domingo, 16 de outubro de 2011

Não à violência injustificada

O Vaticano, através do Cardeal Vallini,  Vigário de Roma, condenou a “violência injustificada” perpetrada ontem em Roma, e em particular o ataque na freguesia de SS. Marcelino e Pedro em que foi selvaticamente destruída e pisada uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes, que considerou um ato de agressão contra a sensibilidade dos crentes, afirmou ontem o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, comentando os tumultos em Roma.

Entretanto, o 'CEIS – Centro italiano de solidariedade Pe. Mario Picchi' decidiu doar uma nova imagem de Nossa Senhora à Paróquia romana, anunciou o seu Presidente, Roberto Mineo, numa carta dirigida ao Cardeal Vigário de Roma. «A violência – escreveu Mineo – não pode travar a devoção dos fieis».

(JPR com base em diferentes órgão de informação italianos)

“Os perfeitos só se encontram no Céu”

Que ele está cheio de defeitos!... Bom... Mas, além de que os perfeitos só se encontram no Céu, tu também tens os teus, e todavia suportam-te; e, mais ainda, estimam-te: porque te amam com o amor que Jesus Cristo tinha pelos seus, que bem carregados de misérias andavam! – Aprende! (Sulco, 758)

Queixas-te de que ele não é compreensivo... E eu tenho a certeza de que faz o possível por entender-te. Mas tu, quando te esforçarás um bocadinho por compreendê-lo a ele? (Sulco, 759)

De acordo; admito: essa pessoa portou-se mal; a sua conduta é censurável e indigna; não demonstra categoria nenhuma.

– "Merece humanamente todo o desprezo!", acrescentaste.

Insisto: compreendo-te, mas não compartilho a tua última afirmação. Essa vida mesquinha é sagrada; Cristo morreu para redimi-la! Se Ele não a desprezou, como podes tu atrever-te a desprezá-la? (Sulco, 760)

Realmente, a vida, já por si estreita e insegura, às vezes torna-se difícil... Mas isso contribuirá para te tornar mais sobrenatural, para que vejas em tudo a mão de Deus; e assim serás mais humano e compreensivo com os que te rodeiam. (Sulco, 762)

São Josemaría Escrivá

A crise do trabalho e da economia que está a atravessar o mundo exige uma síntese harmoniosa entre família e trabalho. A Doutrina Social da Igreja pode ajudar nisto - disse Bento XVI aos participantes no colóquio anual da Centesimus Annus-Pro Pontifice

O Papa recebeu ontem em audiência os participantes no colóquio anual da Fundação Centesimus Annus-Pro Pontífice, no final de dois dias de reflexão sobre a relação entre a família e empresa.


No discurso que lhes dirigiu, começou por recordar que este ano ocorre o 20º aniversário da Encíclica Centesimus Annus do beato João Paulo II, publicada a 100 anos da Rerum Novarum. Este ano é também o 30º aniversário da Exortação Apostólica Familiaris Consortio. Centrando, então, as suas palavras sobretudo na relação entre a família e o bem estar-social para todos, Bento XVI disse que muita coisa mudou nestes 120 anos, mas que os ensinamentos sociais da Igreja permaneceram sempre centrados na promoção da pessoa humana e da família no seu contexto de vida, e portanto, também da empresa, disse.


Na linha do Concilio Vaticano II que definiu a família Igreja doméstica, santuário intocável, onde a pessoa amadurece nos afectos, na solidariedade, na espiritualidade, o Papa considerou que também a economia deve ter sempre presente a salvaguarda dessa da família. E retomou as quatro tarefas, que João Paulo II indicara à família na Exortação Apostólica Familiaris Consortio: a formação de uma comunidade de pessoas; o serviço à vida; a participação social e a participação eclesial. O amor que rege tudo isto e lhe dá dinamismo – disse Bento XVI deve também constituir o fundamento do serviço à vida.


É na família que se aprende a viver na sociedade, no mundo do trabalho, da economia, da empresa e tudo isso deve ser conduzido na óptica da caridade, da gratuidade, da solidariedade, da responsabilidade. Nesta perspectiva a família passa de um mero objecto a sujeito activo capaz de pôr na dianteira o rosto humano que deve ter a economia. E se isto é válido para a sociedade em geral, assume um valor ainda maior na comunidade eclesial, onde a família é, ao mesmo tempo, destinatária e protagonista da acção pastoral, pondo-se, de forma original, ao serviço da Igreja e da sociedade. Família e trabalho são, portanto, lugares privilegiados para a realização da vocação do homem, colaborador na sociedade da obra criadora de Deus.


Bento XVI recordou ainda que o mundo está a viver uma crise do trabalho e da economia acompanhada duma crise da família.


Tudo isto, disse, requer uma nova síntese harmoniosa entre a família e o trabalho. A Doutrina Social pode dar um precioso contributo nisto. A Encíclica Caritas in Veritate põe em realce o modelo familiar baseado na lógica do amor, da gratidão e do dom. Isto deve ser alargado a nível universal – frisou.


A justiça comutativa do “dar para receber e justiça distributiva do “dar por dever” não são suficientes na vida social. A verdadeira justiça exige gratidão e solidariedade. E solidariedade significa antes de mais sentir-se todos responsáveis de tudo. Por isso não pode ser delegada unicamente ao Estado. Caridade na verdade significa que é necessário dar forma àquelas iniciativas económicas que sem pôr de lado o lucro vão para além da lógica do lucro fim a si mesmo.


Não é tarefa da Igreja definir as vias para enfrentar a crise em curso, mas, os cristãos têm o dever de denunciar os males e de dar testemunho dos valores em que se baseia a dignidade da pessoa, e de promover aquelas formas de solidariedade que favorecem o bem comum a fim de que a humanidade possa tornar-se cada vez mais família de Deus.


Rádio Vaticano

Papa anuncia a celebração de um "Ano da Fé", de outubro de 2012 a novembro de 2013, pelos 50 anos do início do Concílio Vaticano II

Nos 50 anos da abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II, a partir de 11 de Outubro 2012, a Igreja celebrará um “Ano da Fé”. Anunciou-o o Papa na Missa celebrada em São Pedro, no final do encontro com pessoas “empenhadas, em muitas partes do mundo, nas fronteiras da nova evangelização”:
“Decidi proclamar um ‘Ano da Fé’, que terei modo de ilustrar com uma Carta Apostólica. Terá início a 11 de Outubro de 2012, no quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, e concluir-se-á a 24 de Novembro de 2013, solenidade de Cristo Rei do Universo. Será um momento de graça e de empenho para uma cada vez mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo”.


Comentando as leituras deste domingo, Bento XVI começou pelo texto de Isaías, que “nos diz que Deus é uno, é único; não há outros deuses para além do Senhor, e mesmo o potente Ciro, imperador dos persas, faz parte de um projeto maior, que só Deus conhece e conduz”. Esta Leitura – fez notar o Papa – “dá-nos um sentido teológico da história: as mutações epocais, o suceder-se das grandes potências encontram-se sob o supremo domínio de Deus; nenhum poder terreno pode ocupar o seu lugar”.


“A teologia da história é um aspeto importante, essencial, da nova evangelização, porque os homens do nosso tempo, após a nefasta época dos impérios totalitários do século XX, têm necessidade de reencontrar um olhar abrangente sobre o mundo e sobre o tempo, um olhar verdadeiramente livre, pacífico”.


Trata-se – sublinhou o Papa – daquele olhar que o Concílio Vaticano II transmitiu nos seus Documentos, e que Paulo VI e João Paulo II ilustraram com o seu magistério.


Prosseguindo depois com a segunda Leitura, Bento XVI fez notar que o apóstolo Paulo, “o maior evangelizador de todos os tempos”, escreve que o seu Evangelho “não se difundiu apenas por meio da palavra, mas também com a potência do Espírito Santo e com plena certeza.


“Para ser eficaz, a evangelização tem necessidade da força do Espírito, que anime o anúncio e infunda em quem o transmite aquela plena certeza de que fala o Apóstolo”.


A palavra grega usada por Paulo para “certeza” não exprime tanto o aspeto subjetivo, psicológico, mas antes a plenitude, a fidelidade, a totalidade. “Para ser completo e fiel, o anúncio há-de ser acompanhado de sinais, de gestos, como a pregação de Jesus. Palavra, Espírito e certeza – assim entendida – são portanto inseparáveis e concorrem para fazer com que a mensagem evangélica se difunda com eficácia”.


Relativamente ao Evangelho, a propósito da expressão usada pelos fariseus, na sua abordagem insinuante de Jesus - “tu ensinas o caminho de Deus, com verdade”, o Papa observou que “de facto o próprio Jesus é este “caminho de Deus”, que estamos chamados a percorrer”. Ele é “o caminho, a verdade e a vida”.


“Os novos evangelizadores estão chamados a caminhar por este caminho que é Cristo, para fazer conhecer aos outros a beleza do Evangelho que dá a vida. E nesta Via não caminhamos sozinhos, mas acompanhados. Uma experiência de comunhão e de fraternidade oferecida a todos os que encontramos, para lhes participar a nossa experiência de Cristo e da sua Igreja”.


É o testemunho unido ao anúncio – insistiu o Papa – que pode abrir o coração de quantos andam à procura da verdade, para que possam alcançar o sentido da vida.


Finalmente, sobre a questão do tributo a César, Bento XVI sublinhou que a Igreja, como Jesus, não se limita a recordar aos homens a justa distinção entre o âmbito político e religioso:
“A missão da Igreja, como a de Cristo, é essencialmente falar de Deus, fazer memória da sua soberania, recordar a todos, especialmente aos cristãos que perderam a própria identidade, o direito de Deus sobre tudo o que lhe pertence, isto é, a nossa vida”.


Ao meio-dia, nas palavras dirigidas à multidão de fiéis congregados na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus, Bento XVI falou de novo do Ano da Fé que decorrerá a partir de 11 Outubro de 2012, quinquagésimo aniversário da abertura do Vaticano II, informando que sairá já nos próximos dias a Carta Apostólica destinada a ilustrar as motivações, finalidades e linhas orientadoras desta iniciativa.


“Também o servo de Deus Paulo VI promulgou um idêntico ‘Ano da Fé’, em 1968, por ocasião do XIX centenário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo, e num período de grandes abalos culturais. Considero que, decorrido meio século desde a abertura do Concílio, ligada à memória do Beato João XXIII, é oportuno recordar a beleza e a centralidade da fé, a exigência de a reforçar e aprofundar a nível pessoal e comunitário, fazendo-o não tanto numa perspetiva celebrativa, mas antes missionária, na perspetiva da missão 'ad gentes' e da nova evangelização”.


Rádio Vaticano

Bom Domingo do Senhor!

Tenhamos sempre a humildade de saber que nunca seremos capazes de O surpreender como arrogantemente pensaram os fariseus e os herodianos de que nos fala o Evangelho de hoje (Mt 22, 15-21). Jesus Cristo Nosso Senhor a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, sendo Deus tudo sabe e tudo conhece e portanto só um soberbo com uma visão estritamente terrena poderá pensar que O apanha desprevenido.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor!

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

“A oração mais elevada tive-a (...) num eléctrico e, a seguir, vagueando pelas ruas de Madrid, contemplando essa maravilhosa realidade: Deus é meu Pai. Sei que, sem o poder evitar, repetia:Abba, Pater! Suponho que me terão tomado por doido”, escreve referindo-se a um facto que aconteceu num dia como hoje.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)


§ 1759. «Não se pode justificar uma acção má feita com boa intenção» (42). O fim não justifica os meios.