quarta-feira, 21 de setembro de 2011
“Senhor, a sério que quero ser santo”
Que a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto. – Ilumina, com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. – E incendeia todos os caminhos da Terra com o fogo de Cristo que levas no coração. (Caminho, 1)
Procuremos fomentar no fundo do coração um desejo ardente, um empenho grande por alcançar a santidade, apesar de nos vermos cheios de misérias. Não se assustem; à medida que se avança na vida interior, conhecem-se com mais clareza os defeitos pessoais. O que acontece é que a ajuda da graça se transforma como que numa lente de aumentar e o mais pequeno cotão, o grãozinho de areia quase imperceptível aparecem com dimensões gigantescas, porque a alma adquire a finura divina e até a sombra mais pequena incomoda a consciência, que só gosta da limpeza de Deus. Diz-lhe agora, do fundo do coração: Senhor, a sério que quero ser santo, a sério que quero ser um teu discípulo digno e seguir-te sem condições. E depois, hás-de propor a ti próprio a intenção de renovar diariamente os grandes ideais que te animam nestes momentos. (Amigos de Deus, 20)
São Josemaría Escrivá
Primeira visita de Estado de Bento XVI à Alemanha
Bento XVI vai iniciar esta quinta-feira a sua terceira viagem à Alemanha desde que foi eleito Papa, em 2005, uma iniciativa que tem, pela primeira vez, caráter de visita de Estado.
O Papa será recebido pelo presidente federal, Christian Wulff, e por Angela Merkel em Berlim, na quinta-feira, dia no qual vai discursar perante o parlamento alemão, o Bundestag, um gesto que gerou protestos de alguns partidos da oposição.
Para o representante diplomático do Vaticano na Alemanha, D. Jean-Claude Périsset, estas reações à visita de Bento XVI demonstram desconhecimento do que “representa a pessoa do Papa”.
“Espero que os protestos decorram dentro dos limites do que é correto, tendo em conta que o convite partiu do próprio parlamento. Caso contrário, manifestar-se-ia uma atitude intolerante”, alerta o núncio apostólico em Berlim, falando à Rádio Vaticano.
O embaixador da Alemanha junto da Santa Sé, Walter Jürgen Schmid, reforça a ideia de que “a visita do Papa é uma visita de Estado, uma visita oficial”, o que significa que “acontece a convite do presidente da República” alemã, considerando o discurso no Bundestag como um “acontecimento extraordinário”.
O Papa alemão esteve na sua terra natal em 2005 (Jornada Mundial da Juventude em Colónia) e 2006 (visita à Baviera, região onde nasceu).
Esta terceira viagem conta com passagens por Berlim, Erfurt, Etzelsbach e Friburgo, tendo como lema ‘Onde há Deus, há futuro’.
-A chegada a Berlim, esta quinta-feira, está prevista para as 10h30 locais e a cerimónia de boas vindas, com o primeiro discurso papal, acontece no castelo de Bellevue, às 11h15, seguida de uma visita de cortesia ao presidente alemão.
Às 12h50 decorre um encontro com a chanceler Angela Merkel, na sede da conferência episcopal alemã, antes do discurso no parlamento federal.
Bento XVI recebe depois representantes da comunidade judaica – em 2005, na visita a Colónia, o Papa visitara a sinagoga local.
O primeiro dia da visita papal conclui-se com uma missa, às 18h30, no Estádio Olímpico.
Antes de voar até Erfurt, na sexta-feira, Bento XVI vai encontrar-se, ainda em Berlim, com representantes da comunidade muçulmana na Nunciatura Apostólica .
Em Erfurt, capital da Turíngia, no leste do país, o Papa começa por visitar a catedral católica, reunindo, pelas 11h45, com representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã no antigo convento dos Agostinhos, onde viveu Martinho Lutero (1483-1546), antes de promover a reforma que o levou à separação de Roma.
“A verdadeira grandeza do evento consiste nisso mesmo, que nesse lugar possamos pensar em conjunto, escutar a Palavra de Deus e rezar; assim, estaremos intimamente próximos e manifestar-se-á um verdadeiro ecumenismo”, disse o Papa numa mensagem ao povo alemão, transmitida no sábado à noite pela televisão pública germânica.
O sábado inicia-se com a missa no Domplatz de Erfurt, às 09h00, partindo o Papa para Fribrugo, onde visita a catedral católica pelas 14h00 e saúda os cidadãos, na Münsterplaz di Freiburg.
Às 19h00, na Feira de Friburgo, o Papa preside a uma vigília de oração com os jovens.
O dia final da visita começa com uma missa no aeroporto turístico de Friburgo, pelas 10h00.
A chegada a Roma está prevista para as 20h45 de domingo, após seis voos, 12 discursos, três homilias, duas saudações e mais de 2750 quilómetros percorridos em 84 horas e meia.
Rádio Vaticano
O Papa será recebido pelo presidente federal, Christian Wulff, e por Angela Merkel em Berlim, na quinta-feira, dia no qual vai discursar perante o parlamento alemão, o Bundestag, um gesto que gerou protestos de alguns partidos da oposição.
Para o representante diplomático do Vaticano na Alemanha, D. Jean-Claude Périsset, estas reações à visita de Bento XVI demonstram desconhecimento do que “representa a pessoa do Papa”.
“Espero que os protestos decorram dentro dos limites do que é correto, tendo em conta que o convite partiu do próprio parlamento. Caso contrário, manifestar-se-ia uma atitude intolerante”, alerta o núncio apostólico em Berlim, falando à Rádio Vaticano.
O embaixador da Alemanha junto da Santa Sé, Walter Jürgen Schmid, reforça a ideia de que “a visita do Papa é uma visita de Estado, uma visita oficial”, o que significa que “acontece a convite do presidente da República” alemã, considerando o discurso no Bundestag como um “acontecimento extraordinário”.
O Papa alemão esteve na sua terra natal em 2005 (Jornada Mundial da Juventude em Colónia) e 2006 (visita à Baviera, região onde nasceu).
Esta terceira viagem conta com passagens por Berlim, Erfurt, Etzelsbach e Friburgo, tendo como lema ‘Onde há Deus, há futuro’.
-A chegada a Berlim, esta quinta-feira, está prevista para as 10h30 locais e a cerimónia de boas vindas, com o primeiro discurso papal, acontece no castelo de Bellevue, às 11h15, seguida de uma visita de cortesia ao presidente alemão.
Às 12h50 decorre um encontro com a chanceler Angela Merkel, na sede da conferência episcopal alemã, antes do discurso no parlamento federal.
Bento XVI recebe depois representantes da comunidade judaica – em 2005, na visita a Colónia, o Papa visitara a sinagoga local.
O primeiro dia da visita papal conclui-se com uma missa, às 18h30, no Estádio Olímpico.
Antes de voar até Erfurt, na sexta-feira, Bento XVI vai encontrar-se, ainda em Berlim, com representantes da comunidade muçulmana na Nunciatura Apostólica .
Em Erfurt, capital da Turíngia, no leste do país, o Papa começa por visitar a catedral católica, reunindo, pelas 11h45, com representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã no antigo convento dos Agostinhos, onde viveu Martinho Lutero (1483-1546), antes de promover a reforma que o levou à separação de Roma.
“A verdadeira grandeza do evento consiste nisso mesmo, que nesse lugar possamos pensar em conjunto, escutar a Palavra de Deus e rezar; assim, estaremos intimamente próximos e manifestar-se-á um verdadeiro ecumenismo”, disse o Papa numa mensagem ao povo alemão, transmitida no sábado à noite pela televisão pública germânica.
O sábado inicia-se com a missa no Domplatz de Erfurt, às 09h00, partindo o Papa para Fribrugo, onde visita a catedral católica pelas 14h00 e saúda os cidadãos, na Münsterplaz di Freiburg.
Às 19h00, na Feira de Friburgo, o Papa preside a uma vigília de oração com os jovens.
O dia final da visita começa com uma missa no aeroporto turístico de Friburgo, pelas 10h00.
A chegada a Roma está prevista para as 20h45 de domingo, após seis voos, 12 discursos, três homilias, duas saudações e mais de 2750 quilómetros percorridos em 84 horas e meia.
Rádio Vaticano
O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA (1)
1 – Uma visão da juventude
Este trabalho será sobretudo a minha visão e vivência diária, pessoal e em Igreja, do Sacramento da Penitência.
Quando era mais novo, e mesmo na adolescência, este sacramento era conhecido sobretudo, como Sacramento da Confissão.
Se, por um lado esse nome “assustava”, pois parecia focar mais o aspecto do pecado do que da misericórdia de Deus, por outro ainda, parecia dar-nos também uma perspectiva de que, “listando”, confessando os pecados a um sacerdote, tudo ficava resolvido.
Claro que sabíamos e era-nos ensinado que o arrependimento e o propósito de emenda eram necessários, mas parecia quase, que esses “factores” eram matéria adquirida ao confessarmos os nossos pecados.
Corria-se ainda o “risco” de se constituir uma “lista de pecados”, que depois consultada, bastaria colocar um “x” naqueles que considerássemos, com prejuízo nítido para um verdadeiro exame de consciência.
(Talvez que ainda hoje, e em certos meios populares e não só, esta não seja uma visão tão ultrapassada.)
Lembro-me bem que o “ter” que se confessar, era algo que não desejávamos, porque a carga negativa de termos pecado, (termos feito coisas erradas), era bem mais forte, parecia-nos, que o fim alcançado, ou seja o perdão de Deus.
A reconciliação com Deus era um valor que não aflorava desse sacramento, e como tal, parecia-nos a nós jovens, (pelo menos a mim), que a Confissão tinha muito mais a ver com algo a que a Igreja nos ia “obrigando”, do que propriamente uma necessidade de nos reconciliarmos com Deus.
Resumindo esta parte introdutória, diria que a Confissão era para nós, jovens, muito mais um peso, uma “dor”, do que um alivio, uma “cura”.
Se o refiro aqui e agora, é pela sensação que tenho, (talvez por culpa nossa catequistas), de que os jovens de hoje, ainda, de algum modo, vêem assim este extraordinário sacramento, o que tem de forçosamente ser modificado, pois não corresponde minimamente à realidade dos efeitos extraordinários na vida de cada um, que uma boa confissão nos concede pela graça de Deus.
Havia ainda o receio, para nós jovens, de que os nossos pais viessem a saber das nossas faltas e também, da imagem que o sacerdote, (normalmente o pároco que nos conhecia), iria fazer de cada um, o que, curiosamente, passados todos estes anos, ainda encontro nalguns catequizandos adolescentes, o que significa que há ainda muito caminho para percorrer no ensino deste sacramento, mormente na enfatização do segredo inviolável da Confissão, e para além deste, no facto de que nenhum sacerdote pretende fazer juízos de valor sobre aqueles que a ele se confessam.
Costumo dizer aos meus catequizandos que Deus concede aos sacerdotes um “dom de esquecimento” dos pecados confessados, sobretudo na ligação e atribuição destes àqueles que se confessaram, de um modo geral, claro está.
Hoje a Igreja, (e os fiéis mais lentamente), chama a este sacramento, Sacramento da Penitência e por vezes também, Sacramento da Reconciliação.
Um e outro nome me parecem redutores da dimensão extraordinária deste sacramento, porque se a penitência poderá ter uma conotação de “expiação”, quase “castigo”, a reconciliação apenas refere uma parte, importante sem dúvida, deste sacramento, mas não o seu todo, toda a sua dimensão, que abarca libertação e cura, como veremos adiante.
De qualquer modo, Sacramento da Penitência, talvez seja o nome mais correcto, porque como nos diz o Catecismo, penitência indica conversão, mudança de vida, começar de novo, pois a chamada à penitência está intimamente ligada, ao «arrependei-vos, convertei-vos, acreditai no Evangelho», que é a pregação que percorre todos os Evangelhos e Escritos do Novo Testamento.
Nota:
Início hoje a publicação de excertos de um pequeno trabalho sobre o Sacramento da Penitência, que fiz para a disciplina de Sacramentologia, do Curso Geral de Teologia, que concluí no Seminário Diocesano de Leiria.
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/09/o-sacramento-da-penitencia-1.html
Este trabalho será sobretudo a minha visão e vivência diária, pessoal e em Igreja, do Sacramento da Penitência.
Quando era mais novo, e mesmo na adolescência, este sacramento era conhecido sobretudo, como Sacramento da Confissão.
Se, por um lado esse nome “assustava”, pois parecia focar mais o aspecto do pecado do que da misericórdia de Deus, por outro ainda, parecia dar-nos também uma perspectiva de que, “listando”, confessando os pecados a um sacerdote, tudo ficava resolvido.
Claro que sabíamos e era-nos ensinado que o arrependimento e o propósito de emenda eram necessários, mas parecia quase, que esses “factores” eram matéria adquirida ao confessarmos os nossos pecados.
Corria-se ainda o “risco” de se constituir uma “lista de pecados”, que depois consultada, bastaria colocar um “x” naqueles que considerássemos, com prejuízo nítido para um verdadeiro exame de consciência.
(Talvez que ainda hoje, e em certos meios populares e não só, esta não seja uma visão tão ultrapassada.)
Lembro-me bem que o “ter” que se confessar, era algo que não desejávamos, porque a carga negativa de termos pecado, (termos feito coisas erradas), era bem mais forte, parecia-nos, que o fim alcançado, ou seja o perdão de Deus.
A reconciliação com Deus era um valor que não aflorava desse sacramento, e como tal, parecia-nos a nós jovens, (pelo menos a mim), que a Confissão tinha muito mais a ver com algo a que a Igreja nos ia “obrigando”, do que propriamente uma necessidade de nos reconciliarmos com Deus.
Resumindo esta parte introdutória, diria que a Confissão era para nós, jovens, muito mais um peso, uma “dor”, do que um alivio, uma “cura”.
Se o refiro aqui e agora, é pela sensação que tenho, (talvez por culpa nossa catequistas), de que os jovens de hoje, ainda, de algum modo, vêem assim este extraordinário sacramento, o que tem de forçosamente ser modificado, pois não corresponde minimamente à realidade dos efeitos extraordinários na vida de cada um, que uma boa confissão nos concede pela graça de Deus.
Havia ainda o receio, para nós jovens, de que os nossos pais viessem a saber das nossas faltas e também, da imagem que o sacerdote, (normalmente o pároco que nos conhecia), iria fazer de cada um, o que, curiosamente, passados todos estes anos, ainda encontro nalguns catequizandos adolescentes, o que significa que há ainda muito caminho para percorrer no ensino deste sacramento, mormente na enfatização do segredo inviolável da Confissão, e para além deste, no facto de que nenhum sacerdote pretende fazer juízos de valor sobre aqueles que a ele se confessam.
Costumo dizer aos meus catequizandos que Deus concede aos sacerdotes um “dom de esquecimento” dos pecados confessados, sobretudo na ligação e atribuição destes àqueles que se confessaram, de um modo geral, claro está.
Hoje a Igreja, (e os fiéis mais lentamente), chama a este sacramento, Sacramento da Penitência e por vezes também, Sacramento da Reconciliação.
Um e outro nome me parecem redutores da dimensão extraordinária deste sacramento, porque se a penitência poderá ter uma conotação de “expiação”, quase “castigo”, a reconciliação apenas refere uma parte, importante sem dúvida, deste sacramento, mas não o seu todo, toda a sua dimensão, que abarca libertação e cura, como veremos adiante.
De qualquer modo, Sacramento da Penitência, talvez seja o nome mais correcto, porque como nos diz o Catecismo, penitência indica conversão, mudança de vida, começar de novo, pois a chamada à penitência está intimamente ligada, ao «arrependei-vos, convertei-vos, acreditai no Evangelho», que é a pregação que percorre todos os Evangelhos e Escritos do Novo Testamento.
Nota:
Início hoje a publicação de excertos de um pequeno trabalho sobre o Sacramento da Penitência, que fiz para a disciplina de Sacramentologia, do Curso Geral de Teologia, que concluí no Seminário Diocesano de Leiria.
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/09/o-sacramento-da-penitencia-1.html
A ressurreição da carne – Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Deus é omnipotente – pode tudo. É todo-poderoso. O seu poder não tem limites. Se os tivesse, não seria Deus. Isso significa – entre outras coisas – que, para Deus, é mais fácil ressuscitar um morto do que para nós acordar alguém que está a dormir. Pela fé sabemos que nem Jesus morreu para sempre – a sua ressurreição é a verdade culminante do nosso credo – nem nós morreremos para sempre. Basta para isso acreditar em Cristo com verdadeira fé, ou seja, obedecendo aos seus mandamentos – vivendo de um modo coerente com aquilo em que acreditamos.
Quando os Apóstolos – cumprindo um mandato de Cristo – começaram a pregar o Evangelho a todas as gentes, aquilo que mais custava aos ouvintes aceitarem na mensagem cristã era precisamente o tema da ressurreição da carne. Os primeiros doze não diziam que a alma de Jesus lhes tinha aparecido depois da sua morte. Pelo contrário, afirmavam claramente – e sem lugar para interpretações dúbias – que Jesus tinha realmente ressuscitado. A sua alma tinha voltado a unir-se ao seu corpo. O sepulcro, onde o corpo de Cristo tinha sido piedosamente sepultado, estava vazio. O corpo que tinha estado na Cruz era o mesmo corpo que tinha ressuscitado, com a diferença de que agora era um corpo glorioso. Jesus tinha ressuscitado para nunca mais morrer.
Mas, afinal, que significa exactamente a expressão “ressurreição da carne”? Significa que o nosso estado definitivo não será somente a alma espiritual separada do corpo pela morte, mas que também os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 203). Como é que isto é possível se nós vemos que, após a morte, o corpo cai na corrupção? Também o Compêndio nos responde a esta pergunta. Sabemos – pela fé – que o corpo (transformado) ressuscitará no regresso do Senhor. No entanto, compreender “como” acontecerá a ressurreição da carne supera as possibilidades da nossa imaginação e do nosso entendimento (Compêndio nº 205).
Então, que diz a Igreja Católica sobre a cremação dos mortos? A resposta está no ponto 2301 do Catecismo. A cremação está permitida desde que não ponha em causa a fé na ressurreição da carne. No entanto, não podemos esquecer que a Igreja sempre aconselhou e continua a aconselhar vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar o cadáver do defunto (Código de Direito Canónico 1176 § 3). Através das exéquias e da sepultura, ajuda-se mais facilmente as pessoas a rezarem pelo eterno descanso daquele que acaba de partir. E também a afirmarem – nesse momento de grande sofrimento – a sua fé segura de que a morte não tem a última palavra. Aquele cujos restos mortais depositamos na terra será ressuscitado por Deus no último dia. Nós, cristãos, acreditamos firmemente na ressurreição da carne e na vida eterna.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Quando os Apóstolos – cumprindo um mandato de Cristo – começaram a pregar o Evangelho a todas as gentes, aquilo que mais custava aos ouvintes aceitarem na mensagem cristã era precisamente o tema da ressurreição da carne. Os primeiros doze não diziam que a alma de Jesus lhes tinha aparecido depois da sua morte. Pelo contrário, afirmavam claramente – e sem lugar para interpretações dúbias – que Jesus tinha realmente ressuscitado. A sua alma tinha voltado a unir-se ao seu corpo. O sepulcro, onde o corpo de Cristo tinha sido piedosamente sepultado, estava vazio. O corpo que tinha estado na Cruz era o mesmo corpo que tinha ressuscitado, com a diferença de que agora era um corpo glorioso. Jesus tinha ressuscitado para nunca mais morrer.
Mas, afinal, que significa exactamente a expressão “ressurreição da carne”? Significa que o nosso estado definitivo não será somente a alma espiritual separada do corpo pela morte, mas que também os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 203). Como é que isto é possível se nós vemos que, após a morte, o corpo cai na corrupção? Também o Compêndio nos responde a esta pergunta. Sabemos – pela fé – que o corpo (transformado) ressuscitará no regresso do Senhor. No entanto, compreender “como” acontecerá a ressurreição da carne supera as possibilidades da nossa imaginação e do nosso entendimento (Compêndio nº 205).
Então, que diz a Igreja Católica sobre a cremação dos mortos? A resposta está no ponto 2301 do Catecismo. A cremação está permitida desde que não ponha em causa a fé na ressurreição da carne. No entanto, não podemos esquecer que a Igreja sempre aconselhou e continua a aconselhar vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar o cadáver do defunto (Código de Direito Canónico 1176 § 3). Através das exéquias e da sepultura, ajuda-se mais facilmente as pessoas a rezarem pelo eterno descanso daquele que acaba de partir. E também a afirmarem – nesse momento de grande sofrimento – a sua fé segura de que a morte não tem a última palavra. Aquele cujos restos mortais depositamos na terra será ressuscitado por Deus no último dia. Nós, cristãos, acreditamos firmemente na ressurreição da carne e na vida eterna.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1958
Na Holanda, durante uma das viagens que realiza pela Europa para preparar o início do trabalho apostólico do Opus Dei nesses países. Mais tarde, escreve aos fiéis do Opus Dei desse país: “Queridos filhos: que Jesus me guarde a todos sempre in laetitia! Espero – sei – que haverá muitas e boas coisas nessa fantástica terra das tulipas”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)
§ 1664. A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimónio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimónio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu «dom mais excelente», o filho.
S. Mateus, apóstolo e evangelista
Trata-se de um dos apóstolos, homem decidido e generoso desde o primeiro momento da sua vocação. É também evangelista - o primeiro que, por inspiração divina, pôs por escrito a mensagem messiânica de Jesus.
Foi Judeu. Exercia as funções de cobrador de direitos de portagem, ao serviço de Herodes Antipas. Um dia, Jesus saía de Cafarnaum em direcção ao Lago, olhou para ele com atenção e disse-lhe: "Mateus, segue-me". E Mateus seguiu-o e foi generoso ao seguir o chamamento e agradecido ao mesmo tempo. Acompanhou sempre o Salvador. Foi testemunha da Ressurreição, assistiu à Ascensão e recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes.
A glória principal de S. Mateus é o seu Evangelho, escrito primeiro em aramaico e traduzido pouco depois para o grego.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Foi Judeu. Exercia as funções de cobrador de direitos de portagem, ao serviço de Herodes Antipas. Um dia, Jesus saía de Cafarnaum em direcção ao Lago, olhou para ele com atenção e disse-lhe: "Mateus, segue-me". E Mateus seguiu-o e foi generoso ao seguir o chamamento e agradecido ao mesmo tempo. Acompanhou sempre o Salvador. Foi testemunha da Ressurreição, assistiu à Ascensão e recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes.
A glória principal de S. Mateus é o seu Evangelho, escrito primeiro em aramaico e traduzido pouco depois para o grego.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores
Hoje celebramos a festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos conta no seu Evangelho sobre a sua conversão. Estava sentado na banca de impostos e Jesus o convidou a segui-lo. Mateus -diz o Evangelho - «se levantou e seguiu-o» (Mt 9,9). Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente dos outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e riqueza. Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e do vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de Zebedeu e o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.
Seu ofício, de cobrador de impostos, era mal visto. Aqueles que o exerciam eram considerados publicanos e pecadores. Estava ao serviço do rei Herodes, senhor da Galileia, um rei detestado pelo seu povo e que o Novo Testamento nos apresenta como um adúltero, o assassino de João Batista e aquele que escarneceu Jesus a Sexta Feira Santa. O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei Herodes? A conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o demonstra o banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua maneira de demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma situação miserável e encontrar a verdadeira felicidade. São Beda o Venerável, comentando a conversão de Mateus, escreve: «A conversão de um cobrador de impostos dá exemplo de penitência e de indulgência a outros cobradores de impostos e pecadores (...). No primeiro instante da sua conversão, atrai até Ele, que é como dizer até a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».
Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se manifesta nas palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mt 9,13)
Rev. D. René PARADA Menéndez (San Salvador, Salvador)
(Fonte: Evangeli.net
Seu ofício, de cobrador de impostos, era mal visto. Aqueles que o exerciam eram considerados publicanos e pecadores. Estava ao serviço do rei Herodes, senhor da Galileia, um rei detestado pelo seu povo e que o Novo Testamento nos apresenta como um adúltero, o assassino de João Batista e aquele que escarneceu Jesus a Sexta Feira Santa. O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei Herodes? A conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o demonstra o banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua maneira de demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma situação miserável e encontrar a verdadeira felicidade. São Beda o Venerável, comentando a conversão de Mateus, escreve: «A conversão de um cobrador de impostos dá exemplo de penitência e de indulgência a outros cobradores de impostos e pecadores (...). No primeiro instante da sua conversão, atrai até Ele, que é como dizer até a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».
Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se manifesta nas palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mt 9,13)
Rev. D. René PARADA Menéndez (San Salvador, Salvador)
(Fonte: Evangeli.net
O cobrador de impostos foi libertado para o Reino de Deus
Mateus, o publicano, recebeu por alimento «o pão da vida e da inteligência» (Sir 15, 3); e dessa mesma inteligência, fez em sua casa um grande banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»]. Um presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande banquete» (Lc 5, 29). Ofereceu-Lhe portanto um banquete, dos grandes – um banquete real, diríamos.
Mateus é de facto o evangelista que nos mostra Cristo Rei através da Sua família e dos Seus actos. Logo no início da obra, declara que se trata do livro da «Genealogia de Jesus Cristo, filho de David» (Mt 1, 1). Em seguida, comenta como o recém-nascido é adorado pelos magos como rei dos judeus; depois, tecendo o resto da narração com régios feitos e parábolas do reino, termina por fim com as próprias palavras de um Rei que já está coroado pela glória da ressurreição: «Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra» (28, 18). Se examinarmos bem o conjunto da sua redacção, reconheceremos portanto que toda ela respira os mistérios do Reino de Deus. Nada de espantoso há nisto; Mateus tinha sido publicano, lembrava-se de ter sido chamado do serviço público do reino de pecado para a liberdade do Reino de Deus, do Reino de justiça. Como homem verdadeiramente grato para com o grande Rei que o tinha libertado, serviu portanto com fidelidade as leis do Seu Reino.
Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
As Obras do Espírito Santo, IV, 14
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Mateus é de facto o evangelista que nos mostra Cristo Rei através da Sua família e dos Seus actos. Logo no início da obra, declara que se trata do livro da «Genealogia de Jesus Cristo, filho de David» (Mt 1, 1). Em seguida, comenta como o recém-nascido é adorado pelos magos como rei dos judeus; depois, tecendo o resto da narração com régios feitos e parábolas do reino, termina por fim com as próprias palavras de um Rei que já está coroado pela glória da ressurreição: «Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra» (28, 18). Se examinarmos bem o conjunto da sua redacção, reconheceremos portanto que toda ela respira os mistérios do Reino de Deus. Nada de espantoso há nisto; Mateus tinha sido publicano, lembrava-se de ter sido chamado do serviço público do reino de pecado para a liberdade do Reino de Deus, do Reino de justiça. Como homem verdadeiramente grato para com o grande Rei que o tinha libertado, serviu portanto com fidelidade as leis do Seu Reino.
Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
As Obras do Espírito Santo, IV, 14
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 21 de Setembro de 2011
Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus, que estava sentado na banca das cobranças, e disse-lhe: «Segue-Me». E ele, levantando-se, O seguiu. Aconteceu que, estando Jesus sentado à mesa em casa deste homem, vieram muitos publicanos e pecadores, e se sentaram à mesa com Jesus e com os Seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos Seus discípulos: Por que motivo come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, ouvindo isto, disse: «Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos. Ide, e aprendei o que significa: “Quero misericórdia e não sacrifício”. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Mat 9,9-13