés de um Deus que nos receberá com tanta alegria!
São João Maria Vianney (1786-1859), presbítero, cura de Ars
Sermão para o 3º Domingo de Pentecostes, 1º sobre a misericórdia
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 3 de Novembro de 2011
Aproximavam-se d'Ele os publicanos e os pecadores para O ouvir. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: «Este recebe os pecadores e come com eles». Então propôs-lhes esta parábola: «Qual de vós, tendo cem ovelhas, se perde uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, para ir procurar a que se tinha perdido, até que a encontre? E, tendo-a encontrado, a põe sobre os ombros todo contente e, indo para casa, chama os seus amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha que se tinha perdido. Digo-vos que, do mesmo modo, haverá maior alegria no céu por um pecador que fizer penitência que por noventa e nove justos que não têm necessidade de penitência». «Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, e perdendo uma, não acende a candeia, não varre a casa, e não procura diligentemente até que a encontre? E que, depois de a achar, não convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma que tinha perdido. Assim vos digo Eu que haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que faça penitência».
Lc 15, 1-10
Lc 15, 1-10