segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vaticano desmente categoricamente suposta "renúncia" do Papa em 2012

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, desmentiu a informação de um jornal italiano que assinalou que o Papa Bento XVI renunciaria ao papado em 2012 quando fizer 85 anos.

O porta-voz do Vaticano disse que o Santo Padre demonstrou "uma grande energia" durante sua viagem à Alemanha, que concluiu ontem após quatro dias de uma carregada e exigente agenda, o que permite ver sua capacidade para seguir à frente da Igreja Católica.

As declarações do sacerdote jesuíta foram feitas logo que o jornal italiano “Líbero” publicou ontem uma nota assinada por Antonio Socci na qual o autor assinalava que não se descarta que Bento XVI apresente sua renúncia ao papado quando cumprir 85 anos, em abril de 2012.

Em declarações à imprensa em Friburgo (Alemanha), o Pe. Lombardi disse que "Bento XVI está bem de saúde, como estamos vendo nesta viagem à Alemanha. Ele está em boas condições e totalmente normal e está superando muito bem uma visita tão intensa como esta ao seu país, que desde o ponto de vista da saúde do Pontífice se está demonstrando um êxito".

O sacerdote comentou ainda que "o que sabemos sobre eventuais renúncias é apenas o que foi dito pelo Papa no seu livro/entrevista 'Luz do mundo'".

Neste texto publicado em 2010, o Santo Padre afirma que um Papa tem "o direito e, segundo as circunstâncias, o dever de retirar-se" se sentir que perde as forças "físicas, psicológicas e espirituais" para exercer o ministério petrino.

Conforme assinala a agência espanhola EFE, sobre a nota do Líbero o Pe. Lombardi disse que "é preciso perguntar ao jornal de onde tirou isso, mas a força e resistência que (o Papa) está demonstrando nesta viagem à Alemanha parece mais que eloquente sobre sua capacidade para continuar e enfrentar novos compromissos".

Outras fontes  do Vaticano também consideraram "totalmente infundado" o que foi publicado pelo jornal italiano.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição de JPR)

Nota ‘Spe Deus’: demos graças ao Senhor pela vitalidade física e intelectual demonstrada por Bento XVI ao longo de todo o seu Pontificado e em particular na ora terminada viagem à Alemanha. Senhor ouvi a nossa prece e concede ao teu amado filho Joseph Ratzinger um longo pontificado na firmeza da Fé, da Caridade e de Esperança. Louvado sejais!

“Quem ama a Deus dá-se a si mesmo”

O tempo é o nosso tesouro, o "dinheiro" para comprarmos a eternidade. (Sulco 882)

Que pena viver tendo como ocupação matar o tempo, que é um tesouro de Deus! Não há desculpas para justificar essa actuação. Que ninguém diga: só tenho um talento, não posso ganhar nada. Também com um só talento podes agir de modo meritório. Que tristeza não tirar partido, autêntico rendimento de todas as faculdades, poucas ou muitas, que Deus concede ao homem para que se dedique a servir as almas e a sociedade!

Quando o cristão mata o seu tempo na Terra, coloca-se em perigo de matar o seu Céu, se, pelo seu egoísmo, se retrai, se esconde, se despreocupa. Quem ama a Deus, não entrega só o que tem, o que é, ao serviço de Deus: dá-se a si mesmo. Não vê – em perspectiva rasteira – o seu eu na saúde, no nome, na carreira. (Amigos de Deus, 46)

São Josemaría Escrivá

As três lições da crise

Há três anos, o mundo mudou. A falência do Lehman Brothers e as semanas incríveis que se lhe seguiram criaram uma nova realidade económica. Este é o mito oficial, mas de facto as coisas não são assim. O mundo continua mais ou menos como era: sempre em mudança. Esses momentos de tensão apenas nos relembraram algumas lições que andavam muito esquecidas, e que são também muito úteis no actual momento da crise nacional.

A primeira coisa que aprendemos é que a humanidade não consegue evitar cair em períodos de delírio colectivo. Por mais sofisticadas que sejam as leis e instituições, por mais avançada que esteja a civilização e a sociedade, uma euforia será sempre imparável; até ao colapso fatal. A história regista múltiplas bolhas especulativas, alimentadas por ilusões infantis. Este tempo tecnológico, com sofisticadíssimos mercados de hipotecas e derivados, esqueceu a lição e caiu de novo na esparrela. Temos de admitir que se trata, não de uma doença evitável, mas de um traço de carácter da raça humana que sempre ressurgirá.

Mas o mal tem cura. Os últimos anos também mostraram que a política económica, se não consegue evitar a crise, possui meios que lhe reduzem muito as consequências. O maior choque financeiro de sempre acabou com efeitos muito inferiores ao previsto. Os actuais sofrimentos sociais, indiscutivelmente violentos, nunca atingiram a justamente anunciada derrocada estrutural.

A terceira lição, que domina a situação presente, é o valor da solidariedade, pois conflitos e suspeitas podem criar recaídas. A luta partidária no Congresso americano gera a incerteza que já levou à histórica descida do rating soberano. Na Europa, após o endividamento excessivo de alguns, que constituiu forte quebra de solidariedade dentro do euro, vive-se hoje a dificuldade de encontrar uma solução solidária que salve o projecto comum.
Portugal é um dos protagonistas da crise global. Apesar de alheio ao subprime americano que precipitou o estoiro original, a fragilidade da sua "década perdida" acabou por colocá-lo no centro do segundo episódio, o dominó das dívidas soberanas. Agora, enfrentando a difícil terapêutica de ajustamento, as mesmas três lições são muito úteis a cada um dos três grupos nacionais: público, governantes e analistas.

A euforia que alimentou a nossa bolha foi mais longa e subtil que a americana. O País viveu acima das suas posses durante quinze anos, desde que a candidatura ao euro lhe deu acesso a crédito fácil. Agora, a mesma tolice da facilidade manifesta-se na frase mais repetida: "Portugal tem de cortar despesa, mas aqui é injusto." Ora é precisamente aí, e em todo o lado, que se deve cortar até doer. Só assim voltaremos a ser um país equilibrado.

Os novos governantes vêm imbuídos de espírito reformador e apostados em cumprir o forte programa de austeridade. Mas só terão êxito se conseguirem evitar cair nos dois extremos fatais: ser capturado pela máquina ou triturado por ela. Um ministro só consegue resultados através do seu ministério. A fraqueza dos antecessores acabou dominada pelos interesses instalados, criando a espiral de dívida. Agora é preciso retomar o propósito do bem comum, mas sem hostilizar os mecanismos públicos que o servem. É preciso emagrecer o Estado, não só para perder peso mas para ser mais eficaz.

Finalmente, todos temos de aprender a lição da solidariedade. Aqui, o pior veneno são as pomposas análises que repetem vir aí forte conflitualidade nacional. Tais afirmações, além de irresponsáveis, são simplistas. Explosões sociais acontecem, não quando se perde muito mas quando não há mais nada a perder. A maioria dos portugueses, apesar do que sofre, sabe que não deve arriscar o resto em aventuras tolas.

Nos últimos três anos, o mundo reaprendeu três coisas: que quem faz tolices perde, que já sabemos tratar as crises e que no mundo globalizado estamos todos no mesmo barco. Portugal tem agora de mostrar ao mundo o valor dessas lições, vencendo o desafio da austeridade para lançar o próximo ciclo de progresso.

João César das Neves in DN online

As três lições da crise (excerto de artigo publicado há um ano)

(...)
A euforia que alimentou a nossa bolha foi mais longa e subtil que a americana. O País viveu acima das suas posses durante quinze anos, desde que a candidatura ao euro lhe deu acesso a crédito fácil. Agora, a mesma tolice da facilidade manifesta-se na frase mais repetida: "Portugal tem de cortar despesa, mas aqui é injusto." Ora é precisamente aí, e em todo o lado, que se deve cortar até doer. Só assim voltaremos a ser um país equilibrado.
(...)
Finalmente, todos temos de aprender a lição da solidariedade. Aqui, o pior veneno são as pomposas análises que repetem vir aí forte conflitualidade nacional. Tais afirmações, além de irresponsáveis, são simplistas. Explosões sociais acontecem, não quando se perde muito mas quando não há mais nada a perder. A maioria dos portugueses, apesar do que sofre, sabe que não deve arriscar o resto em aventuras tolas.

Nos últimos três anos, o mundo reaprendeu três coisas: que quem faz tolices perde, que já sabemos tratar as crises e que no mundo globalizado estamos todos no mesmo barco. Portugal tem agora de mostrar ao mundo o valor dessas lições, vencendo o desafio da austeridade para lançar o próximo ciclo de progresso.

João César das Neves in DN online (artigo completo AQUI)

Para ler e reflectir: “A verdadeira crise da Igreja no mundo ocidental é uma crise de fé”

Na Alemanha, a Igreja está optimamente organizada. Mas, por detrás das estruturas, porventura existe também a correlativa força espiritual, a força da fé num Deus vivo? Sinceramente devemos afirmar que se verifica um excedente das estruturas em relação ao Espírito. Digo mais: a verdadeira crise da Igreja no mundo ocidental é uma crise de fé. Se não chegarmos a uma verdadeira renovação da fé, qualquer reforma estrutural permanecerá ineficaz.

Bento XVI ao Conselho do Comité Central dos Católicos Alemães, 24 de Setembro de 2011



Citação bíblica da responsabilidade de JPR:

«Assim pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser Meu discípulo. O sal é bom; porém, se o sal perder a força, com que se há-de temperar?» (Lc 14, 33-34)

Bispos dos EUA a Obama: Não ataque a lei que protege o matrimónio entre homem e mulher

D. Timothy Dolan a receber o pálio do Papa

O Presidente da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos, D. Timothy Dolan, exigiu ao Presidente Barack Obama e à sua administração que deixem de atacar a lei que protege o verdadeiro matrimónio entre homem e mulher, assim como a liberdade religiosa daqueles que o apoiam.

Em carta divulgada pelo site do Episcopado norte-americano no dia 20 de setembro, o também Arcebispo de Nova Iorque solicitou ao presidente Obama que cesse o ataque contra a chamada lei DOMA (Defense of Marriage Act).

Esta lei protege os estados aonde as uniões homossexuais não são legais para que, de acordo com a lei, não tenham que reconhecer estas uniões quando provêm de estados onde estas estão permitidas.

O Arcebispo explicou na missiva que com o constante ataque de Obama, poderia "precipitar um conflito nacional entre a Igreja e o Estado de enormes proporções e em detrimento de ambas as instituições".

O Prelado considera, além disso, que ante a perseguição da administração Obama contra o autêntico matrimónio, os católicos e suas instituições poderiam ver-se ameaçados por processos legais por suposta "discriminação por orientação sexual" em seus esforços por servir o bem comum em diversas áreas como o emprego, a educação e os serviços de adoção.

D. Dolan deixou claro e para evitar mal-entendidos, que "toda pessoa tem uma dignidade imensurável e todos os indivíduos têm igual valor, incluindo aqueles com atração para o mesmo sexo" por isso rechaçou qualquer atitude de "ódio ou trato injusto contra qualquer um".

Entre as ações da Administração contra esta lei está a posição do Departamento de Justiça que recentemente anunciou que não defenderia a norma nas cortes, já que isto constituiria em sua opinião uma forma de "discriminação por orientação sexual".

Do mesmo modo, as agências federais emitiram vários informes nos quais assinalam que a lei DOMA é uma "forma de heterossexismo", o que seria uma espécie de discriminação, que quer recordar o racismo, com o qual se busca gerar a sua condenação a priori.

Junto com a carta, os bispos enviaram a Obama uma análise na qual assinalam que "de acordo à perspectiva do governo, apoiar a definição do matrimónio que reconhece as diferenças sexuais como um valor fundamental constituiria agora uma tentativa proibida de danificar uma determinada classe de pessoas vulneráveis".

Os Bispos recordam finalmente que a maioria de estados nos Estados Unidos apoia a lei DOMA e recordaram ao Presidente Obama que ele mesmo apoia que um pequeno tenha pai e mãe, como disse nas celebrações pelo Dia das Mães e dos Pais.

Naquelas oportunidades o mandatário reconheceu "a extraordinária importância das mães em nossas vidas" e alertou que "a ausência do pai é sentida pelas crianças, pelas famílias e pelas comunidades de maneiras incontáveis, deixando um vazio que pode ter efeitos duradouros".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1959

Recebe, em Roma, a visita de algumas mães de família. Durante anos, S. Josemaría recebeu centenas de visitas em Villa Tevere, sede do Opus Dei. A fim de aproveitar melhor o tempo sobrenaturalmente, S. Josemaría preparava-se para falar a essas almas só de Deus. Antes da entrevista dizia o versículo do salmo: «Pone, Domine, custodiam ori meo (põe, Senhor, uma sentinela na minha boca)»; e depois não se deixava de as recomendar ao seu Anjo da Guarda. Como recordação o Padre costumava oferecer-lhes um terço, «para o gastarem de tanto o rezarem».

Vazquez de Prada III, p. 467

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)



§1679. Além da liturgia, a vida cristã nutre-se das variadas formas da piedade popular, enraizadas nas diferentes culturas. Procurando esclarecê-las com a luz da fé, a Igreja favorece as formas de religiosidade popular que exprimem um instinto evangélico e uma sabedoria humana, e que enriquecem a vida cristã.

S. Cosme e S. Damião, médicos e mártires

São Cosme e São Damião sofreram martírio em Ciro (na Síria), provavelmente durante a perseguição de Diocleciano, nos inícios do século IV. A data de 27 de Setembro corresponde provavelmente à dedicação da Basílica que o papa Félix IV mandou construir em honra deles no Foro Romano; e é ainda meta mais de turistas que de devotos, pelo esplêndido mosaico que lhe decora a abside. Sabemos que os dois irmãos curavam "todas as enfermidades, não só das pessoas, mas também dos animais", fazendo tudo gratuitamente. Em grego são chamados de "anargiros", isto é, sem dinheiro.

Os dois irmãos foram colocados no paredão para que quatro soldados os atravessassem com setas, mas "os dardos voltavam para trás e feriam a muitos, porém os santos nada sofriam ". Foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação, honra reservada só aos cidadãos romanos e somente assim os dois mártires, juntamente com outros três irmãos, puderam prestar seu testemunho a Cristo.

Seus restos mortais, segundo consta, encontram-se em Ciro na Síria, repousando numa basílica a eles consagrada. Da Síria o seu culto alcançou Roma e dali se espalhou por toda a Igreja do Ocidente.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Quem não é contra vós é por vós»

Em virtude da sua missão de iluminar o mundo inteiro com a mensagem de Cristo e de reunir sob um só Espírito todos os homens, de qualquer nação, raça ou cultura, a Igreja constitui um sinal daquela fraternidade que torna possível e fortalece o diálogo sincero.


Isto exige, em primeiro lugar, que, reconhecendo toda a legítima diversidade, promovamos na própria Igreja a mútua estima, respeito e concórdia, em ordem a estabelecer entre todos os que formam o Povo de Deus, pastores ou fiéis, um diálogo cada vez mais fecundo. Porque o que une entre si os fiéis é bem mais forte do que o que os divide: haja unidade no necessário, liberdade no que é duvidoso, e em tudo caridade.


Abraçamos também em espírito os irmãos que ainda não vivem em plena comunhão connosco, e as suas comunidades, com os quais estamos unidos na confissão do Pai, Filho e Espírito Santo [...]. Voltamos também o nosso pensamento para todos os que reconhecem Deus e guardam nas suas tradições preciosos elementos religiosos e humanos, desejando que um diálogo franco nos leve a todos a receber com fidelidade os impulsos do Espírito e a segui-los com entusiasmo.


Pela nossa parte, o desejo de um tal diálogo, guiado apenas pelo amor pela verdade e com a necessária prudência, não exclui ninguém; nem aqueles que cultivam os altos valores do espírito humano, sem ainda conhecerem o seu Autor; nem aqueles que se opõem à Igreja, e de várias maneiras a perseguem. Como Deus Pai é o princípio e o fim de todos eles, todos somos chamados a ser irmãos. Por isso, chamados pela mesma vocação humana e divina, podemos e devemos cooperar pacificamente, sem violência nem engano, na edificação do mundo na verdadeira paz.


Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo, « Gaudium et spes », § 92


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 26 de Setembro de 2011

Começaram a discutir entre si sobre qual deles era o maior. Jesus, vendo os pensamentos do seu coração, tomou pela mão uma criança, pô-la junto de Si, e disse-lhes: «Aquele que receber esta criança em Meu nome, a Mim recebe; e quem Me receber, recebe Aquele que Me enviou. Porque quem de entre vós é o menor, esse é o maior». João, tomando a palavra, disse: «Mestre, nós vimos um que expulsava os demónios em Teu nome e lho proibimos, porque não anda connosco». Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, porque quem não é contra vós é por vós».
Lc 9, 46-50