terça-feira, 23 de agosto de 2011
“Tens de pensar na tua vida e pedir perdão”
Com serenidade, sem escrúpulos, tens de pensar na tua vida e pedir perdão e fazer o propósito firme, concreto e bem determinado, de melhorar neste aspecto e naquele outro: nesse pormenor que te custa e naquele que habitualmente não cumpres como deves, e bem o sabes. (Forja, 115)
Enche-te de bons desejos, que são uma coisa santa e que Deus louva. Mas não fiques apenas nisso! Tens que ser uma alma – homem, mulher – de realidades. Para levar a cabo esses bons desejos, precisas de formular propósitos claros, precisos.
– E, depois, meu filho, luta para pô-los em prática, com a ajuda de Deus! (Forja, 116)
Repara na tua conduta com vagar. Verás que estás cheio de erros, que te prejudicam a ti e talvez também aos que te rodeiam.
– Lembra-te, filho, que não são menos importantes os micróbios do que as feras. E tu cultivas esses erros, esses enganos – como se cultivam os micróbios no laboratório –, com a tua falta de humildade, com a tua falta de oração, com a tua falta de cumprimento do dever, com a tua falta de conhecimento próprio... E, depois, esses focos infectam o ambiente.
Precisas de um bom exame diário de consciência, que te conduza a propósitos concretos de melhora, por sentires verdadeira dor das tuas faltas, das tuas omissões e pecados. (Forja, 481)
São Josemaría Escrivá
Encontro de Rimini - Papa diz que os católicos têm mensagem de esperança para o mundo
Encontro para a Amizade entre os Povos decorrer na cidade italiana de Rimini
Bento XVI enviou uma mensagem para o 32.º Encontro para Amizade entre os Povos, a decorrer na cidade de Rimini, no centro-norte da Itália, defendendo que os católicos têm uma mensagem de esperança para o mundo de hoje. O documento, enviado pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, comenta o tema da iniciativa, "E a existência torna-se uma imensa certeza", promovida pelo movimento católico "Comunhão e Libertação". “O homem não pode viver sem uma certeza sobre o próprio destino”, escreve Bento XVI, no texto divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé. Segundo o Papa, na sociedade atual existe o “risco de se cair no sensacionalismo das emoções ou do desespero, numa árdua busca de novidades passageiras e ilusórias”. Recordando os “dramas do século passado”, a mensagem sublinha que “quando vacila a certeza da fé e da esperança cristã, o homem esvai-se e torna-se vítima do poder”. O Encontro para Amizade entre os Povos decorre até sábado, incluindo no seu programa 115 encontros, 26 espetáculos, 10 exposições, 11 manifestações desportivas e 332 intervenientes. Os participantes são jovens procedentes da Itália, Egito, Rússia, Grã-Bretanha, Brasil, Camarões, Canadá, Chile, Costa Rica, França, Kosovo, Lituânia, México, Nigéria, Espanha, Estados Unidos, Suíça e Ucrânia. RV/OC |
(Fonte: site Agência Ecclesia)
O capitalismo de ficção
Não é certamente com recurso a variações semânticas que pode melhorar-se a condição económica e social dos europeus que atinge, com gravidades desiguais, os países do Sul e os países do antigo Norte chamado afluente, consumista, unidimensional, e rico. É sobretudo inquietante a parte desses países do Sul onde estão as raízes mais antigas do património imaterial que une todos, que agora foram abrangidos pela fronteira da pobreza, e se confrontam ainda com o turbilhão ameaçador do Mediterrâneo. Mas a irrecusável verificação de que a distinção entre ricos e pobres se acentua, pondo em risco o progresso da unidade europeia, aconselha talvez a não insistir, quase exclusivamente, na crise do sistema financeiro e económico que entrou em disfunção, para tentar não confundir o sistema com a realidade que dele se afastou, com responsabilidades não imputáveis, e procurar reorganizar uma governança da realidade em que a componente da pobreza se instalou desafiante. Isto para não termos de reconhecer uma nova actualidade ao que Vicente Verdú já em 2003, num livro intitulado El estilo del Mundo, chamava "capitalismo de ficção", uma expressão que não despertou a atenção das hoje tão intervenientes agências de avaliação, conhecedoras dos factos mas com dificuldades para encontrar uma semântica tecnocrática circulável sem embaraçar interesses.
O ensaio não se limitou à perspectiva financeira, teve uma visão transdisciplinar, e por isso procurou aproximar as análises sectoriais da economia das que respeitassem à evolução dos costumes das sociedades ocidentais, às inquietações da biogenética, à influência dos meios de comunicação, e até evolução do modelo capitalista liberal. Foi nesta visão que lembrou a tristeza do capitalismo de produção que tanto animou a crítica literária como a análise marxista, o capitalismo de consumo que tornou popular o conceito marcusiano do homem unidimensional, para finalmente diagnosticar o capitalismo financeiro dos nossos dias, que levou ao desastre actual, que não teve por objectivo principal a produção de bens cujo valor instrumental respeitasse os valores éticos das relações cívicas, mas antes criar uma realidade diferente, atraente, fictícia, possível e simples, que eliminasse a preocupação com o futuro, usando a arte de termos o presente por irrenunciável e duradoiro.
Foi um trabalho de jornalista avisado, que anotou com se tornara despiciente a antiga identificação e imagem que animou o sindicalismo activo e a luta pelo poder que veio a consagrar-se por meio século no Leste europeu e no que foi chamado terceiro mundo. Assim explica que, ao contrário do que ainda acontecia há meio século, nesse capitalismo de ficção "a alienação está alienada", e todas as expectativas de desenvolvimento sustentado, com justiça e esperança, se fixaram no modelo, que tendo violado a ética do mercado, e escapado aos poderes reguladores, pôs em causa o valor da confiança a que é urgente regressar.
O sábio Tocqueville disse que a democracia era menos uma forma de Estado do que um estado de sociedade. No dizer de Verdú, "o mundo em geral tende a apresentar-se como se fosse convertido numa edição infantil, fácil de entender, fácil de aceitar..." De facto o que foi principalmente atingido foi o valor da confiança, com centros de poder que realmente funcionam sem legitimação.
Voltando a Tocqueville, o que é prioritário e indispensável é restaurar o valor da confiança, na relação da sociedade com o Estado, um "estilo do mundo" que exige autenticidade e não perícia de imagem, uma nova advertência que o experiente Alain Peyrefitte já em 1976 fazia, ao ocupar-se de "Le Mal Français", ao meditar na diferença entre "sociedades de confiança" e "sociedades de desconfiança". Quando em 1995 voltou ao tema, a realidade era já visível.
Adriano Moreira in DN online AQUI
JMJ 2013 no Rio de Janeiro vai contrariar perda das raízes cristãs da América Latina, diz arcebispo
«Cidade Maravilhosa» poderá «revigorar a sua fé» e mostrar o seu «rosto jovem», acredita D. Orani Tempesta
O arcebispo do Rio de Janeiro, cidade que em 2013 vai receber a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), considera que o maior evento juvenil da Igreja Católica vai contrapor-se à diminuição do cristianismo na América Latina. D. Orani Tempesta, citado pelo site da arquidiocese carioca, sustentou que “a América Latina tem fortes raízes cristãs, que estão a perder-se pouco a pouco devido à falsa compreensão do país laico, às ideias que vão aparecendo com as crises dos valores”. “Creio que é um momento de vivermos a nossa vocação de um país com raízes cristãs e de podermos manifestar isso, seja através do que vai acontecer na Jornada e com a vinda do Papa, e de reafirmarmos aquilo que acreditamos que ajude o mundo, o Brasil e a cidade a caminhar cada vez melhor”, apontou. O prelado salientou também que o encontro, cuja localização foi anunciada este domingo pelo Papa Bento XVI, no fim da Jornada Mundial realizada em Madrid, será uma oportunidade para a população da antiga capital brasileira “revigorar a sua fé” e mostrar o seu “rosto jovem”. O encontro realizar-se-ia na cidade mesmo que ela não estivesse a preparar-se para acolher o campeonato mundial de futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016, sublinhou o arcebispo, que no entanto reconhece a importância para a JMJ das estruturas viárias e aeroportuárias que estão a ser renovadas e construídas para aqueles eventos. A realização da Jornada na antiga capital brasileira “é uma emoção indescritível, um sonho realizado”, disse Fabiana Targino, pertencente ao departamento da Pastoral da Juventude da arquidiocese. “Vamos preparar com muito carinho e amor cada detalhe da próxima Jornada. E que nós possamos mostrar para o mundo que somos portadores da paz”, acrescentou a responsável sobre um encontro que ainda não tem lema definido. Em 1990 Bento XVI, então cardeal, visitou o Rio de Janeiro, e em 2007, já Papa, regressou ao Brasil, tendo passado pelo estado e cidade de São Paulo, onde se encontrou com 40 mil jovens num estádio de futebol. “Um homem ou uma mulher despreparados para os desafios reais de uma correta interpretação da vida cristã do seu meio ambiente será presa fácil a todos os assaltos do materialismo e do laicismo, sempre mais atuantes em todos os níveis”, frisou então Bento XVI. O Papa João Paulo II, criador da Jornada Mundial da Juventude, visitou a ‘Cidade Maravilhosa’ em 1997, tendo então afirmado que “Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca”. RM |
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)
§1418. Uma vez que Cristo em pessoa está presente no Sacramento do Altar; devemos honrá-Lo com culto de adoração. «A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo nosso Senhor».
O Divine Redeemer
Ah! turn me not away, receive me, tho' unworthy!
Hear Thou my cry, behold, Lord, my distress!
Answer me from Thy throne, haste Thee, Lord, to mine aid,
Thy pity show in my deep anguish!
Let not the sword of vengeance smite me,
Tho' righteous Thine anger, O Lord!
Shield me in danger, O Regard me! On Thee, Lord, alone will I call.
O Divine Redeemer! O Divine Redeemer!
I pray Thee, grant me pardon, and remember not my sins!
Forgive me, O divine Redeemer!
Night gathers round my soul; fearful I cry to Thee;
Come to mine aid, O Lord! Haste Thee, Lord, haste to help me!
Hear my cry, Save me, Lord, in Thy mercy;
Hear my cry! Come and save me, O Lord!
O, divine Redeemer! I pray Thee, grant me pardon,
And remember not, O Lord, my sins!
Save, in the day of retribution, from Death shield Thou me, O my God!
O, divine Redeemer, have mercy! Help me, my Savior!
S. Josemaría nesta data em 1971
Sente na sua alma, com uma força irresistível que o enche de paz, a frase Adeamus cum fiducia ad thronum gloriae, ut misericordiam consequamur! [Aproximemo-nos, pois, com confiança, do trono da glória, para alcançarmos misericórdia: cfr. Hebr. 4, 16]: “Esta manhã, enquanto tomava o pequeno almoço, o Senhor pôs-me na cabeça estas palavras. São como uma resposta a esse clamor colectivo que ontem, festa do Coração Imaculado de Maria, terá subido ao Céu, porque todos terão rezado muito. Temos de pedir, acolhendo-nos à Misericórdia do Senhor”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Santa Rosa de Lima, padroeira da América Latina
Isabel Flores y de Oliva era o nome de baptismo de Santa Rosa de Lima que nasceu em 1586 em Lima, Peru. Os seus pais eram espanhóis, que se haviam mudado para a rica colónia do Peru. O nome Rosa foi-lhe dado carinhosamente por uma empregada índia, Mariana, pois a mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, exclamou admirada: Você é bonita como uma rosa!
Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, pediu e obteve licença de fazer os votos religiosos em sua própria casa, como terceira dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais. A cama era um saco de estopa, levando uma vida de austeridade, de mortificação, de abandono à vontade de Deus. Vivia em contínuo contacto com Deus, alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Soube compreender em profundidade o mistério da paixão, morte de Jesus, completando na sua própria carne o que faltava à redenção de Cristo. Era muito caridosa e em especial com os índios e com os negros.
Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, passava o dia inteiro em oração: "Este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia. E foi exactamente assim. Morreu depois de grave enfermidade no dia 24 de Agosto de 1617, com apenas 31 anos de idade.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, pediu e obteve licença de fazer os votos religiosos em sua própria casa, como terceira dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais. A cama era um saco de estopa, levando uma vida de austeridade, de mortificação, de abandono à vontade de Deus. Vivia em contínuo contacto com Deus, alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Soube compreender em profundidade o mistério da paixão, morte de Jesus, completando na sua própria carne o que faltava à redenção de Cristo. Era muito caridosa e em especial com os índios e com os negros.
Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, passava o dia inteiro em oração: "Este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia. E foi exactamente assim. Morreu depois de grave enfermidade no dia 24 de Agosto de 1617, com apenas 31 anos de idade.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Limpa antes o interior»
«Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade. Por isto conheceremos que somos da verdade e, na Sua presença, sentir-se-á tranquilo o nosso coração» (1Jo 3,18-19). Que quer dizer «na Sua presença»? É ali, onde Deus vê. Eis porque razão o próprio Senhor diz no Evangelho: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu» (Mt 6,1) [...] Eis-te diante de Deus. Interroga o teu coração; vê o que fizeste e o que desejavas ao fazê-lo: a tua salvação ou uma vã glória humana? Olha para dentro, pois o homem não pode julgar aquilo que não pode ver. Se apaziguamos o nosso coração, façamo-lo diante de Deus.
«Pois se o nosso coração nos condena», isto é, se ele nos acusa interiormente, porque não agimos com a intenção que devíamos ter tido, «Deus é maior que o nosso coração e tudo conhece» (v. 20). Escondes aos homens o fundo do teu coração: esconde-o de Deus, se puderes! Como escondê-lo d'Ele, d'Ele a Quem um pecador, cheio de temor ou de arrependimento, dizia: «Onde é que eu poderia ocultar-me do Teu espírito? Para onde poderia fugir da Tua presença?» Com efeito, onde é que Deus não está? «Se subir aos céus, Tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, ali Te encontras» (Sl 138, 7-8). Para onde ir? Para onde fugir? Queres um conselho? Se queres fugir, foge na Sua direcção. Foge para Ele, confessando-te a Ele e não escondendo-te d'Ele; com efeito, não te podes esconder d'Ele, mas podes confessar-Lhe as tuas faltas. Diz-Lhe: «Tu és o meu refúgio» (Sl 31,7); e alimenta em ti o amor, que é a única coisa que conduz à vida.
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Comentário à 1ª carta de João VI, 3
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Pois se o nosso coração nos condena», isto é, se ele nos acusa interiormente, porque não agimos com a intenção que devíamos ter tido, «Deus é maior que o nosso coração e tudo conhece» (v. 20). Escondes aos homens o fundo do teu coração: esconde-o de Deus, se puderes! Como escondê-lo d'Ele, d'Ele a Quem um pecador, cheio de temor ou de arrependimento, dizia: «Onde é que eu poderia ocultar-me do Teu espírito? Para onde poderia fugir da Tua presença?» Com efeito, onde é que Deus não está? «Se subir aos céus, Tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, ali Te encontras» (Sl 138, 7-8). Para onde ir? Para onde fugir? Queres um conselho? Se queres fugir, foge na Sua direcção. Foge para Ele, confessando-te a Ele e não escondendo-te d'Ele; com efeito, não te podes esconder d'Ele, mas podes confessar-Lhe as tuas faltas. Diz-Lhe: «Tu és o meu refúgio» (Sl 31,7); e alimenta em ti o amor, que é a única coisa que conduz à vida.
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Comentário à 1ª carta de João VI, 3
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Do Evangelho de hoje
Fariseu cego, purifica primeiro o que está dentro do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo. (Mt 23, 26)
Leitura completa - Mt 23, 23-26
Leitura completa - Mt 23, 23-26