terça-feira, 6 de setembro de 2011

“O Espírito Santo configura-nos com Cristo”

A Missa é comprida, dizes, e eu acrescento: porque o teu amor é curto. (Caminho, 529)

A Santa Missa situa-nos deste modo perante os mistérios primordiais da fé, porque se trata da própria doação da Trindade à Igreja. Compreende-se assim que a Missa seja o Centro e a raiz da vida espiritual do cristão. É o fim de todos os sacramentos. Na Santa Missa, a vida da graça encaminha-se para a sua plenitude, que foi depositada em nós pelo Baptismo, e que cresce, fortalecida pela Confirmação. Quando participamos na Eucaristia, escreve S. Cirilo de Jerusalém, experimentamos a espiritualização deificante do Espírito Santo, que além de nos configurar com Cristo, como sucede no Baptismo, nos cristifica integralmente, associando-nos à plenitude de Cristo Jesus.

A efusão do Espírito Santo, na medida em que nos cristifica, leva-nos a reconhecer como filhos de Deus. O Paráclito, que é caridade, ensina-nos a fundir com essa virtude toda a vida. Por isso, feitos uma só coisa com Cristo, consummati in unum, podemos ser entre os homens o que Santo Agostinho afirma da Eucaristia: sinal de unidade, vínculo de Amor. (Cristo que passa, 87)

São Josemaría Escrivá

Jornal oficial da Santa Sé diz que economia está à «beira do precipício» e noticia terceiro pacote de ajuda a Portugal

Artigo de primeira página no ‘L’Osservatore Romano’ prenuncia «nova tempestade» depois de compras de dívida soberana pelo BCE


O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, refere na edição de hoje que a economia está “à beira do precipício” e que a compra de divida soberana realizada nas últimas semanas pelo Banco Central Europeu (BCE) prenuncia mais complicações.


“Segundo os analistas do Barclays, na semana passada o BCE teria aumentado para 15 mil milhões de euros as aquisições de títulos de estados dos países da União Europeia em dificuldade”, quantia que se junta aos 6,65 mil milhões da semana precedente, “sinal que uma nova tempestade está a chegar”.


No artigo de primeira página intitulado “À beira do precipício”, o jornal refere que “a crise económica está a entrar numa nova fase”, perante a probabilidade de uma “recessão global” que atingirá “uma vez mais as populações mais débeis”.


A edição de 5-6 de setembro informa também que a União Europeia autorizou o pagamento da terceira parte da ajuda ao Governo de Portugal, no seguimento do cumprimento das medidas de austeridade impostas pelos financiadores.


Para o Executivo de Bruxelas a aplicação dos programas de recuperação está no bom caminho, segundo os relatórios da troika da União Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional (FMI), acrescenta o L’Osservatore Romano.


O novo pacote, “esperado por Lisboa entre o fim de setembro e outubro totaliza 11.5 mil milhões de euros, dos quais 7.6 cedidos pela União Europeia e 3.9 pelo FMI”, indica o jornal da Santa Sé, acrescentando que a ajuda destas entidades vai chegar aos 78 mil milhões de euros.


RM


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Mostrar a bandeira

Por muito que o globalismo esteja presente em todas as avaliações da conjuntura internacional, o facto é que parece existir um pano de fundo sobre o qual as atenções se fixam sucessiva e alternadamente em pontos concretos, em geral anunciados de perigo agudo, e que a semântica da comunicação leva a desviar as atenções do globalismo que se consolida sem projecto. Assim acontece com um facto importantíssimo da evolução estratégica mundial, e que é o de a China ter mostrado a bandeira, segundo uma linguagem que parece ter caído em desuso, ao inaugurar a presença do seu primeiro porta-aviões, chamado Varyag, objecto final dos vagares inerentes à maneira chinesa de olhar para o tempo, e neste caso desde 1990. Por esse tempo ainda a crise financeira e económica mundial não preenchia os ocupados dias dos observatórios mundiais, e o velho porta-aviões que a China adquirira à Ucrânia pode, sem segredo, que resultou ser a melhor maneira de agir sem despertar a vigilância das altas potências, produzir o agora crismado Shi Long, inteiramente reformulado em termos de poder iniciar a sua primeira e tranquila viagem experimental no mar chinês. É necessário lembrar que um porta-aviões exige alguma coisa mais em termos de protecção própria, quer marítima, quer aérea, e, para resumir o ponto que parece tornar-se claro, a partir deste mostrar da bandeira, vai decisivamente ganhar relevo a questão dos vários Pacíficos, um tema muito especificamente do interesse permanente americano, que tem ali uma das referências históricas do seu conceito estratégico militar, e da sua histórica e fundacional marcha para o oeste. A agenda das visitas diplomáticas do actual Presidente dos EUA já tinha mostrado que esta referência do Oeste voltava a impor a sua validade, mas um porta-aviões com bandeira chinesa tem o efeito imediato de tornar mais evidente e presente o interesse histórico nacional, acrescido agora de admissível inquietação dos EUA. É natural que o saber americano, comprovado em todas as suas intervenções marítimas, possa, com fundamento, adiantar a segurança em que poderá repensar que o tempo ainda será uma barreira defensiva da sua superioridade, porque será longo, do ponto de vista ocidental do tempo, o tempo que à China será necessário para constituir um grupo aeronaval a considerar. Mas a perspectiva política é necessariamente mais antecipatória nas meditações, e não parece mostrar a maior das tranquilidades o facto de o Departamento de Estado ter considerado que a conduta chinesa tem "falta de transparência", premissa eventual dos corolários inquietantes sobre a questão de saber qual será o interesse vital que a China procurará proteger com a esquadra que deixa perceber que pretende possuir, designadamente incluindo a definição do Pacífico chinês que terá em vista. É difícil fundamentar a esperança de uma resposta, se possível ao mesmo tempo esclarecedora e tranquilizante, na história passada do crescimento dos poderes marítimos que sucessivamente foram alcançando e perdendo, as outrora grandes potências marítimas. Parece difícil ignorar que, como anos já passados foi de quando em vez sublinhado, designadamente tendo em conta a situação de Taiwan, que o Pacífico será múltiplo nas áreas de influência, e que não é apenas no domínio da dívida soberana que os analistas americanos deverão pensar na China sobre o futuro incerto que se avizinha. Incerto, mas trazendo o que parece ser já uma certeza, a de que a balança de poderes será outra, e que a China pesará no desejável equilíbrio. Muita da contenção verificável nas relações dos EUA com a China, no período Obama em curso, passando discretamente sobre o tema dos direitos humanos, tem relação clara com a percepção do enorme poder que começou a demonstrar o crescimento na relação financeira. Mas o poder marítimo que desponta obrigará a repensar a relação entre a fronteira geográfica e a fronteira dos interesses.

Adriano Moreira in DN online

P.S. – poderá numa primeira análise parecer que o conteúdo deste artigo pouco ou nada tem a ver com a linha deste blogue, pelo que vos convido a em contraponto ao porta-aviões chinês a refletir sobre a atitude do estado chinês de confronto aberto com a Santa Sé nas ditas ordenações episcopais promovidas pela dita igreja católica nacional. Obrigado! JPR 

Bento XVI preocupa-se com os jovens que não encontram o seu caminho

O P. Eric Jacquinet, Responsável pela Seção de Jovens do Pontifício Conselho para os Leigos, afirmou que o Papa Bento XVI se preocupa "pelos jovens que precisam encontrar seu caminho" e nesse sentido os convida a participar da Igreja, como foi a Jornada Mundial da Juventude Madrid 2011 (JMJ).

"Vejo muitos jovens perdidos e os ‘indignados’ são o testemunho disso. Enfrentamos uma grave crise económica e moral em Espanha e em outros países e devemos nos juntar para ver como seguir adiante. Este é o fundo da proposta do Santo Padre" em atos como a JMJ, afirmou o sacerdote que velou desde o Vaticano pelo êxito do evento mundial realizado na Espanha.

Em entrevista difundida na sexta-feira passada pelo jornal La Razón, o sacerdote também disse que "uma das grandes preocupações de Bento XVI é a falta de Deus no ambiente europeu. Este drama é a causa de todos os males da sociedade na Europa".

"O problema da Espanha não é só o desemprego, é um problema de sociedade", afirmou o Pe. Jacquinet e disse que "quando se lê a história dos últimos 20 séculos dos países europeus, vê-se que a acolhida do Evangelho contribuiu ao crescimento social, cultural e também económico".

"Há um mapa do cristianismo e um mapa dos países desenvolvidos que se sobrepõem. O Evangelho é uma ferramenta de desenvolvimento económico e cultural da sociedade", assegurou.

Finalmente, o sacerdote disse que as JMJ são, como afirmou João Paulo II, "um encontro com Cristo na Igreja", e que ajudaram ao crescimento das vocações religiosas. "Muitos sacerdotes dizem que para eles participar de uma JMJ foi uma etapa importante em seu processo de decisão", assinalou.

A entrevista completa ao jornal espanhol pode ser vista no link: http://www.larazon.es/noticia/9251-o-evangelho-é-uma-ferramenta-de-desenvolvimento-economico-e-cultural     

(Fonte: ‘ACI Digital’)

Urgências e soluções para a «crise» da Igreja Católica em Portugal

«Divórcio entre fé e vida» e «autenticidade de muitos cristãos comprometidos» encabeçam «sombras» e «luzes» enunciados pelo bispo do Porto

 O bispo do Porto considera que há 19 “pontos críticos” da Igreja Católica em Portugal, a começar pelo “divórcio entre fé e vida”, a perda do “ardor evangelizador” e a “falência” dos modelos de iniciação cristã.


A lista pessoal, baseada num documento de trabalho da Conferência Episcopal com vista à renovação da ação pastoral da Igreja em Portugal, foi apresentada por D. Manuel Clemente a 31 de agosto em Fátima, durante a 34.ª Semana Bíblica Nacional.


“A não concretização duma Igreja onde todos tenham uma missão insubstituível a desempenhar”, a “falta de alegria, entusiasmo e esperança” e as “celebrações distantes da vida”, acompanhadas por “homilias extensas e tristes”, constituem os três problemas seguintes.


O elenco das “sombras” inclui uma “Igreja envelhecida, muito clerical e sacramentalista”, onde “diminui a prática e os jovens se afastam”, prosseguindo com a referência ao “individualismo nas expressões da fé, sem responsabilização”.


D. Manuel Clemente salienta as dificuldades de comunicação da Igreja, causadas por uma “linguagem hermética” e “ausência” nos novos media, e constata “a desagregação do ambiente familiar”, com a consequente perda do seu papel na transmissão da mensagem cristã.


Além do enfraquecimento “do sentido do Domingo”, o responsável pela pasta da cultura e comunicações sociais dos bispos de Portugal menciona a falta de consagrados e  agentes pastorais, a “fé tradicionalista e pouco esclarecida”, o “esquecimento da Doutrina Social da Igreja” e as “romarias meramente turísticas”.


A “autenticidade de muitos cristãos comprometidos” no mundo e na Igreja, a “redescoberta” da Bíblia e “a valorização de momentos de verdadeiro encontro orante e sacramental com Cristo” encabeçam as 20 “luzes de esperança”.


O historiador destaca seguidamente “a maior atenção aos sinais dos tempos e ao diálogo com o mundo”, a “procura de pontes de diálogo com a cultura” e “o esforço de adaptação às novas linguagens e tecnologias da comunicação social”.


Depois de ressaltar os eventos de “grande vitalidade”, como a visita do Papa Bento XVI a Portugal e as Jornadas Mundiais da Juventude, D. Manuel Clemente releva “a partilha e a solidariedade manifestadas por pessoas e instituições eclesiais, bem como a grande rede de ação social da Igreja”.


O Prémio Pessoa 2009 realça também a existência de “órgãos de colegialidade e participação”, “a presença de sinais de Deus no mundo secularizado, como os santos, os mártires ou a mensagem de Fátima” e o “número crescente dos participantes em peregrinações e outras manifestações de religiosidade popular”.


Entre as 25 sugestões indicadas no documento de trabalho incluem-se “dar visibilidade ao testemunho cristão”, “fazer da caridade a prioridade” dos programas pastorais, ceder “precedência à intimidade com Deus” e formar para “problemáticas” como crentes “divorciados, recasados, em união de facto e outras situações irregulares”.


A Igreja deve igualmente “apostar na evangelização dos novos bairros e urbanizações, das grandes superfícies, das minorias e dos mais pobres”, publicar documentos “simples, breves, espaçados, atuais e voltados para as realidades concretas das pessoas” e pensar num plano evangelizador “de 3 ou 5 anos, para todas as dioceses”.


RM

(Fonte: site Agência Ecclesia)

S. Josemaría nesta data em 1941

“Magnanimidade: ânimo grande, alma grande onde cabem muitos. É a força que nos dispõe a sairmos de nós mesmos, a fim de nos prepararmos para empreender obras valiosas, em benefício de todos. No homem magnânimo não tem lugar a mesquinhez: não entra a medida estreita, o cálculo egoísta ou a deslealdade interesseira. O magnânimo dedica sem reservas as suas forças ao que vale a pena. Por isso é capaz de se entregar a si mesmo. Não se conforma apenas com dar: dá-se. E então consegue compreender a maior prova de magnanimidade: dar-se a Deus”. Texto de uma homilia sobre virtudes humanas, que pregou hoje.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)


§1496. Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são:
– a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recupera a graça;
–  a reconciliação com a Igreja;
–  a remissão da pena eterna, em que incorreu pelos pecados mortais;
–  a remissão, ao menos em parte, das penas temporais, consequência do pecado;
–  a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual;
– 
 o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão.

«Jesus foi para o monte fazer oração»

Toda a alma humana é um templo de Deus e só isso abre-nos uma perspectiva vasta e absolutamente nova. A chave para entendermos a oração da Igreja é a vida em oração de Jesus. Ele participou no serviço divino e na liturgia do Seu povo [...] e conduziu a liturgia da Antiga Aliança até ao seu cumprimento na Nova Aliança.


No entanto, Jesus não tomou apenas parte no serviço divino público, prescrito pela Lei. Os Evangelhos fazem referência ainda em maior número de vezes à Sua oração solitária no silêncio da noite, nos cimos selvagens das montanhas, nos lugares desertos. Quarenta dias e quarenta noites de oração precederam a vida pública de Jesus (Mt 4, 1-2). Retirou-Se para a solidão da montanha a fim de rezar antes de escolher os Seus doze Apóstolos e os enviar em missão. Na hora do Monte das Oliveiras preparou-Se para caminhar até ao Gólgota; o lamento que dirigiu ao Pai nessa hora, a mais terrível da Sua vida, é-nos revelado em breves palavras que brilham como estrelas nas nossas próprias horas de Monte das Oliveiras: «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice; contudo, não se faça a Minha vontade, mas a Tua» (Lc 22,42). Estas palavras são um clarão que ilumina por instantes a vida mais íntima da alma de Jesus, o insondável Mistério do Seu ser de Homem-Deus e do Seu diálogo com o Pai, diálogo que durou toda a Sua vida sem jamais ser interrompido.


Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
A Oração da Igreja


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

Quando se fez dia, chamou os Seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro, seu irmão André, Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Simão, chamado o Zelote, Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor. (Lc 6, 13-16)
Leitura completa - Lc 6, 12-19