sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Santa Sé, critica as hesitações da comunidade internacional na resposta à crise alimentar e humana na Somália e outras regiões do leste africano

O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), da Santa Sé, criticou hoje as hesitações da comunidade internacional na resposta à crise alimentar e humana na Somália e outras regiões do leste africano.

Em entrevista ao jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, o arcebispo italiano D. Antonio Maria Vegliò lamenta que ninguém pareça “querer verdadeiramente tomar conta da situação” e procurar uma solução.
A fome ameaça 13 milhões de pessoas na Somália, Etiópia, Quénia, Djibouti e outros países no chamado Corno de África, afetado pelas piores secas dos últimos 60 anos.

Segundo o presidente do CPMMI, “as ajudas humanitárias acabam, muitas vezes, por cair na rede das lutas internas que ensanguentam” a Somália e “não chegam às populações em necessidade”.

Nesse sentido, o arcebispo pede “mediação internacional” e lembra que a situação era previsível, por causa da “carestia” no país.

“Estamos a agir tarde, talvez demasiado tarde, mas infelizmente isso está ligado à história complicada da Somália”, admite o membro da Cúria Romana.

No último domingo, Bento XVI alertou publicamente para a situação, afirmando que ninguém pode ficar “indiferente” perante a ameaça que paira sobre milhões de pessoas.

Perante os peregrinos reunidos em Castelgandolfo, nos arredores de Roma, o Papa falou nos “tantos irmãos e irmãs que nestes dias, no Corno de África, sofrem as dramáticas consequências da fome, agravadas pela guerra e pela falta de instituições sólidas”.

As vítimas são na sua maior parte crianças e há duas mortes por cada dez mil pessoas, todos os dias.

A Igreja Católica, adianta o presidente do CPPMI, “está ativa para ajudar quantos têm necessidade urgente de assistência”, com uma “perspetiva de longo prazo”.

“A fase de emergência deverá continuar durante um certo tempo, dado que nos próximos meses se prevê a deterioração da situação na Somália, Quénia e Etiópia”, refere D. Antonio Maria Vegliò.

Esta crise requer a cooperação urgente da comunidade internacional, advertiu hoje, em comunicado a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

A FAO pediu ações "de forma imediata, para salvar as vidas e os meios de subsistência de milhões de camponeses e criadores de gado no Corno da África, abalado pela seca".

Rádio Vaticano

“Deus chama-vos a servi-Lo em e a partir das tarefas civis”

O mundo espera-nos. Sim! Amamos apaixonadamente este mundo, porque Deus assim no-lo ensinou: "sic Deus dilexit mundum...", Deus amou assim o mundo; e porque é o lugar do nosso campo de batalha – uma formosíssima guerra de caridade – para que todos alcancemos a paz que Cristo veio instaurar. (Sulco, 290)

Tenho ensinado constantemente com palavras da Sagrada Escritura: o mundo não é mau porque saiu das mãos de Deus, porque é uma criatura Sua, porque Iavé olhou para ele e viu que era bom [Cfr. Gen. 1, 7 e ss.]. Nós, os homens, é que o tornamos mau e feio, com os nossos pecados e as nossas infidelidades. Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir.

Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que vinham ter comigo por volta de 1930 que tinham que saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los assim da tentação, tão frequente então como agora, de viver uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas.

Não, meus filhos! Não pode haver uma vida dupla; se queremos ser cristãos, não podemos ser esquizofrénicos. Há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem de ser - na alma e no corpo - santa e cheia de Deus, deste Deus invisível que encontramos nas coisas mais visíveis e materiais.

Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos Por isso posso dizer-vos que a nossa época precisa de restituir à matéria e às situações que parecem mais vulgares o seu sentido nobre e original, colocá-las ao serviço do Reino de Deus, espiritualizá-las, fazendo delas o meio e a ocasião do nosso encontro permanente com Jesus Cristo. (Temas Actuais do Cristianismo, 114)

São Josemaría Escrivá

Comunidade Africana do patriarcado de Lisboa em peregrinação a Fátima

A Capelania da Comunidade Africana do patriarcado de Lisboa promove neste sábado a sua peregrinação anual ao Santuário de Fátima, contando com cerca de 5 mil participantes.

Os países representados são em maioria os de língua portuguesa: Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique”.

“Estarão também representados, ainda que em minoria, os africanos de língua francesa e inglesa: Congo-Brazzaville, República Democrática do Congo, República Centro Africana, Camarões, Senegal”, informa ainda.
A este grupo devem juntar-se vários peregrinos portugueses, que todos os anos têm acompanhado esta peregrinação.

‘Maria nossa Mãe, ensina-me a dizer sim à vida’ é o lema que congregará todo este grupo em Fátima.

A eucaristia da peregrinação celebra-se às 12:45 na Igreja da Santíssima Trindade

Rádio Vaticano

"De que serve ganhares o mundo inteiro se vieres a perder a tua alma?"

Experiência Magis arranca hoje em Espanha e procura ensinar os jovens a serem peregrinos também para a vida. A Renascença viajou pelas memórias de Santo Inácio, o homem responsável, há mais de 500 anos, pelo lançamento da semente deste encontro.

A grande abertura do Magis, uma experiência pastoral que antecede as Jornadas Mundiais da Juventude, inicia-se hoje. Os trabalhos em Loyola, localidade espanhola que vai receber mais de três mil peregrinos do mundo inteiro, aceleram e multiplicam-se. Ouvem-se notícias dos grupos que se aproximam, desde os 18 peregrinos indonésios que aterraram esta tarde em Madrid aos oito argentinos "en route", até aos 99 portugueses que saem amanhã cedo de Coimbra. 

Na noite de ontem, os voluntários e visitantes de Loyola tiveram a oportunidade de assistir a um ensaio ao ar livre da orquestra Magis, frente à Basílica de Santo Inácio. O grupo musical do Magis tem um nome que suscita muitas piadas, especialmente entre os voluntários portugueses e espanhóis. O “Magis Music and Liturgy Organizing Comittee” é o “Mamaloco”, o que entre os portugueses cansados ao final do dia resulta em provocações como: “Estás mamaloco?!”.
 

Brincadeiras à parte, hoje foi dia de ir às origens desta proposta Magis e, estando em Loyola, conhecer um pouco melhor o homem responsável, há mais de 500 anos, pelo lançamento da semente deste encontro.
 

Inácio, o homem e o santo
 
O dia de hoje em Loyola fica marcado pela história do próprio Santo Inácio. De manhã, num passeio nas redondezas do Centro de Espiritualidade, surgiu um convite para visitar a casa onde nasceu Iñigo Lopez em 1491, uma torre feudal agora envolvida na majestosa basílica. 

Iñigo era um fidalgo, filho de nobres, que ansiava ganhar honra, glória e fama através das armas e batalhas. Foi o mais novo de 13 irmãos e cresceu a ouvir histórias dos feitos dos irmãos pelo mundo fora. Como guerreiro, apaixonado e bravo, quis conquistar as mais altas honras. No famoso cerco de Pamplona, Iñigo é ferido por um tiro de canhão na perna e é levado de volta a casa, em Loyola, para convalescer.
 

Durante a longa e dolorosa recuperação, aborrecido, tinha apenas um livro da vida de Cristo e outro das vidas dos santos para ler. Da identificação com os santos começa a conversão e os primeiros pensamentos que o levariam a escrever os “Exercícios Espirituais” - nascia assim o desejo de conhecer melhor Deus. Na casa da sua família, a Renascença viu os locais onde Santo Inácio jantava, dormia e convivia, os mapas de Espanha medieval, os livros que leu e até uma primeira edição dos exercícios espirituais – curiosamente, uma edição impressa em Coimbra.
 

Depois da recuperação, Inácio deixou a sua casa e vida de guerreiro e partiu para Jerusalém, procurando nada mais que seguir Jesus e descobrir-se a si próprio pelo caminho. Foram longos anos de busca. Mais tarde, decidiu avançar os seus estudos em Paris, onde conheceu Francisco Xavier e o provocou com a célebre frase: “De que serve ganhares o mundo inteiro se vieres a perder a tua alma?”.
 

Juntos, fundaram a Companhia de Jesus, que rapidamente acumulou membros, numa altura de reformas na Igreja, e que se foi espalhando pelo mundo com a missão de levar Jesus a todos os cantos da terra.
 

O que procuras?
 
O legado de Inácio de Loyola, para leigos hoje, é definitivamente o guia que deixou com os seus exercícios. Pensados para desafiar e ajudar a avaliar a vida diária, são uma bússola para o conhecimento interior e para o encontro do caminho. 

René, um alemão de 31 anos, no momento ainda em estudos antes de ser ordenado padre na Companhia de Jesus, salienta que o objectivo de toda esta experiência Magis é aprofundar as ligações com pessoas de outras nações. É aprender a ser peregrino também para a vida.
 

A espiritualidade inaciana também passa por aprender a viver o momento presente, a avaliar o momento presente, a procurar Deus no quotidiano e o programa Magis está pensado também para guiar neste sentido.
 

O local de nascimento de Santo Inácio, para René, como membro da sua Companhia, é importante, mas salienta sobretudo o facto de este ser um primeiro sítio, onde foi dado um primeiro passo depois para o mundo.
 

Aqui em Loyola, o Magis vai tentar aproximar dos jovens que peregrinam até Madrid esta consciência de si próprios e da avaliação do seu caminho, para que as Jornadas Mundiais de Juventude tenham uma existência duradoura e para que abram lugar a mais perguntas, mais conhecimento e ainda mais crescimento.


Matilde Torres Pereira, em Loyola

(Fonte: site Rádio Renascença)

Bento XVI aplaude trabalho solidário e pro-vida dos Cavaleiros de Colombo

Bento XVI expressou sua satisfação e gratidão à comunidade católica dos Cavaleiros de Colombo por suas "múltiplas obras de fraterna solidariedade" com ocasião da Assembleia que a Ordem celebra estes dias em Denver (Estados Unidos), sob o tema "Para que o mundo possa conhecer nova esperança".

Em mensagem assinada pelo Secretário de estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, e enviada aos Cavaleiros de Colombo, o Papa expressou "sua profunda gratidão aos Cavaleiros de Colombo por sua contínua contribuição ao responsável debate público sobre os grandes tema éticos que moldam o futuro das nossas sociedades democráticas".

"Hoje, frente aos sinais cada vez mais evidentes de um crescente esquecimento de Deus, a recusa da maior parte dos princípios fundamentais de moralidade e a ruptura nas reais bases da vida social, nenhum seguidor de Cristo pode esquecer este urgente apelo a trabalhar pela reconstrução das nossas comunidades, de acordo com os valores permanentes que radicam na lei natural, confirmam-se no Evangelho e se custodiam na visão cristã da vida", assinalou Bento XVI.

O Papa vê no serviço ao bem comum dos Cavaleiros um exemplo de apostolado laical. "Este testemunho claro e valente é mais necessário que nunca à luz da proliferação de iniciativas legislativas que não só ameaçam as instituições básicas da sociedade, como o matrimónio e a família, mas também ameaçam os direitos humanos fundamentais da obediência de consciência e da liberdade religiosa", indicou. 

Finalmente, o Santo Padre exortou à Ordem de Colombo seguir renovando e reforçando seus programas de catequese e formação permanente na fé, e sob a guia da moralidade cristã para que "estejam preparados para oferecer uma reflexiva razão de suas mais profundas convicções".

Os Cavaleiros de Colombo

A Ordem dos Cavaleiros de Colombo nasceu no ano 1882 nos Estados Unidos por iniciativa do sacerdote católico Michael Mc Givney, quem decidiu fundar uma sociedade católica de mútua ajuda para os mais necessitados.

Atualmente, os Cavaleiros de Colombo são uma sociedade católica comprometida com a promoção da cultura da vida e da caridade, e sustentam campanhas de ajuda ao Japão e Haiti. Conta com 1.6 milhões de membros, e constitui a ordem mais numerosa do mundo.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Bispo de Lamego mostra «apoio incondicional» a iniciativa que visa novo referendo sobre o aborto

D. Jacinto Botelho diz que «a vida é um valor absoluto»
O bispo de Lamego tornou ontem público o seu “apoio incondicional” ao grupo de cidadãos que procura recolher as assinaturas necessárias para um referendo sobre o aborto e a eutanásia.

“A Comissão pro referendo Vida está a promover um conjunto de iniciativas que visam promover a alteração da atual lei do aborto, vigente em Portugal. Por este meio, gostaria de manifestar a esta Comissão o meu apoio incondicional nesta iniciativa, pois a vida é um valor absoluto que é necessário defender”, escreve D. Jacinto Botelho, num comunicado publicado na página da diocese na internet.


“O prelado associa-se, desta maneira, a uma iniciativa popular que procura lutar contra o flagelo do aborto no nosso país, através da alteração da atual lei, que fragiliza a proteção da vida humana desde a sua concepção”, assinala, por seu lado, uma nota do Gabinete de Imprensa diocesano, enviado à Agência ECCLESIA.


Segundo a diocese, o gesto de D. Jacinto Botelho procura “encorajar todos aqueles que, dentro e fora da Igreja, promovem, incansavelmente, iniciativas que visam a protecção dos mais débeis”.


“O seu apoio dirige-se, particularmente, a todos os leigos que se encontram na primeira linha de apoiar a vida, com iniciativas concretas e corajosas, que têm ajudado tantas mães a não dar o dramático passo de abortarem os seus filhos”, acrescenta a nota.


No último dia 29 de julho, vários líderes religiosos cristãos, judaicos e muçulmanos começaram a receber uma carta a solicitar o seu apoio à recolha de assinaturas para um referendo que vise garantir a “inviolabilidade da vida humana” na legislação portuguesa.


O grupo promotor desta iniciativa manifestou a sua intenção de “banir o ‘aborto a pedido’ e atalhar a eutanásia”.


“Concorda que a legislação portuguesa garanta a Inviolabilidade da Vida Humana, desde o momento da conceção até à morte natural?” é a pergunta proposta pela ‘Comissão pro referendo Vida’.


Este grupo de cidadãos considera que nos referendos sobre a legalização do aborto, “os votantes de 1997 e 2007 não estavam a decidir sobre o seu próprio direito à vida mas apenas sobre o direito de terceiros, sem voz nem voto”.


Outra questão levantada pelo grupo pró-referendo é a do final da vida, que se prevê venha a ser colocada brevemente a nível parlamentar.


“Não podemos permitir que de um debate tão sério sobre o ‘direito à Vida’ nenhuma indicação seja dada ao legislador sobre o sentido da vontade geral dos portugueses relativamente à ‘eutanásia’, que alguns porfiam em trazer para Portugal, em vez da aposta verdadeiramente humana numa rede de cuidados paliativos”, indica equipa que lançou a petição por um novo referendo.


A comissão pro referendo Vida’ tem a seguinte constituição: Leonor Ribeiro e Castro, Maria das Dores Folque, Vera de Abreu Coelho, Carlos Fernandes, Luís Botelho, Luís Paiva, Miguel Lima, Rodrigo Castro.


OC

(Fonte: site Agência Ecclesia)

O MILAGRE É A NOSSA DISPONIBILIDADE!

Evangelho segundo S. Mateus 14,13-21. 

Naquele tempo, quando Jesus ouviu que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-O a pé, desde as cidades.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos.
Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.»
Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.»
Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.»
«Trazei-mos cá» disse Ele.
E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos.
Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Mais uma vez neste Domingo, escutando a homilia do sacerdote que presidia à celebração, fui-me deixando conduzir e perceber das suas palavras uma nova forma de interpretar este Evangelho, ou melhor, não uma nova forma de interpretar, mas uma reflexão focada noutra abordagem à Palavra proclamada.

A primeira reacção dos discípulos é colocarem-se de fora do problema daquela gente:
«Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.» Mt 14,15

Como quando nós estamos perante alguém que precisa de ajuda, e pensamos, ou até dizemos, que nada podemos fazer, que o problema no fundo é daqueles que o têm, e não é um problema nosso.
Ou até quando passamos muito rapidamente o “assunto” para Deus, enunciando-o apenas numa oração em que apresentamos o problema ao Senhor, mas não nos perguntamos o que podemos fazer, para “ajudarmos” Deus a resolver o problema do outro.

Mas Jesus responde-lhes de imediato, provavelmente da forma que eles não queriam:
«Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.» Mt 14,16

Ele quer precisar de nós!
Ele quer precisar de nós para que sejamos mais irmãos uns dos outros, para que percebamos que é connosco que Ele quer construir o Reino, que Ele não veio para nos resolver os problemas, mas para nos mostrar o caminho de uma verdadeira vida, uma vida em que também viveremos e ultrapassaremos os nossos problemas, com a Sua ajuda, claro, que nunca nos falta.

Mas perante a resposta de Jesus, (a Quem eles já tinham visto fazer tantos milagres e mesmo assim duvidavam), tentaram ainda outra forma de não se envolverem no problema, afirmando as suas incapacidades:
«Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.» Mt 14,17  

Tantas vezes que nos afirmamos incapazes, dizendo-nos desconhecedores, sem estudos, sem formação, tímidos, envergonhados, fracos, enfim, tudo o que for possível para não fazermos o que nos é pedido, para não fazermos aquilo a que somos chamados ajudar, a servir.

Mas Jesus não desiste e diz-lhes:
«Trazei-mos cá» Mt 14,18

Como diz, a cada um de nós, para Lhe entregarmos, para colocarmos ao seu serviço, nos outros, os talentos que Ele nos deu, e nos quais tantas vezes não acreditamos, porque os colocamos apenas segundo a nossa vontade e as nossas capacidades, ou os queremos guardar apenas para nós, no egoísmo do nosso querer.
Reparemos que aquele que era o dono dos pães e dos peixes, não os quis guardar para si próprio, mas quis sim partilhá-los com quem lhos pedia.
E quem lhos pedia era Jesus, como nos pede a cada um de nós, em cada necessitado.
Como nos diz a cada um de nós, que coloquemos esses talentos, esses bens nas Suas mãos, porque Ele transformará a timidez em destemor, o medo em coragem, a vergonha em afirmação, enfim, Ele transformará o pouco que somos, no muito que os outros precisam.

E não é Ele que os distribui, não é Jesus que leva directamente a cada um o que ele precisa.
«partiu, depois, os pães e deu-os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão.»
Mt 14,19

Não, porque Ele quer servir-se de nós, e depois de colocarmos nas Suas mãos tudo o que Ele nos deu, abençoa-a esses talentos, esses bens, para que dêem fruto e o fruto permaneça.
«Não fostes vós que me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá.»Jo 15,16

E a abundância é tanta, que entregue tudo nas Suas mãos, nada faltará, porque a bênção de Deus “sobra” sempre para todos.
«Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos.»
Mt 14,20

Joaquim Mexia Alves AQUI

______________________________________
Nota:
Já neste texto “O trigo e o joio”, fiz referência ao sacerdote que presidia á celebração dominical na minha Paróquia da Marinha Grande, e que era nesse dia o Padre Pedro Viva, Vigário Paroquial.
Desta vez a homília foi proferida pelo Padre Armindo Castelão Ferreira, Pároco da Marinha Grande.
Quero hoje, (aproveitando estes textos), dar graças a Deus pelos dois sacerdotes que colocou ao serviço desta Paróquia da Marinha Grande, que numa alegria e dedicação empenhada, revestida de humildade e serviço permanente, nos têm conduzido nos caminhos de Deus, em Igreja.

O Sensacionalismo numa Revista Cientifíca (Nota de JPR: será que foi comprada por Murdoch?)

A revista Nature dedicou uma reportagem em tom de imprensa tablóide a Theresa Deisher, fisiologista molecular, que se opõe ao financiamento com dinheiros públicos à investigação com células estaminais embrionárias.  
No início deste ano, a revista britânica Nature publicou uma reportagem em que traça uma caricatura de Theresa Deisher, fisiologista molecular que luta em tribunal por impedir o uso de dinheiros públicos na investigação com células estaminais embrionárias. É surpreendente que uma revista científica com o prestígio da Nature tenha optado pelo ataque ad hominem.
Acostumada desde nova a ver o feto como "um amontoado de células", Theresa Deisher foi pouco a pouco mudando de posição. Influíram nessa transformação os seus anos de experiência em laboratórios, bem como o seu regresso - "após um longo e lento processo" - à prática religiosa.
Doutorada pela Universidade de Stanford e especialista em medicina regenerativa, Deisher saltou para a ribalta da opinião pública americana em Agosto de 2009, ao decidir recorrer da decisão da Administração Obama que autorizava o financiamento público - proibido durante o mandato de George W. Bush - dos projectos de investigação que utilizassem células estaminais embrionárias. Esse recurso, interposto juntamente com outro a nível científico, conseguiu que um juiz federal do distrito de Columbia interpusesse em Agosto de 2010 uma providência cautelar ao plano. Mas a Administração Obama recorreu da sentença e, em Setembro, um tribunal de apelação de Washington levantou a suspensão.
O caso poderia chegar ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos; se este pronunciasse uma sentença a favor de Deisher, poria ponto final nesse país ao financiamento federal das referidas investigações. Entende-se bem a transcendência do pleito e a sua repercussão mediática. 
Cocktail informativo
Com o título "A cruzada", a reportagem da Nature (10-02-2011) apresenta um retrato tendencioso de Deisher. O parágrafo introdutório mostra bem a direcção em que se atira. "Tempos houve em que Theresa Deisher abandonou a religião pela ciência. Agora, após recuperar a fé, vai a tribunal combater a investigação com células estaminais (embrionárias)".
Meredith Wadman, correspondente da Nature em Washington e autora da reportagem, mistura ingredientes muito distintos no seu cocktail informativo: ciência com religião, religião com política, política com ciência...
Wadman não se propõe debater os argumentos de Deisher. Prefere concentrar-se na sua pessoa para acerca dela relatar os factos mais curiosos: que o primeiro feto que viu lhe pareceu um extra-terrestre; que reza o terço a andar de bicicleta; que em certos debates se encontra só...
Na versão de Wadman, Deisher é um cruzado medieval que se lança a combater a investigação com células estaminais embrionárias apenas porque a sua fé lho exige. Certo é que algumas das suas declarações ou alguns dos episódios da sua vida - pelo menos os que seleccionou para a reportagem - dão ocasião a que assim pensemos.
Mas, a julgar pela sua carreira profissional, não parece que Deisher seja uma "iluminada" inimiga do progresso. Após fazer o doutoramento em fisiologia molecular e celular pela Universidade de Stanford, trabalhou durante 17 anos em empresas de biotecnologia, nas quais realizou importantes investigações com células estaminais.
Estritamente científico?
Um dos momentos estelares da reportagem da Nature é a entrada em cena de Chuck Murry, co-director do Instituto de Células Estaminais e Medicina Regenerativa da Universidade de Washington e colega de estudos pós-doutoramento de Deisher.
Define-a como "uma espécie de Sarah Palin das células estaminais". A si próprio, porém, apresenta-se como investigador puro e simples; realiza sempre as suas experiências com células embrionárias "numa perspectiva estritamente científica e à margem de posturas morais polarizadas".
Murry usa um discurso inflamado. Mas ficaria mais completo se lhe acrescentássemos o que dizem os colegas do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia. Considerado durante anos como o ponta-de-lança da investigação com células embrionárias, este Instituto decidiu no ano transacto passar a investigar com células estaminais adultas, a partir do momento em que os seus investidores declararam que queriam mais resultados e menos promessas.
A decisão dos corpos directivos do Instituto da Califórnia não tem nada a ver com moral nem com religião. Por eles, continuavam a investigar com células embrionárias. Mas, quando o investimento obrigou, optaram por jogar pelo seguro: usar células estaminais adultas.
É bem patente o pragmatismo dos investidores do Instituto da Califórnia. Para Deisher, as razões desta atitude parecem insuficientes: antes dos resultados, deveríamos perguntar-nos pelas objecções morais apresentadas pela experimentação com embriões humanos.
Podemos afinal perguntar-nos se a cruzada mais belicosa é a de Deisher contra o uso de células embrionárias ou a da Nature contra Deisher. No seu empenho por combater alguém que considera inimigo da ciência, a Nature parece não se dar conta de que os ataques pessoais dão às suas páginas características de imprensa tablóide.
Juan Meseguer
Aceprensa

S. Josemaría nesta data em 1958


Celebra a Missa pela primeira vez no Reino Unido. Depois da Missa, dirige-se a uma residência universitária. Nas costas de uma fotografia escreve: “Sancta Maria, Sedes Sapientiae, filios tuos adjuva [Santa Maria, Sede de Sabedoria, ajuda os teus filhos]; Oxford, Cambridge, 5-VIII-58”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)


§1316. A Confirmação completa a graça baptismal; ela é o sacramento que dá o Espírito Santo, para nos enraizar mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais solidamente em Cristo, tornar mais firme o laço que nos prende à Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada de obras.

Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior

A festa recorda a dedicação da Basílica e o famoso "milagre da neve", segundo o qual no dia 5 de Agosto de 358 nevou em pleno verão na pequena colina romana do Esquilino (uma das famosas sete colinas de Roma), como sinal extraordinário do convite da Virgem para que se construísse um templo em sua honra.

A tradição conta que, na noite de 5 de Agosto, a Virgem apareceu no meio da neve ao Papa Libério e ao patrício João e sua mulher, manifestando o desejo de que uma Capela em sua honra fosse construída no lugar em que tinha nevado durante essa noite. Conta a lenda que o próprio Papa traçou na neve a área de edificação do primeiro Santuário.

Um século depois, o Concílio de Éfeso (431) declarou Maria Santíssima como Mãe de Deus, e o Papa Sixto III (432-440) mandou construir a Basílica em honra da Virgem.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Se alguém quiser vir Comigo [...] tome a sua cruz e siga-Me»

Dois anos antes da sua morte, Francisco percebeu que depois de ter imitado a Cristo durante a vida, devia agora também imitá-Lo na Sua Paixão. Isto em nada o assustou, tanto mais que, transportado para Deus pelos desejos dum arrebatamento absolutamente seráfico e transformado pela compaixão n'Aquele que, «pelo amor imenso» (Ef 2,4), quis ser crucificado, enquanto rezava numa certa manhã na encosta da serra que se chama Monte Alverne, por alturas da Festa da Exaltação da Santa Cruz, viu descer do céu um serafim com seis asas resplandecentes como lume. De uma assentada chegou perto do homem de Deus, e uma pessoa apareceu então por entre as suas asas: era alguém crucificado, com os braços e as pernas estendidos e pregados a uma cruz.

Esta visão mergulhou Francisco no mais profundo assombro, uma vez que no seu coração se misturavam a tristeza e a alegria. Rejubilava com o olhar benevolente com o qual se viu estimado por Cristo na figura dum serafim, mas aquela crucifixão trespassava a sua alma de dor e de compaixão como uma espada (Lc 2,35). Desse modo, essa visão maravilhosa mergulhou-o na mais alta perplexidade, até porque sabia que um ser imortal como um serafim não podia de maneira alguma suportar os sofrimentos da Paixão. Por fim, graças à luz do Céu, compreendeu por que razão a divina Providência lhe enviara uma visão assim: não era pelos martírios do corpo que devia transformar-se na figura de Cristo crucificado, mas através do amor que incendeia a alma.

São Boaventura (1221-1274), franciscano, Doutor da Igreja
Vida de S. Francisco, Legenda Major, cap. 13

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

Então, Jesus disse aos Seus discípulos: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. (Mt 16, 24)
Leitura completa - Mt 16, 24-28